Blog do Téo José

Categoria : Futebol

Na Rota da Copa: Itália e Japão. O jogo
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Téo José

Estou com muita sorte nesta Copa das Confederações. Ontem tive o prazer de trabalhar em Itália 4 X 3 Japão. O melhor até agora na competição pelo que jogaram as duas seleções, sempre em busca dos gols, da vitória e com um clima maravilhoso proporcionado pela torcida pernambucana.

Uma partida com 35 finalizações, quatro bolas na trave, sete gols e ainda um gol anulado e oito boas defesas dos goleiros. O próprio Buffon, goleiro italiano, se rendeu: ‘jogo muito bonito, principalmente para atacantes. Para defensores e goleiros, nem tanto’. É o futebol que gostamos, o chamado espetáculo. O Japão fez uma das melhores partidas de sua vida e se tivesse vencido também seria justo.

Em seis jogos foram 25 gols – média de 4,1. Uma competição com objetivo de gol até agora. E olha que o Taiti ajudou pouco nestes números. Bem legal para quem narra, que precisa até cuidar da garganta. Hoje tem mais. Estamos seguindo para Salvador. Logo mais às 18h40, na Band, Nigéria e Uruguai. Sintoma de mais um desafio de muitos gols.


Na Rota da Copa: aula de futebol e muitos problemas
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Téo José

A Espanha precisou de apenas o primeiro tempo para definir a partida contra o Uruguai. O 2 X 1 da atual campeã do mundo não refletiu o domínio e superioridade do jogo. Xavi e Iniesta comandaram uma verdadeira aula de futebol. A Fúria já mostrou suas credenciais como uma das melhores seleções do mundo.

Foi bonito ver evolução do time na Arena Pernambuco. Tem tudo para chegar na final desta Copa das Confederações. O Uruguai se fechou e tentou sair no contra-ataque, mas foi uma presa fácil. No primeiro tempo deu apenas um chute ao gol e passou a maior parte do tempo correndo atrás da bola e dos espanhóis. Na segunda etapa, a Espanha tirou o pé e controlou o jogo.

O gramado da linda Arena Pernambuco estava perfeito. O estádio é lindo, mas ainda está inacabado. O torcedor [e nós, da imprensa] sofreu bastante. Boa parte da arena ainda está coberta por lycra, para esconder parte das obras. Os banheiros ainda precisam de limpeza e cestos de lixo. Os bares têm filas intermináveis. Escadas sem piso e iluminação. Acesso do público é complicado, com apenas uma estação de Metrô e o sistema de ônibus até o estádio, e depois na volta, insuficientes. Parte do estacionamento sem luz. Muitos materiais da obra jogados em volta do estádio. Improvisação total na maioria das posições de rádios e TVs.

Resumo: a Arena Pernambuco precisa de mínimo mais uns três meses de obras, com um contingente grande, para ficar pronta. Na semana passada já tínhamos falado isto. Depois vai ser um dos melhores estádios do mundo. Hoje ainda não é.

Dois fatos engraçados do jogo:

– Sempre levo latinhas de energéticos para transmissão. Como não se pode entrar com metal. Tive de colocar o liquido dentro de squeeze -aqueles que as pessoas colocam água para malhar. Era a primeira vez que utilizava um modelo bonito, transparente. Com o movimento dentro da mochila, o energético acabou ficando com pressão.

Minutos antes do jogo destravei o local onde se coloca a boca e para minha surpresa um jato enorme saiu dele. Como um foguete. Passou por cima da posição da SporTv e fez um arco íris, indo cair direto no narrador e na mesa de som da equipe de TV espanhola. Que olhou para trás não viu nada. Eu me apresentei e me desculpei.

E eles perguntaram: “é água?”. Disse quem sim, não tinha tempo para maiores explicações, mesmo sendo um erro todo meu, iriamos para o ar. E o narrador emendou: “Tudo bem, mas logo agora que conseguiu resolver os problemas técnicos você dá um banho na mesa de áudio”.

Na metade do segundo tempo, olho para o lado do Neto, que fazia os comentários do jogo, na Band, e vejo centenas de formigas perto de seu braço. Peço ajuda ao coordenador Fernando Svevo, que saca logo uma lata de repelente e joga nas formigas. Que continuam aparecendo. Foi uma luta de uns cinco minutos com a transmissão no ar. No final todas foram aniquiladas. O que ainda não sabemos é de onde elas saíram.


