Blog do Téo José

Categoria : Futebol

Uma seleção que apaga
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Téo José

Não vou chegar a dizer que a seleção brasileira de futebol feminino, literalmente, “amarela”. Seria exagero. Mais uma vez vimos o time apagar em um momento de decisão. Joga bem, tem boas oportunidades de matar a partida e acaba tomando um gol no fim, vai para prorrogação, pênaltis e volta para casa sem o 1º lugar. No Mundial foi assim contra os EUA, ali com o time principal. Agora, o mesmo no Pan contra o Canadá. Sei de todas as dificuldades que vive o futebol feminino no Brasil e o quase nada de apoio que tem, mas quando se chega em momentos assim estas dificuldades praticamente não têm peso.

Vendo o jogo de ontem, acho que falta um pouco mais de cabeça de vencedor. Da garra positiva. Menos jogadas bonitas e mais bolas na rede. Menos marcação violenta e esquema, mais inteligência na hora H. O gol de empate canadense saiu de uma cobrança de escanteio e a defesa, incluindo a goleira Barbara, que falhou, estavam vendo a banda passar.

Faltou concentração, determinação. O Brasil, mesmo com um time praticamente reserva, jogou mais e é melhor do que o Canadá.

Observando os treinadores, vi o canadense o tempo todo gritando com seu time e pedindo garra, incentivando, para não desistirem. O nosso, Kleiton Lima, mais uma vez, parecia assustado depois do empate canadense a cinco minutos do fim. Antes dava impressão de estar assistindo o jogo, não comandando.

Depois da partida afirmou que foi um resultado de muito mérito. Concordo. Principalmente pelos desfalques. Mas discordo, pela partida decisiva. Jogou mais, muito mais, estava com o resultado nas mãos e perdeu. De novo.

Não é hora de caça as bruxas, mas é hora de mudar a filosofia do futebol brasileiro feminino. Precisa entrar em campo com a cabeça de futebol vencedor. Claro, precisa de mais apoio, muito mais. Mas se ele ainda não veio, e batemos na porta, temos a possibilidade de ganhar dentro de campo como nas últimas competições. Não é para ficar reclamando e sim para comemorar. Desta forma o peso das reivindicações será outro.


Sul-Americana ganha importância para três brasileiros
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Téo José

Não é fácil para treinadores e dirigentes dos quatro clubes brasileiros (na Sul-Americana) definirem prioridades na reta final do Campeonato Brasileiro – tirando o Vasco, que está nas duas competições e já tem vaga garantida na Libertadores 2012 (campeão do Copa do Brasil). Botafogo, São Paulo e Flamengo ainda lutam pelo titulo no Nacional e tem jogos decisivos na outra competição.

A Sul-Americana para estes três pode ser o passaporte para a Libertadores. Se o Brasileirão terminasse hoje, o São Paulo estaria fora da Libertadores. Bota e Flamengo ainda lutam pelo titulo por aqui, mas lembro que vivemos uma gangorra na classificação.

O Bota joga nesta terça-feira, na Colombia, contra o Santa Fé. Em casa empatou com placar mínimo. Vai com time misto. Neste caso, e por ser uma terça-feira, acho um grande erro. O São Paulo encara o Libertad, no Paraguai. Venceu em casa por um a um , vai com equipe titular. O Flamengo tem a missão mais complicada: vai ao Chile encarar o Universidad de Chile. Tomou um chocolate no Engenhão, quatro a zero para os chilenos.

Vanderlei Luxemburgo vai com a base reserva. O Vasco joga amanhã, em São Januário, contra o Aurora da Bolívia. Na partida de ida perdeu por três a um. Se fosse treinador de um destes três times, olharia com mais atenção e carinho para Sul-Americana. Depois dos jogos deste meio de semana, só vão ficar oito equipes e corremos o risco de não ter nenhuma brasileira. O vasco já está na Libertadores, é diferente.


Os caminhos de Vasco e Corinthians
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Téo José

Apesar do Vasco ser o novo líder do Campeonato Brasileiro, abrindo dois pontos de vantagem para o Corinthians, segundo colocado, vejo muita gente (e até matemáticos) dizendo que o time paulista tem mais chances de titulo. A base é a caminhada de cada um nas sete últimas rodadas. Vejam esses caminhos:

Vasco joga em casa contra: São Paulo, Botafogo, Avaí e Flamengo. Fora enfrenta: Santos, Palmeira e Fluminense.

