Blog do Téo José

Categoria : Futebol

Já deu
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Téo José

A seleção brasileira começou sua nova fase, sob o comando de Mano Menezes, há um ano encarando os Estados Unidos. Era a chamada renovação. Depois de 12 meses, vimos um time contra a Alemanha cheio de volantes e laterais mais presos. Igual a maioria das equipes que estão no futebol brasileiro. Observamos jogadores convocados que, muitas vezes, o torcedor precisa consultar a internet para saber quem são. Outros conhecemos dos clubes e perguntamos porque foram chamados. Nas entrevistas coletivas, vem a conversa ensaiadinha do treinador. Aquele papo pausado para ser sempre o politicamente correto. Já o futebol é de gosto muito duvidoso. Para mim é uma bolinha bem pequenininha. E não vejo nada de renovação.

Vejo gente falando em tempo. Mano está fazendo suas experiências. Realmente está. Mas já se passou um ano e evolução ainda não é observada. Por muito menos, Dunga já estava sendo crucificado. Se não tivesse visto de perto o ótimo jogo entre Santos e Flamengo, na Vila Belmiro, poderia estar me perguntando se a crise é geral e mais abrangente no futebol brasileiro. Por um todo.

Mas não tem crise. Tem, sim, um trabalho sem rumo. Um monte de jogadores vestindo a amarelinha e esquemas de jogo batido. Jogadores que se encontram para competições oficiais e amistosos e não estão coma cabeça no grupo. Ou suficientemente motivados. Outros escalados fora da função e área que costumam atuar. Motivar e transformar uma seleção em time é papel, também, do treinador.

A posição como comandante da seleção parece não estar abalada. Mas minha paciência e confiança estão. Só espero que este trabalho, até agora cheio de deficiências, com uma renovação pequena e bem questionável, não mate futuras promessas ou jogadores que tem totais condições de serem titulares na nossa seleção.

E mais: que se entenda de uma vez por todas que em termos de time o Brasil não é mais o Nº 1 do mundo. Precisa de trabalho para voltar a ser. Se não reconhecer as deficiências e os erros, o caminho vai ser bem mais difícil e cheio de desvios que não levam ao objetivo principal.


O Brasileirão
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Téo José

Com o empate de ontem entre Santos e Corinthians, agora só o primeiro ainda tem jogos em atraso. Como está no fim da tabela, e com a disputa do mundial pela frente, vou ficar muito surpreso se o Santos aparecer entre os cinco na classificação final. Corinthians e Flamengo estão empatados na ponta com 33 pontos e o mesmo número de jogos.

A equipe paulista não vem sendo o mesmo time das dez primeiras rodadas. Hoje sente muita falta do Liedson, mas não é só isso. A marcação forte, que era uma marca, e saída de jogo sempre rápida e precisa já não têm a mesma qualidade. Pode ser apenas um momento, mas a “gordura” que tinha adquirido já foi queimada. A pressão vai aumentar.

Do outro lado, um Flamengo com um padrão de jogo. Pela primeira vez isto acontece com esta passagem do Vanderlei Luxemburgo. O time ganhou o estadual, mas sem convencer. Hoje joga fácil e todos já sabemos as funções de cada atleta. O crescimento se deve também as subidas de produção de Léo Moura, Ronaldinho e Thiago Neves. Airton e Wilians também passaram a fazer o que o treinador planejava desde de janeiro. A única deficiência está no ataque. Cinco jogadores já estiveram por ali, neste ano, e nenhum encheu meus olhos.

Também destaco Palmeiras, São Paulo, Botafogo e Vasco. Cruzeiro e Inter podem aparecer neste grupo. Qualquer outro time que conseguir frequentar as quatro primeiras colocações até a 38ª rodada, será uma surpresa para mim.

E para você quem são os favoritos?


Vai começar a Sul-Americana
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Téo José

Saiu escala. Nestas quarta estarei, ao lado do Edmundo, Sandro gama e Aline Bordalo, na abertura da Copa Sul-Americana que, além de conceder um titulo internacional, dá vaga na Libertadores do ano que vem. A primeira partida será entre Flamengo e Atlético (PR) no Engenhão. O Flamengo invicto no Campeonato Brasileiro e com apenas uma derrota no ano (para o Ceará pela Copa do Brasil), sua melhor sequência desde 1923, tenta quebrar mais uma marca negativa: nunca venceu nesta competição. Foram seis jogos com quatro empates e duas derrotas.

