Blog do Téo José

Categoria : Automobilismo

F1 muito fria… demais
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Téo José

Na noite desta quinta-feira, para nós aqui no Brasil, começaram os treinos para o GP da Austrália – no circuito de Albert Park, em Melbourne. Como em todos os anos, os testes da pré-temporada são poucos conclusivos. As boas marcas da Mercedes não me enchem os olhos. A equipe está muito pressionada. Fez grandes investimentos e, até agora, nada. Muito pouco de resultado. Neste ano está jogando ainda mais alto com a contratação de Lewis Hamilton, mesmo sendo o substituto de Michael Schumacher, que fracassou. Na minha cabeça a Mercedes jogou para imprensa e diretores da marca.

Continuo com a minha linha. A disputa ficará entre Red Bull, Ferrari e McLaren. A Ferrari vai começar o ano mais forte. O carro me parece bom. Nos testes, pelas declarações, é mais fácil de desenvolvimento do que os anteriores e me parece que não tem problemas de aquecimento e tração com os pneus. O time também está pressionado e Alonso, mais. Ele foi contratado para conquistar títulos e este ano será de mais pressão.

Os treinos podem nos dar uma ideia melhor do que vai ser o começo do ano. Sobre Massa, também mantenho minha posição> vai ser segundo piloto e ponto.

Agora, não posso deixar de falar que nunca vi uma semana de começo de temporada da Fórmula 1 tão fria por aqui. Lamentavelmente é reflexo dos nossos representantes na pista. Agora apenas um.


A festa da velocidade e emoção
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Téo José

Já estamos em Tarumã (RS). Depois de c inco anos, a Fórmula Truck volta ao circuito gaúcho, bem tradicional, sempre com uma multidão curtindo as corridas da categoria mais popular da América do Sul. As obras feitas neste período foram bacanas. Mas precisa demais, bem mais. Estamos vivendo situações bem complicadas com relação aos autódromos brasileiros. A maior parte se acabando. Temos de elogiar iniciativas de melhorias, porém não podemos deixar de olhar o que é feito e o que precisa ainda ser realizado.

É um ano de novidades na Truck. Além da volta para Tarumã, temos de novo Londrina no calendário. Cinco pilotos estreantes, a chegada do caminhão MAN – com Felipe Giaffone. O campeão Leandro Totti [MAN Latin America], mas andando com um modelo Volkswagen. Sem falar em melhorias na ABF Mercedes, Scuderia Iveco e no Scania do Roberval Andrade.

Vamos esperar os primeiros treinos para dizer algo. Antes tenho na cabeça que, mais do que nunca, a regularidade vai ser fundamental. Quem terminar as provas e subir ao pódio vai ter dado um passo gigante para ficar com o título. São muitas novidades e, nesta linha, vamos ter surpresas e muitos problemas. O que também é bacana e deixa a Truck cada vez mais imprevisível e emocionante.

Nos vemos neste domingo, a partir das 13h00, na Band, com a transmissão em HD e mais novidades.


O futuro da F1 no Brasil
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Téo José

Desde o GP do Brasil no ano passado que se fala na saída da F1 de São Paulo. A corrida está garantida em Interlagos até 2014. Antes da mudança de prefeito, existia um papo de renovação por mais oito anos e de grandes obras a serem realizadas.

O atual prefeito disse que os custos precisam ser estudados e que o contrato teria realmente de ser longo para valer a pena. Neste meio tempo, apareceu o parque Beto Carreiro World, em Santa Catarina. Depois de construir uma pista de kart, agora há interesse em eventos maiores. E a F1 passou a ser o objetivo principal.

Esta história de autódromo por lá é antiga. Aurélio Bastista Felix, já falecido, criador da Fórmula Truck, tinha até comprado terreno ao lado e mandado as máquinas para lá. Com a morte do Beto Carrero, as coisas pararam.

Bernie Ecclestone já visitou o parque. Não sei o que achou, mas claro está forçando a barra com São Paulo, ainda dizendo ser uma boa opção. Bernie sabe que a capital paulista tem mais vantagens para seu evento, só que ultimamente ele pensa mais em dinheiro.

Por isso vai deixar esta história rolar, como uma forma de pressão na prefeitura paulistana. Este joguinho dele é antigo.

