Blog do Téo José

Categoria : Futebol

Em campo a maior Copa de todas
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Téo José

Não vou ser repetitivo. Apenas passo rápido por coisas que todos nós estamos cansados de saber. Faltam as obras prometidas, os preços de hotéis, passagens aéreas e etc. estão ou vão ser absurdos, obras dos estádios ficaram bem mais caras e o país não se preparou para mostrar seu potencial turístico e de investimento em um grande evento como a Copa do Mundo.

Olhando só a parte da bola, do campo, teremos a maior Copa de todos os tempos. Não vejo nenhum país para lamentarmos ausência. Alguns jogadores como Ibrahimovic, Bale e Cech, talvez mais um ou dois. O resto estará em nosso país. Todas as seleções campeãs se classificaram. Além daquelas que estão jogando bola para serem apontadas como favoritas, ainda temos equipes de muita tradição, isto em muitas oportunidades é uma vantagem.

É sintoma de grandes jogos, porque o que de melhor tem no futebol atual vai estar aqui. Este é um ponto que precisamos valorizar. Claro que tem de continuar com as cobranças nas autoridades políticas e esportivas, mas não podemos fechar os olhos para o grande evento que vamos presenciar de perto. Tudo começa na sexta-feira.

Depois do sorteio as cidades e estados sedes ainda vão ter um tempinho de preparação. A África do Sul com todos seus problemas, maiores do que temos por aqui no momento, mostrou uma cara nova e usou a Copa para atrair uma enormidade de investimentos e fortalecer seu turismo. Sim, muitos estádios estão sem o uso para o futebol, mas isto não é o mais importante. O que se buscou foi apresentar ao mundo a nova África, o objetivo era algo maior. Por aqui falam apenas em estádios e jogos. Poderiam ter tido uma preocupação maior. Neste ponto, tirando os valores misteriosos, não teremos problemas. Até a classificação das seleções ajudou. O problema é a falta de visão é o pensar pequeno e cheio de incompetência.

Só que repito, isto não pode apagar a parte esportiva. Temos tudo para presenciar no campo a Maior Copa de todas.


Seedorf a caminho do Milan
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Téo José

Seedorf já decidiu seu futuro. Depois do fim do seu contrato no Botafogo [encerra-se em junho do ano que vem], ele desembarca na Itália para se tornar treinador do Milan. O time italiano já tem tudo acertado. Mesmo que Massimiliano Allegri deixe o comando antes, a vaga está reservada para o holandês.

A mudança só não acontece agora pelo compromisso que tem com o Botafogo e a necessidade de ter terminado o processo para tirar a licença de treinador. Ele vai receber a liberação em abril, através federação da Holanda. Parte da imprensa italiana já dá a mudança como certa.

Seedorf só não ficou no Milan porque Allegri não quis. O atual treinador buscava uma equipe mais jovem. Depois de dar um titulo ao time, o comandante técnico passa agora o seu pior momento por lá. A equipe não tem jogado bem, corre o risco do rebaixamento e ele está bastante desgastado com torcida e dirigentes. O Milan também não está em boa situação na Liga dos Campeões.

Do outro lado, Seedorf já não é unanimidade entre os jogadores do Botafogo. Tem muita gente incomodada pelas cobranças sitematicas, às vezes em momentos ruins, e com palavras mais duras na frente de todos. Antes os jogadores baixavam a cabeça e aceitavam, mas agora estão vendo um Seedorf diferente, que não tem atuado bem. O futebol caiu bastante e também não corre como no primeiro semestre.

No Botafogo ninguém gosta de falar sobre isto, mas fica claro o desgaste. Mesmo tendo contrato, a possibilidade de sair no fim do ano é real. Ele poderia chegar ao Milan em janeiro, mas só assumindo o comando técnico no fim da temporada. Antes da Copa.


O futebol brasileiro da nossa seleção sub-17
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Téo José

Fazia tempo que não via o bom e velho futebol brasileiro sendo representado por uma seleção verde e amarela. No domingo passado, trabalhei na vitória do Brasil sub-17 em cima dos Emirados Árabes, 6×1. Foi a segunda pelo mesmo placar, antes já tinha vencido a Eslováquia. Já se garantiu para as oitavas, mesmo antes da partida contra Honduras, nesta tarde, nos Emirados.

