Blog do Téo José

Categoria : Futebol

A seleção olímpica
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Téo José

A seleção olímpica brasileira, em busca da medalha de ouro inédita, já está em Londres. Mais uma vez vai ficar fora da vila – onde a maioria dos atletas se hospeda. O time chega pressionado em busca do primeiro titulo e pelo trabalho do Mano Menezes, que está longe de ser convincente. Pouco tempo de preparação e um número mínimo de amistosos com a base sendo testada. Além disto, tem jogadores em diferentes níveis. Parte em ritmo de campeonato brasileiro (em andamento) e outra em recesso da Europa.

O material humano é bom, mas nada para dizer que somos favoritos. É apenas um bom time com um comandante que continua falando em tempo para trabalhar – mesmo com dois anos no cargo. Na convocação, um fato me chamou atenção: a preferência por Hulk no lugar de David Luiz (dois jogadores acima da idade olímpica). Além de Hulk, Marcelo e Thiago Silva estão na Inglaterra.

Sendo um pouco mais duro, diria que David Luiz foi traído pelo treinador. Nos amistosos dos EUA ele só ficou com a delegação, mesmo machucado, por conta da certeza de que estaria na competição. Na última hora foi trocado pelo Hulk. Sua vaga na zaga foi preenchida por Juan, da Inter de Milão.

O ex-Internacional de Porto Alegre ficou uma temporada inteira na equipe B. Indo para principal duas vezes no banco e entrando em uma oportunidade (na derrota de 3 X 1 para Lazio). Não sou fã do futebol do zagueiro do Chelsea, estou apenas citando situações criadas por Mano e suas escolhas.

O treinador sabe que se não voltar com o ouro, missão bem difícil, deverá perder o cargo e tem gente dentro da CBF falando que Luiz Felipe Scolari já teve um flerte com a nova direção.

O que torço mesmo é que tudo seja diferente na Inglaterra. Que Mano encontre o caminho de um bom time e do futebol convincente, porque até agora tenho poucas esperanças para 2014. O que é mais importante.


Palmeiras campeão. Mas…
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Téo José

O Palmeiras conquistou de forma invicta, justa e emocionante o seu segundo título da Copa do Brasil. O time se superou em vários sentidos nesta reta final. Problemas de contusões, emergências de última hora (Barcos), suspensões, até sequestro do Valdívia e a tão falada confusão nos bastidores que tanto atrapalha o futebol.

Esta Copa do Brasil, depois de 14 anos da primeira, traz uma espécie de redenção para a torcida palmeirense que tanto sofreu na última década com times medíocres, poucas conquistas e várias decepções. O torcedor, mais do que ninguém, merece a conquista e comemorar bastante.

O título vai trazer uma paz interna importante e, a partir daí, quem sabe, o Felipão poderá se entender definitivamente com a diretoria.

O que não pode acontecer com essa Copa do Brasil é a diretoria do clube esconder os problemas debaixo do tapete. Ainda há muita coisa para fazer pelo time. A equipe carece de jogadores em algumas posições. Precisa ter um grupo mais ‘parrudo’. Principalmente pensando na Libertadores 2013.

E, acho, precisa manter Felipão como técnico. Ele já disse que pretende sair ao final do contrato. Agora é a hora para convence-lo a ficar. O que não pode acontecer é uma quebra de planejamento para 2013, com o técnico deixando o clube a dois meses do início da competição sul-americana.

Não acredito que o Palmeiras consiga algo relevante no Brasileirão 2012. Agora é mais uma briga para sair da zona do rebaixamento. Assim como o Corinthians.


Para refletir
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Téo José

Começo dizendo que acho muito bacana termos em nosso futebol jogadores como Seedorf, Forlan e, quem sabe, Riquelme e Diego. Como também gostei de ver novamente por aqui Fred, Wagner Love, Ronaldinho, Deco e tantos outros. Para o meu lado profissional, nem se fala.

Agora, o Botafogo vai ter pelo menos a curiosidade de torcedores de outras equipes – que vão conferir como anda o futebol do holandês – campeão quatro vezes da Liga dos Campeões da Europa por três clubes diferentes. Ter estes nomes por aqui é ter também um futebol recheado de atletas que são ou já foram referência.

