Blog do Téo José

Categoria : Futebol

Semifinais da Liga dos Campeões: vai começar o espetáculo
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Téo José

Amanhã, na Arena Allianz, em Munique, começam as semifinais da Liga dos Campeões da Europa. Bayern recebe o Barcelona. E no dia seguinte, no Signal Iduna Park, o Borussia Dortmund pega o Real Madrid. Na verdade vão estar em capo as bases das duas melhores seleções da atualidade: Alemanha e Espanha.

Só que é muito mais do que isto. Nestes confrontos teremos 112 jogadores inscritos representando 23 países. São 39 espanhóis, 38 alemães, 12 brasileiros, quatro argentinos, quatro franceses, três portugueses, três croatas, três poloneses e dois australianos.

Com um representante apenas temos o Chile, México, Peru, Camarões, Bélgica, Suíça, Holanda, Ucrânia, Áustria, Gana, Dinamarca, Turquia e Sérvia. Poderíamos dizer que uma seleção do mundo, ou mesmo duas, estarão se apresentando.

Doze da relação dos 23 melhores do mundo, na eleição da FIFA, vão se enfrentar. Entre eles, os quatro primeiros no resultado final: Messi, Cristiano Ronaldo, Iniesta e Xavi.

O futebol alemão vive um grande momento, os times estão fortes economicamente, estádios lotados e a nova geração vai chegar ao Brasil com objetivo de titulo na Copa do Mundo e tem todos os requisitos para isto.

Só que desde a conquista do Bayern na Liga, em 2001, não sabe o que é ter uma equipe como a melhor da Europa. Tá certo que tem batido na trave, mas ainda não levantou o troféu nestes últimos 12 anos.

Palpites – Vejo que o momento para quebra deste jejum está próximo. Nem a Mãe Diná acertaria com segurança o vencedor. A maioria aponta o Barcelona e tem bons motivos para isto.

Como palpite vou para o outro lado. Sou Fã da forma de jogar do Bayern. Vejo esta quase base da seleção germânica com um futuro maravilhoso e, por isso [repito: como palpite], aponto o Bayern como favorito.

Como curiosidade, estarão se enfrentando o ex-time do Pep Guardiola e o futuro time do técnico. O triunfo seria um prêmio para o atual Jupp Heynckes, que tem feito um trabalho maravilhoso. Seria interessante o técnico campeão, não por sua vontade, ser substituído.

Do outro lado fico com o Real. Não joga tão bonito como Bayern e Barcelona, mas tem um futebol eficaz e o Cristiano pode sim desequilibrar. Tem tudo para ser o artilheiro da Liga e quem sabe bater a marca do Messi de 14 gols – feitos na edição passada. Hoje, ele tem 11.

O jogo na Band vai ser Bayern e Barcelona, nesta terça. A bola rola 15h45. Mas estaremos no ar desde às 15h00 com um programa especial.


Mais mortes por causa do futebol
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Téo José

Ontem, horas antes da bola rolar para Ceará e Fortaleza, no novo Castelão, dois torcedores foram assassinados com tiros nas cabeças. A briga aconteceu a quatro quilômetros da praça esportiva. Segundo informações iniciais foi um encontro casual das duas torcidas. Os mortos vestiam camisas do Ceará. Um suspeito foi preso.

Estas duas mortes infelizmente não serão as últimas. Logo estaremos vendo mais problemas como estes. Uma repetição que vem de anos. Nenhuma atitude dura foi vista até agora pelas autoridades.

A solução é um policiamento mais rigoroso. Aliás, isto é necessário no dia a dia. E leis mais sérias contra estes imbecis e que sejam colocadas em prática. É isto que se precisa. Este papo de proibir bebida, bandeiras e instrumentos é conversinha que não resolve nada. A maioria das mortes acontece longe dos estádios.

Vejo o Rio de Janeiro no caminho certo. Foi criada uma delegacia especial para estes casos e que tem feito um trabalho de prevenção bom e jogado duro contra as torcidas organizadas e também marginais em pele de torcedores.


Muito blá, blá, blá no Vasco
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Téo José

Os jogadores contratados para esta temporada no Vasco estão comemorando. Pela primeira vez receberam salários. Nesta semana foram pagos os compromissos de janeiro. Agora faltam fevereiro e março. Não existe nenhuma data prevista para quitação do direito de atletas e dos funcionários, que continuam trabalhando. Situação pior vivem Carlos Alberto e Wendel, que não recebem direitos de imagem há oito meses. Sim, você não leu errado: 8 meses.

