Blog do Téo José

Categoria : Futebol

Danilo, Jorge Henrique e William como titulares
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Téo José

Na próxima quarta-feira o Corinthians estreia na Libertadores contra o Deportivo Táchira, na Venezuela. Depois de muito mistério, saiu a lista com os 25 jogadores inscritos na primeira fase. Adriano é um deles. Mas não foi com o grupo. Está fora do primeiro jogo.

Ontem, no Pacaembu, na vitória por um a zero contra o São Paulo, o time fez seu melhor jogo neste ano. Talvez, sem querer, Tite “deu no ninho” e descobriu uma nova e melhor formação. Alex e Liédson não vem jogando bem e – ontem – o time ganhou velocidade força ofensiva com Danilo, mais centralizado e bem a frente dos volantes e William e Jorge Henrique mais abertos. Elton se esforçou muito, mas colocaria o Emerson – – que ontem também foi poupado.

Muita gente fala que Danilo é lento para o meio. Às vezes dá esta impressão, mas não é. Mais a bola é que precisa ser rápida e isto ele sabe muito bem fazer. Colocá-lo como quase um ponta, pela direita, é um erro. É limitá-lo demais. Com ele, onde atuou ontem, Ralph e Paulinho cresceram também e Alessandro passou a ser mais uma opção de chegada – já que com William também cresce.

Muitos podem achar exagero, mas para mim, em qualquer profissão, quem rende mais no momento tem de ter oportunidade. Por isso, acho que está na hora do Tite ousar mais. Pelo menos neste momento, depois de nove jogos em 2012, incluindo dois amistosos, esta foi a formação que mais me agradou no Corinthians. Mas como Tite poucas vezes ousa (é um treinador de convicções bem fortes), na quarta o time terá Alex, Danilo, Emerson e Liédson.

E você o que acha?


Mais profissionalismo e o não fim da concentração
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Téo José

Em meio a um começo de ano com jogos de baixo nível nos campeonatos estaduais, com culpa para os dois lados, dos maiores e menores clubes, vejo algo novo: o Vasco nos últimos dois jogos – contra Bangu e Friburguense – aboliu a concentração. Na verdade trata-se de um protesto dos jogadores contra o constante atraso de salários. Venceu as duas partidas e não se teve nenhuma noticia de excesso de jogadores nas noites anteriores aos compromissos. Na Europa várias equipes já não se concentram mais.

Com os bons resultados, hoje o Vasco é um dos poucos (bem poucos) times grandes do Brasil jogando bola. O técnico Cristovão Borges já pensa em abolir de vez a concentração. Uma decisão que terá de ser tomada entre ele, diretoria e jogadores.

Vai dar certo? Neste grupo do Vasco pode dar. Todos trabalham por resultados e os egos são bem controlados. Existe um compromisso do grupo e isto é o mais importante. Só que se entrar uma ‘laranja podre’, tudo pode dar água. Outras equipes pelo Brasil como Flamengo, Grêmio, Atlético-MG não podem, nem de longe, pensar e acabar com a  concentração. Tudo também depende do comandante e não é questão de ser duro ou mais liberal. A questão é de confiança com  os jogadores e isto Cristóvão tem de sobra.

Esta é uma situação isolada de cada clube. Mas aqui no Brasil poucos podem pensar em abolir a concentração. O que mais vemos é muito jogador com a bola bem cheia e se achando dono do mundo se esquecendo porque é famoso, porque ganha bem e tem regalias. No fundo falta é muito profissionalismo no esporte do Brasil.

Não me venham falar em condição financeira. E questão de consciência, responsabilidade educação. Três palavrinhas esquecidas por aqui


Um no Rio outro em São Paulo: dois reservas que poderiam ser titulares
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Téo José

Dois times, dois jogadores, dois esquemas táticos. No Rio, o Fluminense montou uma verdadeira seleção e mais, ganhou um reforço que já estava lá. Deco, depois da pré-temporada, mostrou que tem tudo para, pelo menos, lembrar aquele que foi campeão da Liga dos Campeões pelo Porto. Abel Braga não tem a pré-definição de jogar com três volantes, como boa parte dos atuais técnicos do Brasil. Ele adapta sua equipe com os jogadores que tem em mãos e deve ser assim mais uma vez.