O trabalho de reformulação vem sido comandado e muito bem pelo Alexandre Galo. Além de uma seriedade maior, deu ao time a cara de Brasil. Defesa forte, que sabe sair jogando, destaque para o capitão Lucas (São Paulo) e dois laterais que marcam e sempre apoiam, principalmente o Abner, jogador do Coritiba que a Roma já está de olho. No meio  dois volantes que marcam e tem técnica, longe de serem “ brucutus”  Gustavo do São Paulo e Danilo, no Vasco mas já negociado com Braga. Nathan (Atlético-PR) é o dez e realmente um meia, sabe driblar, passar, lançar e gosta de entrar na área, tanto que é o artilheiro do time. Tem também o Boschilia do São Paulo e Mosquito do Atlético Paranaense. Caio do Flamengo ainda precisa jogar mais, tem personalidade e é atrevido, o que já é bacana.

Além destes ainda tem na reserva o Gabriel da equipe profissional do Santos e o Kenedy, no time de cima do Flu.

Este grupo com a mentalidade do Galo tem relembrado o nosso esquecido futebol, aquele com jeito brasileiro. Bem jogado, co técnica, dribles. É bom ver que ainda há esperança e quem nem tudo está perdido. É só trabalhar e dar moral para garotada, não deixando subir na cabeça. Posso queimar minha língua, mas esta seleção vai longe e merece.


Vasco e Flu: números de um jogo ruim
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Téo José

Ontem trabalhei na vitória do Vasco sobre o Fluminense. Um a zero. O Flu segue sua sina de não vencer clássicos cariocas, já se vão mais de 12 meses. O gol saiu aos onze minutos do primeiro tempo. Cris de cabeça e um cruzamento de bola parada. Foi mais uma partida sem brilho deste campeonato brasileiro. Vou dormir sem lembrar de uma grande jogada durante mais de 90 minutos.

Fiquei pensando, no carro, sobre a razão de mais um clássico de tanta tradição passar longe da empolgação. E com jogadores mal tratando a bola quase que o tempo todo. Recorri aos números.

Em certo momento, no segundo tempo, tivemos em campo oito volantes. Somando aos jogadores de defesa, laterais e zagueiros, subimos para 15 – O Flu já tinha trocado um lateral por volante -, mais os dois goleiros e fechamos a conta em 17.

Sobraram cinco jogadores para armar e outros com características de atacantes. Apesar do André, do Vasco, ser visto mais no seu campo do que na área do Flu.

Com estes números, e com as armações das equipes por Dorival Junior e Vanderlei Luxemburgo, aliás, estamos vendo muitos times iguais, o jogo não tem mesmo que ser de qualidade com belas trocas de passes, dribles e jogadas de habilidade. Só temos desarmes. A criação, que enche os olhos, está realmente em segundo plano. Quem sabe até em terceiro.


O Flamengo na sua casa
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Téo José

Na quarta-feira estive no Maracanã, trabalhando no empate entre Botafogo e Flamengo, pela Copa do Brasil. Na minha visão, o Flamengo teve o seu melhor primeiro tempo, neste segundo semestre. Ainda estava na cabeça, com aquilo que vi em Recife, no domingo passado e fiquei surpreso. Tivemos cerca de 33 mil torcedores, diria que 60%, 65% de flamenguistas, que fizeram a festa costumeira do começo ao fim. A Torcida do Botafogo, em menor, número também fez sua parte. Mesmo com menos da metade do estádio lotado, o clima estava bem bacana.

Creio que foi este clima, esta magia do Maracanã, que impulsionou o Flamengo, até ter fôlego. Esta ligação entre estádio, time e torcida é algo muito claro. Bonito de se ver. Mas os pés precisam ficar no chão, no gramado, o time tecnicamente ainda deixa muito a desejar. Só a energia que vem das cadeiras não muda totalmente o panorama. As contratações foram erradas e gente que poderia resolver, está bem longe disto. Que a lição do campo seja aprendida pela diretoria e mesmo com época de vacas magras, um planejamento melhor precisa ser feito para 2014.

