Blog do Téo José

Categoria : Futebol

Panela de pressão no Flamengo
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Téo José

Depois do empate no ultimo domingo, contra o Atlético (GO), fui buscar algumas informações de bastidores sobre o momento atual do Flamengo. A situação não é nada tranquila e o time vive uma verdadeira ‘panela de pressão’. Existe divisões entre jogadores e, também, entre ídolo e treinador. Vanderlei Luxemburgo mal está falando com Ronaldinho. A relação azedou depois que o técnico foi pedir uma vida mais ‘calma’ fora de campo. O jogador não gostou.

Renato Abreu, que também anda jogando pouco, tentou conscientizar parte do grupo sobre a necessidade de dar um tempo nas baladas. Não foi ouvido e aconteceu um racha. Vanderlei conversou com a presidente Patricia Amorim. A comandante, com a sua forma sempre de procurar agregar, tenta colocar panos quentes. Mas  situação  é tão complicada que precisa de uma atitude mais dura.

Patricia não quer polêmica até o fim do ano, já que não tem todo orçamento fechado para 2012. A vaga na Libertadores é fundamental para manter patrocínios e fechar acordos. Caso fique de fora da competição, Ronaldinho e Luxemburgo devem deixar o clube.

Apesar de negar, o atraso de salários tem aborrecido Assis (o irmão do jogador). Este é um outro problema que precisa ser melhor explicado. Mais uma vez Patrícia tem sido política, só que a solução não aconteceu. Tanto o jogador como o treinador estão abertos a propostas. O que parece claro é que os dois não estarão juntos em 2012.

No fundo tem gente torcendo para saída do Ronaldinho, a multa para times de fora é de 400 milhões de reais. Claro que tem negociação, mas 100 milhões já seria um valor comemorado por dirigentes.

As palavras de Luxemburgo, depois do jogo em Goiânia, quando perguntado sobre a atuação da estrela – “vocês devem perguntar a ele” – mostra bem o clima reinante. Gaúcho está próximo da garotada e de mais dois titulares. A verdade é uma só: não existe união no grupo e os dirigentes não se posicionam.


Quem segura o Corinthians?
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Téo José

O Corinthians, a menos de duas semanas para o fim do Campeonato Brasileiro, é líder e com dois pontos de vantagem. Agora faltam apenas dois desafios. Grandes, sem dúvida. O Figueirense, no Orlando Scarpelli, e Palmeiras em São Paulo. Se vencer domingo e o Vasco empatar o clássico com o Fluminense, a torcida paulista já comemora o titulo. Resultados absolutamente normais.

Apesar disto nada está decidido. Ter dois pontos de vantagem e maior número de vitórias é uma vantagem gigantesca, mas um campeonato maluco e adversários duros pela frente sempre deixam aquela apreensão no torcedor. Talvez mais do que isto, o Corinthians tem mostrado instabilidade dentro de campo. Tem vencido e obtido grandes resultados pela garra, pela determinação, que sempre marcaram este time, e que muitas vezes vêm da arquibancada.

Este é o maior problema para Vasco e Fluminense, quando embala é difícil parar. Até o Adriano, bem fora de forma, consegue fazer a diferença.

Também todos o méritos para o Tite. Já disse, aqui neste espaço, ele é o maior responsável pela campanha do time. Deu padrão, armou a marcação muito forte e conseguiu tirar de alguns jogadores medianos mais do renderiam. Vejo dois fatores fundamentais para  a posição que o Corinthians está: sua torcida e o treinador. Eles fizeram deste time o grande favorito ao campeonato. Mesmo com toda esta vantagem, nesta temporada maluca e imprevisível, digo que é o favorito. Agora é ficar de olho.