O Flu, como ficou demonstrado ontem, diante do Volta Redonda, lembrando que é apenas inicio de ano, jogou com Deco, Wagner, Fred e Sobis. Deve ser assim, mesmo quando Thiago Neves estiver em condições. Eu encararia os adversários com apenas um volante, mas aí é uma questão pessoal. Araújo marcou mais um gol na vitória deste sábado, o segundo dele na temporada. Este tem sido um reserva que, quando entra, tem dado conta do recado. Depois de um 2011 ruim e com declarações polêmicas, parece que agora ele está focado apenas na bola e poderia ser titular. Quem sabe no lugar do Sobis, fazendo dupla com Fred. É um jogador de drible, que pode cair pelos lados, abrindo o jogo. Mas sei que a situação de Abel, no sentido de ter tantos jogadores, é ao mesmo tempo cômoda e complicada. Vários são os palpiteiros pelo Brasil. Como eu.

No Palmeiras, o reserva que poderia ser titular é Maikon Leite. Jogador que me encantou principalmente no curto tempo que esteve no Santos, antes de uma grave contusão que quase o fez encerrar a carreira. Depois que conseguiu jogar futebol, sem ser interrompido por lesões, não voltou a ser o mesmo. Agora mostra alguma coisa e só não joga mais por falta de confiança, e quem dá esta confiança é o jogo e o treinador. Hoje o Palmeiras enfrenta o Catanduvense e Valdívia não joga por conta de uma lesão. Poderia ser uma ótima oportunidade para Maikon entrar desde o início. Murtosa, assistente do suspenso Felipão, já disse que não pensa em jogar com dois atacantes e mais dois de armação no meio. Deve entrar com três volantes, alguém na armação, mas também marcando, e Luan e Ricardo Bueno na frente. Esquema defensivo para pegar um time estreante na primeira divisão e com apenas um ponto em dois jogos. Uma pena. Maikon é um jogador que pouca gente tem falado, mas que pode ser fundamental para o Palmeiras. Repito: ele precisa jogar e ganhar confiança.

Estarei hoje, na Band, para boa parte do Brasil, na transmissão de Catanduvense e Palmeiras, ao lado do meu amigo Neto.


Rio e São Paulo: tricolores voando
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Téo José

Tenho dito, neste espaço, que a o Fluminense montou o melhor elenco do Brasil e que a sua pré-temporada foi muito bem feita. No sábado, a equipe estreou no Cariocão e derrotou o Friburguense por três a zero. Em campo, a equipe considerada reserva. Jogadores como Carleto, Jean, Souza, Wellington Nem, Rafael Moura e Araújo.

Mais uma mostra de que o ano está começando muito bem para o Tricolor das Laranjeiras. Com as entradas dos reforços e a boa fase do Deco, mostrada nos treinos, é uma equipe fortíssima para vencer tudo o que disputar. E tem gente que ainda fala na contratação de mais gente – como o zagueiro Miranda, do Atlético de Madri.

Tudo bem que é começo de competição e, mais uma vez, os times pequenos do Rio irão apenas participar. Porém é o que se tem no momento. Não analiso apenas o jogo e placar, mas sim o que tem acontecido nos treinos e o clima reinante.

Só uma coisa não entendo no Flu: por que até agora não deram ao Araújo um espaço maior? Desde que foi contratado é deixado meio de lado. Trata-se de um jogador que pode render muito e ser uma ótima opção.

Agora, vamos mudar de estado. Em São Paulo, no Morumbi, trabalhei para Band, na partida entre São Paulo e Botafogo (de Ribeirão Preto). O tricolor paulistano passeou e mostrou um estreante Cortês muito à vontade. Fernandinho, com ótimo jogo. Wellington e Piris muito bem.  Luís Fabiano e Lucas buscando voltar à melhor forma. Ainda podem chegar Nilmar e Osvaldo. O segundo, se vier o primeiro, não vejo necessidade. E nem falei em Fabrício e Jadson.

Mas além da parte individual, o São Paulo mostrou que agora tem um esquema definido e dá para se ver, com a bola rolando, que é um time diferente de 2011. Entra no Paulista com um dos principais concorrentes.

A coincidência das duas equipes tricolores está na preparação de janeiro. Uma pré-temporada bem feita é sinônimo de um ano promissor.


Bonde fora dos trilhos
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Téo José

O Flamengo começou 2012 sem grande contratações, com clima carregado e vejo que também sem comando. A presidente Patricia Amorim está perdida. O pior é que a diretoria também. Claro que esta situação vai refletir dentro de campo. O primeiro tempo do amistoso contra o Corinthians, ontem, em Londrina, foi o reflexo de tudo. Lembrei da frase do Vampeta: “Eles fingem que pagam e eu finjo que jogo”.