Sobre fazer ou não reformas em Interlagos é uma outra coisa. O autódromo, sim, está defasado. Mas precisa saber o que realmente é necessário e quanto vai custar. Porque esta turma vem de fora, exige um monte de coisa, boa parte desnecessária, pega o dinheiro e se manda.

O evento é muito importante para cidade, mas sempre é preciso ponderação.

Pra fechar só um dado: o público do último GP do Brasil foi o pior da história em Interlagos. O evento já foi bem maior.


Morte do inocente. Mais uma
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Téo José

A morte está banalizada nos dias de hoje. Você abre qualquer jornal, em qualquer cidade do Brasil, e lá estão uma, duas, três – às vezes – dezenas de notícias. Coisa que não vemos, por exemplo, na Alemanha. Lá não há um crime com morte por dia. No Canadá, da mesma forma. Aqui já não choca como antes. Agora estamos diante de um fato novo de um velho problema. Morte no futebol, morte no divertimento. No prazer.

O garoto Kevin Espada, de 14 anos, não conseguiu vibrar com o gol de empate do seu time, o San Jose, na última quarta. Foi atingido por um sinalizador marítimo – que pode chegar a velocidade de 360 Km/h. São muitas perguntas que devemos fazer:

 

– Como este sinalizador pode ser utilizado em um campo de futebol?

 

– A revista da polícia, se houve, foi pra lá de meia boca?

 

– O ator de soltar o tal artefato foi um acidente?

 

– Ou, realmente, teve-se a intenção de jogar na torcida adversária?

 

– Qual seria a melhor punição para o clube?

E por aí vai. Mas o problema é bem maior do que este. Uma vida se foi em um jogo de futebol. O mínimo que se pode esperar é a punição dentro da lei e que seja dura para o autor. Pelo que fiquei sabendo ontem, através de imagens [e mesmo declaração informais de torcedores], esta pessoa já está circulando por São Paulo. Os 12 presos podem até ser da turma. Podem até ser punidos. Mas o principal parece que não está na cela.

A punição de fazer o Corinthians jogar com portões fechados, nas partidas em que é mandante, entendo como correta. É até branda. Porque precisamos de atitudes duras para que o futebol seja encarado com um esporte para diversão. E não brigar ou matar. As torcidas organizadas, aqui, na Argentina, estão afastando muitas pessoas de bem dos estádios.

Está na hora de todos sentarem e encararem isto de frente. Não com declarações como a do presidente do Corinthians Mário Gobbi: “não dá para saber se o agressor é corintiano, santista ou são-paulino”. E mais: “aprendi, se o crime, se comprovado, não passa da pessoa que o cometeu.”

Não posso concordar. As leis do esporte na América do Sul, mesmo vagas, dizem que a torcida é como parte integrante do time. A agremiação tem de ser responsável.

Na Europa, o que mais víamos eram brigas e mortes de torcedores. Hoje praticamente acabaram. As punições coletivas e individuais foram duras e ninguém ficou colocando o problema para baixo do tapete. Encararam de frente. Afinal, são vidas que estão sendo perdidas. Em alguns casos de garotos com o sonho de apenas ver seu time ser campeão e ter um pouco de alegria.

Neste momento, não podemos pensar apenas no prejuízo deste ou daquele time. A punição, pela sequência de fatos até aqui e pelo regulamento, até achei branda. Mas o que mais me preocupa é que não querem encarar o problema de frente. Sem prejuízo e vantagens para este ou aquele time. Sim, temos de ter paixão pelo clube. Mas apenas na hora de torcer. Muito mais importante que isto é ainda salvar mais vidas e sermos justos.


Os novos testes da F1
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Téo José

A Fórmula 1 volta à pista na próxima terça-feira com novos testes em Barcelona. Estes bem mais importantes do que os vistos em Jerez. A partir de agora, as equipes tentarão resolver os problemas apresentados pelos novos carros e outros times buscarão um melhor desenvolvimento. Pelos dados técnicos mostrados, depois de Jerez, e pelas declarações, deu para sentir que a Sauber pode ser uma boa surpresa. Dá para ver que o novo modelo tem significativas mudanças e andou muito bem. Mesmo sem sabermos em que condições.

