Blog do Téo José

Categoria : Futebol

O ano dos goleiros
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Téo José

alissonO Campeonato Brasileiro, com bastante ressaca da Copa do Mundo, termina sem grandes destaques. O que mais me chamou atenção foram os goleiros. Depois de una safra apenas média, o Brasil volta a ter boas apostas. Digo isto sem falar em gente já consagrada com Victor, Fábio, Cassio, Rogério Ceni, Jeferson e Diego Cavalieri. Falo de gente que se destacou este ano e a turma é numerosa.

Marcelo Grohe (Grêmio) foi um dos melhores. Levado a condição de titular pelo Enderson Moreira, que não quis Julio Cesar, teve um ano maravilhoso.

Renan (Goiás) continuou a boa sequência em um time com uma defesa de mediana para baixo.

Paulo Victor (Flamengo) não pode ser chamado de novato, mas como titular sim. Entrou e convenceu.

Tiago Volpi (Figueirense) me encheu os olhos. 23 anos, 1.89 e um futuro muito bom pela frente. Podem ficar de olho.

Danilo da Chapecoense. Nas duas temporadas anteriores já tinha se destacado no Londrina.

Alisson (Inter) colocou Dida na reserva, é jovem, tem 22 anos, tem 1.93 e um futuro gigantesco pela frente. Além de ser bom debaixo das traves, tem muita personalidade.

Esqueci de alguém?

A cabeça já ia me traindo. Esqueci do Weverton do Furacão, outro que apareceu e bem.


Só quero saber do que pode dar certo
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Téo José

Este nosso espaço tem tido publicações mais espaçadas. E não por acaso, preguiça ou falta de assunto. Mas sim para reflexão. Não é de hoje que venho conversando sobre a falta de nível de argumentos e mesmo de educação de muita gente que aqui frequenta.

No começo do ano e depois da liderança do Rosberg, afirmei que a Williams não iria lutar pelo titulo e Felipe Massa só venceria com sorte. Também escrevi que Hamilton iria virar o jogo. A chuva de agressões por estas afirmações foi pesada. Não era gente com argumentos. Era gente com raiva, agressividade, gente de mal com a vida.

Pois bem, a temporada passou e o que aconteceu?

Estava me esquecendo, um dos argumentos que seguiam as baixarias era: ‘vai falar de Indy, Fórmula 1 não é sua praia’. Se esquecem que comecei no esporte em 87 com programas de Fórmula 1 no rádio e narrei durante 11 anos as provas na rádio Jovem Pan.

Aliás, estes tipos de argumentos é o que mais escuto. Você fala mal, porque trabalha em tal emissora. Coisa sem conteúdo. Rasa.

Como penso que blog é uma troca de opinião. Fico frustrado em ficar conversando aqui. Claro que tem gente bacana, muita gente bacana, mas a agressividade em que se transformou a internet não faz parte da minha vida. Pelo menos, eu tenho a possibilidade de escolher. Ter ou não ter.

Sempre fui uma pessoa que busquei o bom nível. Sempre ignorei as baixarias, mas ultimamente tenho aprovado e desaprovado comentários na mesma proporção e olha que só barro os que tem agressões.

Tenho trabalhado muito, viajado muito, tido pouco tempo pra mim e para as pessoas que gosto. Estou na fase da musica do Titãs: “só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder.”

Por isso a decisão está tomada. Em poucos dias conversamos mais sobre este assunto.


Guardiola nos EUA?
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Téo José

GuardiolaA Copa do Brasil nos EUA foi um grande sucesso. Bateu todos recordes de audiência na TV de lá e nas ruas o interesse foi enorme. A liga do futebol local também está vivendo um grande momento com mudanças de franquias e contratações de estrelas.

Na imprensa norte americana nesta semana surgiu o interesse de se contratar Pep Guardiola para ser o substituto de Jurgen Klinsmann, depois da Copa de 2018. Segundo fortes especulações, Sunil Gulati, presidente da US Soccer já estaria conversando com o atual treinador do Bayern.

Só o interesse mostra que por lá futebol ficou coisa bem seria e com organização de longo prazo.


Barcelona precisa dar a resposta
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Téo José

barcelonafc2014O Barcelona começou muito bem a temporada. Só que o combustível ficou batizado no segundo, terceiro reabastecimentos. Deixou a liderança do espanhol, caiu para quarta colocação e perdeu duas partidas seguidas, o que não acontecia há cinco anos. A pressão está em cima de técnico Luis Enrique. Segundo a imprensa espanhola, ele não tem tido dialogo com o grupo, que estaria incomodado. Pra usar um termo da moda: o vestiário está carregado. Muita gente não tem entendido as mexidas que faz na equipe, mantém o mesmo esquema tático, mas em muitos casos coloca jogadores de características diferentes e o jogo não flui.

