A imprensa norte-americana tem dado como certa a renovação do Tony Kanaan com a equipe KV Racing. Sigo nessa mesma linha. A assessoria de imprensa do piloto afirma que nada está assinado e que ele mantém conversas com outros times. Se realmente o contrato ainda não foi selado, posso adiantar que será. A KV quer o piloto por mais dois anos e, hoje, o que pega é o lado financeiro. Tony quer ganhar mais para ter um acordo longo e as duas partes negociam.

Acredito que em mais uma semana, talvez menos, porque hoje o piloto estará visitando um grande patrocinador do time, tudo estará fechado. A KV Racing passa a andar com motor Chevrolet no ano que vem. Com os novos carros e motores da categoria, Tony (pelo seu talento e experiência em desenvolver equipamento) passa a ter ainda mais importância para o time.

Nunca fui a favor das mudanças de treinadores depois de quatro, cinco ou seis resultados negativos. Acho que a escolha tem de ser melhor feita no momento da contratação e, também, a filosofia e a forma de trabalho do clube são os mais importantes. Um treinador passageiro não pode aplicar sua atuação para as categorias inferiores e, assim, cada vez mais, a maior parte dos time tem utilizado menos os atletas da base. Aqueles que têm um investimento bem baixo e, depois, podem render muito. São raros os casos que se tem um planejamento. Muitas vezes, sem a sequência, porque a troca dos treinadores virou uma coisa imediatista no nosso futebol.

A Europa, principalmente o futebol inglês, nos mostra que a continuidade faz muito bem ao clube no seu todo. O São Paulo sempre teve bons jogadores subindo de sua base, porque não tinha esta filosofia. De uns tempos para cá mudou. Mesmo assim, a safra de jovens vem se mantendo. Por enquanto. Porque aquele que subiu hoje ainda é reflexo do passado. O Flamengo, que tem um técnico há quase um ano, o que é muito tempo para os padrões daqui, voltou a investir nos jovens em seu time principal.

Por falar em São Paulo e Flamengo, observamos a classificação atual do Brasileirão e vemos que nas seis primeiras posições temos quatro equipes que mantiveram seus treinadores desde o regional (que não é tanto tempo assim): Corinthians, Flamengo, Vasco e Palmeiras. Não é coincidência.

Depois de 16 anos e 11 meses, a Penske volta a colocar três pilotos nas três primeiras posições em uma corrida da Fórmula Indy. A última vez havia sido no oval de Nazareth, em 1994, com Paul Tracy Al Unser Jr e Emerson Fittipaldi. Ontem deu Will Power, Hélio Castroneves e Ryan Briscoe. Os três também largaram nas três primeiras colocações. Depois vieram Dario Franchitti e Scott Dixon – que não mudaram suas posições de largada. O que mostra que a corrida foi bem chata.

Com este resultado, Power diminui a diferença para Dario. Agora 26 pontos separam os dois. Faltando quatro etapas para o final, podemos dar um pequeno favoritismo para o escocês da Chip Ganassi, apenas pela liderança atual, mas vejo que poderemos ter um belo duelo pelo titulo. A Penske está há quatro anos em jejum de títulos. A Ganassi venceu os três últimos. Em 2009 e 2010, deu Franchitti pela Ganassi. Ele também faturou 2007, só que pela Andretti.

No fim de semana um ponto positivo foi o crescimento da Bia Figueiredo. Largou em 10º, melhor posição de saída nesta temporada e terminou em 13º. Poderia ter aparecido entre os sete primeiros, mas um erro de cálculo de sua equipe a fez se chegar arrastando ao primeiro pit stop, com falta de etanol. Se tiver uma estrutura melhor pode aparecer um pouco mais à frente.

A próxima corrida será domingo em Baltimore. E para fechar estas linhas pergunto a você: Quem fica com o título? Dario Franchitti ou Will Power?

Neste final de semana acontece a 13ª etapa da temporada da F-Indy. O circuito Infineon Raceway recebe o GP de Sonoma da categoria americana. Estarei ao lado do Felipe Giaffone na transmissão, na Band, a partir das 19h45 do domingo (28). Dados da prova:

Pole-positions

2005: Ryan Briscoe – Chip Ganassi/Toyota

2006: Scott Dixon – Chip Ganassi/Honda

2007: Dario Franchitti – Andretti Green/Honda

2008: Hélio Castroneves – Penske/Honda

2009: Dario Franchitti – Chip Ganassi/Honda

2010: Will Power – Penske/Honda

Vencedores

2005 : Tony Kanaan – Andretti Green/Honda

2006: Marco Andretti – Andretti Green/Honda

2007 : Scott Dixon – Chip Ganassi/Honda

2008 : Hélio Castroneves – Penske/Honda

2009: Dario Franchitti – Chip Ganassi/Honda

2010: Will Power – Penske/Honda

Nesta quinta-feira, em Mônaco, aconteceu o sorteio das chaves para edição 2011/2012 da Liga dos Campeões. Veja como ficou a briga no torneio de clubes mais importante do mundo:

Grupo A: Bayern de Munique (ALE), Villarreal (ESP), Manchester City (ING) e Napoli (ITA).

