Agora Massa?
Téo José
Felipe Massa, em entrevista ao Galvão Bueno, na Rede Globo, disse que nas últimas sete provas do ano vai ter uma atitude diferente. Não correrá apenas para auxiliar Fernando Alonso. Se olharmos bem o que disse, pode ter duas interpretações. Vai querer fazer o seu resultado e nem pensar no companheiro. E também vai fazer seu trabalho e quem sabe, em alguma situação ajudar.
Minha posição sobre jogo de equipe é clara. Enquanto os dois pilotos tiverem chances de titulo, sou contra. Caso um esteja fora, tudo ok. A segunda situação é a que rola agora, na teoria. A diferença pró Alonso é de 90 pontos e cada corrida pode dar 25 para cada piloto. Ainda estão em jogo 175 pontos, e a diferença do brasileiro, para o líder Vettel é de 143. Quer dizer, matematicamente ainda dá, mas na prática já foi. Com este panorama, sou a favor do jogo de equipe.
Mesmo Felipe falando que agora as coisas podem ser diferentes, não serão. Com a contratação anunciada do Kimi Räikkönen, a situação dele será ainda mais de segundo piloto. Seu espaço já acabou na Ferrari. O que me chama atenção é ele tomar agora esta posição, quando a vaca já foi para o brejo. Uma postura mais dura e mesmo a demonstração de insatisfação tinha de ser vista lá atrás, no primeiro ano da convivência com Alonso. Palavras como as que foram ao ar ontem, só reforçam minha tese de que ele perdeu a disputa, o espaço na Ferrari, por falta de cabeça forte, cabeça de vencedor, que um dia já teve.
Na mesma entrevista afirmou estar conversando com a McLaren e Lotus, enfatizou mais a segunda. Sim, tem chances. Na McLaren difícil, lá Sergio Perez leva um dinheiro considerável. Na Lotus o orçamento também não está fechado e no panorama atual, ainda fico com um pé atrás. Com relação a competitividade em 2014, quando muita coisa vai mudar na parte técnica e a escolha de um piloto só pela pilotagem. Se estiver errado, pela pilotagem, Massa é um bom nome para Lotus.