Amanhã o Barcelona vai a Amsterdam enfrentar o Ajax, pela Liga dos campeões. Na rodada passada, em casa, venceu a equipe holandesa por 3 a 1, só que depois vieram as derrotas no espanhol para o Real e Celta, esta ultima em casa. Hoje na Liga ocupa a segunda colocação no grupo F, com seis pontos em três jogos, o PSG tem sete e o Ajax dois. Situação tranquila, mas que pode se complicar com uma derrota. Nesta fase de grupos ainda irá enfrentar a equipe francesa.

Claro que as duas competições estão no começo, mas se o treinador não conseguir resultados já, a pressão será bem maior e não sei se conseguirá suportar até o fim da temporada. Mesmo sendo o futebol espanhol, quando as mudanças, raramente são feitas com o campeonato em andamento. A verdade é uma só, desde a saída do Pep Guardiola o time não se encontrou, mesmo com as chegadas de Neymar e agora Suárez.

A Band mostra Ajax e Barcelona, nesta quinta, 17h15. Espero vocês.


Uma classificação para Levir
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Téo José

LevirculpiA classificação do Atlético frente ao Corinthians na Copa do Brasil, não deixou de ser um prêmio para o treinador Levir Culpi. Depois de longa temporada no Japão, foi resgatado pelo Alexandre Kalil para reformular o time. Chegou com muitas desconfianças, mesmo com boas três passagens anteriores por lá. Tinha gente que havia esquecido o profissional.

Levir chegou e com um estilo mineiro foi mexendo nas peças. Sempre afirmando que queria um time ofensivo, o que é raro na turma dos “professores” hoje em dia.

A barra foi pesada e hoje vejo o Galo praticando um futebol bonito, com todos os jogadores mordendo e sempre em busca do gol. Parece aquele futebol brasileiro que deixou saudades. No banco já dá para ver muita gente da base, como ele gosta de fazer onde passa, no Japão também foi assim. Vários jogadores saíram para Europa.

O bacana também, é que mesmo bastante rodado, ele busca a modernização. Tem a cabeça aberta para o novo e gosta de ousar. Nas entrevistas não vai com o que dirá na ponta da língua. É autêntico, adota o improviso, naturalidade e sobretudo não tem  a empáfia de tantos outros colegas.

Confesso que estava na turma que tinha esquecido o Levir. Hoje sou seu fã, lembrando o que conquistou no passado, mas principalmente admirando o presente.


O caminho do Dunga
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Téo José

O Brasil venceu a Argentina. Na boa, resultado não significa muito neste inicio de trabalho da nova comissão técnica. Mas, em se tratando do adversário, tem um peso maior.

Dunga, apesar de seu jeito turrão, tem se mostrado mais esperto que o antigo treinador em um momento que a nossa safra de jogadores, tirando uns cinco ou seis, não é a ideal diante da tradição do nosso futebol. Ele armou seu time bem parecido com o de Copa de 2010. Ou seja, fechado e  saindo no contra ataque. Não é o futebol que gostaria de ver, mas é o que temos neste momento.

Foi um time seguro o tempo todo e se beneficiou da categoria do Neymar e do bom momento do Tardelli.

Dunga está certo. Como não somos superiores na técnica, na qualidade dos atuais jogadores, que tenhamos outras armas para vencer. E a atual é o esquema de jogo. O que estamos cansados de saber que faltou na Copa.


Messi e Neymar
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Téo José

Messi-NeymarAntes de entrar no assunto, vamos a poucas linhas sobre o futuro deste espaço. Desde sua criação o objetivo era falar de automobilismo, futebol e o que pintar na cabeça. Depois da Copa, acabei me virando bastante para o automobilismo. Agora vamos voltar as origens e falar bastante de futebol. Principalmente dos eventos em que participo na Band.

Não vou ficar mais na obrigação de falar de cada dia de treinos da Fórmula 1 ou Indy. Vou escrever o que tiver vontade. No dia que achar ter algo para ser debatido aqui.

Sobre debate, sem querer ser puritano ou professoral, só peço que alguns comentários, sobre o que levanto neste espaço, tenham um pouco de nível e quando quiserem me criticar, blog também é para isto, que tenham argumentos mais interessantes e maduros. Atacar por atacar vai ser perda de tempo, porque não serão publicados. Sempre digo, que nas minhas coisas busco o bom nível, foi assim que tive educação de berço.

Vamos lá.

Já tem alguns dias que venho formando na minha cabeça uma avaliação atual do Lionel Messi. Desde a temporada passada seu futebol não é o mesmo. Está ainda jogando um bolão, muito mesmo, mas não como gênio. A qualidade que o credenciou a ser o melhor do mundo. Nas partidas que vi neste ano, achei a movimentação até maior, mas menos individualista. Creio que entrou em uma fase mais madura e sabendo de suas reais condições. Talvez, na mesma trajetória do Kaká. Jogou muito, caiu e buscou uma outra forma para manter-se em alto nível.

Como Messi jogou e joga mais que Kaká esta fase de craque, fazer a diferença, deve durar mais. Não estou aqui dizendo que ele acabou, de forma alguma. Apenas levantando a bola que pode ter entrado em uma outra trajetória de sua carreira. Continua como gênio, mas sem todos os poderes, já com alguma limitação.

