Blog do Téo José

Arquivo : abril 2014

20 anos sem o maior de todos
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Téo José

Senna

Começo nossa conversa dizendo que não sou muito chegado em datas comemorativas de pessoas que se foram e é bastante complicado comparar presente com futuro. Como no próximo dia 1ª de maio teremos a marca no calendário para se lembrar de 20 anos sem Ayrton Senna e já vejo reportagens e artigos sobre este momento, resolvi abrir mão de alguns critérios e também escrever. Faço isto na segunda-feira, na abertura da semana, para depois apenas observar.

O automobilismo entrou em minha vida pelas preferências televisivas de meu pai, que gostava de Fórmula 1 e na chácara da família, pertinho de Goiânia, em Senador Canêdo, sempre via as provas no domingo pela manhã. Eu quase nunca era companhia, mas passava por aquela TV de tubo e via uns dez minutos, saia, brincava e voltava. Nesta época, o preferido era Emerson Fittipaldi. Um piloto que abriu para mim, mais claramente as portas da TV esportiva, mais tarde, com a Fórmula Indy.

Depois tivemos a fase do Nelson Piquet e no meio dos anos 80 apareceu o Ayrton Senna. Nesta época já trabalhava em rádio, muito na àrea de programador e locutor da parte musical. Pouca coisa com esporte. Senna foi quem me fez interessar mais pela Fórmula 1 e procurar me especializar no jornalismo esportivo, voltado para o automobilismo. Comecei a mergulhar pra valer na carreira, um investimento próprio em todos os sentidos. Sempre me virava para cobrir corridas fora de Goiânia e, com muitas dificuldades, até mesmo de credenciamento no GP do Brasil.

Vivenciei, como em todas as situações, atitudes bacanas dele e outras nem tanto. Só que a admiração ao piloto, nunca foi arranhada. Sempre gostei de gente com espirito total de vencedor. Em uma época que as assessorias de imprensa e os contratos eram mais soltos, Senna também se comportava como líder. Me passava a ideia de que o prazer e a vontade de ganhar eram o combustível para sua carreira. Não havia a palavra desistir, por pior que estivesse o carro naquele momento ou naquela pista.

Gente que nasceu para ganhar. Gente que construiu o caminho para vencer. Sim, teve época que pilotava o melhor carro e poderia até ter algumas vantagens internas. Só que não foi isto que marcou sua carreira mas, sim, a determinação, a busca do objetivo que era sempre um só.

Pelo talento, pela busca diária em ser o melhor e postura o considero o maior de todos. Se iria ser campeão de novo e hoje ter números melhores do que este ou aquele, não sei, e no fundo não me importa. O que vale é o que vi e senti. Como disse no começo: é muito difícil comparar presente com passado. É questão de opinião.


Quase uma ONU na Copa
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Téo José

Arena Dunas

A FIFA informou que foram vendidos no exterior quase um milhão de ingressos para os jogos da Copa do Mundo. Estarão espelhados pelas 12 sedes representantes de 186 países. Quase o mesmo número de países-membros da ONU (Organização das Nações Unidas), total de 193.

A maior invasão de estrangeiros, na primeira fase, é esperada para o dia 16 de junho em Natal (RN). São esperados 19 mil norte-americanos nas cadeiras da Arena das Dunas para torcerem pelos EUA contra Gana. Como de costume, os Estados Unidos terão maior número de torcedores na fase de grupos.

Em Manaus, dia 14 de junho, no confronto entre Itália e Inglaterra, são esperados pelo menos cinco mil ingleses e cerca de três mil italianos. Na abertura, em São Paulo, dia 12 de junho, a estimativa da Federação de Futebol da Croácia é de mais de dois mil croatas no confronto inaugural contra o Brasil.


Tudo aberto na Liga dos Campeões
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Téo José

Agora faltam só dois jogos para sabermos quem realmente vai pegar o caminho de Lisboa e estará presente no dia 24 de maio, na Final da Liga dos Campeões da Europa. Atlético e Chelsea ficaram no empate sem gols em Madri e o Real, venceu em casa, o Bayern por uma a zero. As partidas da volta acontecem na Inglaterra e Alemanha respectivamente.

