Blog do Téo José

Arquivo : fevereiro 2012

A posição de Prost sobre filme de Senna
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Téo José

Já vi o documentário sobre Ayrton Senna umas cinco vezes. Cada vez fico ainda mais fã do brasileiro. Não tem muita novidade, mas tem imagens e depoimentos. O que aconteceu no Japão em 89 foi conduzido — mostrando a posição de Alain Prost como errada e política.

Depois da batida entre os dois, para mim um choque de corrida, Senna voltou para pista e venceu. Mas foi desclassificado por cortar a chicane. Naquela época podia ter ajuda externa. O francês entra com protesto e Ayrton é desclassificado. No mesmo GP vários pilotos fizeram o que Senna fez e não foram desclassificados e no ano seguinte a manobra foi permitida.

Mas, tudo bem. Até aí vai a opinião e interpretação de cada um.

Prost acha que no documentário o trataram como vilão. Ele não concorda com o foco e disse que não tem nenhum interesse em assistir. Pode ser e temos de respeitar a posição dele.

Mas de tudo que vemos, ouvimos e lemos precisamos tirar as nossas próprias opiniões. Nenhum dos dois era santo. Os dois jogaram (e muito) dentro e fora da pista. Pelas conquistas e forma de buscar as poles e vitórias, tenho mais admiração por Senna. E, também, não considero Prost como vilão e sim como um dos melhores de todos os tempos.

Aliás, Ayrton foi o que foi muito por esta rivalidade com o francês.

Mas em uma escolha direta, pura e simples, sou muito mais Ayrton Senna. E você?


Vai começar a festa
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Téo José

No domingo, dia 4, pertinho, começo minha 11ª temporada na Fórmula Truck. Uma categoria que me cativou ano a ano e a mais profissional que já vi no automobilismo brasileiro nestes meus 26 anos de pistas. O ano de 2012 teve uma pré-temporada bem interessante. Algumas mudanças no regulamento, pontuais e sempre necessárias para manter o equilíbrio, definidas pelas equipes e organização, vão dar um pouco mais de trabalho para a Volkswagen — atual campeã. Mas a equipe oficial RM também tem reforços na parte mecânica do caminhão o que pode logo significar um ganho maior.

A Ford, com a Djalma Fogaça Motorsport e Danilo Dirani, terminou o ano muito bem e pode fazer de 2012 a sua grande temporada na Truck. Roberval Andrade, que continuará com seu Scania nas cores do Corinthians, tem talvez o caminhão mais rápido da categoria. Mas só isto não é suficiente para vencer, se conseguir ser constante é candidato fortíssimo.

A Mercedes vai manter o mesmo e bom trabalho. Nas primeiras duas provas, Christian Fittipaldi vai dividir o trabalho com Wellington Cirino, já que Geraldo Piquet está suspenso. Não deixa de ser uma atração. O ex-Fórmula 1 e Indy tem uma tocada muito consciente e isto é importante para caramba no caminhão. Confesso que estou bem curioso com sua estreia. Em se tratando de Mercedes com a equipe ABF, sempre pode-se falar em título. O retrospecto prova. Cirino é o único tetracampeão e nem sempre os investimentos são grandes.

Deixei por último a Iveco que terá Valmir Benavides, uma novidade, e Beto Monteiro — dupla muito forte. O caminhão tem novo desenvolvimento com a chegada de novos parceiros técnicos. Nos testes foi muito bem e o clima é o melhor possível. Bacana ver o crescimento da marca. É uma das empresas que mais investiu no projeto, mas se preocupa com o crescimento e talvez por isso tem tido um avanço na Truck e no mercado de caminhões. Hoje creio ser o time mais focado e otimista da categoria. Não sei se será campeão, mas com certeza vai brigar.

Na TV, a Fórmula Truck continua na Band e com suas imagens em HD. Aliás este foi mais um pioneirismo, de tantos na categoria. No vemos no domingo, dia 4, uma da tarde, na tela da Band, direto do Velopark, no Rio Grande do Sul. Vai começar a festa de velocidade e emoção.


O clássico paulista
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Téo José

Palmeiras e São Paulo fazem mais um clássico do Campeonato Paulista neste domingo. São os dois melhores ataques da competição — o São Paulo com 20 gols e o Palmeiras com 18. Este confronto, raramente, tem resultado com mais de dois gols de diferença. Nos últimos vinte jogos, isto rolou só duas vezes com dois 4 a 1, para cada uma das equipes. Esperamos que pelo menos a média deste Paulistão (de 2,7 gols por jogo) seja mantida amanhã.

Depois de muito bate-boca e promessa até de processo, o São Paulo conseguiu a liberação do Lucas — como o Vasco fez com Dedé. Os dois jogadores estavam convocados para enfrentar a Bósnia, em amistoso de nossa Seleção.