Não se trata apenas da questão financeira do Ronaldinho, Deivid e outros. Como disse o Vanderlei Luxemburgo, falta comprometimento do grupo. O time tido como reserva jogou muito mais, porque teve também mais vontade. Este problema do “não tô nem aí” não é de agora. Foi o que se viu no ano passado, com muita coisa rolando fora de campo e o futebol sumindo dentro. A falta de comprometimento foi fundamental para o Flamengo não chegar mais perto do título no Brasileiro.

Aqui neste espaço já falamos muitas vezes do que está rolando pelos lados da Gávea. Não é segredo que o treinador não tem mais diálogo com Ronaldinho. Também está claro que o elenco anda dividido. E não é o necessário para alcançar as metas que o torcedor quer.

Olhando apenas o lado do futebol, fica claro que o Flamengo precisa de gente na zaga, no meio e no ataque. Não dá para pensar em titulo do Brasileiro com Airton, Willians e Renato Abreu. Também fico sem entender onde foi parar o futebol do Willians, mas quem frequenta o clube sabe. A coisa anda tão complicada que tem gente querendo o Botinelli como titular absoluto. E neste grupo tem condições.

Apenas lamento o que tá rolando e mais uma vez bato na tecla: futebol tem de ser profissional. Não dá para colocar um bando de torcedores para dirigir ou pessoas que querem apenas se aproveitar dos times grandes – principalmente dos mais populares. O que estamos vendo no Flamengo é isto. Tem problemas financeiros sim, como quase todos os clubes brasileiros, mas sem soluções profissionais as coisas vão continuar fora dos trilhos e com empresários dando as cartas e até atuando na escalação do time.

É o caso do Ronaldinho, do qual o irmão, o tempo todo, fica especulando saída, dizendo de interesses de outros clubes – muitos até inexistentes. Na boa, pelo que está jogando, desde o  ano passado, se atuar ou não na Bolívia, não fará nenhuma falta. Sobre os salários: é obrigação pagar. Seja o Flamengo ou parceiro. Neste ponto nem precisamos tocar. Isto é apenas um fato dentro da bagunça que está o clube.


O Flamengo 2012
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Téo José

Neste mesmo 11 de janeiro, do ano passado, Patricia Amorim, presidente do Flamengo, anunciava a contratação de Ronaldinho. O torcedor comemorou. E precisava. 2010 foi um ano terrível e o time viveu o drama da possibilidade de cair para seie B. Um ano se passa o Flamengo é o atual campeão carioca, está na Libertadores e a sensação da maior torcida do país é de desconfiança.

Como reforços vieram o lateral Magal, pouco conhecido, e o rodado centroavante Itamar. Thiago Neves ainda não teve sua situação definida e Ronaldinho com boa parte dos salários atrasados, através do seu procurador (e irmão) Assis, já disse que não entra em campo contra o Real Potosí, na Bolívia, na abertura da Libertadores, no próximo dia 25. Antes quer receber o que tem direito.

Esta história inaceitável de atrasos de luvas, direto de imagem, e salário mesmo, criou um bate- boca no Rio. Jogadores falaram primeiro, depois o vice de finanças, Michel Levy, foi duro em suas palavras. Vanderlei Luxemburgo defendeu seus jogadores e, por fim, Patrícia Amorim deu um dura pública nos dois – dizendo: cada maçã no seu galho.

Todos sabemos que a situação financeira do Fla não é boa. Esta administração tem sido um pouco mais responsável, só que poderia ter feito muito mais para resolver a situação e deixar o clube com um horizonte melhor. Nos últimos tempos tenho ouvido muita coisa e visto pouco.

Como Ronaldinho mesmo disse em sua apresentação, repetindo uma frase antiga do torcida: “Flamengo é Flamengo!”  Pois é, o time de maior torcida, mais uma vez, se vê com problemas de grana e um time bem mediano para encarar a Libertadores.

Se não vejamos como tem sido escalado nos coletivos em Londrina: Felipe, Léo Moura, Alex Silva, Welinton e Júnior César; Aírton, Williams, Renato e Bottinelli: Ronaldinho e David.

Aí deixo uma pergunta para o torcedor rubro-negro: é o time e clima que você esperava para 2012?