Depender apenas da energia da torcida, mesmo sendo enorme, é pouco para o Flamengo.


Que Flamengo é esse?
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Téo José

Ontem, estive na Arena Pernambuco trabalhando em Náutico e Flamengo. Zero a zero bem fraco, um dos piores jogos que vi neste Campeonato Brasileiro. Observando a partida  dá para entender bem, porque o time de Recife é o último do campeonato, com apenas duas vitórias e o Flamengo o 16º e pertinho do “bocão” do rebaixamento.

Sobre o Náutico, vou concordar com o Jorginho, o penúltimo técnico da equipe, dos sete contratados nesta temporada, tem muito jogador que não tem qualidade para disputar a série A, mesmo sendo a atual, uma das piores da história.

O Flamengo é um time com muitas contratações erradas, como Paulinho que veio do XV de Piracicaba, que corre, corre, corre e corre. Só. Carlos Eduardo, o futebol parece ter ficado na Rússia e André Santos, que já não era unanimidade no Grêmio. Isto sem falar em mais um bocado. A diretoria, que até é bem intencionada, tem feito um bom trabalho na parte administrativa e financeira, mas pecado demais no futebol e já existem grandes divergências entre seus integrantes. Ontem, no estádio, ouvi dizer que o Leo Jaime, isto mesmo, o cantor, é um nome cotado para também trabalhar no futebol. Quem sabe dê um pouco de ritmo para equipe e com seu rock nacional passe energia. Vai ver é por isso que estão pensando nele.

Ironias de lado, vejo que o torcedor vai continuar sofrendo com este time. Um dos piores que já vi com a camisa do Flamengo. Aliás, esta frase já utilizei aqui tempos atrás. Uma pena.

Ontem, no jantar, aqui em Recife, fiquei conversando com meu companheiro repórter Sandro Gama e dei conta que repetidas vezes no papo perguntei: Que Flamengo é este?


Vídeo: Walter abre o jogo
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Téo José

Walter, atacante do Porto de Portugal, emprestado ao Goiás desde o ano passado, é o destaque do nosso espaço. Aqui está um papo com ele, gravado na semana passada no CT do Goiás, em Goiânia e apresentado nos Donos da Bola – programa do meu amigo Neto, na Band São Paulo.

Walter, que costumo chamar de Tufão, dá um show de simplicidade e sinceridade. O resultado ficou bem legal.

Confira o vídeo aqui


Tite não é mais unanimidade na diretoria
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Téo José

Logo depois da derrota do Corinthians, contra o Goiás, no último domingo, alguns dirigentes do time paulista se movimentaram para demitir Tite. Outros, minoria, não concordaram com a ideia. Dentre eles, Andrés Sanchéz. Depois de argumentação das duas partes se decidiu pela permanência. Também foi levando em conta que o desgaste com a torcida seria grande.

Além do treinador, o diretor de futebol Edu Gaspar já começou a ser questionado. Apesar de não falar publicamente, o presidente Mario Gobbi acha que ele deveria ter ficado mais do lado dos dirigentes. Inclusive passando informações do que estaria acontecendo com os jogadores. O trabalho dele está sendo analisado. Tem gente achando que Edu anda fazendo média com os dois lados.

Na mesma conversa, foram apontados pelo menos três jogadores que não estariam rendendo dentro de campo e não sendo profissionais fora.

Vejo como um erro qualquer movimento na saída do Tite, que no próximo mês vai completar três anos de clube. Este tempo de trabalho foi um dos grandes acertos desta e da diretoria passada. Tite é o maior responsável pelas ultimas e várias conquistas do time.

O maior temor destes que queriam sua saída é a possibilidade de não participar da Libertadores do ano que vem, só que uma mudança agora deixaria isso ainda mais complicado.


