Blog do Téo José

Arquivo : janeiro 2013

Adriano 2
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Téo José

Na semana passada conversei com vocês sobre Adriano. Disse que o jogador pensava em parar definitivamente. Não encerrei a carreira dele, isto quem vai fazer é o próprio. No mesmo dia sua assessoria disse que ele teria algumas propostas e iria analisá-las para voltar. Nesta semana surgem especulações de que ele teria possibilidades no Guarani, Santos e até Galatassaray.

Adriano está totalmente fora de forma, não tem feito exercícios diários e nem fisioterapia todos os dias. Ele vive momentos que sua posição de futuro se alterna. Tem dia que fica longe da academia e pensa em parar, algumas vezes que se exercita fala em jogar. O certo é que uma volta só poderia acontecer com meses de trabalho. O jogador não sabe o que quer e pode sim resolver abandonar a carreira sem ao menos tentar uma volta.

Outro detalhe, não tem nenhuma proposta oficial. Alguns empresários procuraram pessoas próximas a ele e estas pessoas tentam fazê-lo jogar. Hoje Adriano vive uma vida, que está longe de ser um atleta profissional.


Uma fase meia boca
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Téo José

Sim, foi apenas um jogo. O Palmeiras perdeu no Pacaembu para Penapolense -estreante neste ano no Campeonato Paulista da série A. Só que juntando tudo, não é apenas uma partida isolada. É mais uma prova que muita coisa precisa ser mudada no Verdão.

O grupo de jogadores é ainda mais deficiente do que o do ano passado [no rebaixamento]. Tenho a impressão também que não falam a mesma língua. Vejo no treinador a distancia de ser a pessoa ideal para a reformulação geral. Tanto de pessoas como de postura e, até, esquema de jogo.

A torcida se pegou ontem durante e depois do jogo. O que é bem a cara deste momento. Sei que uma nova diretoria acabou de assumir, mas se as coisas não começarem mudar [já], as dificuldades e a pressão serão bem maiores. O Palmeiras precisa de mudanças profundas. Não só de gente e, sim, de filosofia.


Os pneus da Fórmula 1
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Téo José

A Pirelli fez nesta semana o lançamento dos seus pneus para temporada 2013 da Fórmula 1. Não muda nada, apenas as marcas de cores, para identificar cada tipo. Segundo os engenheiros da fábrica, a duração continuará sendo uma das variantes desta temporada, como foi no ano passado. Fala-se em pelo menos duas paradas a cada prova e em algumas pistas poderemos ter três ou até quatro.

Gosto de corridas cheias de alternativas, e também gosto de um equilíbrio maior, mas acho que ficar esperando este equilíbrio apenas pela escolha dos pneus, pela durabilidade, não é muito bacana, parece artificial demais.

Sei que o poder econômico é um empecilho para a competitividade, uma vez que quem investe mais, anda mais rápido, mas o dinheiro dá sim velocidade para um carro nas competições de automobilismo. Por isso precisa-se em pensar em algo mais sólido e duradouro.

Ainda sobre os pneus gostei do que disse o Nigel Mansell outro dia: “Faria uma mudança e não limitaria os jogos de pneus nos treinos livres e classificação. Assim os pilotos mais jovens e equipes menores poderiam andar mais. Sem contar uma disputa maior na definição do grid.” Concordo com ele. É só se acertar comercialmente com o fornecedor e não deixar esta conta, que não seria tão alta para equipes.

Pneus sempre foram importantes em um carro de corrida, hoje talvez o fator mais fácil para se ganhar performance, mas agora a importância está ainda maior. E o pior é que temos fornecedor único. O que dá uma certa maquiada nesta disputa.


Adriano, perto do fim
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Téo José

No Rio de Janeiro, principalmente pelos lados da praia da Barra, Adriano ainda é assunto nos quiosques ou no futevôlei. Às vezes até aparece. Agora, um pouco menos. É presença constante na Vila Cruzeiro, local onde viveu e ainda tem muitos amigos e parentes. E pode ser ali que vai iniciar um novo futuro.

As pessoas mais próximas afirmam que dificilmente ele voltará a jogar. Está bem acima do peso, faz poucos exercícios e da sua boca ultimamente tem saído expressões como: “pra mim não dá mais” .

Além disto, as últimas conversas são de uma negociação imobiliária. O jogador, ou ex, teria comprado um terreno com vários barracos e casas na Vila Cruzeiro e tem um projeto de locar tudo e construir sua nova moradia. Um imóvel enorme e até com um campo de futebol. Vamos dizer: o castelo do imperador.

Pelos últimos movimentos parece que agora vai ser mais difícil ter um reinado nos campos de futebol profissional. Ao que tudo indica, de forma oficial, está bem próximo o fim de sua carreira. Que seja feliz!