A Ferrari tem um carro melhor do que aquele de fevereiro de 2012. A Red Bull só se preocupou em andar com o tanque cheio. Pelas informações, o maior problema do time de Sebastian Vettel é a falta de velocidade final. Nunca foi o forte. Mas parece que agora, com a determinação de pontos de utilização dos aerofólios traseiros em classificação, pode ser mais prejudicada. Vejo um maior equilíbrio. O que acho muito importante. As regras também precisam ser voltadas para maior competitividade. Apesar de achar esta história de abrir e fechar aerofólio algo meio artificial.

Talvez para as primeiras corridas, a situação seja um pouco diferente dos testes porque os pneus estão sendo exigidos no inverno da Espanha – onde as temperaturas não devem passar dos 16 ou 17 gruas [isto com otimismo]. Mas já teremos uma ideia.

Fernando Alonso tem tudo para ser o destaque em Barcelona. Será primeira vez com o novo Ferrari. Se Felipe Massa fez muitos testes de funcionamento, ele já vai buscar os primeiros acertos. Com certeza será rápido. McLaren, ainda é uma interrogação e Mercedes me parece longe da luta pelo titulo. Lewis Hamilton, pensando na parte técnica, fez uma péssima troca.


Massa faz seu papel
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Téo José

Felipe Massa, enquanto esteve na pista, foi o mais rápido nos testes de Jerez [Espanha]. Isto significa que a Ferrari tem o melhor carro? Não. É um ótimo sinal. Não só pela marca conquistada, mas pelo que o piloto disse e também pelo otimismo da equipe. Vejo um começo de ano melhor para Ferrari.

São apenas testes e não sabemos em que condições estão os carros. Por isso, não dá para cravar nada. O importante é analisar uma frase aqui, outra ali.  Deu para sentir a Ferrari forte. Lotus no mesmo ritmo de 2012 e Red Bull tranquila.

Nada ainda para falar sobre McLaren e Mercedes. Acredito na primeira, na segunda não. Apenas palpite.

A Ferrari parece que se adptou muito bem aos novos pneus, que todos já conheciam desde o GP do Brasil. É um carro que aceita mais as diferentes regulagens e me pareceu menos nervoso nas primeiras imagens. O importante vai ser ouvir Fernando Alonso quando andar. O espanhol ainda não foi para pista.

Por outro lado, sem “Pachequismo”, acho que dentro do time não muda nada. Alonso vai continuar dando as cartas. Ele sabe que se o carro for competitivo vai aumentar a pressão por titulo e lá todos esperam isto dele. O investimento no espanhol é puro e somente para buscar o número 1. Nenhum outro resultado será aceito.


O novo Mercedes
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Téo José

A Mercedes mostrou seu novo carro para temporada da F1. O W04 vai ser o carro do Nico Rosberg e Lewis Hamilton em 2013. Como digo sempre, aqui em nosso espaço, este papo de ficar falando que tem cara de vencedor ou de lento não é para mim. Carro de corrida só conhecemos quando vai para pista. E com poucos treinos e coletivos, como agora. Vou mais longe, temos de esperar pelas primeiras provas.

Pelo que andou nos últimos anos e declarações de gente da equipe, vejo que a Mercedes terá dificuldades para estar entre as primeiras. Acho muito, mas muito, difícil mesmo lutar pelo titulo. Hamilton, pela primeira vez na vida, vai saber o que é não ter nas mãos um carro realmente competitivo. Neste tempo todo de McLaren, mesmo com Ferrari e Red Bull [em muitas vezes sendo bem superiores], ele sempre teve numa sexta-feira a expectativa de poder vencer.

Agora não. Vamos ver como vai se comportar.

Em cima destas linhas que escrevi digo que a Mercedes vai lutar com a Lotus. As três: McLaren, Red Bull e Ferrari ainda devem continuar na frente.


O novo Mercedes
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Téo José

A Mercedes mostrou seu novo carro para temporada da Fórmula 1. O W04 vai ser o carro do Nico Rosberg e Lewis Hamilton. Como digo sempre em nosso espaço, este papo de ficar falando que tem cara de vencedor ou lento, não é para mim. Carro de corrida só conhecemos quando vai para pista e com poucos treinos e coletivos, vou mais longe, temos de esperar pelas primeiras provas.

