Blog do Téo José

Categoria : Automobilismo

Lotus pode ser uma barca furada
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Téo José

Vocês devem se lembrar, que quando Felipe Massa negociava com a Lotus, por aqui e só por aqui, enchiam a bola da equipe, que poderia até lutar pelo titulo em 2014. Depois que assinou com a Williams o assunto foi esquecido. A situação por lá está pior do que nesta temporada. A grana continua curta. O contrato para ter os motores Renault ainda não foi assinado e os dirigentes queriam que os primeiros treinos coletivos, em janeiro, fossem adiados.

Romain Grosjean e Pastor Maldonado devem penar bastante. No automobilismo para ser rápido precisa de um bom carro, motor cheio de saúde, desenvolvimento e principalmente dinheiro, porque sem o combustível financeiro é complicado conseguir os outros três itens.

A mudança geral no regulamento vai fazer de cara as equipes gastarem mais e quem ainda nem fechou as contas de 2013, claro que vai ter mais dificuldades.

Com a contratação do Massa pela Williams, aqui e só aqui, começaram a falar que o time poderia ser uma ótima alternativa para 2014. Baseando principalmente na tradição, que é muito bacana, mas não ganha corrida. Acredito que a situação financeira do novo time do Felipe seja um pouco melhor, mas também ainda não tem o orçamento fechado para 2014. Por isso, em cima de fatos, não posso viver o mesmo otimismo.


Reformas nos autódromos
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Téo José

Já é assunto antigo que a maior parte dos autódromos do Brasil está largada. Precisando de reformas. O de Cascavel, que passou por muitas obras no ano passado, ainda não foi acabado. É claro que melhorou muito, mas necessita de muita coisa para ser finalizado.

O de Goiânia, deixado de lado por anos e anos, agora está em obras e, pelo que vi do projeto, parece que estará entre os melhores da América do Sul.

Brasília tem um plano gigantesco e estimativa de cerca de 370 milhões de reais em investimento. Será totalmente novo, inclusive o traçado. O objetivo é receber provas internacionais. A MotoGP já o colocou em seu calendário.

Só que prazo para inicio da revitalização ainda não foi informado, o que me deixa com um pé atrás. Goiânia já se apresentou para levar a corrida de moto caso o plano não saia do papel. O de Goiás tem prazo para terminar no fim de abril.

Sobre o Rio, nada mais é falado. Eu só acredito em nova pista vendo. Este papo já vem se arrastando há meses, anos. Primeiro falavam que só iriam destruir o antigo, quando o novo estivesse pronto. Pois é, o Nelson Piquet já era. Pude ver isso, de cima na, última viagem feita ao Rio nesta semana. O novo ainda está muito enrolado. E o Rio sem sua pista.

A reforma de São Paulo pode ganhar novo projeto. Será importante divulgar realmente o que vai ser feito e que seja para todas as categorias – já que vai ser gasto o nosso dinheiro. Esta obra também está, neste momento, bem mal explicada.

Poderia aqui citar mais uma porção: Caruaru, Fortaleza, Campo Grande…

O retrato de nossos autódromos é o retrato do nosso automobilismo. Pouca coisa positiva é feita. No fundo, pouca preocupação existe. Hoje o que existe sobrevive por causa de alguns poucos promotores e suas categorias. Cada vez mais prejudicados com tudo que envolve nosso automobilismo, sendo tratado sem interesse e competência. Largado.


Felipe Giaffone e outras habilidades
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Téo José

Felipe Giaffone, meu amigo e comentarista da Fórmula Indy na Band, também piloto da equipe Man Latin America, perdeu o titulo no ultimo domingo em Brasília.

Beto Monteiro foi o campeão, ele ficou em quarto no campeonato. Só que não perdeu sua forma descontraída de encarar a vida e em um duelo já programado com o “Xuxa” um dos mecânicos da escuderia, proporcionou momentos de MMA de boa qualidade e técnica.

Neste vídeo Felipe, que treina duas vezes por semana Jiu Jitsu mostra que tem feito bem a lição de casa. É divertido.

Confira o vídeo


Tony Kanaan pode assumir o número 10
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Téo José

Existem muitas especulações sobre o substituto do Dario Franchitti na Equipe Chip Ganassi principal. Depois do acidente na penúltima corrida do ano, o escocês resolveu aposentar. Teria condições de continuar correndo, mas um novo acidente teria um risco bem maior.