O Corinthians em casa pega: Avaí, Atlético PR, Atlético MG e Palmeiras. Fora tem: América MG, Ceará e Figueirense.

Realmente, batendo o olho podemos achar que a caminhada do Corinthians é mais fácil. Mas precisamos analisar duas coisas. O Santos já vai começar a tirar o pé e pode poupar jogadores, pensando no Mundial. Contra o Fluminense é um jogo em casa também – porque Engenhão é no mínimo neutro.

O Corinthians vai pegar times que estão mais abaixo na tabela, mas estão na luta desesperada para não cair. Pegar Atlético MG, Atlético PR e América MG e Ceará, estes dois fora, serão partidas bem complicadas.

Vejo caminho bem parecidos e, para mim, não existe favoritismo algum. Ainda mais em um campeonato tão equilibrado. Temos de levar em consideração também que o Vasco tem dois pontos de vantagem e igualou o número de vitórias do Corinthians e hoje tem um saldo de gols melhor.

Outro detalhe é que nesta gangorra das últimas dez rodadas não dá para tirar da briga: Botafogo, Flamengo e – quem sabe – até Fluminense.

E pra você tem favorito?


De novo Adriano
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Téo José

Leio agora que Adriano está com 101 quilos e precisa perder três. Tem de diminuir a massa de gordura do seu corpo de 14% para 11% . Não sabia destes números e nem sei se realmente são verdadeiros. O que deu para sentir, antes mesmo de entrar em campo contra o Atlético Goianiense, é que não poderia estar ali participando de um jogo de futebol profissional.

Na verdade, acho que mais do que vi o Ronaldo, em fim de carreira, nas suas últimas partidas, nunca tinha visto um time grande do Brasil com um jogador tão fora de forma. Tanto que a comissão técnica e o pessoas do departamento médico e fisiologia do clube resolveram intensificar a preparação.

O caso do Adriano é diferente do caso Luiz Fabiano. O primeiro está fora de forma, precisa adquirir as melhores condições fora das partidas. O segundo precisa de ritmo de jogo e isto só jogando.

Se forçarem de novo a barra, colocando-o no domingo contra o Inter, vamos ver a mesma cena, um pouquinho só melhorada. Adriano seria um grande reforço para o Corinthians, ou qualquer time do Brasil, mas em condições mínimas de atuar pelo menos 20 minutos em uma partida. Da forma que está,  é passar vergonha.

Só para lembrar: na época, antes da estreia, fizemos uma observação neste mesmo espaço bem parecida com esta.


Falta comando
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Téo José

O futebol no Brasil, em muitos casos,  tem pago a jogadores e treinadores o que se paga na Europa. Tem time, também, com orçamento bem parecido. Tá certo que em alguns centros de lá as coisas já foram melhores – como na Itália. Só que aqui a grana tem crescido e o profissionalismo não. Hovejo declarações e crise em pelo menos dois de São Paulo: Palmeiras e São Paulo e um bate boca sem nenhuma necessidade entre Andrés Sanchez e Juvenal Juvêncio.

No Palmeiras uma das maiores estrelas está afastada e o treinador não para de dar declarações fortes e polêmicas. No meio do furacão Felipão viaja para casamento do filho em Portugal. Só volta depois da rodada de domingo ou seja, perde uma partida. Ele, como muitos que trabalham com esporte, meu caso por exemplo, sabe que o calendário vai até o primeiro domingo de dezembro. A data é bem importante, mas poderiam ter pedido para marcar o  casamento para uma época livre, ou pelo menos um dia livre. Sei que já teve compromissos profissionais, por aqui, que alugou avião particular, na época que treinava a seleção portuguesa. É um problema particular , dele, mas influência no profissional. A diretoria, mais uma vez, se cala com a crise do Kléber e a agressão ao João Vitor, está ficando uma marca registrada.

No São Paulo volta o caso Dagoberto. Os dois lados se acusam e o time claro acaba sentindo o racha. Na boa, tá faltando comando, ou melhor, profissionalismo. Certos cargos nas equipes precisam ser ocupados por gente profissional, do ramo. Como disse ontem lugar de torcedor é na arquibancada, no caso de dirigentes torcedores nas cadeiras reservadas.


Os tais “torcedores” atacam novamente
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Téo José

“Torcedores” do Palmeiras, ontem, agrediram o volante João Vitor. O atleta estava com um primo e amigo, no bairro Perdizes (SP), fazendo compras em uma loja oficial do clube. Além deste episódio deplorável, a selvageria iniciou nova crise em todo time.