O poder dos treinadores e falta de profissionalismo
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Téo José

Muito se fala que o futebol brasileiro está vivendo uma fase de profissionalização. Uma verdade em 50%. Vive, sim, um momento de mais dinheiro em caixa, 80% pelas cotas de TV que aumentaram bastante. Na maioria dos clubes, pouco foi feito no marketing, no fortalecimento da marca e no respeito com o torcedor. Os velhos problemas e a omissão existem. E fortemente.
Por outro lado, para se ver livre de cobrança de torcedores (principalmente das organizadas), cada vez com mais poder junto às diretorias, paga-se salários muito altos para jogadores e treinadores em orçamentos de pouco planejamento. As parceiras também muitas vezes não olham o objetivo, puro, simples e de maior importância: se é bom para os dois lados.
Neste cenário, com pouca gente profissional administrando o departamento de futebol, na maior parte são torcedores travestidos de dirigentes ou ex-jogadores, sem experiência,  os treinadores passaram a ter um poder maior do que deveriam. O São Paulo, um time muito mais profissional no seu departamento de futebol, no passado, era exemplo. Treinador dava opinião, mas nas contratações e  planejamento  a palavra final era do departamento especifico. Hoje, me parece que isto também virou lembrança.
Na Europa, em muitos times, principalmente Inglaterra, os treinadores passam também a ter estas funções. Tudo claro. Mas lá um técnico fica bem mais do que uma ou duas temporadas no clube. É fácil, e até inteligente, este tipo de conduta. Aqui não. Perdeu quatro ou cinco jogos e está fora. Como planejar, como explorar mais as categorias de base?
As cobranças sempre serão em cima dos treinadores e jogadores, chegam aos dirigentes em um terceiro estágio. Estamos vendo isto no Flamengo. Um time que gastou muito para ter Ronaldinho, mas esqueceu do resto. Venceu o Carioca e achou que estava pronto para o Brasileiro. Deu até esta impressão. Mas vendo os últimos jogos, percebe-se que falta bastante.
Falta na zaga, meio de campo e ataque. Faltou planejamento. Como se pode imaginar um meio de campo apenas com Williams, Airton e Renato? Quem cria? Marcou Ronaldinho ou Thiago Neves, pronto. Matou mais de 50% do time. Na frente, Deivid e Jael, como reserva imediato – dois  jogadores que, para falar pouco, não são unanimidade.
Saindo do exemplo do Flamengo, olhando por cima, vamos passar pelo Cruzeiro, Atlético MG, Palmeiras, São Paulo, Grêmio – este último em uma dúvida enorme. Durante algum tempo quis apostar na garotada da base, boa saída, depois mudou o caminho e agora pode é queimar promessas. O Bahia montou quase que um elenco inteiro, mas esqueceu de planejar. Só contratou e, claro, na onda da maioria, trocou de treinador durante a competição.
Neste panorama, não basta manter um treinador por muito tempo, com poderes limitados. Precisa-se  de dirigentes profissionais, em todos os setores, não só nos departamentos físico, médico ou contabilidade. Em todos.
O exemplo é o Vasco, que contratou o ótimo Rodrigo Caetano. Planejou. Tanto que luta por três títulos neste ano. Ficou sem o treinador, por problemas de saúde, mas a filosofia, o rumo do trabalho, continou o mesmo. Independentemente do que venha a conquistar, que seja pelo menos uma luz para os outros clubes.

Um Leão ultrapassado
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Téo José

No primeiro momento pensei que a contratação do técnico Leão seria para limpar a área do São Paulo. Estranho o time escolher um treinador para trabalhar por menos de três meses. Depois percebi  que era apenas mais uma atitude sem muito planejamento. O time continua bem parecido com aquele do Adilson Batista e, ainda, longe do comandado pelo Paulo César Carpegiani.

O São Paulo, que queria disputar titulo, se vê cada vez mais distante da Libertadores. Leão não deixou saudades nos últimos trabalhos realizados no Sport e Goiás. Ao contrário, torcida e dirigentes não querem nem escutar o nome.

No fundo vejo uma pessoa com métodos ultrapassados. Colocar jogadores para treinarem por duas horas às onze da manhã, deixando claro que é um castigo, não funciona mais. Ficar toda hora nas coletivas expondo este ou aquele não serve para nada dentro do grupo. Aliás, serve sim. Serve para deixá-lo ainda mais irritado.

Muita gente falou que ele chegaria somente para esquentar cadeira do Felipão. Tenho dúvidas. Mas acho que a diretoria já deveria pensar mais seriamente em um outro nome para 2012. O prejuízo pode ser bem maior com o planejamento sendo feito pela atual comissão técnica.