Tony é hoje o favorito a fazer dupla com Scott Dixon. A Ganassi tem uma grande estrutura, mas podemos dizer que uma equipe é A e outra B. A do Dario era a A. O time sabe que a experiência e ainda motivação do brasileiro poderão ser a chave, para quem sabe se transformar no número 1 do time.

Eu diria que não só em pilotos, mas muita coisa ainda vai ser definida na temporada 2014 da Fórmula Indy.


A hora da verdade na Fórmula Truck
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Téo José

A última etapa do campeonato Brasileiro da Fórmula Truck, neste domingo (08/12), em Brasília, mais uma vez vai viver uma disputa pelo titulo. Quatro pilotos ainda têm chances. O líder Beto Monteiro, Regis Boessio, Leandro Totti e Felipe Giaffone. Uma briga entre quatro marcas de caminhão Iveco, Mercedes, Volkswagen e Man. Tá certo que as duas últimas trabalham juntas, com o mesmo motor Man, mas os caminhões ainda são diferentes.

Beto tem a vantagem da pontuação. Não precisa vencer, sem olhar os pontos extras e da bandeira amarela, necessita de um terceiro lugar. Em um campeonato tão disputado é sim, uma boa vantagem. De olho na vitória, vejo que os quatro tem boas possibilidade. O circuito utilizado na Capital Federal é o anel externo, com três grandes retas, principalmente a chamada oposta, com um belo ponto de ultrapassagem na freada da dois, depois da ponte. Aí tenho uma curiosidade para ver como vão se comportar os caminhões Volkswagen e Man, já que neste primeiro ano, o Man 12 litros, tem no torque o seu forte, mais pelo que vi em Curitiba ainda perde um pouquinho na velocidade final. A minha dúvida é se este pouquinho vai fazer diferença.

Não podemos pensar que só estes quatro lutarão pela vitória. Tem muito mais gente com chances e Roberval Andrade, se tiver durabilidade é outro forte candidato, como também Paulo Salustiano e Geraldo Piquet, este último sempre anda bem em casa. Além deles, poderia colocar mais cinco ou seis pilotos.

O bacana mesmo é chegar na ultima prova com quatro pilotos na disputa. O melhor, concordando ou não com as decisões, sem o papo de tapetão. Já que todos os recursos foram julgados no tribunal.

Estaremos juntos. Coloque na agenda, dia 8, uma da tarde na Band. É a hora da verdade dos caminhões mais velozes do planeta.


Ferrari controla twitter de seus pilotos
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Téo José

A Ferrari, através de seu principal diretor, Luca de Montezemolo, resolveu controlar e, se for o caso, censurar as mensagens escritas no Twitter de seus empregados. Neste caso entram também Fernando Alonso e Kimi Räikkönen.

Segundo o dirigente, as pessoas podem escrever o que quiserem, mas sobre a equipe vão precisar primeiro passar por aprovação. A justificativa é que nada que seja “segredo” ou influa no ambiente da escuderia poderá ser publicado.

Na Espanha estão fazendo uma leitura que a de terminação tem apenas um alvo: Fernando Alonso.

Muito ativo nesta rede social e bastante decepcionado com o trabalho que foi realizado neste ano, sem um carro competitivo para lutar pelo titulo. O espanhol não tem hoje um bom clima interno. A personalidade forte e não deixar nada batido, sempre se posicionar tem incomodado a turma que manda na Ferrari.

Antes de se preocupar com twitter do Fernando Alonso, precisam primeiro procurar fazer um bom projeto do carro. Pelo menos na arrogância e atitudes internas a Ferrari não fez nenhuma mudança.


A punição do Massa em Interlagos
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Téo José

A nova regra aplicada aos pilotos no GP Brasil de Fórmula 1 gerou muitos comentários, depois que Felipe Massa foi punido, por ultrapassar uma linha branca na subida da reta, entrada dos boxes. A polêmica aumentou pela reclamação do brasileiro. Sim, achei esta nova regra uma besteira. Só que o combinado não é caro e regra é regra. Vamos aos fatos que rolaram antes da punição.

