Copa do Mundo sempre foi mais do que estádios e jogos
Téo José
Já tem alguns dias que venho pensando sobre este assunto. Já falei aqui de uma certa inércia dos governantes e dirigentes com relação a Copa do Mundo – que é muito mais do que estádios. É sempre a oportunidade de melhorar a vida, o dia-a-dia das pessoas que vivem no país escolhido. Estamos a exatamente dois anos do inicio da competição. Ao mesmo tempo, estamos vendo a realização da Eurocopa na Polônia e Ucrânia, países que não nadam em dinheiro e ainda têm muitas dificuldades. Apesar de estarem em um continente bem mais desenvolvido.
O que me chamou atenção foi não ver ninguém, da organização daqui, dando uma passadinha por lá, para observar o que está sendo feito (de forma correta ou não). É a última grande competição para buscar ideias. O que vejo são políticos, inclusive o ministro de esportes atual, José Aldo Rebelo, com pronunciamentos otimistas e com pouca base prática. Logo ele, escolhido também pela boa postura na sua trajetória.
No portal Globo.com, ele afirma que Copa do Mundo não tem mistério. Não deveria. Mas neste país tem sim, em todos os sentidos.
Nesta semana o governo federal empurrou quase 405 das obras prometidas. Quando se ganhou a candidatura para ser sede, foram empurradas para o PAC, com chances mínimas de serem realizadas. No fundo, não serão. Se a Copa não for tratada com seriedade e não tiver uma verdadeira força tarefa e vontade política enorme (infelizmente passamos pela ‘vontade política’), este país vai perder uma grande oportunidade de nos deixar um ótimo legado.
Copa do Mundo sempre foi muito mais do que estádio e um mês de competições.