Espanha e Uruguai
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Téo José

Recife amanheceu com muitas nuvens, mas o sol forte vai mostrando sua cara. A possibilidade de chuva, no inicio da noite, horário do jogo entre Espanha e Uruguai é pequena. O espanhol passou a ser ouvido com frequência por aqui. Ontem, no restaurante que jantei, tinha pelo menos umas 12 mesas com gente que falava o idioma. A maioria da Espanha mesmo. As TVs BBC, da Inglaterra e NHK, do Japão, também estão com um esquema grande por aqui. Já sentimos de uma forma mais forte o clima de uma grande competição internacional.

Depois de muitos problemas com falta de local adequado para treinar, o Uruguai definiu seu time. O treinador Oscar Tabarez vai deixar o Fórlan na reserva e colocar Cavani e Luiz Suarez na frente. Com um meio de campo formado por: Gargano, Cristian Rodriguez, Gaston Ramirez e Perez.

Imagino que vai jogar na base da velocidade e na retomada de bola. Os dois da frente vivem grande fase. Um time que não está voando como na Copa, mas é interessante. Quem sabe, a partir de hoje, começa um nova fase.

A Espanha ainda tem mistérios. No gol e no ataque. Eu arrisco dizer que Casillas volta a ser titular e Villa estará na frente. Vicente del Bosque não dá pistas. É o time favorito e se mostra confiante e relaxado. Como no meu palpite de ontem, coloquei Espanha e Brasil como favoritos, dentro da coerência também coloco a Fúria com maiores possibilidade na partida de hoje aqui na Arena Pernambuco.

O jogo terá transmissão da Band às 18h40. Estarei com o Neto e André Galvão.


Na Rota da Copa: os meus favoritos.
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Téo José

Aqui estou lendo pela internet jornais espanhóis e uruguaios. Nas duas equipes dúvidas na escalação. Na Espanha falta definição no gol, lateral direita e ataque. No Uruguai saber quem sai para entrada de Suarez, pode ser o Forlan. A única coisa que os dois lados concordam, na visão de seus jornalistas, é a falta de estrutura e organização até este momento, aqui em Recife. Parecido com o que disse ontem.

Na ida e vinda para Arena Recife, gastei uma hora e meia. Transito mais complicado, porque resolveram recapear, dois dias antes do jogo, rodovias federais e estaduais e também algumas ruas na cidade. Como esperado tudo na hora errada. A boa visão da sexta foi ver que de uma forma surpreendente as obras no estádio evoluíram bastante. Claro que teremos boa parte maquiada para amanhã, mas a turma anda pegando firme e de forma rápida.

Quando digo que evento como este, ainda bem menor do que a Copa do ano que vem, é benéfico para cidade, não é achismo e sim com base. Os hotéis estão com ocupação acima da média, os empregos fixos e temporários são milhares, restaurantes lotados e muito dinheiro de fora correndo por aqui. Isto está na cara. Por isso, fico triste em ver que não houve uma preparação, que sirva de exemplo para daqui um ano.

Sobra a Copa das Confederações em si, vejo Brasil e Espanha como favoritos e poderemos ter a final dos sonhos. Olho também no México e Uruguai. A celeste apesar de estar realizando uma eliminatória fraca, tem camisa e adora surpreender. Amanhã, na Band, estaremos neste jogo entre Espanha, com seu uniforme tradicional e Uruguai, que entrará em campo todo de branco.

No twitter @teojose e no Instagram teojose1 estamos com as coisas da Copa das Confederações, com atualização constante.


Na Rota da Copa: um estádio inacabado
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Téo José

Nosso primeiro na Rota da Copa. Ontem estive conhecendo a Arena Pernambuco. Um belo estádio, um dos mais lindos do mundo. As obras tiveram inicio em agosto de 2011 e ainda estão longe de acabar. Como disse um funcionário, pra lá de ocupado, é um “grande estádio para Copa do Mundo”.

Internamente muita coisa ainda precisa ser feita e, na parte externa, nem se fala. Não acredito que as coisas fiquem prontas para domingo. Vão dar uma maquiada.

O estádio, que vai ficar para o Náutico, fica distante 20 quilômetros de Recife – no município de São Lourenço da Mata. A ideia é fazer em torno dele uma mini-cidade. O papel aceita tudo. Vamos ver agora a prática. Por enquanto, pouca coisa foi feita. O torcedor vai sofrer para chegar ao local.

Existe apenas uma forma de acesso, pela rodovia 101. Uma BR muito mal conservada. Aliás, como disse, um mês atrás, a cidade de Recife e a Grande Recife precisam de mais carinho. Está suja, escura, com ruas esburacadas. Quem mora aqui reclama muito de falta de segurança.

Nada foi feito para Copa. Isto é a coisa mais triste. A Copa é um grande evento que poderia trazer, para as cidades que sediarão os jogos, melhorias. Por aqui estão passando longe.