Qual é a do Flamengo?
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Téo José

Aqui, neste nosso espaço, já fiz elogios a forma de trabalhar da presidente Patricia Amorim, sempre na dela, discreta e fazendo as coisas para se ter um Flamengo forte. Foi assim em 2011, pena que os resultados para tanto investimento ficaram no vento. Só um titulo – Carioca –  caixa ainda vazio. No fim do ano deu pinta que poderia ficar com o Brasileiro, mas jogadores fundamentais, não renderam o que se esperava, como Ronaldinho e Thiago Neves. A vaga para Libertadores foi um prêmio e não podemos falar que o ano foi um fracasso, creio que poderia ser melhor, mas estar na competição internacional não deixa de ser uma conquista e deu aos torcedores a esperança de novas boas contratações. Na zaga, no meio e ataque. Vieram duas: Magal e Itamar.

Sempre respeitando o profissional, mas também fazendo a analise. Não sei o critério de algumas coisas que acontecem lá. No ano passado Jael. Tava na cara que não iria dar em nada e agora estes dois. Itamar é jogador rodado, passou pelo Goiás, Palmeiras e São Paulo. Saiu do Brasil em 2002 atuou por quatro equipes da Coréia do Sul, duas no México e estava no Catar. Tem 31 anos. Pode dar certo, pode, mas com o currículo e lembrando de como foi no Brasil, com 10 anos a menos, a probabilidade é pequena.

Magal tem 24 anos, vem no Guaratinguetá, antigo Americana. Com o nome da segunda cidade, no ano passado esteve no paulista e na campanha razoável na serie B, do Brasileiro. É mais uma aposta na lateral esquerda. Não dá para dizer se vai jogar bem, e para apostar prefiro em gente da categoria de base. Apesar do Negueba e Diego Maurício até agora terem jogado bem pouquinho, no time principal.

A boa notícia é que Thiago Neves deve ter sua renovação anunciada nesta segunda. É pouco, para quem tem problemas dentro e fora de campo. Wellinton terminou o ano jogando pouquinho e voltou mais gordinho. Ronaldinho nos primeiros treinos, só trabalhou pela metade, uma tal de insônia o perturbou dois dias e por isso precisou dormir pela manhã. Coisas do Flamengo. Grande patrocinador, nada.

Senhora presidente, está na hora de começar o ano de 2012. Além do mais, é ano de eleição e acho que o torcedor não está tão otimista neste janeiro, como foi no passado. Mesmo com grande contratações, o time teve um rendimento de 45, 50%, pouco para o Flamengo. Vanderlei Luxemburgo também precisa voltar a ser o velho Vanderlei, anda muito ausente, no que se refere aos problemas fora de campo, que todos na Gávea sabem que existem, com pelo menos uns cinco jogadores.

Sem as peças ideais, tem de fazer as atuais jogarem mais e isto também é responsabilidade do treinador. Se olharmos para o rival Fluminense, que também vai disputar a Libertadores, vamos enxergar um grupo bem melhor. Isto é ainda mais preocupante para o torcedor rubro-negro.


A novela Montillo
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Téo José

A novela Montillo teve mais um capitulo e este pode ser decisivo. Depois dos dois times não se entenderem nos valores, Cruzeiro quer 15 milhões de euros e o Corinthians chegou a 8,3. A negociação entre os clubes já tinha sido encerrada, mas o jogador resolveu falar. Montillo encheu a bola da torcida mineira, do clube, mas disse que se tratava de uma oportunidade única e com a proposta salarial do Corinthians poderia fazer sua independência financeira. O atleta está com 27 anos de idade. O Cruzeiro ficou surpreso com a nota oficial de seu jogador e disse que não pode pagar o que o rival ofereceu, que também continua com sua postura de liberá-lo pelo que já tinha pedido.

E agora?

Situação bem complicada, olhando os três lados, não podemos tirar a razão de ninguém. A diretoria do Cruzeiro afirma que antes de procurar o argentino, o Corinthians deveria ter falado com ela. Correto, deveria ser assim, mas não é. Toda vez que surge o interesse em algum jogador por aqui, o primeiro contato é feito com o empresário dele, e o mesmo leva para diretoria. O Cruzeiro está certo em pedir o que pensa que Montillo vale? Sim, ele sabe de suas necessidades e foi quem fez o investimento atual e também mantém os pés no chão, não pagando de salário, mais do que pode.