O São Paulo tem vários desfalques, os principais antigos: Rogério Ceni e Luiz Fabiano. O o mais recente: Fabricio, que antes de se machucar novamente, contra o Bragantino, não estava atuando. Por isso não muda muita coisa. Quem vai fazer falta, mais uma vez, porque estava atuando, é Wellington. Vinha se transformando em peça das mais importantes no meio de campo.

Vejo muitas dificuldades para defesa do São Paulo que vem batendo cabeça. Maikon Leite é muito rápido e Barcos um centroavante forte, ágil e que sabe jogar. O São Paulo vai precisar demais de Lucas, que não vem bem, e Fernandinho. Mesmo achando que os dois técnicos entrarão cautelosos, boto fé em um jogo com destaque para os atacantes.

O Palmeiras está invicto há quinze jogos e vive um momento melhor, mesmo com empate diante do Oeste no meio da semana. Mas não aponto favoritismo. Neste clássico o equilíbrio é histórico.

E você o que acha que vai dar?

Estaremos juntos na Band na transmissão de Palmeiras e São Paulo, neste domingo, a partir das três e meia da tarde.


Flu tem melhor time. Vasco está jogando mais
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Téo José

Uma decisão de dois fortes candidatos a vencerem a Libertadores da América. Vasco e Fluminense decidem, neste domingo, a Taça Guanabara — o primeiro turno do Campeonato Carioca. O Vasco, de virada, ganhou do Flamengo na semifinal – 2 X 1. O Fluminense faturou nos pênaltis sua vaga, depois de empatar em 1 X 1 com o Botafogo.

O tricolor se reforçou de forma precisa para este ano. Já tinha um grande elenco e melhorou. Fez uma ótima pré-temporada, com Deco voando, mas quando a  bola rolou ficou devendo. Ainda não explorou  o potencial. Pode jogar muito mais, tanto que se classificou dependendo de resultado do Vasco — que estava no outro grupo.

Concordo com o Abel Braga: o Flu é o melhor time do Rio de Janeiro. Mas vejo isto apenas no papel. Não sei se o princípio de crise e a ameaça constante do Renato Gaúcho, no lugar do atual treinador, está influenciando. O certo é que o Fluminense ainda não está jogando nem 50% do que pode.

O Vasco manteve a base do ótimo 2011. Cristovão Borges deu seguimento ao trabalho do Ricardo Gomes de uma forma muito competente e tranqüila. Estes fatores ainda continuam dando frutos. O time é correto dentro de campo e tem boas opções no banco. Hoje, o Vasco joga o melhor futebol do Brasil e, por isso, mesmo não tendo a mesma qualidade no grupo, como o tricolor, pode vencer. E vou além: apesar de ser um clássico, arrisco dizer que tem um leve favoritismo.

O certo mesmo é que vamos ter uma grande final e espero que seja aberta, com os dois times em busca de gols e com poucos volantes e zagueiros povoando o campo. Como gosta de fazer o Joel Santana, pensando só em marcar, marcar e marcar, vai assistir da poltrona.


Os “professores”
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Téo José

Na cabeça de quem gosta do futebol bonito e tem pelo menos trinta anos de idade, é claro que o futebol brasileiro já teve mais arte e foi muito melhor jogado. Os meias e atacantes eram sempre os mais desejados pelo futebol de fora. Hoje lutamos para ser segundo na América do Sul, porque estamos atrás do Uruguai e, neste momento, no mesmo nível de Argentina e talvez Chile.  Na Europa, na atualidade, se fala mais em zagueiro e volante “made in Brasil”.

Desaprendemos? Não, mas a safra de treinadores, que muitos chamam de “professores”, não tem sido das melhores e tem piorado ano após ano. Nunca tivemos um de grande destaque lá fora. Felipão chegou a ser vice na Eurocopa em Portugal com time da casa, perdendo para Grécia, e depois se afundou no Chelsea. Carlos Alberto Parreira, venerado por aqui, talvez por ser artista nas horas vagas e intelectualizado, ganhou títulos quando esteve envolvido com a seleção, mas foi um dos times mais feios que vi jogar com a amarelinha e, fora do Brasil, nunca esteve em grande uma seleção ou fez um trabalho admirável. O titulo da Copa do Brasil pelo Corinthians, em 2002, também foi em cima de um futebol que não me atraiu.

