Blog do Téo José

Categoria : Automobilismo

O velho problema dos autódromos
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Téo José

Quase todos os dias leio em sites ou jornais sobre o empurra- empurra que virou o autódromo do Rio de Janeiro (RJ). O que sobrou do velho Nelson Piquet, em Jacarepaguá, está condenado e não tem como ser salvo. Existe, na Justiça, um acordo de que novas obras para os Jogos Olímpicos só seriam iniciadas depois da entrega de um novo.

Isto é papo furado. A ação virá abaixo e não deve passar de setembro. A prefeitura carioca, pessoas à frente da competição esportiva, a Federação do Rio e CBA estão conversando. Um projeto de um novo circuito, em Deodoro, região distante do atual, com acesso complicado (e agora parece que com pendências ambientais) está em trâmite.

Falando abertamente: acharam um canto no Rio e querem colocar ali uma pista. Mas agora existe pouca certeza de que vai sair. Eu só acredito vendo. O atual será destruído e um novo vai ficar no papel. Quem sabe um dia saia e, se sair, vai ser coisa empurrada pela goela, com projeto vagabundo. Esta é a realidade.

Em Goiânia(GO) existe um dos melhores traçados do Brasil. Local muito bom, mas que precisa de manutenção. Na chegada do novo governo foi feito um projeto para tirá-lo do local atual e levá-lo para outra área. Já vamos para 18 meses da administração deste governo e nada de concreto foi feito. Ou seja, também ficou no papel e o velho continua se acabando.

O de Brasília (DF), que precisa de obras, ninguém mexe. Dizem que teremos alguma coisa por lá, mas com objetivo de transformar boa parte da área em estacionamento para o novo estádio da Copa. Caruaru (PE), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE) são outras pistas que precisam ser melhoradas e de manutenção. Por “coincidência”, todas pertencentes ao poder público.

Tarumã (RS) vai entrar em obras; Cascavel (PR) está vivendo uma grande reformulação. Estes fogem à regra. O automobilismo está vivendo dias de administração sem pulso e pouca ação. Para se tentar melhorar as praças esportivas e mesmo as condições de todos que atuam na modalidade.

Uma categoria de formação de pilotos desapareceu, a Fórmula Futuro, e a Fórmula 3 Sul-americana também está no caminho – pode nem realizar a temporada de 2012. Precisamos de nova gestão e fazer que o automobilismo seja respeitado. Não com papeis e discurso e, sim, com atos. Com ação. No fundo, não vejo um bom panorama para o esporte que tanto gostamos.


Power começa na frente S. Paulo
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Téo José

Começou a minha maratona na São Paulo Indy 300. Neste sábado estarei no Anhembi, ancorando as transmissões, até por volta das 18h00. Não estarei na narração e nem participarei durante os treinos, mas farei a cobertura pela Band. Será uma grande oportunidade para ver os carros na pista.
Já posso adiantar que é muito legal ver o Simon Pagenaud pilotar. O francês anda muito bem e ainda vai ganhar uma corrida neste ano. Outro piloto que pode se destacar é o canadense Josef Newgarden.
A pista suja neste primeiro treino livre é absolutamente normal, principalmente em se tratando de um circuito de rua. Ainda não dá para se ter uma ideia clara da tática de pneus e de como os pilotos estão para a corrida. Só deveremos ver um panorama melhor após o 2º treino livre de hoje.
Ainda, também, não dá para saber se a vantagem de 15 cavalos a mais dos motores Honda fará efeito ou não em São Paulo, mas a marca começou a mostrar a sua cara. Uma coisa é certa, a pole-position do ano passado (1min21s8958) deve ser superada facilmente em 2012. A expectativa, no grid, são 13 ou 14 carros no mesmo segundo
A equipe KV Racing mexeu na relação de marchas dos carros de Rubens Barrichello e Tony Kanaan. Aliás éssa é a primeira sessão livre que Rubens pôde aproveitar sem grandes problemas com o carro.
A organização está perfeita, sobretudo no que diz respeito ao público. E neste domingo, com certeza, o autódromo estará lotado.
O que você acha?
Tempos:
1. Will Power – Penske, 1min22s3875
2. Dario Franchitti – Ganassi, 1min22s3953
3. Scott Dixon – Ganassi, 1min22s7862
4. Simon Pagenaud – Schmidt Hamilton, 1min22s8190
5. Josef Newgarden – Fisher Hartman, 1min22s8774
6. Hélio Castroneves – Penske, 1min23s0390
7. Ryan Hunter-Reay – Andretti, 1min23s0434
8. JR Hildebrand – Panther, 1min23s0985
9. Marco Andretti – Andretti, 1min23s1406
10. James Jakes – Dale Coyne, 1min23s1655
11. James Hinchcliffe – Andretti, 1min23s2038
12. Rubens Barrichello – KV Racing, 1min23s2890
13. Tony Kanaan – KV Racing, 1min23s3308
14. Ryan Briscoe – Penske, 1min23s3647
15. Justin Wilson – Dale Coyne, 1min23s3666
16. Ernesto Viso – KV Racing, 1min23s6634
17. Mike Conway – AJ Foyt, 1min23s6999
18. Charli Kimball – Ganassi, 1min23s7520
19. Sébastien Bourdais – Dragon Racing, 1min24s0442
20. Takuma Sato – Rahal Letterman, 1min24s1547
21. Bia Figueiredo – Andretti, 1min24s1655
22. Graham Rahal – Ganassi, 1min24s5634
23. Simona de Silvestreo – HVM, 1min24s6815
24. Oriol Serviá – Dreyer & Reinbold, 1min24s8492
25. Ed Carpenter – EC Racing, 1min25s0994
26. Katherine Legge – Dragon Racing, 1min26s0529