Finalmente!
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Téo José

Parece que hoje acaba mais uma novela do futebol brasileiro e mais uma novela envolvendo Kleber, Felipão e Palmeiras. O Grêmio vai anunciar a sua contratação, como antecipamos na última  segunda-feira. Creio que vai ser bom para Palmeiras, Felipão e Kleber. Tenho dúvidas com relação ao Grêmio. No Palmeiras não dava mais, para as duas partes. Quem está certo envolvendo o atleta e clube paulista? As duas partes erraram e só o tempo dirá quem está correto, se é que tem. Eu creio que não.

Se o Kleber focar no trabalho e quiser jogar bola, vai ser uma boa contratação. Esta resposta temos de esperar um pouco mais e só o jogador pode dar. Ainda sobre o Grêmio, continuo achando valores bem elevados pelo que o futebol brasileiro arrecada. Já melhoramos muito, mas ainda estamos longe de se pagar cifras tão altas. Mas isto é problema só dos dirigentes.

O Palmeiras fica um pouco mais em paz, apesar do Kleber ter saído atirando, sem nenhuma necessidade, e jogando uma bomba para quem ficou. Ele afirmou no SP Acontece, da Band, comandando pelo Neto, que 80% dos jogadores não engolem Felipão. Com esta declaração deixou os ex-companheiros em uma saia justa danada.

De uma certa forma, seu desafeto virou vítima e irritou ainda mais os torcedores. No fundo acho que desagradou até a parte da torcida que ainda o defendia.

Conheço um monte de gente que fala se tratar de uma pessoa muito bacana, Eu só tive contato, uma vez por telefone. Só que no lado profissional,  ultimamente, tem pensado somente em seu projeto pessoal – deixando de lado clube e colegas de trabalho. O que no futebol é um grande erro. Espero que em um lugar diferente, com novos ares, possa voltar a fazer o que realmente o deixou em foco: jogar bola.

Nos últimos tempos ele só tem deixado os clubes brigando, assim vai perder espaço, mercado e dinheiro. Como jogador, o Kleber sabe que nas partidas, nos campeonatos, uma hora você está no topo, na frente, outro hora isto pode mudar.


Kleber muito próximo do Grêmio
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Téo José

O anúncio oficial da contratação do Kleber deve acontecer na quarta ou quinta-feira. O jogador ficou de estudar a proposta do Grêmio. Entre o time gaúcho e Palmeiras já está tudo acertado. No meio do caminho apareceu uma proposta do Corinthians, mas foi baixa e muitos no Palestra acreditam que, na verdade, foi mais para tumultuar a situação.

Kleber deve receber cerca de 500 mil reais em Porto Alegre.

O negócio está 90% certo. A assinatura do jogador deve acontecer a qualquer momento. Só um fato novo (e muito forte) pode tirar Kleber do Grêmio.


Kleber e o Grêmio
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Téo José

O atacante Kleber deve assinar, até quinta, contrato com o Grêmio. Muitos torcedores do Palmeiras estão com um trevo na cabeça. Se a bronca é com o Felipão e o treinador pode não permanecer em 2012, porque negociá-lo?

No fundo, o problema não é mais só com Felipão. Falta clima também com a diretoria. O Palmeiras é, hoje, um time sem líder. Felipão brada de um lado e parte da diretoria do outro. Mas falta o líder. Falta quem chame a responsabilidade e resolva. E cá para nós: isto não é função do treinador – que também está sem clima.

O Palmeiras precisa ser passado a limpo. Mudar tudo e, principalmente, a filosofia. As duas últimas diretorias foram um desastre. A dívida cresceu e o futebol sumiu. O que o torcedor espera é que o próximo ano seja de reestruturação. Estão gastando muito, de forma errada, e fazendo pouco.

Já está na hora de pensar em um outro treinador, sem o desgaste atual do Felipão e um diretor de futebol profissional. Como hoje se vê no Vasco e dá muito certo. Claro, com estas duas mudanças, começar a formar um time porque a turma que está lá não vai conseguir títulos. Lembro que o trabalho do Felipão começou em julho do ano passado. Ele teve tempo suficiente para montar um grupo e não o fez.


Cruzeiro, Cruzeiro
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Téo José

O Cruzeiro está vivendo o pior ano de sua vida. Os resultados dentro de campo são reflexos do que vem de fora. Ter estrutura não é o suficiente para bons resultados. Estamos vendo isto com o time mineiro, São Paulo e outros. É preciso ter estrutura, planejamento e execução. Para isto é necessário gente competente. Foram contratados nesta temporada quase 20 jogadores e saíram quase 30. Três treinadores já passaram pelo time. Agora, vejo que Adilson Batista foi procurado, mas não aceitou conversar porque Wagner Mancini ainda está no cargo. Certo Adilson. E, mais uma vez, perdida a diretoria do Cruzeiro.