Na reunião dos pilotos, chamado Briefing, rolou um claro aviso de que a linha a ser seguida era fora desta faixa branca, inclusive mostrando foto. Que passasse fora da linha branca seria punido com um drive through. Ou seja, entrar e sair dos boxes, como foi com Felipe.

Na corrida a punição veio depois de dois avisos. Em uma oportunidade Felipe já tinha passado no local proibido e depois bem próximo. A direção de prova avisou a Ferrari que ele poderia ter sido punido. A decisão de confirmar a infração foi só na terceira vez. Resta saber se a Ferrari nas duas primeiras avisou claramente ao piloto. Pode ter sido um erro de box. O mesmo procedimento foi adotado com Lewis Hamilton, que também teve uma passagem no local proibido e a equipe foi avisada. O piloto não mais cometeu o erro.

Diante destes fatos a regra foi clara e a Ferrari avisada. Continuo achando uma coisa boba. Mas Felipe e Ferrari abusaram em infringir o que estava no regulamento particular da prova. Podemos discutir a validade desta regrinha, mas a punição foi justa. A decisão de chamar o piloto para os boxes foi unanimidade entre os quatro comissários desportivos.


Que venha 2014 na F1
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Téo José

A temporada 2013 da Fórmula 1 terminou com uma cena que vimos na maioria das provas: um passeio do Sebastian Vettel. Em Interlagos chegou a sua 13ª vitória em 19 corridas disputadas. Na etapa final tivemos Interlagos cheio, mas com muitos lugares nas arquibancadas e cadeiras. Não estava lotado, pelas informações oficiais o publico foi cerca de 5% menos do que no ano passado. Visualmente a impressão é de que estava ainda mais vazio.

Momentos bacanas foram as despedidas de Mark Webber e Felipe Massa. O primeiro emocionado deixando a Red Bull e a categoria e o segundo em um emocionante gesto da Ferrari, com todos aplaudindo a sua saída dos boxes. Felipe não conseguiu a renovação do contrato, mas cumpriu seu ciclo na equipe. Teve altos e baixos na pista, fora dela, pelo seu comportamento e caráter, só elogios.

Mas sinceramente, ao volante e acelerando, foi batido pelos três companheiros que conviveu e com Alonso a coisa ficou mais distante. Hoje vive um jejum de cinco anos sem vitória. Nesta temporada conseguiu apenas um pódio. Foi terceiro na Espanha. É pouco. Novos ares na Williams podem dar mais motivação. A saída, mesmo para uma time menor e um carro cheio de interrogações, pode ser interessante também para o piloto.

Sobre 2014, muitas duvidas. O carro será totalmente novo e o motor V6 turbo. È a maior guinada de um projeto de um ano para outro na história da categoria. Só que nos tempos modernos, estas mudanças têm dois caminhos para se encontrar um carro competitivo. Bom projeto e dinheiro e uma coisa está ligada na outra. A Red Bull tem um trabalho muito entrosado e integrado com a Renault. Existe um grande otimismo que a continuidade terá sucesso. Pode ser.

A Ferrari terminou um ano bem longe da maior concorrente. Tem um certo alivio por lá. Agora as cobranças serão outras. De julho para cá, terminou o clima de tranquilidade. A Mercedes aposta tudo no motor. O mesmo que terá a Williams.

Sim, a Williams é uma equipe de tradição e já foi vencedora. Hoje é decadente. Conquistou apenas cinco pontos nesta temporada. Tem sérias dificuldades financeiras e está iniciando uma reformulação de gente. Apesar de um certo clima criado por aqui, e só aqui no Brasil, que o casamento com Massa pode ser uma boa, eu tenho os dois pés atrás.

Muita gente fala: mas terá motor Mercedes. Ótimo, só que até ontem tinha Renault, o campeão. Na Fórmula 1 não tem mágica. Sem grana anda pouco. Um time não se transforma em dois ou três meses. Entrando dinheiro nos próximos anos, pode voltar a vencer. No ano que vem vai lutar para ser a quinta ou sexta. Já será um grande passo, porque hoje só ficou a frente da Marussia e Caterham. Fora disto será uma boa e bem vinda surpresa.


