Blog do Téo José

Arquivo : julho 2013

Ferrari terá mais dificuldades em Nürburgring
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Téo José

A crise dos pneus fez a Pirelli mudar a construção de seus compostos para o fim de semana. Os pneus escolhidos para o GP da Alemanha terão um tira interna de kevlar, no lugar do aço. Isto já estava planejado, já que os modelos foram testados no GP do Canadá. Esta alteração vai atingir apenas os traseiros. Apesar de não ser um circuito que exige muito, o desgaste sempre é menor, a Ferrari está bastante preocupada.

Com a alteração, os compostos demoram um pouco mais para chegarem na temperatura ideal. Esta é uma dificuldade maior para Ferrari e Lotus, que sofrem mais com as características do carro. Depois dos pilotos andarem nos treinos livres de Montreal as duas equipes fizeram pressão para abortar a utilização deste composto.

Como a situação ficou critica em Silverstone, os mesmos vão para pista amanhã [sexta-feira]. Em Nürburgring, os macios e médios serão utilizados.

Não tiraria a Ferrari do páreo, mas creio que seus dois pilotos vão ter muitas dificuldades para acompanhar Red Bull e Mercedes. Principalmente, a primeira. Tem tudo para ter um melhor ritmo de prova. Os treinos de amanhã serão fundamentais para um ideia melhor.


O velho, novo, problema dos pneus
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Téo José

O assunto pode parecer velho, mas não é. Os pneus continuam sendo a maior dor de cabeça para as equipes da Fórmula 1 e, agora, até mesmo para o fabricante, a Pirelli. Com um pedido dos homens que dão as cartas na categoria, a fornecedora fez compostos com pouca durabilidade. O objetivo era trazer mais emoção para as corridas, abrir novas possibilidades de vencedores com muitas paradas nos boxes. Ou seja, jogaram para um composto do carro a responsabilidade que o regulamento e custos há anos não consegue equilibrar. Algo artificial.

Já fiz criticas aqui com relação a este fato. Agora, depois do GP da Grâ-Bretanha, a situação piorou. A segurança foi colocada em risco, com tanta gente tendo pneus estourados, furados e dechapados. A imagem da fábrica, mais do que arranhada, ficou machucada.

Em principio, soltou um comunicado colocando culpa nas equipes e pista. Dizendo que pneus traseiros foram montados errados, além de cambagem e até pressão dos mesmos. E, também, zebras altas da pista. Com isto a briga esquentou e ela lavou as mãos. Depois em outro comunicado deu uma recuada. A polêmica só esquentou.

Como solução resolveram marcar uma sessão de testes durante o campeonato e outra depois – esta segunda provavelmente em Interlagos.

Resumo da Ópera: a fabricante aceitou o jogo da categoria e foi quem mais perdeu. Ela está neste momento discutindo a renovação do contrato. Dentro da empresa existe uma corrente enorme para que não aconteça a continuidade.

Só que sair agora, pode significar fracasso total. As equipes querem uma solução. Mas mudar agora pode influenciar o desempenho, já que os carros foram projetados com outras bases de informações. A FIA e os homens da Fórmula 1 estão perdidos.

Neste panorama o que acho que vai acontecer é uma mudança nos compostos. Divulgada, ou não. A fornecedora está na pior situação e mais um vexame – como o de Silverstone – pode ser fatal para seu nome.

É uma pena que um evento tão grandioso como este tenha chegado a este ponto. Um barco sem rumo e com comandantes perdidos. Passamos mais tempo falando de pneus, do que de pilotos e equipes.