Bem vindo à São Paulo Indy 300
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Téo José

Depois de anos com o mesmo equipamento, em 2012 a Fórmula Indy entrou na pista com novos carros e a disputa de motores (com novas configurações e a volta dos turbos). Na primeira etapa eram 11 equipes com Chevrolet, de volta a categoria e com o propulsor sendo desenvolvido mais uma vez pela Ilmor; 10 times com Honda; e cinco escuderias optaram pela Lotus.
Os dois primeiros estão em patamares bem parecidos. O Lotus ainda precisa melhorar. Tanto que duas equipes já estão pulando fora depois da São Paulo Indy 300. A Chevrolet ganhou as três primeiras corridas, com isto a Honda está pedindo autorização para modificar seu equipamento. Até a conclusão destas linhas, eu não sabia do resultado deste pedido. Se conseguir, o propulsor japonês deve ganhar cerca de 15 cavalos de potência – o que na Indy, pelo equilíbrio, é muito. Se conseguir entra na competição de novo. Ou, até, coloca um pouquinho de frente. Todos os brasileiros correm de Chevrolet.
Saindo dos motores, chegamos nos carros. Todos têm o mesmo fabricante: a Dallara. Estão mais robustos e com a carenagem mais envolvente. No futuro, cada equipe poderá desenvolver um pacote aerodinâmico. Nesta temporada, as mudanças permitidas são mínimas. Quase zero. O objetivo da alteração é, principalmente, aumentar a segurança dos pilotos.
Com estas modificações na parte técnica, para a pista do Anhembi espera-se que os carros ganhem velocidade. Algo em torno de 35 quilômetros por hora nos finais da reta. Com isto, no fim da reta da marginal, a maior do calendário, as feras podem chegar a 340 Km/h. O que, para muitos, seria inimaginável em uma pista urbana.
Pelo que aconteceu nas três primeiras etapas, duas de rua e uma em misto permanente, a Penske começa o ano como favorita. Venceu as três. Uma com Hélio (St. Peterburg) e duas com Will Power (Alabama e Long Beach). A equipe está com cara daquela Penske dos anos 80 e 90. Bom para o Hélio, que começou o ano mais focado e pode finalmente chegar ao seu primeiro titulo na categoria. Will Power está cada vez mais à vontade nos ovais e, por isso, é um nome muito forte ao titulo. E também para vencer em São Paulo. Ele já abocanhou as duas vitórias por aqui.
Só que na Indy nem sempre os mais fortes vencem. O equilíbrio é seu ponto de destaque. Vejo outros pilotos em condições de aparecer bem. Como os dois brasileiros da equipe KV Racing – Tony e Rubens. O segundo cada vez mais a vontade em seu novo desafio. O francês Simon Pagenaud, o jovem (vencedor da Indy Lights) Josef Newgarden e, claro, os dois da Ganassi: Dario e Dixon.
Mas, como disse, na Indy a surpresa sempre está pronta para aparecer. Bia Figueiredo, apesar de estar na forte equipe Andretti, vai correr apenas em São Paulo e Indianápolis. Isto sempre é um fator complicador.
O que tenho certeza mesmo é que teremos um grande evento e que você, Amigo da Velocidade, terá muitos momentos para divertir e emocionar.
Boa prova! Bom fim de semana! E cuide-se bem!