Vanderlei Luxemburgo ainda faz mistério sobre a escalação. Deve entrar com a base titular, mas poupar alguns jogadores. Do outro lado, Renato Gaúcho já avisou vai ter no seu time um bom número de atletas considerados reservas.

Sobre esta história de titular ou reserva, acho de um certo ponto até engraçado. Quando se disputa o brasileiro técnicos, dirigentes e jogadores dizem que é importante vencer para entrar na Libertadores ou Sul-Americana. Quando esta começa, já diminuem a importância. Na Europa não tem este papo de reservas. Tanto na Liga Europa, como na Liga dos Campeões, que são competições parecidas com as nossas. O que precisa é de preparação – com elencos para os dois certames. Isto sim.

De qualquer fome espero um grande jogo. O Flamengo vem em uma fase fantástica e o Atlético, com o Renato, começa a esboçar uma recuperação para sair de uma zona de pontuação incômoda no brasileiro e voltar a buscar posições melhores – como indica sua tradição.

Espero vocês na Band, nesta quarta, a partir das nove e meia da noite (21h30).


Liga dos campeões na rota
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Téo José

Vem aí a Liga dos Campeões da Europa. Já tem alguns anos que narro esta competição e confesso que um dos trabalhos que mais curto. As transmissões são diferenciadas. Quase 80% dos melhores jogadores do mundo estão em campo e as torcidas fazem uma bela festa. Também é bacana ter ao lado o Mauro Beting.

No próximo dia 17 terá inicio mais uma edição – agora 2011/2012. Nesta sexta será feito o sorteio para os confrontos na chamada pré-eliminatória. Arsenal, Bayern de Munique, Lyon, Villarreal e Benfica vão conhecer seus adversários, que sairão desta turma: Rubin Kazan, Twente, Udinese, Zurich e Odense BK da Dinamarca.

Depois teremos jogos de ida e volta, com a primeira transmissão na tarde do dia 17.

Abro nosso espaço para saber o que você mais gosta na Liga – que na Band tem também o melhor da rodada, toda quarta-feira de jogos, no fim da noite e o Magazine da Liga, geralmente no domingo.


Privilégio de mais um grande jogo
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Téo José

Logo mais às nove e meia da noite (21h30) estarei na Band, na transmissão de Cruzeiro e Flamengo, ao lado do Edmundo, Sandro Gama e Celso Tomaz. Mais uma grande partida deste Campeonato Brasileiro. O Flamengo, embalado pelos dois últimos jogos, e ainda com a vitória sobre o Santos na cabeça de seus torcedores, tem a possibilidade de assumir a ponta. Mas é bem complicado, pelo adversário que tem pela frente e – também – porque o Corinthians é o grande favorito, desta 4ª-feira, jogando em casa contra o América (MG).

O Flamengo está jogando o melhor futebol desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo. Leo Moura voltou à boa fase, depois da grave contusão; Thiago Neves e Ronaldinho estão enchendo os olhos. Além de ter um meio de campo muito marcador. Vejo a ausência de Willians e a inconstância de Deivid como as grandes interrogações. Se realmente entrar o argentino Bottinelli, será um time mais forte do meio para frente e, apesar dos riscos de jogar fora e contra o Cruzeiro, gosto disto. Sintoma de um jogo mais aberto e com mais emoção.

O Cruzeiro não tem jogado o mesmo futebol do fim do ano passado com o comando do Cuca. Time do Joel Santana sempre atua mais fechadinho, partindo para os contra ataques. No, fundo ainda não é constante com o esquema de jogo bem diferente do que tinha. Mas Montillo, inspirado, pode fazer a diferença. Acho que ainda falta gente de maior definição no ataque. Por isso o argentino anda sobrecarregado, muitas vezes arma e tenta definir.

