Hoje é dia do mega clássico na Liga
Téo José
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Hoje foi realizado o sorteio dos jogos das quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. Assim ficaram:
Apoel X Real Madri; Olimpique de Marselha X Bayern de Munique; Benfica X Chelsea; e Milan X Barcelona
Fazendo uma projeção e analisando o que cada um tem jogado e trajetória para se chegar nesta fase, vejo que o confronto mais equilibrado será entre Benfica e Chelsea. Dois times que não vem jogando um grande futebol, mas são competitivos. Também não acredito em nenhum dos dois para final.
O Real já está dentro, decide a vaga em casa e o Apoel já foi muito longe. Olimpique tem mostrado um joguinho bem feio e não vai aguentar o Bayern. Milan faz a primeira partida em casa, hoje não é nem de longe o Milan que encantou o mundo – time envelhecido, inconstante, às vezes sonolento. Tem tradição, mas para bater o Barça precisa de muito mais do que tradição.
Dentro do que estou dizendo, já projeto Real e Bayern de um lado; e Barcelona contra Benfica ou Chelsea na semifinais. A final, que acontecerá em Munique, já se mostra, dentro da minha linha, como espetacular. Real e Barça ou, então, Bayern e Barça. Neste último caso na casa do time alemão. Se as quartas não estão tão empolgantes, nas fases seguintes teremos jogos de arrepiar.
Agora, o palpite é seu.
Téo José
Li a entrevista, de página cheia, com Mano Menezes no jornal o Globo de ontem. Manteve sua linha de respostas “pasteurizadas”, não diz muita coisa concreta e direta. Justifica algumas convocações e fica em cima do muro com o Kaká. É confusa. Como o trabalho dele até agora. O que mais causou polêmica (e realmente chama atenção) é sobre Neymar. Para o treinador, o jogador ficando aqui está mais exposto já que para dar mais retorno tem uma agenda recheada de compromissos. Compara com Messi que só pensa em treinar e jogar.
Tentando entender o que passa na cabeça dele, pode até ter razão. Mas no momento em que o futebol brasileiro tenta ser mais profissional em vários clubes com planejamento de receita e despesas, melhores condições de trabalho para todos, o técnico da seleção nacional não pode querer empurrar o principal talento para fora.
Neymar não é Messi. Nem no futebol e muito menos na personalidade. São pessoas e jogadores bem diferentes. Se ele curte jogar no Santos, jogar no seu país, se pensa mais em seu bem estar, do que em grana, porque mesmo ganhando muito bem, lá poderia faturar mais, que o garoto fique aqui.
O amadurecimento não precisa de lugar. Um dos grandes problemas da seleção, nos últimos anos, é a perda da identidade com a torcida com o time. Jogadores nem mais se apresentam por aqui. Se encontram na Europa, jogam e ficam por lá.
Em uma parte da entrevista, ele diz que estamos jogando diferente da Europa. Lá se utiliza uma faixa mais estreita do campo. Da linha defensiva até a última linha do ataque é outra. Lá entre 25 e 30 metros. Aqui, 45 a 60. Que o jogador brasileiro precisa de espaço maior e isto é complicado o treinador da seleção mudar.
Dá um tempo. É muita teoria. Prefiro ir pela linha de que o nosso futebol perdeu identidade, exatamente por causa destas teorias. O Brasil tem de voltar a jogar seu futebol, ter um time com a cara do nosso futebol. Que um dia já foi bem parecendo com o do Barcelona – que é o time que mais encanta no momento.
Foi por causa de gente teórica e “professores”, como o Mano, que estamos onde estamos. E o pior: com poucas perspectivas.
Téo José
O Barcelona, quando entra em campo, mostra para aqueles “professores”, que me refiro sempre aqui, que o futebol também é beleza e arte. O objetivo é vencer. E para vencer, precisa-se jogar pra frente e, claro, também precisa-se defender. Mas não só se defender. O Barça mostra que quando faz um gol não é necessário tirar um atacante e colocar um volante. Deixa claro, também, que não é com firulas ou antijogo que a vitória virá. Por outra lado, dá o caminho para os dirigentes de que é importante contratar mas é fundamental formar jogadores. Trabalhar a categoria de base dentro e, principalmente, fora de campo.
Ontem, na vitória de 7 a 1 em cima do Bayer Leverkusen, o time deu mais uma aula. Só que o pior é saber que os tais “professores” virão com a desculpa que precisam de jogadores para isto. Claro que sim. Ninguém é estúpido para pensar diferente, mas antes precisa mudar a filosofia e buscar as peças para um futebol mais bonito e não apenas de volantes.