No dia 21 do mês passado, conversei com vocês neste nosso espaço sobre o poder das torcidas. Acho que vale a pena ler de novo. As palavras são bem atuais:

Lugar de torcedor é na arquibancada

Hoje é normal torcedores, geralmente das organizadas, fazerem reuniões com treinadores, dirigentes e jogadores. Normal, também, invadir CTs  e vestiários. Existe uma preocupação danada em quase todos os clubes com a repercussão que alguns fatos vão causar nas torcidas tidas como organizadas. Em momentos de polêmicas, empresários de jogadores se apressam em dar explicações aos líderes destes movimentos. Em outras situações podem ser usadas para desestabilizar atletas, técnicos e cartolas.

Sou do tempo que torcedor ficava na arquibancada. Lá mostrava sua insatisfação, sem o tal do corpo a corpo. Um tempo onde nem se sabia os nomes deste líderes e o contato era distante mesmo. Não tinha distribuição de ingressos gratuitos, custeio de viagens e nem ajudas materiais. Os próprios cartolas criaram estas situações e, agora, vários ficaram reféns. Alguns treinadores, também, deram uma importância enorme às organizadas e agora sentem na pele as cobranças.

Este momento, quando as organizadas se acham maiores do que realmente são para um time de futebol, tem sido observado em todo país e não tem mais o foco restrito a São Paulo, Rio, Belo Horizonte ou Porto Alegre. Pelo visto, o poder só vai aumentar. Uma pena.


Virou moda: “não tem mais bobo”
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Téo José

Vou colocar a Copa de 98 como uma data, mas acredito que me refiro há um passado um pouco mais passado. Talvez 94 ou 90. Pois é, em qualquer jogo valendo entre Brasil e qualquer seleção da América do Sul, tirando Argentina e Uruguai, tinha o favoritismo absoluto. Contra Colômbia e Bolívia, com ou sem altitude, era vitória na certa. Venezuela era saber se seria com mais (ou menos) de quatro gols de vantagem. O México sempre foi simpático, mas também tínhamos total favoritismo.

Hoje o Brasil, com teoricamente seu time principal, na “era” Mano Menezes, fica difícil saber qual é o time principal. Encara o México e, muitos dizem, que vai ser um teste duríssimo. Concordo com quem pensa assim. Naquele tempo que me referia, não tinha dúvida em apontar favoritismo para nós. Hoje até a Costa Rica oferece resistência. É uma fase longa sem material humano? Claro que não. Neste tempo Ronaldo, Ronaldinho, Kaká já foram considerados os melhores do mundo. O problema são os treinadores. Gente como Parreira e Mano que querem inventar esquema de jogo que não cabe em uma seleção com bons jogadores. Cabe, sim, em time de cabeçudos. Enchem as equipes de volantes e mexem nas características de cada um. Inventam convocações.

A Espanha tem volantes que sabem jogar, tem jogadores habilidosos e o esquema de jogo é simples: jogar. Fazer aquilo que fazem no Real e Barcelona. Hoje os melhores times do mundo. Além disso, sabem motivar os jogadores. Este também é um trabalho duro dos treinadores, coisa que nossa turma não anda conseguindo. Tanto que tem gente, que ainda não é conhecida lá fora, uma promessa ainda, pedindo dispensa da seleção.

Claro que sempre existe pressão política. Só que hoje o que falta é gente com coragem para deixar os jogadores jogarem como fazem nos seus clubes. Não desaprendemos, ficamos sim medrosos e retranqueiros. Ficamos com a cara de treinadores. E não de nosso futebol.

Alguns vão falar que Parreira foi campeão do mundo. Foi sim e com méritos. Mas também com um futebol de pouco brilho. Viveu mais de atuações individuais de uns quatro, principalmente de um, que virou político. Pena que o treinador não aprendeu.


Adriano na marra
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Téo José

O futebol anda meio mudado. Algumas coisas melhoraram, outras não. Não me recordo, no passado, nas grandes equipes, se forçar a volta de jogadores depois de tempos de recuperação por conta de contusão e fora da forma física. Ritmo se ganha jogando, baixar peso se ganha com determinação, fechando a boca e seguindo rigidamente preparação definida por profissionais.

Luiz Fabiano ficou sete ou oito meses parado, mais que Adriano e voltou dentro de um peso normal, diria que seu peso habitual, agora vai melhorando sua forma de atuar partida após partida. No Corinthians, nos seus últimos tempos como jogador, Ronaldo estava visivelmente acima do peso e entrava em campo como gênio da bola que foi. Ele se virava, mas apenas lembrava o velho Ronaldo.