O problema é que no momento que eles voltam ou chegam, valores jovens estão indo. Agora mesmo, o que mais se ouve são as possibilidades de saídas de Lucas e Oscar. Sei que é difícil segurar os mais jovens. Mas não vejo o mesmo esforço que tem sido feito para trazer grandes nomes com rodagem bem maior.

Não observo investimentos mais pesados nas categorias de base. Podemos contar nos dedos de uma mão os clubes que fazem isto. O próprio Corinthians, campeão da Libertadores, tem um trabalho apenas razoável. Dos 11 titulares campeões, nenhum da base.

Nesta ânsia de querer ficar bem com o torcedor, os clubes estão abrindo os cofres para estrelas e esquecendo de quem, além de futebol, um dia pode render outros frutos.

Vou deixar claro mais uma vez: não sou contra a vinda de estrelas mais rodadas. Só acho que o futuro está na base. O exemplo é o Barcelona. Uma mescla onde a balança pende mais para turma formada em casa. Abrir os cofres desta forma e fechar os olhos para o próprio quintal é muito perigoso.


Riquelme no Fla
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Téo José

Depois de afirmar que não poderia dar mais 100% ao Boca Juniors e anunciar sua despedida do clube argentino, Riquelme começou a receber propostas de várias equipes. Principalmente do Brasil. Neste sábado, o jornal O Globo noticiou que o craque está bem perto do Flamengo.

É verdade. As duas partes já estão negociando salários. Hoje o argentino quer receber 300 mil reais por mês e assinar um compromisso de um ano. E o Flamengo está pensando seriamente em pagar.

Algumas coisas precisam ser levantadas. Se ele não se sente 100% para continuar jogando em alto nível, como poderia ganhar tudo isto no Flamengo? No Boca, parece, ganhava cerca de 200 mil.

Como o Flamengo iria bancar este salário? O clube está em dificuldades financeiras e, até por isso, ainda não mandou Joel Santana embora. Não quer bancar a multa.

Por outro lado a presidente Patrícia Amorim é candidata nas eleições municipais no Rio e, também, à reeleição Flamengo. Por isso, não vai se preocupar muito com gastos.

O jogador seria um ótimo reforço, mesmo não estando 100% como afirmou. Mas, para ganhar 500 mil por mês, não acho que valeria a pena.

E você?


Muito cuidado com o Boca
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Téo José

Tudo está se encaixando para, enfim, o Corinthians conquistar o tão sonhado título da Libertadores da América. Nesta quarta-feira, no estádio do Pacaembu, com casa cheia, apoio total do ‘bando de loucos’, sem contar o telão no Anhembi e tantos bares e casas espalhadas pelo Brasil, o Timão joga a partida do século contra o Boca Juniors.

Já disse aqui neste espaço, basta o Corinthians continuar jogando o futebol que vimos desde o primeiro jogo na Libertadores neste ano para garantir que o favoritismo que conquistou no La Bombonera se transforme em vantagem no campo (no jogo) e no placar no Pacaembu.

Mas, há que se ter cuidado com o Boca. E muito. O time argentino tem tradição na Final da Libertadores, inclusive conquistando alguns de seus seis títulos fora de casa. Isso é a famosa ‘Camisa’ e ela pesa numa hora como esta.

Time por time, o Corinthians está melhor que o Boca. Mesmo com a equipe de Buenos Aires tendo Riquelme como estrela e, sem dúvida, ele é um jogador decisivo e que cresce em partidas assim.

A única desvantagem do Timão seria na parte psicológica. A pressão de jogar por um título tão importante, diante de uma torcida tão ansiosa pela taça. E essa pressão só vai aumentando – se o resultado positivo não ficar claro. Acredito que o Tite tenha trabalhado muito bem o psicológico da equipe para esse jogo.

O regulamento não dá vantagem nesta final e para ser campeão, alguém precisará ganhar. A responsabilidade de ir para cima é do Corinthians, na teoria. O Boca, também na teoria, pode explorar os contra ataques.

O jogo acaba quando o juiz apita. Na prática, está tudo igual nessa Final. Então, ter cuidado com o Boca Juniors (muito) e fazer o que sempre fez nesta Libertadores serão as chaves para o título do ‘bando de loucos’.