O Atlético é o time com menos estrelas e mais time. Nas ultimas três temporadas tem uma cara, dada pelo ótimo Diego Simeone, tanto que Falcão Garcia saiu e o time não sentiu. Por isso vejo com boas possibilidades de buscar a vaga dentro do Stanford Bridge, mesmo estando do outro lado Jose Mourinho, um monstro de técnico e ótimo nestes momentos de pressão. Confronto totalmente aberto, só que na Inglaterra o Atlético vai ter o jogo que gosta, saindo em velocidade no contra ataque. Acho difícil a equipe espanhola, líder no campeonato nacional, não fazer um gol. Qualquer empate com gol dá a vaga para o Atlético.

Na partida de terça, o Real vai atuar com muita pressão em Munique, mas da forma que gosta. Podendo aproveitar a velocidade e precisão do Cristiano Ronaldo e Bale, que devem estar 100% na semana que vem, diferente de ontem. Bale só entrou no segundo tempo e Cristiano foi substituído. Ter vencido por um a zero em casa, para muitos é pouco, pode ser, mas não ter tomado gol foi importante. Gosto deste Real, as suas estrelas sempre brilham. O que não vimos ontem no Bayern. O atual campeão, atacou, pressionou, cruzou demais, mas faltou um dos seus inúmeros craques chamar a responsabilidade. Ribéry e Robben não estiveram em seus melhores dias. Além do mais, a zaga do Real mesmo sem super craques, tem jogadores eficientes quando são bombardeados. Ontem Sergio Ramos e Pepe foram perfeitos. Coentrão bem eficiente. Também está tudo aberto nesta semifinal. Não só pela vantagem, mas principalmente pelo time momento atual, aposto um euro a mais na equipe de Madri.

E Você?

A Band mostra na terça, Real e Bayern, 15h15.


Ferrari e Red Bull não estão paradas
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Téo José

RBR

Depois de um melhor rendimento no GP da China, no ultimo domingo, a Ferrari pensa que encontrou o caminho para se aproximar ainda mais da Mercedes. O carro teve alterações aerodinâmicas e, na parte mecânica, no quesito tração. Como tudo melhorou, o time vai continuar trabalhando a aerodinâmica. Existe a possibilidade de mudança na eletrônica do motor, para a pilotagem de Kimi Räikkönen – que ainda precisa de uma melhor adaptação. Depois das primeiras corridas, o clima de otimismo voltou na equipe de Maranello.

A Red Bull credita o melhor rendimento da Ferrari a modificações na gasolina. Por lá falam que alterações parecidas serão feitas nos carros do time campeão, que podem ganhar em Barcelona, a próxima corrida, entre dois e três décimos por volta. Também já é clara a preocupação com o rendimento e postura mais arredia do Vettel — que vem tomando uma canseira danada do Daniel Ricciardo.

Sobre a disputa dos pilotos na Red Bull, vou na linha do Celso Itiberê, em sua última coluna no jornal O Globo. Ele acredita que Ricciardo está bem melhor porque saiu de um carro inferior para uma Red Bull, mesmo não sendo o canhão do ano passado. Com Vettel aconteceu o contrário, agora vê um modelo com deficiências. Ele não estava acostumado.

Com relação as evoluções das equipes, acho que podem e vão continuar crescendo. Só que a Mercedes também não está parada e sem nenhuma pressão.


O maior de todos. Sempre!
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Téo José

Luciano2

Luciano do Valle deixou aqui seus ensinamentos para sempre. Não tenho de dúvidas em afirmar que foi o maior de todos. Sempre!

Como ele usou umas duas ou três vezes, vou repetir aqui em outra frase: não há palavras para dizer o que você representou e vai continuar a representar ao nosso esporte.

Não há palavras…


Definição na China teve chuva. Pouco a falar
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Téo José

LewisHamiltonAus14.3

O grid do GP da China foi definido com pista bastante molhada. Lewis Hamilton, mais uma vez, vai largar na frente e o melhor para ele é que o companheiro vai sair apenas do 4º lugar (veja cobertura no Amigos da Velocidade). Nico escapou com a chuva e não conseguiu uma volta próxima do inglês. Daniel Ricciardo será o segundo; Sebastian Vettel, o terceiro; Fernando Alonso sai em quinto; e Felipe Massa foi sexto – uma posição a frente do seu companheiro Bottas.

A previsão para a corrida, com largada às 04h da manhã, horário de Brasília, é de tempo bom e pista seca. Mas com temperaturas baixas. Apesar de elogiar seu carro, que teve algumas mudanças feitas, Massa disse que a temperatura baixa não é uma boa porque o carro da Williams está perdendo aderência e consumindo mais pneus. Problema observado mesmo com temperatura mais alta, antes das modificações. Vejo mais um round interno na Williams.