Com duas derrotas para Atlético (GO) e Botafogo, o Cruzeiro entra em campo pressionado e precisa vencer hoje para mostrar que ainda pode lutar pelo titulo. Está em nono lugar, dez pontos atrás do líder. Pouco pela tradição e elenco que tem. O fato de jogar em “casa”, em Sete Lagoas, deixa o confronto equilibrado. Uma coisa me parece certa: vou ter mais uma vez o privilégio de narrar um jogo que tem tudo para ser um jogão.

Espero vocês.


Embolou
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Téo José

Os resultados da última semana serviram para embolar a classificação do Campeonato Brasileiro. O Corinthians parou de subir e quem estava atrás cresceu. O São Paulo vai sofrendo com uma fase de desfalques e a chegada de um novo treinador. Estive, ontem, na Band, na transmissão do confronto com o Vasco. No primeiro tempo, dois times com um futebol de marcação e só. No segundo, com a necessidade de atacar e buscar resultado, tivemos um futebol melhor e o Vasco foi mais competente nas finalizações.

Diego Souza cresceu e time foi junto. Estou vendo muita gente reclamar da zaga tricolor, mas no jogo de ontem não concordo. Acho que faltou meio de campo. Tanto na marcação como na criação. Adilson Batista não pode querer que o Lucas venha buscar esta bola mais atrás. Ele precisa é receber na frente e fazer seu jogo partindo pra cima. Rivaldo não pode se colocar quase como um centroavante. Pelo que vi ontem, temo pelas cobranças ao novo treinador e seu sucesso no clube.

O Flamengo deslanchou. Está jogando um futebol bonito e, com todos jogadores do elenco à disposição, tem um grupo forte com um ótimo treinador. É um dos favoritos ao titulo. O Botafogo, apesar da inconstância, também está na briga. Gosto da forma que joga e tem jogadores que podem fazer a diferença como Elkson e Loco Abreu. Este segundo quando atua põe respeito e quase sempre resolve. No sábado, vimos isto contra o Cruzeiro. A equipe mineira tem time também para lutar, só precisa encaixar uma sequência de vitórias. Quarta-feira passou a ter um jogo pra lá de importante: o confronto contra o Flamengo é a chance de ganhar confiança. Mas se perder, a vida complica e muito. Dentro e fora do campo.

Deixei Palmeiras e Corinthians por último. O primeiro ainda precisa mostrar mais bola, não gosto deste esquema fechadinho, tem a cara do Felipão, mas prefiro o futebol pra cima. Hoje vejo uma dependência grande do Valdívia – que é o único do meio de campo em condições de realmente servir com qualidade o ataque. Se ele não funciona, o time vira apenas guerreiro e cada vez mais dependente da bola parada no Marcos Assunção e da luta do Kleber. O que é pouco.

O Corinthians tem o time mais marcador deste brasileiro. Bom meio de campo, boa defesa e dois grandes goleiros. Está pressão em cima do Renan é típica de goleiro jovem na equipe. Ele é bom e só precisa de ritmo. Está no mesmo nível do Júlio César. Não posso falar o mesmo do Émerson. No Rio, mesmo em seus melhores dias, não me convenceu no Flamengo e muito menos no Fluminense. Creio que a torcida vai ter cada vez mais saudades do Liédson. E este é um grande problema.

Para fechar nosso papo de hoje, destaco no jogo de ontem no Morumbi. O Bom trabalho do Ricardo Gomes e a atuação do Dedé – ontem, sim, mostrou futebol para ser convocado para seleção. Ele voltou a ser o zagueiro do ano passado.


Um jogo histórico
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Téo José

Ontem tive o privilégio de trabalhar em Santo 4 X 5 Flamengo. Um dos melhores jogos já realizados no Campeonato Brasileiro, daqueles para entrar na história. Não só pela história, em si, do Santos começar vencendo por três a zero e o Fla empatar ainda no primeiro tempo e depois virar, mas também pelo futebol praticado. Jogo para quem gosta da bola bem tratada, para quem ainda espera algumas jogadas do futebol arte. Ontem tivemos muitas. No intervalo, quando apresentamos os melhores momentos, foram os mais longos que vi nos últimos tempos. Deu tempo de ir ao banheiro, voltar, e ainda pegar os dois últimos gols.