Timão conquistou o favoritismo
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Téo José

Numa partida pegada, difícil, onde o Boca Juniors comandou a maior parte das ações (teve posse de bola, mas não conseguiu ser tão perigoso), o Corinthians arrancou um belo empate no jogo de ida da Final da Libertadores. O Boca foi o Boca, sempre colocando muita pressão no adversário. Mas o Corinthians foi o Corinthians. Aliou o sistema de marcação excepcional com o time que nunca desiste.

Destaque total para a estrela de Romarinho. Entrou depois dos 35 minutos do segundo tempo e no primeiro lance, no primeiro toque na bola, fez o gol de empate. Um golaço. Gol de jogador ‘matador’, de jogador frio, que sabe o que fazer diante do goleiro e não se intimida. Mesmo que seja no La Bombonera.

Romarinho acabou de chegar, tem apenas 21 anos, ainda é cedo para avaliações mais profundas. Mas o Timão pode ter encontrado uma joia que vai render muitas mais alegrias para a torcida. Se bem que a que rendeu contra o Boca (e contra o Palmeiras também) já lhe dão um belo crédito.

Mudou de lado. O ligeiro favoritismo que comentei nesta quarta-feira mudou de lado. E acho que ficou maior do que ligeiro. O Corinthians está mais próximo do seu primeiro título na Libertadores do que o Boca de sua sétima conquista.

Porém, a Final na próxima quarta-feira (4) será um jogo muito difícil. Talvez o mais difícil da história do Timão. Mas o Corinthians só precisa continuar sendo este Corinthians. Vamos aguardar!


Boca com ligeiro favoritismo
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Téo José

A primeira metade do maior confronto da história do Corinthians está a horas de se iniciar. No La Bombonera (na tradução, caixa de bombons), a vida do time brasileiro não será fácil. Como de nenhuma equipe foi por ali, principalmente em partidas decisivas. Mas podemos prever um jogo bem parecido, já que os estilos dos atuais times são assim também. Em 36 partidas neste ano, o Boca só ganhou duas com mais de dois gols de diferença e nenhuma por mais de três. É um time que marca muito em toda parte do campo e sai no contra ataque. Também adora as jogadas de bola parada.

Por outro lado, será uma equipe que chega cansada a decisão. A média de idade do time titular está em 30 anos. No domingo passado, como não tinha mais chances de título no Torneio Clausura, o campeonato argentino do primeiro semestre, o treinador Julio Falcionis, utilizou reservas.

Vejo um equilíbrio muito grande neste confronto, apesar do time corintiano ser um pouco melhor. Por outro lado, tem esta coisa da grande obsessão – que dependendo do momento pode atrapalhar. O Boca tem na sua camisa a tradição de decidir Libertadores, o que não deixa de ser uma vantagem. Esta história de saber jogar a competição é conversa fiada. Ganha quem joga melhor. Mas estar em uma situação destas pela 10ª vez pode fazer a diferença.

O jogo que decide é hoje. Sair de lá com empate ou vitória, vai dar um favoritismo enorme para o Corinthians. Perder por um gol de diferença, não deixa de ser um bom resultado. Se o time jogar como enfrentou o Santos, nas duas partidas, vai equilibrar a situação.

Porque pra mim, hoje, o Boca tem o favoritismo. Só pelo fator casa e tradição de decisão na Libertadores. Como o Corinthians terá na quarta que vem. Por estar em casa e, principalmente, com sua torcida jogando junto.


O Corinthians chegou
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Téo José

O Corinthians, com toda justiça, que nem sempre se faz presente ao futebol, chegou na sua primeira final de Libertadores. Uma equipe aplicada, raçuda e com a filosofia do seu treinador Tite – que é o principal responsável pelo atual momento. A torcida, como sempre, fez sua parte. O Timão engoliu o Peixe na marcação e entrou muito mais ligado. Encarou a partida como a da vida. Com todos estes ingredientes, dificilmente não daria certo.

O Santos foi um time bem parecido com aquele que aceitou a derrota para o Barcelona. Teve poucas chances de gol, Ganso andando em campo, Neymar aceitando a marcação e Arouca correndo como um louco e tentando levar o meio de campo nas costas – mas sozinho não iria conseguir.