Nesta quarta-feira, o Santos vencendo o Inter (que teve três volantes) e o Fluminense, com um escalação de dois volantes, ganhando do Boca, deram um pouco de esperança. Dá para se ter times jogando o verdadeiro futebol. É só querer ousar um pouco.
O Barcelona chegou a 141 gols na temporada em 46 jogos – uma média de três por partida. Sofreu 33 nestes mesmos 46 jogos. Estes números mostram que não é só atacar. A defesa sólida também é pela posse de bola – o time está com uma média de 70%. Por aqui muita gente acha que o importante é roubar a bola, também é, mas deixar a coitadinha nos pés de quem só sabe tirar e ai ela logo voltará para o adversário.
O que é bom tem que ser admirado e se possível até seguido. Espero que os “professores” um dia possam abrir suas cabeças para termos por estas bandas a volta do verdadeiro futebol. O bonito.
Téo José
Hoje tem estreia: a Copa do Brasil. Gosto deste torneio. Sei que na primeira fase aparecem equipes desconhecidas, muitas perto do amadorismo, mas é a filosofia. Todos, de todos os cantos do Brasil, têm a oportunidade de aparecer. É uma competição bem democrática. Só que nesta quarta as atenções estarão para dois clássicos na Libertadores da América: Santos e Internacional; Boca Juniors e Fluminense.
Na Vila Belmiro, dois treinadores com todos seus jogadores à disposição. O Santos, que está embalando em 2012, vai com sua equipe titular e natural. Como sempre, podemos esperar um futebol pra cima do adversário – com Paulo Henrique Ganso voltando a aparecer bem. Fico feliz com isto porque, mesmo o Mano Menezes sendo bem teimoso, para não falar outra coisa, vejo Ganso e Kaká como as melhores opções para a Copa de 2014.
No Inter, Dorival Jr, um treinador que sempre gostou de time atacando e jogando bonito, vai enfiar três volantes no meio de campo. Pode até vencer, afinal de contas é o Internacional, mas é uma grande decepção. Mais um que se rende a povoar o meio de campo de volantes e pensa primeiro em se defender e, se der, ‘vamos atacar’.
Sei que não se pode jogar totalmente aberto contra o Santos, ainda mais na sua casa, mas este papo de três volantes não é futebol brasileiro, não está no nosso DNA, pelo menos não deveria. Por isso mesmo, acho o Santos favorito.
Na Bombonera, o Boca recebe o Flu. O Boca não é mais aquele bico-papão do passado, mas depois de uma crise financeira brava, que afetou o futebol, vem se reerguendo e no seu caldeirão é sempre temido. Abel Braga ainda tem dúvida no meio de campo – Thiago Neves ou Jean.
Espero que saia com o primeiro, assim utiliza dois volantes. Thiago Neves, Deco, Wellington Nem e Fred é um quarteto que impõe respeito e está na hora de mostrar que o caminho é este. O da qualidade. O do jogo com os olhos no campo do adversário. Torço para ser esta a escalação e que dê certo. Assim a bandeira de menos volantes povoando os times vai ficar mais alta e bonita.
E o Corinthians? Mesmo com um futebol de 70% defesa, e pior do que o mostrado no ano passado, deve passar fácil pelo Nacional do Uruguai. Aliás, é a obrigação quando se joga no Pacaembu contra o quinto colocado do Campeonato Paraguaio.
Téo José
Palmeiras e São Paulo fazem mais um clássico do Campeonato Paulista neste domingo. São os dois melhores ataques da competição — o São Paulo com 20 gols e o Palmeiras com 18. Este confronto, raramente, tem resultado com mais de dois gols de diferença. Nos últimos vinte jogos, isto rolou só duas vezes com dois 4 a 1, para cada uma das equipes. Esperamos que pelo menos a média deste Paulistão (de 2,7 gols por jogo) seja mantida amanhã.
Depois de muito bate-boca e promessa até de processo, o São Paulo conseguiu a liberação do Lucas — como o Vasco fez com Dedé. Os dois jogadores estavam convocados para enfrentar a Bósnia, em amistoso de nossa Seleção.
O São Paulo tem vários desfalques, os principais antigos: Rogério Ceni e Luiz Fabiano. O o mais recente: Fabricio, que antes de se machucar novamente, contra o Bragantino, não estava atuando. Por isso não muda muita coisa. Quem vai fazer falta, mais uma vez, porque estava atuando, é Wellington. Vinha se transformando em peça das mais importantes no meio de campo.