Um jogo onde as principais atrações tiveram atuações maravilhosas. Ronaldinho, o artilheiro do campeonato agora, com os três gols marcados, e o maestro Thiago Neves. Do outro lado, Neymar, de penteado novo, e Ganso. Bom ver também que os esquemas, as ideias de Mano Menezes, não estragaram o futebol da dupla jovem. Eles precisam só é de liberdade. Não precisa pedir para o Neymar marcar tanto, como queriam na seleção. É ele que tem de ser marcado. O garoto Luiz Antonio do Fla, também jogou muito até sair machucado, foi fundamental.

Vi duas equipes querendo o gol e se expondo para conseguir o objetivo. Por isso, depois do jogo, não vi tristeza ou revolta do torcedor do Santos que foi a Vila Belmiro. Não poderia estar triste, porque viu um verdadeiro espetáculo de bola. Foi bonito ver também a torcida em vez de pular e gritar no terceiro gol do Neymar, bater palmas, como se faz em uma peça de teatro. Num espetáculo mesmo. Aquela obra merecia mesmo os aplausos de pé, como presenciei.

As duas defesas não acompanharam os craques do meio e da frente, mas nem por isso vou ficar fazendo criticas mais pesadas. Elano, também, foi no mínimo displicente. Depois afirmou que se a torcida ficar pegando no pé, vai embora. Outra infelicidade, nestes casos não se ameaça, vai e pronto. O clima vai ficar pesado para ele.

Outro ponto negativo foi a arbitragem. Não entendi a escalação do André Luiz Castro, que foi considerado até o ano passado o melhor arbitro de Goiás. Mas no Goiano de 2011 ficou suspenso por erros bobos e não tem feito uma boa temporada. Errou muito. Mas teve sorte de não influenciar no resultado.

Prefiro ficar com os grandes lances que vi e a sensação de que, se deixarem, o Brasil ainda pode ter uma grande seleção. Vida longa aos artistas da bola. Vida longa ao Santos e ao Flamengo que vi ontem.


Mais sobre Santos e Flamengo
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Téo José

Logo mais, às cinco da tarde, estarei seguindo para cidade de Santos. Às 21h50 a bola rola para Santos e Flamengo. Estarei na Band ao lado do Edmundo, Natilie Gedra e Antonio Pétrin – com transmissão para quase todo o Brasil, menos São Paulo e parte do Rio Grande do Sul. Tem tudo para se transformar no jogo da rodada.

São dois times que lutam pelo campeonato e tem muita tradição. Olhando os números, apenas comprovo que Vanderlei Luxemburgo já deu a cara ao Flamengo. É o segundo time em roubadas de bola, mas também o melhor em passes certos – com média de 360 por jogo. Apesar de marcar muito, só perder neste fundamento para o Corinthians, o Fla comete 17 faltas por partida. O que hoje não é um número alto.

Mesma marca do Santos. Na mesma linha, vamos observar que são dois times aplicados e não violentos. O Fla, em 11 jogos, tem 22 cartões amarelos está em 18º neste critério. O Santos, com três jogos a amenos, tem 16. É a equipe que menos levou.

Por estes números (e pelo enorme número de craques), espero realmente um ótimo jogo com o futebol sendo realmente jogado. Na história de Brasileiros, contando de 1952 até hoje, foram 56 partidas com 20 vitórias para cada clube e 16 empates.

Os times hoje devem entrar assim:

Santos – Rafael, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Ibson, Elano e Ganso; Neymar e Borges.

Flamengo – Felipe , Léo Moura, Welinton, Ronaldo Angelim e Junior Cesar; Willians, Luiz Antonio, Renato e Thiago Neves; Ronaldinho e Deivid.

Os números e as prováveis formações estão aí. Agora resta seu palpite.