Muita coisa tem de ser revista por lá. Neymar é, sim, fora de série, mas anda em baixa e nas grandes decisões está com 50% de aproveitamento. Agora é correr atrás do Brasileiro. Precisa se recuperar e já – se não vai se complicar ainda mais.

Hoje acredito no Boca contra Universidad de Chile. Passando o time argentino, as coisas se complicam para o Corinthians. Além da tradição, tem alguns pontos parecidos: garra, aplicação tática e torcida que joga junto.

Para ficar com o titulo, vai precisar jogar mais do que fez ontem. Já se o clube chileno for o adversário, o Corinthians é o grande favorito.


Corinthians preciso
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Téo José

O Corinthians, dentro de sua filosofia, fez uma de suas melhores partidas nesta Libertadores e saiu da Vila Belmiro – que teve apagão e capacete de policia sendo jogado em campo, coisas lamentáveis – com a vantagem de um a zero sobre o Santos. Joga agora pelo empate. Ou seja, na próxima quarta já começa a partida classificado para as finais.
Já deixei claro aqui que gosto mais do futebol ofensivo. Mas não posso ignorar o bom trabalho que faz o Tite, desde o brasileiro do ano passado. Tem um time nas mãos e, com as peças atuais, bota todo mundo para marcar. Ataca pouco. Não é o que gosto de ver, mas é o que tem dado resultado. O time teve poucas oportunidades de gol, mas foi preciso. Marcou, como sempre, muito e também manteve seu índice de poucas faltas – um mérito de quem está bem treinado e entende a filosofia de seu comandante.
O forte do Corinthians é o jogo defensivo e aí está uma grande vantagem. O time não precisa mais marcar gol. Se não tomar, já está na final. Anularam o Neymar, que vem numa sequência de partidas fracas, sem precisar cassá-lo.
Ontem, o Corinthians foi um time preciso, inteligente e muito aplicado.
Claro que ainda dá para o Santos. Mas vencer o Corinthians no Pacaembu, com uma torcida que joga junto o tempo todo, é bem complicado. Vejo o time muito dependente de Neymar e Ganso e isto é ruim, porque nem sempre eles vão decidir. Já vimos isto em outras partidas.
O time não tem lateral. O Juan, que muita gente anda elogiando, é o mesmo (de toquinhos pro lado e poucos cruzamentos) do Flamengo. E o Henrique precisa chegar mais vezes na linha de fundo e cruzar – não só jogar bola na área. Quando se joga com uma equipe fechadinha, os laterais passam a ser uma ótima opção. Isto é básico.
Tudo está aberto. Ainda mais quando se tem um Muricy do outro lado. Mas que o Corinthians tem uma vantagem enorme, isto tem.

Corinthians precisa de planejamento
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Téo José

Não existem dúvidas de que o Corinthians, nos últimos anos, se transformou em um clube mais organizado. Nem por isso as falhas deixam de existir. Nesta temporada o time ficou dividido entre Paulista e Libertadores e, agora, Brasileiro e Libertadores. O Paulista já foi. A Libertadores está na reta final. Sabemos que a competição internacional é mais do que um objetivo para o corintiano, é uma verdadeira obsessão. Mas, nem por isso, pode-se abrir mão de competições importantes – como o certame nacional. Estamos cansados de ver, na Europa, com times de orçamento não tão grande, um bom planejamento. E por aqui também.

Hoje o faturamento do Corinthians é bem respeitável. Dava para encarar as duas competições, com uma estrutura melhor. Não dá para em um campeonato de pontos corridos, você depois de quatro rodadas somar apenas um ponto e amargar a última posição (11 pontos atrás do líder). Por mais que o torcedor diga que o importante é Libertadores, no fundo se sente incomodado. Estamos falando de um clube grande e não uma equipe que sempre luta para se manter na série A.

Faltou planejamento sim. E está faltando mais ousadia da diretoria e comissão técnica de, pelo menos, colocar um time misto no Brasileirão. Este papo de poupar, poupar e poupar pode ser de um prejuízo enorme lá na frente. Muitas vezes, quando se quer muito, acaba se ficando sem nada. Sou totalmente a favor de encarar as duas competições de peito aberto. E mais: que o futebol seja feito com planejamento e na prática. Não só de boca pra fora.