Dinheiro não tem em São Januário, mas promessa bastante. Sempre falam um nome de uma empresa para dizer que logo terão patrocínio. Isto vem desde o ano passado. A situação é tão complicada que já tivemos, neste ano, farmácia suspendendo entrega de medicamentos, ataduras, esparadrapo, etc. O mesmo caso da falta de água.

Agora falam na venda do Dedé como solução. Só que o passe dele também é fatiado em três partes e para o time vai ficar cerca de 45%, o que não deve chegar a dez milhões de reais. Dinheiro vai voar rapidinho quando cair na conta.

Com todos estes problemas, o presidente Roberto Dinamite é atacado de todos os lados por uma administração pra lá de complicada. As categorias de base têm poucos recursos e reclamações de falta do mínimo para garotada são constantes.

São Januário tem vários setores deteriorando – como a parte da piscina. Sem falar no time de futebol, que está bem longe do que imagina o torcedor de um dos maiores e mais tradicionais clubes da América do Sul.

Com este panorama é difícil até mesmo conseguir reforços. Não só porque o caixa está vazio, mas principalmente pela falta de pagamento de compromissos com quem está lá.

Na verdade quem tá dentro quer é sair. O próprio técnico Paulo Autuori, que foi por um salário mais baixo e pelo desejo pessoal de treinar o Vasco, anda sem paciência com esta situação.

Na boa, o Vasco precisava [precisa] de gente mais competente e realmente com um plano de trabalho. Hoje o que se vê e se escuta é muito blá, blá, blá.


O Flamengo, dentro e fora de campo
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Téo José

O Flamengo iniciou uma nova fase neste ano com a saída da presidente Patricia Amorim que teve, como tantos outros, uma administração desastrosa. Entrou Eduardo Bandeira de Mello. O empresário bem sucedido trouxe com ele um grupo no mesmo perfil e a promessa de sanear e profissionalizar o clube.

Muitas atitudes foram tomadas para corte dos custos. Fim de programa em esportes olímpicos, demissão de treinador, dispensa de jogadores, enxugamento da folha de funcionários. Agora o objetivo é se acertar com o governo federal em relação aos impostos.

O Ninho do Urubu, o centro de treinamentos precário, foi hipotecado para acerto de cerca de 80 milhões de reais em dívidas tributárias. Com isto o Flamengo espera conseguir as certidões necessárias para buscar parceiras com empresas estatais.

Pelo que estamos vendo, de longe, mesmo com alguns deslizes e chiadeira da oposição, o caminho de saneamento me parece bom e o melhor das últimas administrações.

Dentro de campo é que o bicho está pegando. Com a saída de Dorival Junior, a versão oficial de alto salário, veio Jorginho, nem tão barato assim [fala-se que está na casa dos 350 mil reais].

Jorginho é um treinador ainda tentando mostrar serviço. Passou pelo América-RJ e ficou mais conhecido com a polêmica de tirar o diabinho como mascote. Foi para seleção com Dunga e deu no que deu. No fundo acho até que o treinador teria mais sucesso sem o auxiliar.

No Goiás participou da campanha do rebaixamento para série B. Chegou ao Figueirense, com um time já montado, pelo Marcio Goiano e foi sexto no brasileiro, este seu melhor resultado até agora. No Japão esteve nos últimos dois anos e diria que foi razoável. O currículo, mesmo sendo jovem, não é indicação que o torcedor pode ficar otimista.

No Carioca, o Flamengo fez uma ótima Taça Guanabara. Não foi campeão, mas teve a melhor campanha e mostrou gente nova como Rafinha e Rodolfo. No comando ainda estava Dorival, que também cometia muitos erros, como mudar sempre a escalação e depois apostar nos mais veteranos.

Com Jorginho, não sabemos mais o que pretende. Em menos de dez jogos já utilizou vários esquemas e apostou em quase todo elenco. Parece que quer a juventude. Ou melhor, esta deve ser sua única opção. As grandes contratações agora dependem de um teto salarial, entre 250 e 300 mil reais. No passado era grana para craques consagrados, hoje não.

A situação do clube de maior torcida no Brasil ainda é muito complicada, por isso a diretoria pensa em um prazo de dois anos para colocar o Mengão nos trilhos. A torcida não tem esta paciência. Já está sendo zoada e vem cobrando resultados. Por um lado, podemos entender porque o Flamengo tem time melhor do que Volta Redonda, Nova Iguaçu, Resende – times que hoje ainda lutam pelas semifinais da Taça Rio.

Nem sempre um empresário de sucesso, em outras atividades, dá certo no futebol. O Palmeiras sabe bem disto com Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos piores comandantes de todos os tempos. Claro que o mais importante são as finanças, mas é preciso acompanhar e cobrar de perto o que está sendo feito no futebol.