Para nós é sem duvida mais uma atração.

A chuva no terceiro setor foi mais forte, por isso pouca coisa dá pra se falar. O que me chamou atenção foi ver as Red Bull em segundo e terceiro. Parece que, aos poucos, vão se achando e Ricciardo vem dando uma canseira danada no Vettel. Se terminar a corrida na frente, a pressão por lá será dupla: por melhorias no carro e em cima do campeão — que tem andado atrás de um novato (na equipe). O jovem vem mostrando velocidade e muita personalidade.

A Ferrari continua sendo uma incógnita. Não espero grandes mudanças técnicas agora. Não dá tempo. Quero ver o carro quando chegar na Europa. No fundo, continuo com o pé atrás nesta temporada. Quem precisa melhorar também é Kimi Räikkönen.

Com ou sem chuva, Hamilton é o grande favorito.

Os dez melhores no grid em Xangai:

1. Lewis Hamilton – Mercedes, 1:53.860
2. Daniel Ricciardo – Red Bull, 1:54.455
3. Sebastian Vettel – Red Bull, 1:54.960
4. Nico Rosberg – Mercedes, 1:55.143
5. Fernando Alonso – Ferrari, 1:55.637
6. Felipe Massa – Williams, 1:56.147
7. Valtteri Bottas – Williams, 1:56.282
8. Nico Hülkenberg – Force India, 1:56.366
9. Jean-Éric Vergne – Toro Rosso, 1:56.773
10. Romain Grosjean – Lotus, 1:57.079


Greve na F1? Conversa fiada
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Téo José

Melbourne2013

Um grupo de pilotos da Fórmula 1, com salários atrasados desde o ano passado, levantou a voz e disse que se as contas não fossem pagas – ou sem um acordo firmado – poderiam fazer greve e não correr neste domingo, 20, no GP da China. O grupo que reclama é composto por: Romain Grosjean, Adrian Sutil, Kamui Kobayashi, Nico Hülkenberg e Kimi Räikkönen. Uma carta foi assinada por quase todos da associação de pilotos – menos Lewis Hamilton e Kimi.

A maioria não recebe de antigas equipes e, hoje, boa parte já está em casa nova. Romain Grosjean afirmou, hoje, que tudo foi acertado. Ele permanece no mesmo time do ano passado – a Lotus.

Não acredito em greve nenhuma. A classe é desunida e todos têm contratos com cláusulas claras. Se ficarem de fora, terão muitos problemas. Sabemos também dos compromissos comerciais da categoria e das equipes e, como já disse, os times atuais não têm nada com dividas das antigas.

É só uma pressão. Legitima, sim. Mas que não vai dar em nada. Greve é conversa fiada.


Mercedes ainda mais favorita
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Téo José

S

Neste domingo, a Fórmula 1 acelera na China. A quarta etapa do mundial terá treino de classificação às 03h00 da madruga do sábado e a prova com largada às 04h00 da manhã de domingo – tudo no horário de Brasília. Pelas características do circuito de Xangai, com duas grandes retas, uma enorme entre as curvas 13 e 14, podemos dar ainda mais favoritismo para Mercedes. Não só a equipe oficial, mas todas que utilizam o propulsor alemão. Ficarei muito surpreso se a vitória não for comemorada por Hamilton ou Rosbeg. O segundo, apesar de líder da temporada, terminou atrás do inglês nas duas ultimas provas e se acontecer de novo vai começar a ter sua auto-estima afetada. Para ele é fundamental bater Lewis. A disputa do titulo não vai sair desta dupla.

A Williams de Felipe Massa tem uma ótima oportunidade de terminar entre os cinco primeiros. Coloco Xangai, pelo que disse acima, como a pista mais favorável a ela. Vai ser bem interessante a briga interna também.

A Ferrari vai ter a primeira corrida sob nova direção. Apesar do Pat Fry, diretor técnico da equipe, afirmar que o time vai lutar para ser o segundo nesta temporada, a história não é bem assim. Luca di Montezemolo está com esperanças das coisas mudarem nas próximas quatro ou cinco etapas. Caso não se veja este panorama, aí sim vão começar a planejar 2015. Eu estou com Fry, creio que este ano já era. E neste final de semana o carro italiano vai penar mais ainda.