O Corinthians sabe que sem um jogador nestas características, vai ter um ano bem complicado. É um time que marca muito, mas cria pouco, depende demais de Liédson, que não jogará mais 100% fisicamente. Emerson sempre tem algum time árabe atrás e Adriano não se pode contar. No mercado, é um jogador conhecido, guerreiro para Libertadores e dentro do orçamento de salários.

Montillo tem contrato. Pode manifestar seu interesse em sair, seus motivos são legítimos, mas além da palavra com o time, existe o papel assinado. Depois de sua posição oficial, fica bem complicada sua permanência. Podem ter certeza que é mais uma estratégia nesta negociação. Só falou quando o Corinthians informou que saia da parada. Mais uma carta colocada na mesa.
O que eu acho que vai acontecer? Montillo vai para o Corinthians, quando o atleta fala que não quer ficar é difícil segurar. Pela vontade dele e também pela repercussão que causa na torcida.
Vamos aguardar.

Atualizando – O jogador em entrevista hoje diz que foi interpretado de forma errada no comunicado de ontem e que se tiver uma contraproposta pode ficar no Cruzeiro. Sobre a primeira parte da conversa, não posso concordar, ele foi bem claro. Gostaria de jogar no Corinthians, porque poderia fazer a sua independência financeira. Contraproposta ele falou hoje. Continuo batendo em outro ponto. Ele tem contrato e se o Cruzeiro não aumentar seu salário e nem o liberar por dinheiro inferior, está na dele.

A novela Montillo teve mais um capitulo e este pode ser decisivo. Depois dos dois times não se entenderem nos valores, Cruzeiro quer 15 milhões de euros e o Corinthians chegou a 8,3. A negociação entre os clubes já tinha sido encerrada, mas o jogador resolveu falar. Montillo encheu a bola da torcida mineira, do clube, mas disse que se tratava de uma oportunidade única e com a proposta salarial do Corinthians poderia fazer sua independência financeira. O atleta está com 27 anos de idade. O Cruzeiro ficou surpreso com a nota oficial de seu jogador e disse que não pode pagar o que o rival ofereceu, que também continua com sua postura de liberá-lo pelo que já tinha pedido.E agora?Situação bem complicada, olhando os três lados, não podemos tirar a razão de ninguém. A diretoria do Cruzeiro afirma que antes de procurar o argentino, o Corinthians deveria ter falado com ela. Correto, deveria ser assim, mas não é. Toda vez que surge o interesse em algum jogador por aqui, o primeiro contato é feito com o empresário dele, e o mesmo leva para diretoria. O Cruzeiro está certo em pedir o que pensa que Montillo vale? Sim, ele sabe de suas necessidades e foi quem fez o investimento atual e também mantém os pés no chão, não pagando de salário, mais do que pode.O Corinthians sabe que sem um jogador nestas características, vai ter um ano bem complicado. É um time que marca muito, mas cria pouco, depende demais de Liédson, que não jogará mais 100% fisicamente. Emerson sempre tem algum time árabe atrás e Adriano não se pode contar. No mercado, é um jogador conhecido, guerreiro para Libertadores e dentro do orçamento de salários.Montillo tem contrato. Pode manifestar seu interesse em sair, seus motivos são legítimos, mas além da palavra com o time, existe o papel assinado. Depois de sua posição oficial, fica bem complicada sua permanência. Podem ter certeza que é mais uma estratégia nesta negociação. Só falou quando o Corinthians informou que saia da parada. Mais uma carta colocada na mesa.O que eu acho que vai acontecer? Montillo vai para o Corinthians, quando o atleta fala que não quer ficar é difícil segurar. Pela vontade dele e também pela repercussão que causa na torcida.Vamos aguardar.Atualizando- O jogador em entrevista hoje diz que foi interpretado de forma errada no comunicado de ontem e que se tiver uma contraproposta pode ficar no Cruzeiro. Sobre a primeira parte da conversa, não posso concordar, ele foi bem claro. Gostaria de jogar no Corinthians, porque poderia fazer a sua independência financeira. Contraproposta ele falou hoje. Continuo batendo em outro ponto. Ele tem contrato e se o Cruzeiro não aumentar seu salário e nem o liberar por dinheiro inferior, está na dele.