Jogão: Santos e Flamengo
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Téo José

Ontem saiu escala do meio de semana. Estarei em um dos dois jogos que Band vai transmitir, Santos e Flamengo. O outro será Figueirense e Palmeiras. Estou com uma certa ansiedade para o confronto da Vila Belmiro. Podemos dizer que será a estreia do real Santos no Campeonato Brasileiro. Possivelmente, o campeão da Libertadores terá do meio para frente a seguinte formação: Arouca, Ibson (ex-Flamengo e fazendo sua estreia), Elano e Ganso. Na frente: Neymar e Borges. Sem dúvida um grupo bem interessante. Hoje o Santos tem 11 pontos, mas três jogos a menos. Se conseguir três vitórias nos jogos atrasados chega a 20 e fica junto com o Vasco na quarta colocação. Oito pontos a menos que o líder Corinthians. Não podemos tirar o Santos da luta pelo titulo.

O Flamengo terá as voltas de Ronaldinho e Thiago Neves, no papel também é um ótimo grupo. Está em terceiro lugar com 21 pontos. Tem chances, claro, mas precisa jogar muito mais do que nas duas últimas partidas – nos empates com Palmeiras e Ceará. A zaga ainda é um ponto preocupante, mas com a chegada de Alex Silva, que deve estar pronto em mais dez dias, deve melhorar bastante. Outra deficiência está no ataque, Deivid não tem resolvido e o Jael, contratado agora, não é solução.

Um jogo de grande importância. Os dois times precisam da vitória. O empate não serve para ninguém e por isso podemos prever uma partida mais aberta. Quem ganhar vai mostrar que ainda tem condições de chegar no Corinthians. O outro se complica muito.

Estaremos juntos na Band, nove e meia da noite, ao lado do Edmundo. Espero vocês.

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Timão em início inédito
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Téo José

O Corinthians faz o seu melhor inicio na história de participação em Campeonato Brasileiro. Tem sete vitórias consecutivas em 10 jogos, coleciona nove no total e mais um empate. Junto com o Flamengo está invicto no certame, mas a equipe carioca soma cinco empates. O Corinthians só não conquistou dois pontos dentro da possibilidade máxima e tem 94% de aproveitamento. Outro dia disse, em nosso espaço, que ainda é cedo para apontar um ou dois times favoritos, já que muitos ainda estão em formação e não temos nem 25% da competição disputada. Mas com esta série de resultados e oito pontos de vantagem em cima do segundo colocado, o Corinthians é sim um dos favoritos. Ainda mais quando embala desta forma e tem sempre, em casa, o estádio lotado e participativo.

Vejo o Corinthians como o time de maior marcação neste Brasileirão. Ralf e Paulinho, principalmente, têm feito a diferença no meio de campo. E dentro de um futebol moderno, Liedson e William também não dão moleza e, sem a bola, perturbam demais o adversário. É um time que marca a bola e não tem usado a violência. Tanto é que até ontem tinha quase 50 roubadas de bola a mais que o segundo colocado neste item. Ralf é o maior “ladrão” do campeonato.

Pode ser cedo. É. Mas o Corinthians tem utilizado todos os fundamentos do futebol com um aproveitamento impressionante. Méritos do Tite, que em muitos casos se complica nas entrevistas, mas em campo tem feito seu time jogar com muita facilidade.

Ontem estive em Palmeiras e Flamengo no Pacaembu. Um zero a zero que mostrou a realidade do jogo. Dois times guerreiros, mas com um jogo feio no meio de campo e muita catimba – como no lance do Kleber, que na minha opinião errou e muito. Sem o Valdívia, a equipe paulista perde muito nas armações de jogada. Mesmo complicadinho às vezes, ele é fundamental para se pensar em chegar mais a frente na tabela.

No Flamengo não gosto de Thiago Neves e Ronaldinho mais na frente, se transformando em atacantes muitas vezes. Assim a bola não chega com qualidade perto da aérea e a marcação fica facilitada. Pra complicar, Deivid ficou o jogo todo apagadinho, apagadinho. Juntamente com Renato, foram os menos eficientes no clássico.

Domingo, contra o Ceará, o Fla não terá Ronaldinho e Thiago Neves, já que receberam o terceiro amarelo. Por falar em cartões, tenho achado o Leandro Vuadem muito distante das jogadas. Tem escolhido uma faixa de campo e por ali fica. Pode ser estilo, mas prefiro que está sempre mais perto da bola.