Grupo B: Inter de Milão (ITA), CSKA Moscou (RUS), Lille (FRA) e Trabzonspor (TUR).

Grupo C: Manchester United (ING), Benfica (POR), Basel (SUI) e Otelul Galati (ROM).

Grupo D: Real Madrid (ESP), Lyon (FRA), Ajax (HOL) e Dínamo Zagreb (CRO).

Grupo E: Valencia (ESP), Chelsea (ING), Bayer Leverkusen (ALE) e Genk (BEL).

Grupo F: Arsenal (ING), Olympique de Marselha (FRA), Olympiacos (GRE) e Borussia Dortmund (ALE).

Grupo G: Porto (POR), Shakhtar Donetsk (UCR), Zenit São Petersburgo (RUS) e Apoel Nicósia (CHP).

Grupo H: Barcelona (ESP), Milan (ITA), Bate Borisov (BLR) e Viktoria Plzen (RTC).

A primeira rodada será entre os dias 13 e 14 de setembro. A grande final está marcada para 19 de maio do ano que vem, em Munique (Alemanha).

O que você acha que vem pela frente com os grupos e primeiros confrontos conhecidos?

Uma das polêmicas mais bobas criadas no futebol brasileiro atual é esta de que Kleber “Gladiador” ser torcedor do Corinthians. A torcida Gaviões da Fiel mostrou uma ficha de inscrição para a adesão do jogador palmeirense. Se realmente for dele, o que tem isto? Nenhuma importância. O que se tem de cobrar dos atletas de clubes é profissionalismo, em forma de dedicação e vontade.

Ou será que todos jogadores que estão hoje no Corinthians são torcedores do time do Parque São Jorge? E do Palmeiras? Flamengo? São Paulo? Inter? Cruzeiro? Goiás? Dá um tempo. Conversa fiada.

Hoje jogador vive beijando símbolo de clube, mas na verdade estão ali por falta de oportunidade melhor. Ou por grana. Nada de errado neste segundo aspecto. São jogadores profissionais. Por isso repito: o que se tem de cobrar é profissionalismo, vontade e dedicação. Neste ponto, mesmo tendo atitudes que não concordo, fora de campo, Kleber nunca fugiu de suas obrigações com a camisa do Palmeiras. Sempre é um atleta que se dedica (e muito) dentro das quatro linhas.

O resto, neste caso, é buscar pelo em ovo.

Depois da 18ª rodada, e penúltima do primeiro turno, do Campeonato Brasileiro, chego a conclusão que não tem um time favorito ao título. A temporada está bem equilibrada. Para alguns, por baixo. Eu fico com um nível intermediário, nota cinco. O Corinthians entrou em uma fase de instabilidade total e acho que ainda falta um meia. Alex é bom jogador, pode crescer, mas ainda está naquela fase de readaptação ao futebol brasileiro. No Flamengo, o elenco é bom. Mas para peças como Ronaldinho e Thiago Neves ainda falta um substituto. Botinelli está bem longe de ser. Ainda tem deficiência no meio da zaga e, principalmente, no ataque. Jogar com Ronaldinho deve ser muito fácil e o pessoal da frente tem complicado em muitas oportunidades.

O São Paulo ainda não tem um padrão de jogo. Talvez com o elenco completo possa crescer. Pelo menos precisa e tem material para isto. Talvez seja o melhor elenco do Brasil. O Vasco é um time muito bom de ver jogar. Aprecio o futebol do Juninho, é diferenciado, mas também não é mais um garoto. Tem dois zagueiros excelentes e um goleiro que já merecia um chance na seleção. Mas falta banco também. O Palmeiras está há tempos sem um ataque que funcione e os bastidores sempre são carregados. Como diz o companheiro Ulisses Costa, o clima é tão carregado que perde para ele mesmo. No fundo, acho que um grupo de jogadores bem complicadinho. Parece ter uma panela por ali que acaba prejudicando (e muito) o trabalho do Felipão. E olha que se trata de Luiz Felipe Scolari. O Botafogo é um time que gosto e de forma tranquila vai jogando um bom futebol.  O ponto forte é o ataque, Elkeson – ainda tem muito o que crescer, o que é bacana- Loco Abreu e Herrera. Olho neste time.

Saindo deste grupo, ainda temos o Internacional – que já teve time bem melhor. Mas pode surpreender. Afinal é o Inter. Depois, deveriam aparecer Fluminense, Cruzeiro e até o Santos. Mas estes, por erros próprios, já deixaram o trem passar e não conseguem mais embarcar para viagem do título.

E você o que acha?