O pau quebra e ninguém faz nada
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Téo José

Não de hoje, nem de ontem esta violência que vemos nos estádios do Brasil. É de quase sempre. O futebol, a maior diversão do brasileiro se tornou perigosa dentro e nas imediações dos estádios. Se falava muito em praças esportivas com estruturas ultrapassadas, falta de câmeras e um monte de besteira. Só nestes últimos 30 dias, tivemos: Sinalizadores no meio da torcida do Goiás, em Goiás e Flamengo, no Serra Dourada. Muitos sinalizadores na torcida do Corinthians no Heriberto Hülse, em Santa Catarina, no jogo entre Criciúma e Corinthians. Briga aberta ao lado do estádio Mané Garrincha, em Brasília, na partida Flamengo e São Paulo, com policiais assistindo tudo e nada fazendo. Domingo o pau quebrou em Vasco e Corinthians no mesmo Mané Garrincha.

Nestes últimos atos, no meio desses tais “torcedores”, Leandro Silva de Oliveira, que estava preso na Bolívia, com aquele grupo de corintianos. Não sei quem começou a briga e isto pouco importa, o que chama atenção é o ódio destas pessoas, que deveriam apenas estar preocupadas em se divertir e ver uma partida de futebol. DIVERSÃO!!!

Ficar aqui, escrevendo e escrevendo sobre o que estamos cansados de ver nos estádios e redondezas é besteira e cansativo, ficaria uma semana. Vou resumir. O que quero perguntar é:

Até quando?

O que as autoridades fazem para resolver esta situação?

Quando teremos leis especificas e punição para estes idiotas?

Quando vão parar com o blá, blá, blá e agir?

O futebol, nossa grande diversão, o maior produto de entretenimento do pais está sendo jogado no lixo, por culpa destas pessoas que mais parecem bichos e também das autoridades policiais, esportivas e políticas, que parecem postes.


Bota: um Líder que precisa crescer
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Téo José

O Botafogo terminou mais uma rodada do Campeonato Brasileiro na liderança, mas ainda é um time que oscila em algumas partidas. Ontem, na vitória contra a Portuguesa repetiu o enredo. No primeiro tempo Jefferson, novamente em sua melhor fase, foi o responsável pela equipe não terminar atrás. Além do mais, vimos um time muito nervoso. Tá certo que a atuação do arbitro Alício Pena Júnior foi confusa, principalmente na parte inicial, mas isto vai se passar em muitas partidas. Não temos uma arbitragem com padrão no Brasil. Seedorf é um craque, líder, segundo treinador dentro de campo, merece todos os elogios, faz bem para os companheiros, mas não pode se exceder como fez ontem, principalmente com o garoto bom de bola, Gilberto. Me parece o caso do ministro Barbosa, tem inúmeras qualidades, mas isto não lhe dá o direito de excessos.

Botafogo e Cruzeiro são os times que mostram o melhor futebol até agora, não por acaso estão em cima da tabela. Só que para o Botafogo chegar em dezembro ainda na ponta, precisa ser mais consistente e com menos oscilações. Alguns dados do jogo de ontem mostram isto. A Portuguesa, na zona de rebaixamento e com 13 jogadores como desfalques na partida, tanto que o lateral Luís Ricardo jogou na frente, como um atacante, fez menos faltas, teve quatro vezes mais o número de escanteios, finalizou mais do que o dobro, cruzou e lançou mais e ainda teve mais acertos nos passes. Sim, o que vale é o resultado, mas estes fundamentos são prova que o líder teve um jogo parelho com um dos últimos colocados e recheado de desfalques.

O Botafogo é um time que pode e deve render bem mais, tem potencial para isto e o momento do crescimento é agora. Sendo mais consistente e com menos oscilação é o time a ser batido, mesmo com um banco de reservas inferior ao do Cruzeiro. Fico feliz também em ver a garotada com espaço. No time atual Gilberto, Dória, Gabriel e Vitinho vieram da base. Principalmente Dória e Vitinho estão fazendo a diferença e olhos bem abertos para o Gilberto. Marca muito e não tem medo de tentar chegar ao fundo. Dá mostras de ser aquele velho lateral do futebol brasileiro, tão escasso nos dias de hoje.