Apesar do domínio cristalino da Mercedes, tivemos no Bahrein uma das melhores provas dos últimos tempos com belas disputas. Espero que veja pelo menos 40% do que foi o ultimo GP. Só que pelo desenho do circuito, não estou tão otimista.


Domenicali fora da Ferrari
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Téo José

domenicali

Stefano Domenicali apresentou sua renúncia para Luca de Montezemolo e esta foi prontamente aceita. O ex-diretor técnico da Ferrari disse que sai para uma mudança radical na equipe, na busca de melhores resultados. Assumiu a responsabilidade pela fase dos últimos anos e fez um agradecimento geral. Desde a última prova, no Bahrein,  a saída dele estava sendo negociada. A demissão na verdade foi de comum acordo. Tanto que Marco Mattiacci, presidente da divisão da Ferrari nos EUA,  foi nomeado imediatamente para o cargo.

Domenicali vinha sendo pressionado desde o primeiro semestre do ano passado. Com as mudanças radicais no regulamento, Montezemolo deu um voto de confiança. A coisa não andou. Hoje, com um grande orçamento, entre os maiores da categoria, a Ferrari com dois grandes pilotos, campeões, está longe de ganhar corridas em situação normal.

O problema é colocar uma pessoa que não tem nenhuma experiência na prática com a Fórmula 1. Montezemolo justificou a escolha e disse que Marco conhece muito bem a empresa. É um homem de confiança que vai seguir as determinações do chefe. Coisas de Ferrari. No fundo, as mudanças radicais podem ficar para o futuro.

Primeiro vão tentar se “arrumar” como uma grande família italiana. Não boto muita fé. A Ferrari precisa de grandes alterações. Ficaria com a dupla de pilotos e buscaria nas outras equipes os melhores em todas as áreas. Isto dificilmente vai acontecer, não é o estilo da Ferrari. E muito menos de Montezemolo.

Uma mudança radical no projeto deste ano poderia até dar resultado, mas não agora. Dificilmente uma alteração radical do rumo, com as corridas em andamento, dá certo. Vejo que o ano está indo para o ralo. O problema também é que Fernando Alonso não anda nada satisfeito e, no fundo, o relacionamento está deteriorado. Não será nenhuma surpresa se ele “pegar o seu banquinho” e desembarcar no ano que vem na McLaren. O time inglês vai ter motor Honda e quer também uma mudança grande.

Ferrari vive uma grande crise e agora começa a ser escancarada.


Indy em Long Beach será disputada; brasileiros devem crescer
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Téo José

Simon

O francês Simon Pagenaud foi o mais rápido desta sexta-feira nos treinos livres da F-Indy para a etapa de Long Beach. Isso mostra a tendência para uma prova bem disputada e, como geralmente acontece na categoria, com pilotos que nem sempre estão entre os primeiros lutando pela vitória.

Tony Kanaan parte para sua segunda corrida com a forte equipe Ganassi. Nessa sexta, foi apenas o 16º nos treinos. Acho que o time ainda está um pouco perdido no acerto do carro. Mas ainda tem tempo [hoje e amanhã] para uma recuperação. Parece até o filme do ano passado, quando começaram devagar e então cresceram.

Hélio Castroneves foi apenas o 19º. Porém, ele tem espaço para crescer. Seus companheiros Will Power e Juan Pablo Montoya ficaram na frente. Ou seja, a Penske sabe o caminho a seguir no ajuste do carro.

O GP de Long Beach será transmitido ao vivo pelo canal BandSports a partir das 17h30. Veja também a cobertura no site Amigos da Velocidade.

Os melhores no segundo treino da Indy*:

1. Simon Pagenaud – Schmidt Peterson, 1:09.148
2. Sébastien Bourdais- KV Racing, 1:09.160
3. Jack Hawksworth – BH Racing, 1:09.440
4. Takuma Sato – AJ Foyt, 1:09.452
5. Will Power – Penske, 1:09.498
6. Josef Newgarden – Fisher Hartman, 1:09.535
7. Ryan Briscoe – Ganassi, 1:09.617
8. Justin Wilson – Dale Coyne, 1:09.653
9. Juan Pablo Montoya – Penske, 1:09.698
10. Ryan Hunter-Reay – Andretti, 1:09.724
16. Tony Kanaan – Ganassi, 1:09.979
19. Hélio Castroneves – Penske, 1:10.086

*Os dez primeiros