Nesta semana, na tela da Band, dois grandes jogos envolvendo o futebol europeu. Estamos dizendo até que se trata de dias de decisão. É. Pela Liga dos Campeões, vamos ter a segunda e última rodada da fase de pré-classificação com 20 times nos jogos da volta em busca das dez derradeiras vagas na fase de grupos. Nossa atração será Udinese e Arsenal. No jogo da Inglaterra deu o time local por uma a zero, o que é pouco. Ficar fora da Liga será mais um duro golpe nesta fase complicada dos “Gunners”. Na quinta-feira, em Mônaco, acontecerá o sorteio dos oito grupos, de quatro times cada, para a continuidade da competição de clubes mais importante do planeta.

Na sexta-feira, também em Mônaco, temos a decisão, em jogo único, da Supercopa da UEFA. Ou Europeia, como queiram. Porto, campeão da Liga da UEFA, pega o Barcelona, vencedor da Liga dos Campeões. Sem dúvida uma grande atração. O Porto sempre um time com um futebol bonito e querendo gol, contando para isto com o brasileiro Hulk que merecidamente foi chamado pela primeira vez para seleção brasileira na fase magra de Mano Menezes. O Barcelona, de todo mundo, só tem fera. As duas partidas, ao vivo, três e meia da tarde (15h30).

Ainda sobre o futebol europeu leio hoje que Kaká pode deixar o Real nesta semana. Arsenal e Inter têm interesse. O time inglês para tentar aplacar a crise e o desânimo dos torcedores – depois da saída de Fábregas para o Barcelona. A Inter também para suprir a falta do camaronês Eto’o, hoje deve ser selada sua transferência para o Anzhi, clube russo, onde está o Roberto Carlos. No fundo, a Inter sonha com a dupla Kaká e Forlán. Aí sim, uma equipe para ser mais respeitada. Ainda acredito que Kaká possa mostrar um futebol bem parecido com seus bons tempos de Milan e, para isto, precisa deixar o Real.

Depois de 16 jogos sem saber o que é perder no Brasileiro, sua melhor sequência na competição, o Flamengo caiu no Engenhão diante do Atlético Goianiense. E de goleada: 4 X 1. Foi a segunda derrota no ano. A outra aconteceu no confronto com o Ceará pela Copa do Brasil. A falta do Ronaldinho foi um fator determinante para este tropeço. Além de não estar em campo, sem nenhuma dúvida, o craque e a referência do time. Forçou Vanderlei Luxemburgo a escalar o time de forma errada. O treinador, que vive um grande momento, não foi bem. Mexeu em três setores para tentar suprir a falta. Alterou o esquema tático.

Vanderlei colocou três zagueiros, povoou o meio de campo com volantes, deixou Thiago Neves mais a frente e ainda escalou Botinelli como o homem de armação – ele não tem futebol para isto. Luiz Antônio joga mais, deveria ter entrado como titular. O time estava perdido diante de um Atlético que tem um bom elenco e teve uma grande noite, com Anselmo bem inspirado. Teve também o fator relaxamento, como citou o treinador. Mas alterar tanto assim, no momento que vive o time, não era preciso.

A derrota provou, mais uma vez, que todos os esforços na contratação do Ronaldinho foram feitos de maneira correta. Ele faz a diferença e muito. Deixa claro que o time precisa de um elenco mais forte. Principalmente no meio e, também, no ataque – onde se investiu em um grande número de jogadores, mas para meu gosto nenhum é o que se precisa. Nem o titular Deivid. Jogar ao lado do Gaúcho deve ser muito fácil, mas ele complicam.

Com estas linhas não quero tirar os méritos do “Dragão”. Mas que foi uma zebra, isto foi.

Flamengo agora pega o Inter, domingo, no Beira-Rio, em Porto Alegre, com Ronaldinho, e acredito que sem muitas invenções vai ser um grande jogo. E o legal é que estaremos na transmissão da Band – a partir das três e meia da tarde (15h30).

Hélio Castroneves completou, no último domingo, em New Hampshire, 200 corridas pela equipe Penske. Chegou por lá em 2000 e terá ao final deste ano 12 temporadas disputadas por um dos times mais tradicionais e vencedores da Fórmula Indy. Neste tempo foram três vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis e dois vices. Sua pior participação em campeonato foi o sexto lugar, mas ainda não tem titulo. Vive agora sua pior temporada (11º lugar).

O contrato atual com a equipe termina no fim de dezembro e a opção de renovação das duas partes vai até o fim do próximo mês. Helio já deixou claro que quer renovar, fala na sua trajetória e lealdade. A Penske também fala em lealdade, principalmente no momento de problemas (já resolvidos) fora das pistas.

Roger Penske gosta de continuidade, mas a bola da vez na equipe é Will Power – que inclusive tem agora como seu estrategista Tim Cindric, que até poucas corridas estava com Hélio.

De longe acho que uma mudança para o Hélio poderia ser muito boa. Uma motivação nova. Mas para sair da Penske só se for para Chip Ganassi. Por lá Dario, que deve ser o campeão, continua e Scott Dixon não sei. Só que o senhor Ganassi sempre gostou de apostar em gente nova – não é o caso do Hélio. Por isso vejo como seu objetivo principal a renovação. E tomara que aconteça.