Palavras do Dorival Júnior
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Téo José

Na edição de hoje do Jornal O Globo tem uma longa entrevista com Dorival Júnior. Ele fala da fase atual do Flamengo, que planeja e já coloca em prática um trabalho de longo prazo de recuperação e do momento do futebol brasileiro. O repórter Carlos Eduardo Mansur conseguiu tirar boas palavras do técnico. Aqui coloco algumas partes bem interessantes.

O Fla mudou

¨Agora se prioriza a administração do clube. Vão dar o passo certíssimo. O Flamengo tem potencial para estar nos grandes times do mundo. E o clube já conseguiu alguns reforços sem gastar. Pode esperar que vai dar resultado.”

Meta de resultados

“O imediatismo brasileiro apaga tudo. É um ano de transição. Só que grandes trabalhos são iniciados com dificuldades, mas mostramos claramente uma realidade e deixamos uma estrutura melhor. No Brasil o técnico que planta trabalho muitas vezes não chega no momento da conquista. Eu vivo o momento.”

Formação de jogadores no Brasil

“Nunca fomos grandes formadores no Brasil. Sempre revelamos jogadores que, simplesmente apareciam sem que soubesse exatamente como. E não melhorávamos estes atletas. Nos últimos anos ficamos estagnados. O vôlei se preocupou com a formação. É um modelo. O futebol não. Éramos os primeiros do mundo, perdemos todas as referencias. Nossos jogadores passaram a dar demonstrações negativas. É o reflexo do país, perdemos duas instituições fortíssimas: Família e educação. Aí, desmoronou tudo. O garoto não tem alicerce para crescer. Os clubes nunca se preocupam em melhorar os jovens.

Ficamos para trás, seleção caiu no ranking não passa mais respeito. A culpa é de dirigentes, treinadores, jogadores e imprensa. Que perderam responsabilidade, identificação. São desmandos de 20, 25 anos. A Espanha, hoje, é o resultado de 15 anos de trabalho.”

O jogador brasileiro deixou de ser um profissional confiável

“Chega nos clubes mal preparado, é um destro que não sabe bater de esquerda, cabecear…O argentino é preparado na parte técnica e emocional. Sai do país e não volta por saudade da família. A primeira desculpa, a primeira mentira é esta do jogador brasileiro. Envolvido com a noitada…ele não aprendeu a ser cobrado como profissional. Na base os clubes põem a mão na cabeça são paternalistas. Olhem o Messi, porque os brasileiros não foram mais de duas vezes ou três melhores do mundo? Não se mantém no topo. A conduta do Messi é o maior exemplo.”

Perfeito, concordo plenamente com o Dorival. E você?


Santos continua contando com Robinho
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Téo José

A primeira tentativa do Santos foi frustrada, mas a diretoria ainda não desistiu de Robinho. Existe um movimento no clube para ser colocado em prática um projeto para captação de recursos. A ideia é conseguir até julho a quantia para ser paga ao Milan e também garantia de salários do jogador. Robinho pode até baixar sua pedida, mas a diferença nestas últimas negociações era muito grande.

O jogador já deixou claro sua vontade voltar para o Brasil e dá preferência ao Santos. Diria que o otimismo das duas parte é bem grande. Na nova filosofia do Milan, de apostar nos mais jovens e em maior numero de italiano, Robinho já não é mais imprescindível.


Situação do Vasco preocupa e muito
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Téo José

O Vasco terminou 2012 com muitas dívidas e vários jogadores entrando na justiça para conseguir a liberação, já que tinham salários e outros direitos trabalhistas atrasados. Perdeu parte de suas grandes estrelas e ainda corre o risco de ficar sem o bom zagueiro Dedé. Além disto, não tem dinheiro para pagar as inúmeras contas atrasadas e muito menos para contratar. A diretoria tem se enfraquecido, com algumas boas cabeças deixando o barco.

O presidente Roberto me parece acuado, não bota muito a cara para fora e dá poucas explicações. Nem precisaria, porque o torcedor quer é um clube organizado e com um time nas tradições do Vasco. Só que não vê nenhuma das duas coisas.

O que me deixou assustado neste fim de semana foi ver o estado do gramado de São Januário, depois de mais de um mês de férias, voltou pior do que era. Será que está faltando dinheiro para até cuidar do campo? Ou realmente é falta de interesse. Não sei o motivo, seja qual for é mais uma pedrinha nesta péssima administração atual.

Está na hora pelo menos de explicação para o maior patrimônio do clube: o torcedor.


Poucos peregrinos
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Téo José

No passado os grandes objetivos dos jovens pilotos do kart brasileiro eram Fórmula 1 e Indy, nesta sequência. Hoje vejo pouca gente realmente se atirando em busca do sonho. Sim, faltam categorias escolas por aqui. O garoto ou jovem sai do kartismo e se quer andar de Fórmula precisa sair do país. Aí entra o lado dinheiro. A exposição destas categorias é pequena por aqui, temos algo um pouco melhor na GP2. O resto que tem TV passa em horários alternativos, nem sempre interessantes e canais dois das TVs pagas.

