Felipe Nasr: pagante uma vez, sempre pagante
Téo José
Felipe Nasr acertou sua entrada na equipe Williams. Vai ser piloto de testes. Já trabalhou um dia no Bahrein, foi até bem para o primeiro contato com o carro. Desembarca levando combustível financeiro. Não se sabe ao certo qual foi o acerto com o Banco do Brasil, mas dizem que algo em torno de R$ 30 mi. Espero que seja menos, porque pagar 30 milhões para realizar apenas alguns treinos é grana pra caramba. No papel, estão cinco treinos de sexta ao longo da temporada.
Vai ser importante para pegar experiência. Isto é inegável. Paralelamente vai fazer mais uma temporada de GP2, neste caso, para ele, só vale o titulo. Será a terceira. Muito tempo em uma categoria que não é garantia de se chegar a Fórmula 1.
O que me preocupa é que quando você é visto, no começo, como pagante na Fórmula 1, sempre será pagante. Virar o jogo é bem complicado. Pode conseguir isto nos cinco treinos, cerca de sete horas e meia no total? Pode. Mas é improvável. Nestes testes livres, a equipe cumpre o contrato. Não tem a mesma dedicação dada aos titulares.
Sei que Nasr não tinha nada melhor. Acredito até que não era o que queria, mas já passa a receber o carimbo de pagante. Vamos ver se consegue mudar a situação.