Hoje, os treinadores ganham como nunca e arriscam na proporção inversa. O que vemos são esquemas altamente defensivos. Esqueceram os três zagueiros, mas povoam o meio de campo com volantes, chegando ao cumulo de Joel Santana, técnico do Flamengo, colocar quatro para enfrentar o Lanús. Isto mesmo o “temível” Lanús, pra quem não sabe, é um time mediano da Argentina. O reflexo está nas categorias de base, com a formação em série de zagueiros e principalmente volantes e o pior: gente que só quer saber de marcar e pouco levanta a cabeça para sair jogando. Nossa seleção de 1982, uma das melhores da história, tinha como volantes Cerezo e Falcão. Quanta saudade…

Josep Guardiola, treinador do Barcelona, um estudioso que se preparou para o cargo, conseguiu montar um dos melhores times de todos os tempos. Antes de assumir a equipe B, andou conversando com vários treinadores, esteve na Argentina, mas não passou por aqui. Isto porque diz que o Barcelona tenta jogar como o Brasil do passado, um time admirado por seus avô e pai. Ele é inteligente e sabe que iria perder tempo falando com gente que destruiu a nossa essência.

O Corinthians, atual campeão brasileiro, nos últimos 45 jogos, só uma vez conseguiu vencer uma partida por mais de dois gols de diferença e foi contra o Atlético-GO no Pacaembu. Para maioria, seus melhores jogadores são Ralf e Paulinho, dois volantes. É muito pouco para o atual campeão brasileiro.

Claro que temos exceções, bons treinadores, com visões de se jogar um futebol bonito, mais com a nossa cara. Mas isso tem sido cada vez mais raridade. Hoje, o que observamos, é primeiro entrar em campo para não perder e depois tentar ganhar. Muitos podem dizer que isto acontece porque os treinadores que perdem três, quatro jogos, são demitidos. Sempre foi assim por aqui. Só que no passado os grandes raramente perdiam tantos jogos, porque eles entravam em campo para vencer e com o pensamento de atacar.

A geração atual já está comprometida e temo pela próxima também. O Brasil precisa mudar sua forma de jogar na seleção e maioria dos clubes. O exemplo não está longe em quilômetros e sim no tempo. É só olhar pra trás.


Caio Júnior fora do Grêmio
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Téo José

O que se fala em Porto Alegre é que não passa de hoje a troca de técnico no Grêmio. Caio Jr., que teve tempo para montar seu elenco e trabalhar o time, não está aguentando a pressão e deve deixar o time. Renato Gaúcho que estava de olho na crise do Fluminense, que agora ficou um pouco esquecida, pinta como um dos favoritos para assumir. A equipe gaúcha dá impressão que pode repetir 2011, quando teve cinco treinadores – um deles Renato, que ficou quase sete meses, mas que também não resistiu.

Caio que em 2011 esteve no Botafogo e terminou no Grêmio, é um bom profissional, correto, mas precisa lidar com a pressão. O tempo fora do Brasil foi muito importante para amadurecimento, mas ainda falta tranquilidade em momento adversos.

Renato é uma solução? Com o elenco atual, onde tem muita gente que adora conflito e criar probleminhas, que se transformam em maiores com o tempo, acho bem complicado, mas prefiro esperar algo mais concreto. Como estamos em plena segunda-feira de Carnaval, resolvi mudar o tema que pretendida conversar aqui hoje e por isto estou mais econômico. Aliás, este tema é exatamente sobre eles: “os professores”, quer dizer os treinadores.

Atualizando: As coisas andaram. Caio Jr. está fora, mas o substituto pode ser outro: Vanderlei Luxemburgo. Creio ser melhor do que Renato Gaúcho, principalmente com o grupo atual.


Salo detona Massa e Senna
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Téo José

O finlandês Mika Salo, ex-piloto da Fórmula 1, com uma rápida passagem pela Ferrari e, agora, comentarista de automobilismo na televisão finlandesa, não poupou os sul-americanos da atualidade.

Disse que não acreditava que a Ferrari iria manter Felipe Massa neste ano, depois de um 2011 horroroso. Sobre a Williams, ele  falou que tem a pior dupla de pilotos do grid:  o venezuelano Pastor Maldonado e o brasileiro Bruno Senna.

Foi mais longe: disse que os dois são suscetíveis a erros e que Bruno fez poucas corridas boas no ano passado e terminou muito mal.

Realmente Massa teve um ano péssimo e na verdade correu riscos. Ele próprio assumiu que não teve um bom ano. Sobre a dupla da Williams, não chego a tanto. Dizer que é a pior. Mas acho que não vai conseguir desenvolver o carro e é o momento que mostra que o time está cada vez menor. As duas vagas foram literalmente vendidas.

E você o que acha?


Qual é a sua, Mano?
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Téo José

Não é de hoje que mostro minha insatisfação e falta de entendimento com o trabalho do Mano Menezes na Seleção Brasileira. Nesta convocação para o jogo contra a Bósnia, vou ficar em cima de apenas dois nomes. Um dentro e outro fora.