Agora acontece o mesmo com Adriano. Não sei se motivados por esta disputa besta com Luiz Fabiano, vão colocá-lo em campo domingo contra o Atlético Goianiense. Totalmente acima do peso.

Sou do tempo, também, que jogador fora de campo se cuidava para se manter dentro do peso quase que ideal. Mesmo sem atuar, jogador, apesar de não ter tantos avanços como hoje, se cuidava. Se preocupava mais. Em um esporte profissional, não entra na minha cabeça, atleta ficar, seja por pouco, ou muito, tempo com 10 ou 15 quilos acima do ideal. Isto não é falta de treinamento mais duro e, sim, desleixo com a profissão e o próprio corpo.

Adriano está totalmente acima do peso e não deveria entrar em campo. Nem por 30 minutos. Joga muito e pode, mesmo nestas condições, conseguir marcar gols. Mas se torna também um exemplo para aqueles que, mais adiante, deixem de se cuidar.

“Se ele não foi responsável com o próprio corpo, eu também”, podem pensar outros atletas. Não me lembro de ver jogadores tão acima do peso atuarem em grandes equipes pelo mundo – como os casos de Ronaldo e Adriano.


Meu ídolo
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Téo José

Nunca escondi de ninguém que Rivelino foi e é o meu grande ídolo no futebol. Antes de mais nada, digo que não tem nenhuma ligação com clube. Sou torcedor do Goiás. Rivelino sempre me passou garra, habilidade e muita vontade de chegar ao gol. A forma como comemorava os gols, às vezes com raiva, era outro fator que me chamava atenção.

O garoto do Parque, Reizinho, como era chamado no Corinthians, saiu da equipe numa das maiores injustiças de clube e seus ídolos. Queriam que ele, sozinho, ganhasse títulos – naquele jejum histórico. Mas para o bem dele, e do próprio futebol, se encontrou no Fluminense, na ‘Máquina’ do Francisco Horta.

Nesta época, tive o prazer de ver sua estréia. Aliás, de uma certa forma, fiz parte. Era um amistoso contra o Goiás e, naquela época, eu era mascote do verdão. Entrei no gramado do Serra Dourada e fui direto pedir um autógrafo, que prontamente foi dado. Diferente de dois anos antes, ainda no Estádio Olímpico, negado pelo Pelé, em uma partida do Brasileiro.

Se tem uma coisa que ainda gostaria de fazer na TV era trabalhar com Rivelino. Ele já foi comentarista na Band e SporTv. Hoje cuida apenas de seus negócios. Ainda espero este momento, mesmo que seja em um programa apenas. Espero, também, uma oportunidade para dizer estas palavras pessoalmente.

Aqui fica um vídeo, achado na internet, mostrando um pouco da magia do futebol do Rivelino – considerado por Maradona sua grande inspiração e, também, cultuado por Ronaldinho Gaúcho. Mas para mim, o maior importante é ser meu grande ídolo no futebol.

E o seu ídolo, quem é?

Veja o vídeo


Vasco é favorito no domingo
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Téo José

Domingo teremos o confronto do líder contra o vice-líder. O Vasco recebe o Corinthians. O atual campeão da Copa do Brasil tem o favoritismo. Não só pelo que vem jogando, mas também por atuar em casa. Do outro lado, uma indefinição de atacantes. Emerson está fora e Liedson ainda é dúvida. O Corinthians perde muito, mesmo se pensar que o empate não deixa de ser um bom resultado. Mas sem os dois, ou um dos dois, vai ser um time com pouca posse de bola na frente. No momento, esta dupla é o ponto forte da equipe paulista.

Não vou dizer que se trata de uma decisão. Mas o vencedor dará mais um passo grande ao objetivo final. Não só pelos pontos, mas também pelo lado da confiança. Vencer o principal adversário da tabela é um feito pra dar muita moral. O Vasco, com o Cristóvão Borges, vem seguindo o que deixou Ricardo Gomes. A serenidade e humildade do assistente técnico não deixa de ser um trunfo quando se perde, pelo menos momentaneamente, o principal responsável pela temporada muito boa do clube carioca.

Independentemente do resultado, espero que tenhamos um grande jogo neste domingo. Para colocá-lo como um dos principais do ano. Como Santos X Flamengo e Botafogo X São Paulo.

E pra você, quem é o favorito?