Pelo que andou nos últimos anos e declarações de gente da equipe, vejo que vai ter dificuldades para estar entre as primeiras e acho muito, mais muito difícil mesmo lutar pelo titulo. Hamilton pela primeira vez na vida vai saber o que é não ter nas mãos um carro realmente competitivo. Neste tempo todo de McLaren, mesmo com Ferrari e Red Bull em muitas vezes sendo bem superior, ele sempre teve na sexta a expectativa de poder vencer. Agora não. Vamos ver como vai se comportar.

Em cima destas linhas que escrevi, digo que a Mercedes vai lutar com a Lotus. As três: McLaren, Red Bull e Ferrari ainda devem aparecer na frente.


Os pneus da Fórmula 1
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Téo José

A Pirelli fez nesta semana o lançamento dos seus pneus para temporada 2013 da Fórmula 1. Não muda nada, apenas as marcas de cores, para identificar cada tipo. Segundo os engenheiros da fábrica, a duração continuará sendo uma das variantes desta temporada, como foi no ano passado. Fala-se em pelo menos duas paradas a cada prova e em algumas pistas poderemos ter três ou até quatro.

Gosto de corridas cheias de alternativas, e também gosto de um equilíbrio maior, mas acho que ficar esperando este equilíbrio apenas pela escolha dos pneus, pela durabilidade, não é muito bacana, parece artificial demais.

Sei que o poder econômico é um empecilho para a competitividade, uma vez que quem investe mais, anda mais rápido, mas o dinheiro dá sim velocidade para um carro nas competições de automobilismo. Por isso precisa-se em pensar em algo mais sólido e duradouro.

Ainda sobre os pneus gostei do que disse o Nigel Mansell outro dia: “Faria uma mudança e não limitaria os jogos de pneus nos treinos livres e classificação. Assim os pilotos mais jovens e equipes menores poderiam andar mais. Sem contar uma disputa maior na definição do grid.” Concordo com ele. É só se acertar comercialmente com o fornecedor e não deixar esta conta, que não seria tão alta para equipes.

Pneus sempre foram importantes em um carro de corrida, hoje talvez o fator mais fácil para se ganhar performance, mas agora a importância está ainda maior. E o pior é que temos fornecedor único. O que dá uma certa maquiada nesta disputa.


Poucos peregrinos
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Téo José

No passado os grandes objetivos dos jovens pilotos do kart brasileiro eram Fórmula 1 e Indy, nesta sequência. Hoje vejo pouca gente realmente se atirando em busca do sonho. Sim, faltam categorias escolas por aqui. O garoto ou jovem sai do kartismo e se quer andar de Fórmula precisa sair do país. Aí entra o lado dinheiro. A exposição destas categorias é pequena por aqui, temos algo um pouco melhor na GP2. O resto que tem TV passa em horários alternativos, nem sempre interessantes e canais dois das TVs pagas.

Claro que a trajetória é complicada, claro que a CBA tem culpa enorme neste panorama, mas é claro também que faltam mais promotores sérios e empreendedores no nosso automobilismo, tem muita gente querendo faturar de forma fácil e rápida. Conto em uma mão, aqueles com visão e pensamento em um futuro grandioso. Tem muito promotor que já quer ganhar e muito no primeiro ano. Entra com a cabeça no lucro e não em fazer uma categoria sólida e com algo mais de legado.

Os pilotos de uma certa forma também se acomodam, junto com seus pais ou empresários. Agora tem a Stock Car, que tem levado muitos destes sonhadores. Com bom espaço na mídia, conseguem patrocinadores e faturam um pouco. Virando por alguns anos pilotos profissionais. Esta fase é nova, tem uns quatro anos, vamos ver daqui a cinco, onde estará metade do grid. A Stock está no papel dela. Ter grid cheio e cada vez mais gente de talento e nome. O problema é que passou a ser opção de jovens que tinham objetivos maiores, agora ficarão por aqui, até terem grana.

O panorama é este e sem nenhum horizonte de mudança. Outras modalidades estão ocupando o lugar do automobilismo e tem muito dirigente, promotor e piloto que ainda não enxergou isto. O pior cego é aquele que não quer ver.

Neste ano poderemos apenas ter Felipe Massa na Fórmula 1 e na Indy Tony e Hélio Castroneves. O menos número de pilotos na história das duas categorias principais do automobilismo.