Cadê o 10?
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Téo José

Estamos vivendo de novo a Copa São Paulo de Futebol Junior, e a acho inchada com quase 100 times, mas é uma competição bem legal e a que mais motiva os garotos até 18 anos incompletos. Já estive dando uma olhada e em alguns times pensei que se tratava de categorias de base da Europa. Garotos altos, bem fortes com muitos volantes e zagueiros se destacando. Sei que ainda é cedo, mas não vou ver camisas dez como Zico, Neto, Raí, até mesmo Kaká. Esta é uma posição em extinção no Brasil, o jogador de meio de campo que se torna um maestro para quem joga um pouco mais na frente.

Os grandes destaques do Brasil lá fora são jogadores de defesa e volantes. Quando um time europeu precisa de alguém no meio de campo com marcação, já pensa logo no Brasil. Por aqui nos últimos anos os destaques no campeonato brasileiro foram Conca, D’Alessandro e Montillo. Três argentinos, que quase nunca tem chance na seleção argentina. Três que podem e muitas vezes fazem a função do 10. O último que apareceu foi o Paulo Henrique Ganso, que ainda considero uma promessa. Na minha visão ainda precisa provar é que tudo isto que muita gente fala e ele pensa que é.

O foco da falta do 10 é o medo cada vez maior dos treinadores de entrarem em campo para vencer. Às vezes o não perder significa ainda mais tempo no comando e ganhando salários no Brasil que poucos ganham lá fora. Estes treinadores das equipes profissionais vão buscar nas equipes volantes e zagueiros, pode perguntar para maioria dos técnicos da garotada.

Por isso estamos vendo o nosso futebol perder a característica e seleções que antes adoravam uma marcação, como a Alemanha, e o Uruguai, começaram ter um futebol, que nós tínhamos e enchíamos os olhos do mundo. O Brasil da forma que está no futebol, vai continuar procurando este 10, na Argentina e o pior perdendo suas características, com este futebol de marcação e marcação.


Fim do futsal e do futebol feminino no Santos
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Téo José

O Santos terminou 2011 mostrando muito profissionalismo e enchendo seus torcedores de otimismo com os planos para o centenário. Manteve o treinador, Neymar, contratou Pelé – com objetivo de fortalecer a marca pelo mundo. No projeto inicial, estava manter a forte equipe do futsal, com Falcão e grandes nomes, e o futebol feminino, encabeçado pela Marta. Mesmo com mais grana dos direitos de TV e, teoricamente, uma exposição maior depois de disputar o Mundial, apesar de ter fracassado, a diretoria começou 2012 com o pé no freio e dando passos para trás.

O futsal acabou no mês passado e hoje a informação oficial é do termino das atividades do futebol feminino. Segundo a diretoria, as duas modalidades custavam cerca de sete milhões de reais por ano e no orçamento não tem espaço para esta grana. Dirigentes pedem mais apoio do governo, porque sem este fica difícil novos projetos. Neste ponto sou contra. O futebol é profissional, como o futsal e, de certa forma em escala menor, o futebol feminino. Se não deram retorno financeiro, é outra história. Não vivo o dia a dia do clube, mas isto não é culpa do governo. Antes de alguns se adiantarem, digo que também não concordo com ajuda em dinheiro para construção de estádio de time profissional. O governo, mesmo de uma forma torta e aplicando erradamente seus recursos e às vezes de forma questionável, apoia com várias ações. O que falta é uma lei mais clara e direta para ajudar, com isenções de impostos, as empresas que patrocinam o esporte e a cultura. Aí, vamos passar pela câmara e senado, que também nunca olham como deve para o esporte. Mas grana viva do governo para modalidades profissionais não é o correto.

O Santos é um time que subiu degraus, isto é claro, mas ainda precisa de mais. Mesmo com apoio de um conselho, meio que velado, de profissionais competentes do mercado financeiro que torcem pelo time, o clube, como a maioria do Brasil, precisa se profissionalizar em todas as áreas e não apenas no futebol. O marketing tem de ir para as ruas e não ficar apenas na boca de um ou outro dirigente. O futebol, mesmo com cifras exageradas para jogadores e treinadores, é um negócio rentável. O esporte é rentável em dezenas de países e aqui, com a exposição que tem, também pode e deve ser. Para isto, é preciso um projeto sólido, de longo prazo, com gente profissional e dirigentes que tenham visão de empresa. Que tratem o clube como se fosse o seu negócio particular.

Uma pena ver projetos como do Santos acabar. Mostra também que o clube, apesar dos avanços, ainda precisa caminhar bem mais. Que os passos que foram dados realmente fiquem para trás e estas duas atitudes não sejam um total retrocesso.