Talvez por isso, até de forma bem consciente da situação, ela tenha dito ontem que vê Neymar com todas as possibilidades de se transformar no melhor do mundo.


Cruzeiro voando
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Téo José

cruxsanOntem trabalhei na vitória do Cruzeiro sobre o Santos, no Mineirão. Foi mais uma atuação para ser admirada. Como é bom narrar uma partida de dois times que gostam de atacar e com jogadores que sabem jogar. O Santos, mesmo com Robinho, tem um elenco bem inferior, mas não fica apenas recuado. Robinho, sentindo o desgaste de três jogos em sete dias, na sua volta, sem a preparação ideal, tem feito bem mais do que se esperava. Até Leandro Damião cresceu.

Já o Cruzeiro é um time a parte. Manteve Marcelo Oliveira, se reforçou e está jogando um futebol que parece ser aquele que precisamos na própria seleção. Marcação forte, saída para o ataque rápida e mortal, jogadores que sabem o que fazem. Time que tem preparação, treino. Oliveira completou 100 jogos oficiais a frente do time, são quase dois anos e é o recordista na atual serie A. Talvez ai o segredo. Sem falar no banco de reservas excepcional.

Difícil destacar um ou dois jogadores. O Cruzeiro não tem uma estrela, como diriam da Alemanha: a estrela é o time. Ontem Egídio, Dedé, Lucas Silva, Henrique e Ricardo Goulart jogaram muito. Não vi também ninguém com nível abaixo do esperado.

O Cruzeiro não perdeu a velha essência do nosso futebol.

Trabalhar em um jogo, como de ontem, é divertir e apreciar um ótimo futebol. Pois é, acreditem ainda se pode jogar bonito no Brasil. E mais, jogar e ganhar.


Há esperança
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Téo José

SantosOntem estive na Vila Belmiro, em Santos, na transmissão de Santos e Corinthians. Cheguei cedo, uma da tarde já estava pronto na cabine. Passados alguns minutos, para minha surpresa, vejo a movimentação no gramado. A garotada da escolinhas sub-11 do Santos, campo e futsal, se preparava para preliminar. Algo raro hoje em dia. Ótima oportunidade para ajudar o tempo passar e finalmente chegar a hora de trabalhar.

Fiquei surpreso com a qualidade e consciência da meninada em jogar futebol. Toque de bola, nada de balão ou chutão. Índice enorme de passes certos, cruzamentos, lançamentos, dribles e poucas faltas. Parecia o nosso futebol de antigamente. Foram cerca de 40 ou 50 minutos de bola bem jogada. Muito melhor que muitas partidas que tenho trabalhado.

Fiquei feliz, vi que ainda tem gente fazendo um trabalho bacana e garotada boa de bola. Foi mais uma prova que faltam profissionais que pensem grande. A qualidade vai caindo com o passar do tempo, porque os tais “professores” vão matando a essência. Vão buscando o jogo feio, da marcação, das faltas e esquecem de aprimorar os fundamentos. Ficam mais tempo no chão ou reclamando de arbitragem. Querem um ponto em vez de lutar por três. Na formação buscam jogadores buscam os mais altos, encorpados, priorizam zagueiros e volantes, deixam rolar a vontade chutões e balões.

Na boa, ganhei meu domingo, vi que ainda há esperanças no nosso futebol e de parabéns ao Santos por fazer este trabalho desde cedo, por isso também, tem revelado tantos jogadores.


Dá pra comparar sim, Mano
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Téo José

ManoMenezesOntem aqui em Curitiba, trabalhei no empate sem gol entre Coritiba e Corinthians. Uma partida de baixo nível técnico. O time paulista, nem de longe, lembrou o do segundo tempo, contra o Palmeiras, na rodada anterior. Depois do jogo Mano Menezes pediu para os jornalistas pararem de comparar todos os confrontos com o que se viu na Copa do Mundo. Porque desta forma todos seriam ruins.

Me desculpa Mano, mas dá para comparar sim. Esta foi a Copa do gols, com quase três por partida, foi raro ver um time só se preocupando com a defesa e marcação. Vimos equipes com posse de bola ofensiva. Treinadores ousados e por ai vai. O que comparo é isto e não a parte individual dos times.

Neste brasileiro estamos diante de uma oscilação enorme e não vejo motivo para isto. As equipes estão juntas há 13 rodadas. A média de dribles certos por jogo, de cada time é de menos cinco. Também observando média vemos cerca de três cruzamentos certos por jogo. Times fechado, com volantes que não sabem sair jogando.

Agora virou moda falar: está jogando por uma bola. Traduzindo: é estar jogando retrancado mesmo.

Isto eu comparo e depois da copa estou ainda mais critico, em busca da essência perdida do nosso futebol. Sim, estamos com uma safra ruim de jogadores, muito em função de treinadores que adoram volantes brucutus e zagueiros. Mas estamos principalmente em uma fase de futebol feio, esquemas fechados e pouca ousadia. Dá para comparar forma de jogar e dá para sonhar que um dia voltaremos a ver por aqui o que virou normal na Espanha, Inglaterra e Alemanha.