Recife vai sediar três jogos: Espanha X Uruguai, no domingo. Depois, Japão X Itália e Uruguai X Taiti.

Hoje estaremos ao vivo, lá da Arena, mas na parte de fora, dentro não podemos, por causa das obras, no Jogo Aberto e Donos da Bola, na Band. Pelo menos, a sexta-feira amanheceu sem chuva – o que vai ajudar um pouquinho as centenas de funcionários que tentam minimizar os problemas no estádio.


Começou! Na rota da Copa
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Téo José

A partir de hoje começa a Copa das Confederações para mim. Estarei nos próximos dias viajando com parte da equipe da Band. A primeira parada é Recife. Por aqui, também, a rotina será diferente. Estaremos com a sessão: Na Rota da Copa.

Vamos falar do clima, movimentação, reações dos torcedores e – claro – dos jogos. Ter um olhar bem pessoal sobre a competição e também dos preparativos para Copa do ano que vem.

Gosto muito de estar envolvido com estes eventos. A rotina, expectativa e adrenalina mudam. E a parte do desafio é uma das coisas que mais me motiva na profissão.

Estaremos de uma forma mais rápida com a Rota da Copa também no Twitter [@teojose] e Istagram [teojose1].

Domingo já é dia de campo. Na Arena de Pernambuco, no Recife, participo da transmissão de Espanha e Uruguai. Boa Copa das Confederações para todos.


O sacode no futebol do eixo Rio/São Paulo
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Téo José

Nos últimos nove anos, o campeão do Brasileirão foi um time do eixo Rio-São Paulo. Só o Cruzeiro, em 2003, se infiltrou no meio das equipes paulistas e cariocas – quando venceu o primeiro campeonato de pontos corridos.

Só que na quarta rodada da competição atual, sete equipes dos dois estados entraram em campo e foram seis derrotas. Apenas uma vitória, com o Vasco – que vive dias de um futebol pouco convincente. Os últimos três campeões perderam. A ponta da tabela agora está com o Coritiba.

Olhando a Libertadores, o único representante brasileiro é o Atlético-MG. Apesar do poderio financeiro e de mais exposição, as coisas não estão tão tranquilas para equipes paulistas e cariocas.

Diria que Santos e Flamengo precisam abrir os olhos. Com os times que têm e a bolinha que estão jogando são, sim, candidatos ao bocão do rebaixamento em 2013.

O Fluminense ainda não jogou este ano. Não vi nenhuma partida de encher os olhos e com o elenco que tem, diria que se trata de uma grande decepção. Foi derrotado nas duas competições que disputou.

O Corinthians segue a saga do ano seguinte as conquistas. Desde a época do São Paulo ganhador que não temos no Brasil uma equipe com dois anos seguidos de sucesso.

Por aqui há um relaxamento, errado, mas que se tornou natural. O São Paulo tem um bom elenco. Mas nem no tranco anda pegando. Não acho que o problema seja treinador. Talvez algumas más influências no grupo.

Já o Botafogo é normal ter um tropeço, mas o time é bom e Oswaldo de Oliveira tem tido mais acertos do que erros.

O Campeonato está apenas começando, mas é bacana ver a cada rodada a ponta do Brasileirão mudar de estado. Estava com saudades disto.


Jorginho caiu
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Téo José

O Flamengo está sem técnico. Depois da derrota para o Náutico, ontem, em Florianópolis, a diretoria foi mais rápida do que ele em definir a equipe titular e tomou a atitude de demiti-lo – ainda no hotel. A decisão veio não só pela derrota, mas pela maneira da equipe jogar e uma indecisão do treinador sobre quem deveria ser titular ou não.

Jorginho passou mais de dois meses à frente do clube e ainda não tinha em sua cabeça o 11 titulares. Sem falar que eu, particularmente, neste tempo, fiquei tentando olhar um esquema tático e estou procurando até agora.

Foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas.

Analisando só os números, diria que o trabalho foi razoável. Vendo o time jogar, a história é outra. Falta muita coisa. Sim, também, faltam melhores jogadores, mas quando o elenco é ruim o técnico tem de fazer a diferença.

Ainda não é o caso. Nesta sua carreira de técnico ainda não vi um trabalho para servir de modelo. A melhor passagem foi pelo Figueirense.

Apesar de sempre achar que os técnicos com mais tempo de casa têm melhores chances de se dar bem, no caso do Jorginho estou com a diretoria. Não passava confiança e com um grupo limitado você precisa de gente com outro perfil para dirigir.

O importante agora é não cometer mais erros. O novo contratado deve sair até segunda-feira e vai ter pela frente mais de 20 dias, treinando, para definir seus titulares e uma esquema tático. Coisa que o Flamengo não teve, quase, nos três últimos meses.