Vejo muitas dificuldades para defesa do São Paulo que vem batendo cabeça. Maikon Leite é muito rápido e Barcos um centroavante forte, ágil e que sabe jogar. O São Paulo vai precisar demais de Lucas, que não vem bem, e Fernandinho. Mesmo achando que os dois técnicos entrarão cautelosos, boto fé em um jogo com destaque para os atacantes.
O Palmeiras está invicto há quinze jogos e vive um momento melhor, mesmo com empate diante do Oeste no meio da semana. Mas não aponto favoritismo. Neste clássico o equilíbrio é histórico.
E você o que acha que vai dar?
Estaremos juntos na Band na transmissão de Palmeiras e São Paulo, neste domingo, a partir das três e meia da tarde.
Téo José
Uma decisão de dois fortes candidatos a vencerem a Libertadores da América. Vasco e Fluminense decidem, neste domingo, a Taça Guanabara — o primeiro turno do Campeonato Carioca. O Vasco, de virada, ganhou do Flamengo na semifinal – 2 X 1. O Fluminense faturou nos pênaltis sua vaga, depois de empatar em 1 X 1 com o Botafogo.
O tricolor se reforçou de forma precisa para este ano. Já tinha um grande elenco e melhorou. Fez uma ótima pré-temporada, com Deco voando, mas quando a bola rolou ficou devendo. Ainda não explorou o potencial. Pode jogar muito mais, tanto que se classificou dependendo de resultado do Vasco — que estava no outro grupo.
Concordo com o Abel Braga: o Flu é o melhor time do Rio de Janeiro. Mas vejo isto apenas no papel. Não sei se o princípio de crise e a ameaça constante do Renato Gaúcho, no lugar do atual treinador, está influenciando. O certo é que o Fluminense ainda não está jogando nem 50% do que pode.
O Vasco manteve a base do ótimo 2011. Cristovão Borges deu seguimento ao trabalho do Ricardo Gomes de uma forma muito competente e tranqüila. Estes fatores ainda continuam dando frutos. O time é correto dentro de campo e tem boas opções no banco. Hoje, o Vasco joga o melhor futebol do Brasil e, por isso, mesmo não tendo a mesma qualidade no grupo, como o tricolor, pode vencer. E vou além: apesar de ser um clássico, arrisco dizer que tem um leve favoritismo.
O certo mesmo é que vamos ter uma grande final e espero que seja aberta, com os dois times em busca de gols e com poucos volantes e zagueiros povoando o campo. Como gosta de fazer o Joel Santana, pensando só em marcar, marcar e marcar, vai assistir da poltrona.
Téo José
Na cabeça de quem gosta do futebol bonito e tem pelo menos trinta anos de idade, é claro que o futebol brasileiro já teve mais arte e foi muito melhor jogado. Os meias e atacantes eram sempre os mais desejados pelo futebol de fora. Hoje lutamos para ser segundo na América do Sul, porque estamos atrás do Uruguai e, neste momento, no mesmo nível de Argentina e talvez Chile. Na Europa, na atualidade, se fala mais em zagueiro e volante “made in Brasil”.
Desaprendemos? Não, mas a safra de treinadores, que muitos chamam de “professores”, não tem sido das melhores e tem piorado ano após ano. Nunca tivemos um de grande destaque lá fora. Felipão chegou a ser vice na Eurocopa em Portugal com time da casa, perdendo para Grécia, e depois se afundou no Chelsea. Carlos Alberto Parreira, venerado por aqui, talvez por ser artista nas horas vagas e intelectualizado, ganhou títulos quando esteve envolvido com a seleção, mas foi um dos times mais feios que vi jogar com a amarelinha e, fora do Brasil, nunca esteve em grande uma seleção ou fez um trabalho admirável. O titulo da Copa do Brasil pelo Corinthians, em 2002, também foi em cima de um futebol que não me atraiu.
Hoje, os treinadores ganham como nunca e arriscam na proporção inversa. O que vemos são esquemas altamente defensivos. Esqueceram os três zagueiros, mas povoam o meio de campo com volantes, chegando ao cumulo de Joel Santana, técnico do Flamengo, colocar quatro para enfrentar o Lanús. Isto mesmo o “temível” Lanús, pra quem não sabe, é um time mediano da Argentina. O reflexo está nas categorias de base, com a formação em série de zagueiros e principalmente volantes e o pior: gente que só quer saber de marcar e pouco levanta a cabeça para sair jogando. Nossa seleção de 1982, uma das melhores da história, tinha como volantes Cerezo e Falcão. Quanta saudade…
Josep Guardiola, treinador do Barcelona, um estudioso que se preparou para o cargo, conseguiu montar um dos melhores times de todos os tempos. Antes de assumir a equipe B, andou conversando com vários treinadores, esteve na Argentina, mas não passou por aqui. Isto porque diz que o Barcelona tenta jogar como o Brasil do passado, um time admirado por seus avô e pai. Ele é inteligente e sabe que iria perder tempo falando com gente que destruiu a nossa essência.