Estar na zona de rebaixamento, no momento em que o maior rival respira mais aliviado, é um pesadelo gigantesco para seu torcedor. Nestas últimas cinco rodadas terá pela frente: Inter e  Atlético (PR) em casa.  Avaí e Ceará, fora. Termina com o clássico contra o Atlético (MG). Pela tradição, estrutura e mesmo elenco, o torcedor do Cruzeiro não precisava viver este drama. Falta gente certa na sua administração.


O capitão do Leão
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Téo José

Antes de chegar ao São Paulo, Emerson Leão teve uma passagem pelo Goiás. Por lá ninguém tem saudades. Além de não fazer um bom trabalho no campo, pouco fez pelo clube. Parece que o tempo parado, quase dois anos, ensinou pouco ao treinador. Ele chegou no São Paulo com as mesmas características e atitudes.

Tem muita coisa que gosto na sua forma de agir e muita coisa que acho desnecessária. Como, por exemplo, ficar expondo os jogadores de graça. Como nas declarações recentes sobre Rogério Ceni e Dagoberto. Acho bacana ser transparente, estamos cheio de gente no esporte com palavras pasteurizadas. Só que no caso do Leão, não vejo apenas como transparência. Tem outros objetivos por trás e o desgaste é uma conseqüência normal.

Vejo o elenco do São Paulo como um dos melhores do brasileiro. Só que não foi para frente. A diretoria se perdeu e mostrou que erraram caminhos ou não era tão competente como achávamos. Temos de dar méritos para trabalhos bem feitos em vários outros clubes. Corinthians, Vasco, Fluminense e Botafogo não estão na disputa do titulo por acaso. Muito tem de ser feito, mas estão dando passos. O São Paulo, não.

Não acredito que Leão fique em 2012. Até o começo do mês que vem, deve estar no meio de situações mais complicadas. O que estou bem curioso, neste momento, é com a situação do Rogério Ceni. No Goiás ele tirou a braçadeira de capitão do Harlei. A explicação foi que um goleiro não pode ser o capitão, porque está longe de cobranças ao árbitro – quando lances acontecem longe de sua área. Tem um certo sentido.

Será que vai ter também no São Paulo?


Cabeça a cabeça
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Téo José

Mais uma rodada e ainda mais emoção para, pelo menos, meia dúzia de torcidas pelo Brasil. A vitória do Corinthians, com a cara do time; os triunfos de Botafogo, Fluminense, Inter; e o empate do Vasco deixam o título totalmente em aberto. Já comentei aqui, pela tabela, o Corinthians, na teoria, tem um caminho um pouco mais tranqüilo. O Vasco, até este domingo, era na minha opinião o favorito. Mas precisava ter vencido o São Paulo. Agora vejo o panorama totalmente equilibrado. Botafogo e Fluminense ainda têm boas possibilidades. Inter e Flamengo correm por fora.

O Flamengo também perdeu uma grande chance. Vencia o Grêmio, por dois a zero, até o finalzinho do primeiro tempo, jogava bem e cochilou. Depois Vanderlei mexeu errado, colocando Diego Mauricio no lugar do Deivid. Diego não consegue entrar bem, impressionante. Para mim continua sendo uma promessa, apenas isto. Jael também perdeu fôlego e vejo que a imagem daquele jogador que esteve no Goiás e Portuguesa parece ser a mais real. O treinador, no fim do jogo, falou que o objetivo agora é a Libertadores – a mesma que não teve foco quando disputou a Sul-Americana, quando em muitos jogos entrou com vários reservas e deixando apenas quatro jogadores no banco. No jogo de ontem, onde estive na transmissão da Band, méritos também do Grêmio. Cresceu e não perdeu as chances, com direito a três belos gols. venceu por  4×2, de virada.

O Corinthians, no papel, é favorito. Mas, na prática, vejo muito equilíbrio com o Vasco. Fluminense e Botafogo têm todas as possibilidades de atropelar. O Flu tem mais minha atenção, é mais constante o Bota vive uma gangorra nos últimos jogos.

Em quem você aposta?