Agora o papo é SP Indy 300
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Téo José

Os carros da Fórmula Indy já estão nas “garagens” do Anhembi. A montagem começa nesta quinta-feira e, na sexta, acontece a vistoria técnica. Informações oficiais apontam que só três setores ainda têm ingressos para o final de semana – já notícias extra-oficiais indicam que faltam menos de dois mil para termos casa totalmente cheia em São Paulo.
A Meteorologia, de acordo com as últimas informações, prevê um final de semana de instabilidade para a categoria em São Paulo. Os especialistas acreditam que a chuva poderá aparecer no circuito urbano do Parque Anhembi tanto no sábado (treinos e classificações) como no domingo (corrida).
Como sempre fazemos em semana de grandes eventos, vamos deixar esta quarta para palpites. Eu já dei o meu na semana passada. Will Power na pole e para vitória. E o seu?
Veja a programação em SP:
Sábado, 28
08h05: 1º Treino Livre da Fórmula Indy
09h35: Treinos Livres da Top Series
11h05: 2º Treino Livre da Fórmula Indy
12h20: Treino Classificatório da Top Series
14h05: Treino de Classificação da Fórmula Indy
15h30: Largada para etapa da Top Series
Domingo, 29
08h30: Treino de Aquecimento da Fórmula Indy
11h10: Apresentação da Fórmula Truck
11h35: Desfile dos pilotos da Fórmula Indy
12h30: Largada da São Paulo Indy 300
*Horários de Brasília

Power é favorito em São Paulo
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Téo José

Will Power venceu as duas últimas provas da Indy, uma em circuito misto permanente e outra na rua. Sua equipe venceu as três do ano. Power ganhou as duas primeiras corridas no traçado do Anhembi – a São Paulo Indy 300. Por estes resultados, o aponto como o homem a ser batido no próximo dia 29, em mais uma edição da etapa brasileira.
O motor Chevrolet, da Penske, tem se mostrado superior ao Honda. Tanto em potência como em melhor consumo. Como o tempo entre Long Beach e a capital paulista é de apenas duas semanas, muito pouco poderá ser desenvolvido pelas fábricas — até mesmo em mapeamento eletrônico.
A Chip Ganassi, sempre grande rival da Penske, anda sofrendo com a permanência do motor japonês e ainda não encontrou o melhor acerto do novo carro da categoria.
Na Penske tem também Ryan Briscoe e Hèlio Castroneves com todas as possibilidades de vitória. Ainda mais o segundo. Hélio corre em casa, tem esta dose extra de determinação e é um piloto que sempre obtém vitórias pontuais. Tem estrela. Ganhar em casa ainda falta em seu currículo. Quem sabe será nesta edição.
Tony Kanaan e Rubens Barrichello têm tido carros mais competitivos a cada prova. Acompanhamos isto em Long Beach. Mas a KV ainda não está no mesmo nível da Penske e Andretti. Vão precisar de mais tempo para arrumar a casa e até mais poderio financeiro.
Bia Figueiredo estará na Andretti. Não se pode cobrar nada, faz a primeira corrida com mecânicos e engenheiros diferentes e não terá a mesma atenção que tem aqueles que vão fazer toda temporada. Pelo menos sabe que tem um bom equipamento.
Como na Indy vários carros são iguais (como os da Penske, Andretti e KV), com um pouco de sorte e tática arriscada (e certeira) não se pode afastar nenhum resultado. Analisando a situação de uma maneira pura e simples, aponto o australiano como favorito a sua 18ª vitória – a oitava em pista de rua.
E para você, quem vence em São Paulo?

Will Power: show de pilotagem e tática
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Téo José

Will Power venceu sua segunda prova seguida na Indy, depois de largar em 12º, nas ruas de Long Beach. Foi mais um show deste piloto, que é o favorito ao titulo. Dentro das regras da categoria, precisou ser rápido ao extremo quando podia e teve na tática do time seu grande trunfo. Não foi fácil, já que o bom francês Simon Pagenaud botou muita pressão nas voltas finais com um carro que não precisava poupar combustível. Outra boa prova foi do Tony Kanaan, que saiu em 19º e terminou em quarto. Também foi ajudado pela tática, mas o tempo todo foi bem competitivo. Vai dar um trabalhão o ano todo.

Power chega ao Brasil, onde venceu as duas edições da prova paulista, como líder e a Penske, que ganhou as três corridas deste ano é, sem dúvida, favorita nas ruas de São Paulo e também ao titulo. A Chip Ganassi ainda não encontrou o melhor acerto do novo carro e o motor Honda está um pouquinho atrás do Chevrolet.