As transformações com novos estádios
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Téo José

Na nossa conversa de hoje, vou tentar ficar fora das promessas não cumpridas e das obras inacabadas nos estádios para Copa do Mundo. Como disse, no fim de semana, é uma pena que não teremos o legado esperado e que o papel aceitou tudo e a prática tem sido diferente. Também afirmei que com relação aos jogos, das partidas de futebol em si, não tenho receio para Copa.

Depois destas linhas, vamos ao ponto: vejo muita gente reclamando que com os novos estádios torcer vai ser no estilo “coxinha”. Não concordo. Claro que as coisas vão mudar. As arenas mais modernas, com cadeiras, melhores banheiros, facilidade nos acessos, organizam o que é uma verdadeira bagunça. Não são só as da Copa. Em Porto Alegre já estamos vendo mudanças. O local que a torcida do Grêmio fazia a tal avalanche teve de ser adaptado para melhorar a segurança.

Sempre busquei olhar para qualquer evento esportivo como um espetáculo e não apenas um jogo. Você sai da sua casa para torcer e se divertir. Isto não significa que você tem que sofrer. Talvez por isso a média de idade do torcedor tem diminuído e a presença de famílias também caiu bastante.

O que cresceram foram as organizadas, mesmo sendo proibidas em vários locais. Ir ao estádio, hoje em dia, significa não ter lugar para parar carro, lugar não marcado, banheiros ‘porcos’ e em alguns lugares – como Pacaembu – os horríveis banheiros químicos. Serviço de bar, um lixo. Sem falar na segurança, que é um loteria.

Com os novos estádios se espera uma adaptação da população e que estes serviços melhorem. Pelo menos é a filosofia. Sobre preço dos ingressos e dos produtos de bar, espero que sejam justos. Mas, geralmente, o mercado regula isto. Prova são os jogos recentes do Palmeiras na Série B – começaram com um preço mais alto e agora estão com outro.

Quem tem a oportunidade de ver um jogo de futebol no Santiago Bernabeu ou Camp Nou, na Espanha, volta falando maravilhas e se comporta. Porque o clima, o ambiente, é para ter pelo menos educação. O que anda mais escasso por aqui. Da mesma forma quem vê um jogo da NBA ou mesmo de beisebol nos EUA.

Voltando à Europa, as torcidas fazem uma festa linda em estádios parecidos com os novos daqui e todos comemoram que as condições de conforto e visibilidade melhoraram com as evoluções.

As novas “arenas”, com obras bem feitas e com garantias das construtoras, podem ser o começo de uma grande mudança para começar a se pensar, aqui também, em um jogo de futebol como um evento. Um espetáculo do esporte.

O torcedor, com um pouquinho de boa vontade, se adapta com mais educação e cobrança dos seus direitos. O que, em muitos casos, não vemos hoje nos diversos velhos e ultrapassados estádios pelo Brasil. A alma de um local está no comportamento das pessoas e na energia. Não na obra de concreto.


Tudo atrasado
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Téo José

Os eventos vão chegando e os receios viram realidade. Sempre fui a favor da Copa no Brasil. É um grande acontecimento, festivo e esportivo, com a possibilidade de deixar um legado enorme. Quando você entra na disputa para ser sede é obrigado a apresentar um plano e assume compromissos. Infelizmente, no Brasil, a maioria destas obrigações ficaram [e vão ficar] apenas no papel. Uma pena. Estamos perdendo grande oportunidade de crescimento em todos os setores.

Não tenho dúvida de que os jogos em si vão ser show. Em todos os países em que tivemos Copa, as coisas acontecerem bem. Uns melhores e em outros, piores. Mas nada alarmante. No Brasil não será diferente. Só que as obras de mobilidade, sociais e aeroportos vão continuar da mesma forma. Se melhorar, vai ser pouca coisa.

Os estádios que já deveriam estar prontos para a Copa da Confederações ainda estão inacabados. Todos. Nenhum está 100% terminado e, no caso de Brasília, Rio e Recife a preocupação é maior. Ainda falta muito.

No Distrito Federal, nos dois jogos, o pessoal de rádio e TV penou para trabalhar. Estamos falando de estádio para Copa. Membros do COL, como o senhor Ronaldo, ficam bravinhos quando nas coletivas são questionados sobre estes atrasos.

Não sei a razão. Já que eles mais do que ninguém sabem que tudo não está cronograma. O Brasil vai jogar contra Inglaterra no Maracanã. Que na parte externa ainda é um canteiro de obra e o estádio na teoria já foi entregue para FIFA. O Maraca é o retrato de como as coisas andam mal por aqui.

Repito: Uma pena.