Disputa e choro
Téo José
A 98ª edição das 500 Milhas, disputadas nesse domingo (25) em Indianápolis, foi bastante interessante. Muita velocidade e competitividade. Até a volta 150, nenhuma bandeira amarela. Fato marcante. Ou seja, foram 400 milhas de bandeira verde e os carros se pegando na pista. Dai para frente, os acidentes começaram – coisa já esperada no famoso circuito oval dos EUA.
Restando 10 voltas, uma bandeira vermelha por conta do acidente do piloto Townsend Bell. Se a corrida já estava legal, ficou melhor com a parada. Isso porque Ryan Hunter-Reay liderava, com Hélio Castroneves estava em segundo, Marco Andretti era o terceiro e, um pouco mais atrás, vinha o colombiano Juan Pablo Montoya. Diante disso, na relargada, o sintoma era de emoção.
E assim foi. Hunter-Reay e Hélio protagonizaram uma disputa limpa e eletrizante. Trocando de posições e, também, praticamente, tinta. No final, o americano venceu com o brasileiro cruzando a linha de chegada logo atrás — a seis décimos. Sobrou emoção nesse final.
Os carros da equipe Andretti e Penske se mostraram os mais “redondinhos” durante as 200 voltas. Final merecido. Nos pits, Castroneves chorou. Claro, o brasileiro chorou porque ficou muito próximo de uma quarta conquista na Indy 500 e de colocar seu nome um degrau mais alto na história da prova. Mas, acho, que ele chorou também porque fez uma corrida e tanto nesse domingo.
Tony Kanaan teve problemas com a estratégia da Ganassi durante a corrida. Perdeu muito tempo fora da pista e chegou mais atrás. Como o próprio Tony diz: faz parte. Ninguém quer perder e na hora de uma decisão tática existe um risco. Bola para frente.