Claro que a trajetória é complicada, claro que a CBA tem culpa enorme neste panorama, mas é claro também que faltam mais promotores sérios e empreendedores no nosso automobilismo, tem muita gente querendo faturar de forma fácil e rápida. Conto em uma mão, aqueles com visão e pensamento em um futuro grandioso. Tem muito promotor que já quer ganhar e muito no primeiro ano. Entra com a cabeça no lucro e não em fazer uma categoria sólida e com algo mais de legado.

Os pilotos de uma certa forma também se acomodam, junto com seus pais ou empresários. Agora tem a Stock Car, que tem levado muitos destes sonhadores. Com bom espaço na mídia, conseguem patrocinadores e faturam um pouco. Virando por alguns anos pilotos profissionais. Esta fase é nova, tem uns quatro anos, vamos ver daqui a cinco, onde estará metade do grid. A Stock está no papel dela. Ter grid cheio e cada vez mais gente de talento e nome. O problema é que passou a ser opção de jovens que tinham objetivos maiores, agora ficarão por aqui, até terem grana.

O panorama é este e sem nenhum horizonte de mudança. Outras modalidades estão ocupando o lugar do automobilismo e tem muito dirigente, promotor e piloto que ainda não enxergou isto. O pior cego é aquele que não quer ver.

Neste ano poderemos apenas ter Felipe Massa na Fórmula 1 e na Indy Tony e Hélio Castroneves. O menos número de pilotos na história das duas categorias principais do automobilismo.


Esqueceram a base
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Téo José

Os times da série A do Brasil nunca faturaram tanto como agora. O dinheiro vem dos direitos de TV, patrocínio, material esportivo e por aí vai. Com os cofres mais cheios, mesmo com a maioria tendo administração ainda longe do profissionalismo ideal, o mercado de contratação está aquecido. Hoje não tem tanta diferença financeira jogar e ganhar aqui ou na Europa. Devemos comemorar, apesar de já ter dito neste espaço que tem time que está enfiando o pé na jaca e o planejamento financeiro deixado de lado.

Ok. O ponto maior não é este. Fico me perguntando sobre os investimentos nas categorias de base e aproveitamento dos jogadores. Pegamos por base o Corinthians, o time com maior destaque em 2012 e também o que fez a maior contratação. Este mesmo Corinthians foi campeão da Taça São Paulo, em janeiro passado. Quantos jogadores efetivamente aproveitou no ano, dos 11 garotos titulares campeões? Nenhum.

Marquinhos, mesmo jovem, com 18 anos, é para mim um dos maiores zagueiros da atualidade. Foi emprestado para Roma, vem arrebentando por lá e pode ser comprado em definitivo por 7,5 milhões de reais. E no segundo semestre passado foi contratado Anderson Polga, que claro, não jogou.

Dei apenas o exemplo do Corinthians, na maioria dos clubes do Brasil é assim. Só pensam em categorias de base, quando falta grana, como o Botafogo neste momento. É uma pena. Mesmo com a lei do passe mais flexível. O futuro financeiro dos times passa também pelas categorias de base. Dou como exemplo o Barcelona. Que tem um time com a grande base feita em casa e outro prontinho para entrar, como vem acontecendo.

Aí, como gosto de citar sempre. Esquecem a frase do Beto Guedes: “A lição sabemos de cór, só nos resta aprender.”


Boa sorte Lucas!
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Téo José

A apresentação do Lucas, no Paris Saint-Germain, foi o acontecimento esportivo mais destacado na França. Ele chega como uma das maiores contratações do futebol europeu para 2013. Muito bom esta passo dado pelo jovem jogador. Uma pessoa que tem excelente cabeça, mantém suas raízes, corre atrás de seus objetivos e não deixa o sucesso subir na cabeça. É gente que tem tudo para dar certo. Além de talento, busca o caminho certo para prosperar.

O PSG é uma ótima porta de entrada. Hoje é o clube que mais investe no futebol. Com a chegada de um grupo de investidores dos Emirados Árabes, que comprou o time e colocou o catariano Nasser Al-Khelaifi como presidente, as coisas mudaram. O objetivo é claro: voltar a ser um time vencedor no mundo.

Foi criada uma boa base. Tem grandes nomes, mas vejo no treinador Carlo Ancelotti como o grande problema. Tem em seu passado muitos títulos com times italianos, mas tem uma cabeça de retranca danada. Mesmo assim, isto não deve ser problema para Lucas. Chegando com a vontade e espirito de bem com a vida, que estava jogando no São Paulo, tem tudo para arrebentar.

Tá certo que entra no time no momento de começo de temporada dele e os companheiro em meio. Não fazer a pré-temporada sempre é ruim. Por outro lado, já vai ter pela frente a Liga dos Campeões na fase dos jogos mata-mata.

Torço muito para que dê certo e cresça cada vez mais. Pelo profissional que é, dentro e fora de campo, e também olhando um pouco mais pra frente pelo bem da seleção brasileira.


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