Cito um exemplo: trazer o zagueiro  Roger Carvalho, hoje na reserva do Bologna, com passagem pelo Figueirense e Guarani. Não é solução. O time é o décimo segundo colocado atual e em 22 rodadas participou de três partidas, os titulares são Cherubin (italiano) e Antonsson (sueco).

Informações nada animadoras. Na mesma posição tem o garoto Frauches, que jogou apenas uma vez neste ano, na vitória de 2×0 em cima do Quissamã, depois nem convocado foi mais. Este tipo de situação, até estranha, é que a os novos dirigentes, empresários bem sucedidos, precisam ficar em cima. O futebol é muito manhoso e complicado. Muito mais do que sólidas empresas de sucesso.


Lucas em crescimento
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Téo José

Na última terça-feira , no jogo entre PSG e Barcelona, tive o prazer de ver uma jovem revelação brasileira, que joga do meio de campo para frente, fazendo lembrar outros tantos compatriotas em tempos recentes. Lucas, o ex-São Paulo, foi um jogador diferente. E dos pés dele nasceram pelo menos umas quatro jogadas de perigo ao gol do Barcelona só no primeiro tempo. Em uma delas, ele arrancou do seu campo e foi deixando os marcadores para trás até o passe, perto da grande área espanhola.

Estava com saudades de jogadores assim. Porque, nos últimos anos, sem citar nomes, as promessas brasileiras, aquelas para decidir um jogo, fazer a diferença, só têm andado para trás.

Lucas não. Está em fase de crescimento. Não tem muita história de compromissos profissionais, eventos e tempo em demasia para patrocinadores. Está sim ganhando muito dinheiro e fazendo jus. Mas tudo dentro de um limite. Ele é jogador de futebol, o seu maior retorno tem de vir desta atividade. O reconhecimento é o que faz com a bola e o que faz pelo seu time e companheiros.

Ainda tem um caminho longo pela frente até se transformar em realidade como um dos melhores em atividade no futebol mundial. Se continuar com a mentalidade de hoje e este crescimento cristalino, vai chegar lá e será fundamental para nossa seleção – tanto na Copa das Confederações como no ano que vem.

Lucas pode ser decisivo e não apenas um atleta de muita habilidade. Lucas pode fazer a diferença. O tempo dirá.


Agressão ao Bottinelli
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Téo José

O Coritiba realizava um treinamento, na tarde de ontem, no Estádio Couto Pereira. Bottinelli, ex-Flamengo, se preparava para estrear nesta quarta-feira contra o Nacional (PR). Recebeu um lançamento, dominou, driblou Lincoln [aquele mesmo que esteve no Palmeiras e não jogou nada] e na sequência recebeu uma entrada pra lá de dura do mesmo. Coisa que em partida oficial seria cartão vermelho na hora.

Caído recebeu um tapinha na cabeça de desculpas do Lincoln. Só. O agressor saiu andando e nem se preocupou com a gravidade. Depois de exames, ficou constatada uma fratura. Para uma recuperação mais rápida, ele passará por cirurgia. São, no mínimo, três ou quatro meses de recuperação.

Eu sou apenas narrador e escrevo neste nosso espaço. Porque se fosse dirigente, era rua na hora para o autor da falta. Não tem justificativa uma entrada destas em um treino. Não conheço esta atleta e, depois deste lance, não tenho vontade nenhuma de conhecer.  Trata-se de falta de profissionalismo e companheirismo ao extremo.

Não tem justificativa. Por mais que tenha alguma birra com argentino. Aliás, neste país, tem muita discriminação com os jogadores estrangeiros. Principalmente argentinos. Uma besteira enorme.


Adriano 2
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Téo José

Na semana passada conversei com vocês sobre Adriano. Disse que o jogador pensava em parar definitivamente. Não encerrei a carreira dele, isto quem vai fazer é o próprio. No mesmo dia sua assessoria disse que ele teria algumas propostas e iria analisá-las para voltar. Nesta semana surgem especulações de que ele teria possibilidades no Guarani, Santos e até Galatassaray.

Adriano está totalmente fora de forma, não tem feito exercícios diários e nem fisioterapia todos os dias. Ele vive momentos que sua posição de futuro se alterna. Tem dia que fica longe da academia e pensa em parar, algumas vezes que se exercita fala em jogar. O certo é que uma volta só poderia acontecer com meses de trabalho. O jogador não sabe o que quer e pode sim resolver abandonar a carreira sem ao menos tentar uma volta.

Outro detalhe, não tem nenhuma proposta oficial. Alguns empresários procuraram pessoas próximas a ele e estas pessoas tentam fazê-lo jogar. Hoje Adriano vive uma vida, que está longe de ser um atleta profissional.


