Cruzeiro voando
Téo José
Ontem trabalhei na vitória do Cruzeiro sobre o Santos, no Mineirão. Foi mais uma atuação para ser admirada. Como é bom narrar uma partida de dois times que gostam de atacar e com jogadores que sabem jogar. O Santos, mesmo com Robinho, tem um elenco bem inferior, mas não fica apenas recuado. Robinho, sentindo o desgaste de três jogos em sete dias, na sua volta, sem a preparação ideal, tem feito bem mais do que se esperava. Até Leandro Damião cresceu.
Já o Cruzeiro é um time a parte. Manteve Marcelo Oliveira, se reforçou e está jogando um futebol que parece ser aquele que precisamos na própria seleção. Marcação forte, saída para o ataque rápida e mortal, jogadores que sabem o que fazem. Time que tem preparação, treino. Oliveira completou 100 jogos oficiais a frente do time, são quase dois anos e é o recordista na atual serie A. Talvez ai o segredo. Sem falar no banco de reservas excepcional.
Difícil destacar um ou dois jogadores. O Cruzeiro não tem uma estrela, como diriam da Alemanha: a estrela é o time. Ontem Egídio, Dedé, Lucas Silva, Henrique e Ricardo Goulart jogaram muito. Não vi também ninguém com nível abaixo do esperado.
O Cruzeiro não perdeu a velha essência do nosso futebol.
Trabalhar em um jogo, como de ontem, é divertir e apreciar um ótimo futebol. Pois é, acreditem ainda se pode jogar bonito no Brasil. E mais, jogar e ganhar.