Dá pra comparar sim, Mano
Téo José
Ontem aqui em Curitiba, trabalhei no empate sem gol entre Coritiba e Corinthians. Uma partida de baixo nível técnico. O time paulista, nem de longe, lembrou o do segundo tempo, contra o Palmeiras, na rodada anterior. Depois do jogo Mano Menezes pediu para os jornalistas pararem de comparar todos os confrontos com o que se viu na Copa do Mundo. Porque desta forma todos seriam ruins.
Me desculpa Mano, mas dá para comparar sim. Esta foi a Copa do gols, com quase três por partida, foi raro ver um time só se preocupando com a defesa e marcação. Vimos equipes com posse de bola ofensiva. Treinadores ousados e por ai vai. O que comparo é isto e não a parte individual dos times.
Neste brasileiro estamos diante de uma oscilação enorme e não vejo motivo para isto. As equipes estão juntas há 13 rodadas. A média de dribles certos por jogo, de cada time é de menos cinco. Também observando média vemos cerca de três cruzamentos certos por jogo. Times fechado, com volantes que não sabem sair jogando.
Agora virou moda falar: está jogando por uma bola. Traduzindo: é estar jogando retrancado mesmo.
Isto eu comparo e depois da copa estou ainda mais critico, em busca da essência perdida do nosso futebol. Sim, estamos com uma safra ruim de jogadores, muito em função de treinadores que adoram volantes brucutus e zagueiros. Mas estamos principalmente em uma fase de futebol feio, esquemas fechados e pouca ousadia. Dá para comparar forma de jogar e dá para sonhar que um dia voltaremos a ver por aqui o que virou normal na Espanha, Inglaterra e Alemanha.