Uma fase meia boca
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Téo José

Sim, foi apenas um jogo. O Palmeiras perdeu no Pacaembu para Penapolense -estreante neste ano no Campeonato Paulista da série A. Só que juntando tudo, não é apenas uma partida isolada. É mais uma prova que muita coisa precisa ser mudada no Verdão.

O grupo de jogadores é ainda mais deficiente do que o do ano passado [no rebaixamento]. Tenho a impressão também que não falam a mesma língua. Vejo no treinador a distancia de ser a pessoa ideal para a reformulação geral. Tanto de pessoas como de postura e, até, esquema de jogo.

A torcida se pegou ontem durante e depois do jogo. O que é bem a cara deste momento. Sei que uma nova diretoria acabou de assumir, mas se as coisas não começarem mudar [já], as dificuldades e a pressão serão bem maiores. O Palmeiras precisa de mudanças profundas. Não só de gente e, sim, de filosofia.


Adriano, perto do fim
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Téo José

No Rio de Janeiro, principalmente pelos lados da praia da Barra, Adriano ainda é assunto nos quiosques ou no futevôlei. Às vezes até aparece. Agora, um pouco menos. É presença constante na Vila Cruzeiro, local onde viveu e ainda tem muitos amigos e parentes. E pode ser ali que vai iniciar um novo futuro.

As pessoas mais próximas afirmam que dificilmente ele voltará a jogar. Está bem acima do peso, faz poucos exercícios e da sua boca ultimamente tem saído expressões como: “pra mim não dá mais” .

Além disto, as últimas conversas são de uma negociação imobiliária. O jogador, ou ex, teria comprado um terreno com vários barracos e casas na Vila Cruzeiro e tem um projeto de locar tudo e construir sua nova moradia. Um imóvel enorme e até com um campo de futebol. Vamos dizer: o castelo do imperador.

Pelos últimos movimentos parece que agora vai ser mais difícil ter um reinado nos campos de futebol profissional. Ao que tudo indica, de forma oficial, está bem próximo o fim de sua carreira. Que seja feliz!


Palavras do Dorival Júnior
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Téo José

Na edição de hoje do Jornal O Globo tem uma longa entrevista com Dorival Júnior. Ele fala da fase atual do Flamengo, que planeja e já coloca em prática um trabalho de longo prazo de recuperação e do momento do futebol brasileiro. O repórter Carlos Eduardo Mansur conseguiu tirar boas palavras do técnico. Aqui coloco algumas partes bem interessantes.

O Fla mudou

¨Agora se prioriza a administração do clube. Vão dar o passo certíssimo. O Flamengo tem potencial para estar nos grandes times do mundo. E o clube já conseguiu alguns reforços sem gastar. Pode esperar que vai dar resultado.”

Meta de resultados

“O imediatismo brasileiro apaga tudo. É um ano de transição. Só que grandes trabalhos são iniciados com dificuldades, mas mostramos claramente uma realidade e deixamos uma estrutura melhor. No Brasil o técnico que planta trabalho muitas vezes não chega no momento da conquista. Eu vivo o momento.”

Formação de jogadores no Brasil

“Nunca fomos grandes formadores no Brasil. Sempre revelamos jogadores que, simplesmente apareciam sem que soubesse exatamente como. E não melhorávamos estes atletas. Nos últimos anos ficamos estagnados. O vôlei se preocupou com a formação. É um modelo. O futebol não. Éramos os primeiros do mundo, perdemos todas as referencias. Nossos jogadores passaram a dar demonstrações negativas. É o reflexo do país, perdemos duas instituições fortíssimas: Família e educação. Aí, desmoronou tudo. O garoto não tem alicerce para crescer. Os clubes nunca se preocupam em melhorar os jovens.

Ficamos para trás, seleção caiu no ranking não passa mais respeito. A culpa é de dirigentes, treinadores, jogadores e imprensa. Que perderam responsabilidade, identificação. São desmandos de 20, 25 anos. A Espanha, hoje, é o resultado de 15 anos de trabalho.”

O jogador brasileiro deixou de ser um profissional confiável

“Chega nos clubes mal preparado, é um destro que não sabe bater de esquerda, cabecear…O argentino é preparado na parte técnica e emocional. Sai do país e não volta por saudade da família. A primeira desculpa, a primeira mentira é esta do jogador brasileiro. Envolvido com a noitada…ele não aprendeu a ser cobrado como profissional. Na base os clubes põem a mão na cabeça são paternalistas. Olhem o Messi, porque os brasileiros não foram mais de duas vezes ou três melhores do mundo? Não se mantém no topo. A conduta do Messi é o maior exemplo.”

Perfeito, concordo plenamente com o Dorival. E você?