O Corinthians, atual campeão brasileiro, nos últimos 45 jogos, só uma vez conseguiu vencer uma partida por mais de dois gols de diferença e foi contra o Atlético-GO no Pacaembu. Para maioria, seus melhores jogadores são Ralf e Paulinho, dois volantes. É muito pouco para o atual campeão brasileiro.
Claro que temos exceções, bons treinadores, com visões de se jogar um futebol bonito, mais com a nossa cara. Mas isso tem sido cada vez mais raridade. Hoje, o que observamos, é primeiro entrar em campo para não perder e depois tentar ganhar. Muitos podem dizer que isto acontece porque os treinadores que perdem três, quatro jogos, são demitidos. Sempre foi assim por aqui. Só que no passado os grandes raramente perdiam tantos jogos, porque eles entravam em campo para vencer e com o pensamento de atacar.
A geração atual já está comprometida e temo pela próxima também. O Brasil precisa mudar sua forma de jogar na seleção e maioria dos clubes. O exemplo não está longe em quilômetros e sim no tempo. É só olhar pra trás.
Téo José
O que se fala em Porto Alegre é que não passa de hoje a troca de técnico no Grêmio. Caio Jr., que teve tempo para montar seu elenco e trabalhar o time, não está aguentando a pressão e deve deixar o time. Renato Gaúcho que estava de olho na crise do Fluminense, que agora ficou um pouco esquecida, pinta como um dos favoritos para assumir. A equipe gaúcha dá impressão que pode repetir 2011, quando teve cinco treinadores – um deles Renato, que ficou quase sete meses, mas que também não resistiu.
Caio que em 2011 esteve no Botafogo e terminou no Grêmio, é um bom profissional, correto, mas precisa lidar com a pressão. O tempo fora do Brasil foi muito importante para amadurecimento, mas ainda falta tranquilidade em momento adversos.
Renato é uma solução? Com o elenco atual, onde tem muita gente que adora conflito e criar probleminhas, que se transformam em maiores com o tempo, acho bem complicado, mas prefiro esperar algo mais concreto. Como estamos em plena segunda-feira de Carnaval, resolvi mudar o tema que pretendida conversar aqui hoje e por isto estou mais econômico. Aliás, este tema é exatamente sobre eles: “os professores”, quer dizer os treinadores.
Atualizando: As coisas andaram. Caio Jr. está fora, mas o substituto pode ser outro: Vanderlei Luxemburgo. Creio ser melhor do que Renato Gaúcho, principalmente com o grupo atual.
Téo José
Não é de hoje que mostro minha insatisfação e falta de entendimento com o trabalho do Mano Menezes na Seleção Brasileira. Nesta convocação para o jogo contra a Bósnia, vou ficar em cima de apenas dois nomes. Um dentro e outro fora.
Chamar Ronaldinho Gaúcho, que no primeiro semestre do ano passado cheguei a defender, pois estava sendo mais profissional e jogando bem, foi um prêmio às armações do futebol e ao mal comportamento.
Mano não deve estar vendo jogos do Flamengo e nem deve estar ouvindo rádio, vendo TV, navegando pela internet ou lendo jornal. Todo mundo sabe como anda o comportamento do camisa 10 em 2012. Aliás, desde o ano passado.
Só ele que não se importa com estas coisas. Quer é fazer média mesmo.
A justificativa: precisa dar sequência ao trabalho. Dá um tempo. No ano passado o papo era outro, agora, coincidentemente, depois de algumas declarações do seu chegado, parceirão Andrés Sanchez, vem com este papinho, seguindo a mesma cartilha. Pensei que estas coletivas pasteurizadas e ensaiadinhas tinha um fundo de verdade. Vejo que as palavras são só palavras.
Na mesma coletiva ele diz que observou Kaká e não viu o que gostaria de ver. Não sei, na boa, o que o treinador queria ver. Porque convoca Jonas… opa! já fui para o terceiro nome. Vamos voltar…
Kaká merece sim estar na seleção. Merece tratamento especial não só pelo que jogou, pelo profissionalismo, mas principalmente pelo que pode voltar a jogar. É uma pena ver o nosso futebol na mão de treinadores que ajudaram a descaracterizá-lo.
Da forma que o senhor Mano Menezes vem conduzido a Seleção, corremos um sério risco de ficar na segunda fase da Copa e olha se não saímos na primeira. Espero que até lá muita coisa mude. Quem sabe até com a chegada de um novo treinador.