O GP Brasil mais frio de todos os tempos
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Téo José

O primeiro treino livre do GP Brasil de Fórmula 1 já foi realizado. Com a pista molhada pouca coisa significativa foi observada. Sebastian Vettel deu uma volta com os pneus de 2014 da Pirelli, como são slick, a observação foi feita através de sensores colocados na parte traseira da Red Bull. A previsão é de mais pista molhada para a segunda sessão, o que pode anular esta possibilidade de conhecer os compostos e através destas analises desenvolver parte do projeto do novo Fórmula 1.

Nico Rosberg foi o mais rápido, Lewis Hamilton o segundo e Vettel o terceiro. Nada importa, como disse, a pista esteve molhada o tempo todo e se andou pouco.

O que me chamou atenção foi Interlagos vazio. Narrei os últimos 12 anos pela Jovem Pan e cobri mais umas 10 corridas da Fórmula 1 no Brasil, pela Araguaia FM de Goiânia e também fazendo reportagens pela Jovem Pan. Nunca vi uma sexta-feira com tão pouca gente. Conversando com amigos que circularam por São Paulo nesta semana, me disseram que a cidade está com um movimento absolutamente normal e já tem gente da hotelaria e restaurantes reclamando do movimento mais baixo.

O fim de semana de Fórmula 1 é tido pelas pesquisas como o mais importante para cidade. Chegam milhares de turistas e o dinheiro que corre é bem significativo. Neste ano os números vão cair.

Fico surpreso. Porque pensava que quem gosta da corrida são as pessoas que curtem Fórmula 1, poucos agregados. Fim de semana de Interlagos, sempre foi uma grande festa, mais do que a prova em si. Uma festa de velocidade. Pelos menos os 60, 70 mil que sempre assistem as provas no local. Vejo que não, mesmo esta turma, gosta mesmo é de brasileiro vencedor. Como isto nos últimos tempos anda raro, o interesse vem caindo. Como me disse certa vez o Emerson Fittipaldi: “Brasileiro gosta de esportista vencedor.” É a mais pura verdade, temos inúmeros exemplos de modalidades que cresceram e depois sumiram. A Fórmula 1, pela sua beleza, espetáculo, pensava ter uma base maior de admiradores. O automobilismo em geral. Estava errado. É certo que estamos em época de vacas magras, mas não acreditava que eram tão magrinhas.

Pergunto se vale a pena neste panorama investir mais de 160 milhões de reais em reformas no circuito. A maior parte em uma área de box que será utilizada apenas pela categoria. O contrato já foi assinado e a prefeitura terá de dar maiores explicações.

No domingo deveremos ter as arquibancadas cheias, mas também vamos ter clarões. Mais do que gente em Interlagos, vejo que o interesse está despencando. Uma pena. Porque Fórmula 1 sempre foi e é um dos maiores espetáculos do esporte.


Uma das melhores corridas
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Téo José

O GP Brasil de Fórmula 1 é sempre uma das melhores corridas do ano. O traçado é bem bacana e independentemente destas tais asas moveis, é uma pista com sintoma de muitas disputas e ultrapassagens. As condições meteorológicas também são outro fator que dão mais emoção ao evento.

Vejo que neste ano as coisas estão mais frias, por causa da situação do Massa, que está há muito tempo sem vencer e se despedindo da Ferrari, bem como o fato de o campeonato ter sido amplamente dominado por Sebastian Vettel. Quem gosta de automobilismo mesmo e da Fórmula 1 não se preocupa com isto. Os agregados sim.

As arquibancadas estarão cheias, não sei se lotadas e deveremos ter menos gente de outros países este ano. De qualquer forma vai estar bonito.

A sexta-feira para as equipes será, talvez, a mais importante do ano, porque os pneus de 2014 estarão a disposição e neste momento isto é fundamental para alguma mudança, mesmo em cima dá hora, ainda dá tempo.

Na pista, claro, espero a Red Bull bem forte, mas também imagino Lotus e Mercedes andando bem. A Ferrari andou para trás nas últimas corridas. Felipe Massa sempre anda bem em Interlagos e Alonso, apesar de ainda sentir muitas dores nas costas e a pista paulista exigir bastante do piloto, é sempre um concorrente que cresce nas situações complicadas. Coloco a equipe italiana como incógnita.

Tomara que tenhamos mais carros na luta pela vitória e não um passeio de Vettel e olha que passeio em Interlagos – e poucas vezes vimos -, é bem chato. São 70 voltas.