Rubens Barrichello fez sua melhor prova na categoria e terminou em nono. Poderia estar entre os cinco ou seis melhores no final, mas sua equipe errou na tática e precisou de mais um reabastecimento. Na última curva, foi tocado por Hélio Castroneves e perdeu mais uma posição. De uma forma tranquila, reclamou de algumas manobras e pediu mais respeito na pista. Hélio assumiu o erro, se desculpou e tudo resolvido. Castroneves foi um pouco afoito, tanto que foi punido em 30 segundos. Tudo certo. Mas na Indy os toques acontecem em maior número do que outras categorias de monopostos. Isto é fato e uma realidade.

O que deu para ver ontem foi uma KV mais focada e Tony e Rubens rendendo mais. Acho que o estreante já está quase com o carro e a categoria nas mãos, o que poderá ser comprovado na próxima corrida, daqui a duas semanas, em São Paulo. Hélio caiu para vice-liderança, mas sabe que tem um carro em condições de vencer e disputar o titulo. Ao grupo, vai se juntar Bia Figueiredo, pilotando pela Andretti em São Paulo e Indianápolis.


Antes tarde do que nunca
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Téo José

A Fórmula 1 perdeu uma de suas melhores qualidades fora das pistas: fazer um bom marketing; explorar, na mídia, rivalidades, pontos positivos; criar expectativa para seus eventos. Estamos há menos de dois dias do inicio dos treinos para o GP da China e a notícia principal desta quarta-feira é a possibilidade (maior) de cancelamento do GP do Bahrein.
Este assunto vem sido esticado. Apenas Bernie Ecclestone e o governo do país querem a prova. Equipes, pilotos e patrocinadores querem passar longe de lá durante esta crise — que no fundo é muito mais do que política.
O grande temor é que parte da população está vendo a prova como um símbolo do poder dominante atual. Não tem olhos apenas esportivos. Para esta parte a Fórmula 1 não é bem vinda. Só que Bernie já embolsou a grana dos promotores, dizem que cerca de 30 milhões de euros e, por isso, quer por que quer a realização da corrida.
Nos bastidores a reação das equipes têm sido maior e mais direta. Uma reunião deve ser realizada na China com todos os times, Ecclestone e Jean Todt. Aí vai ser definido se a prova será cancelada.
Tem muitos interesses econômicos em jogo. Mas, neste momento, o lado segurança precisa falar mais alto. Sou totalmente contra a prova. Aliás, esta decisão de cancelar já deveria ter sido tomada antes da divulgação do calendário. Mas aí apelo para o popular: “antes tarde do que nunca.”
E você, o que acha? É a favor da prova?

São Paulo Indy 300 crescendo
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Téo José

A expectativa para São Paulo Indy 300, etapa brasileira da Fórmula Indy, é a melhor possível. Depois de dois anos sofrendo com a chuva, e no primeiro ainda tendo problemas com o piso da reta do sambódromo, na sua terceira edição a preparação está indo muito bem. Faltam menos de quatro mil ingressos para serem comercializados e, pelo ritmo das vendas, devem esgotar até o dia 28, sábado de treinos. A pista vai precisar de poucos investimentos, porque utilizará a estrutura de 2010 e 2011.

O fator Rubens Barrichello ajudou no interesse maior do público e até mesmo com os patrocinadores, soma-se a isto uma divulgação mais ampla em todo o Brasil, preços mais baixos em alguns setores e a liderança de Hélio Castroneves na temporada. A Indy já considera São Paulo como uma praça bastante importante do calendário, não só pelo traçado do circuito do Anhembi, apesar de ser urbano tem muitas possibilidades de ultrapassagens, mas também pelo lado financeiro.

Esta edição da prova é fundamental para um salto ainda maior. Tudo continuando da forma que está, a São Paulo Indy 300 pode se tornar um grande sucesso, abrindo um crescimento ainda maior nas próximas edições. No ano passado, a estrutura já era no padrão das melhores provas de rua do mundo. Com praças de alimentação amplas, indicação de locais para torcedores e estacionamentos. As equipes analisam que, apesar de ser um circuito de rua, a estrutura é muito boa para o trabalho.

Único fator que preocupa no momento é o tempo, mas isto só vamos saber nos dias 28 e 29. A largada da prova está marcada para meio dia e meia.

Você vai ver a Indy de perto?


Feliz Páscoa!
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Téo José

O domingo é de Páscoa. Mais uma data para ser comemorada – principalmente em família. Para muitos, matar saudades de uma pessoa que está longe ou que não se vê há tempos. Mas deixe um tempinho, que seja, para pensar no verdadeiro significado desta época.
Levante os pensamentos para Deus e observe sempre o que podemos ajudar aos outros, amigos ou não. Em um mundo de individualidades, que são importantes, em muitos casos, pensamos ser apenas isto.
Porque o mais bacana mesmo é conviver, compartir, compartilhar, trocar energias positivas, trocar gestos positivos.
Feliz Páscoa!