Chamar Ronaldinho Gaúcho, que no primeiro semestre do ano passado cheguei a defender, pois estava sendo mais profissional e jogando bem, foi um prêmio às armações do futebol e ao mal comportamento.

Mano não deve estar vendo jogos do Flamengo e  nem deve estar ouvindo rádio, vendo TV, navegando pela internet ou lendo jornal. Todo mundo sabe como anda o comportamento do camisa 10 em 2012. Aliás, desde o ano passado.

Só ele que não se importa com estas coisas. Quer é fazer média mesmo.

A justificativa:  precisa dar sequência ao trabalho. Dá um tempo. No ano passado o papo era outro, agora, coincidentemente, depois de algumas declarações do seu chegado, parceirão Andrés Sanchez, vem com este papinho, seguindo a mesma cartilha. Pensei que estas coletivas pasteurizadas e ensaiadinhas tinha um fundo de verdade. Vejo que as palavras são só palavras.

Na mesma coletiva ele diz que observou Kaká e não viu o que gostaria de ver. Não sei, na boa, o que o treinador queria ver. Porque convoca Jonas… opa! já fui para o terceiro nome. Vamos voltar…

Kaká merece sim estar na seleção. Merece tratamento especial não só pelo que jogou, pelo profissionalismo, mas principalmente pelo que pode voltar a jogar. É uma pena ver o nosso futebol na mão de treinadores que ajudaram a descaracterizá-lo.

Da forma que o senhor Mano Menezes vem conduzido a Seleção, corremos um sério risco de ficar na segunda fase da Copa e olha se não saímos na primeira. Espero que até lá muita coisa mude. Quem sabe até com a chegada de um novo treinador.


Mais um passo de Barrichello
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Téo José

Rubens Barrichello está muito próximo de anunciar sua ida para Fórmula Indy. O teste marcado para os dias 25 e 26 em Sonoma, Califórnia (EUA), não é novidade. Já estava previsto. Isto mostra que tudo vem caminhando bem. Neste treino ele vai saber se a montagem do novo carro da KV, que seria o dele, foi dentro da normalidade e começar o desenvolvimento. Até agora ele andou nos modelos Dallara do Tony Kanaan e Ernesto Viso – que devem ser seus companheiro de equipe.

A KV já deu passos importantes em busca de fechar o orçamento, da mesma forma Rubens aqui no Brasil, com  patrocinadores pessoais e do time. Não está 100% fechado, mas tudo andou muito bem nos últimos dez dias e eu diria que o passo para sua confirmação foi bem grande. Não existe um prazo para ser feito o anúncio oficial, mas acredito que aconteça até o fim do mês. A chegada do Carnaval atrapalha um pouco a rapidez de algumas respostas.

Barrichello correria as 15 etapas – em casa já foi tudo resolvido. Mas esta confirmação só vai sair com o anúncio oficial. Ele só não corre na Indy neste ano se um fato novo aparecer no caminho. Neste momento está tudo caminhando para sua entrada.


Danilo, Jorge Henrique e William como titulares
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Téo José

Na próxima quarta-feira o Corinthians estreia na Libertadores contra o Deportivo Táchira, na Venezuela. Depois de muito mistério, saiu a lista com os 25 jogadores inscritos na primeira fase. Adriano é um deles. Mas não foi com o grupo. Está fora do primeiro jogo.

Ontem, no Pacaembu, na vitória por um a zero contra o São Paulo, o time fez seu melhor jogo neste ano. Talvez, sem querer, Tite “deu no ninho” e descobriu uma nova e melhor formação. Alex e Liédson não vem jogando bem e – ontem – o time ganhou velocidade força ofensiva com Danilo, mais centralizado e bem a frente dos volantes e William e Jorge Henrique mais abertos. Elton se esforçou muito, mas colocaria o Emerson – – que ontem também foi poupado.

Muita gente fala que Danilo é lento para o meio. Às vezes dá esta impressão, mas não é. Mais a bola é que precisa ser rápida e isto ele sabe muito bem fazer. Colocá-lo como quase um ponta, pela direita, é um erro. É limitá-lo demais. Com ele, onde atuou ontem, Ralph e Paulinho cresceram também e Alessandro passou a ser mais uma opção de chegada – já que com William também cresce.

Muitos podem achar exagero, mas para mim, em qualquer profissão, quem rende mais no momento tem de ter oportunidade. Por isso, acho que está na hora do Tite ousar mais. Pelo menos neste momento, depois de nove jogos em 2012, incluindo dois amistosos, esta foi a formação que mais me agradou no Corinthians. Mas como Tite poucas vezes ousa (é um treinador de convicções bem fortes), na quarta o time terá Alex, Danilo, Emerson e Liédson.

E você o que acha?