O poço do Flamengo não tem fundo
Téo José
Já escrevi varias vezes aqui sobre a situação ridícula que vive o Futebol do Flamengo. Um ano literalmente vai sendo jogado no lixo. Campeonato Carioca e Copa Libertadores já foram. E não existe otimismo para o Brasileirão. Pior do que o visto dentro de campo é ver que o time está perdendo uma grande oportunidade de investimentos no esporte brasileiro. Continua atolado em dividas e não existe nenhuma ação concreta para volta por cima. Só blá, blá, blá…
A diretoria atual diz que aumentou o número de sócios. Sim, pode até ser. Mas já li que muita gente quer estar ligado ao clube porque apenas trabalha ali perto e poderia utilizar o estacionamento na Gávea. Independentemente deste ser o maior objetivo, para o crescimento, isto não importa. O que vale é aumentar o número de torcedores, crescer como clube e time de futebol. Ter receita e sanear as besteiras feitas no passado.
Dorival Jr. é o terceiro treinador no ano — o que dá uma média de 70 dias de trabalho de cada um. Como pode dar certo este planejamento?
O pior: o atual, que o considero sério e bom, diz que as portas estão abertas para Adriano. O jogador poderia fazer sua recuperação no Flamengo. Não quis. Faltou, o que mais sabe fazer ultimamente, e a turma que frequenta a noite na Barra sabe o tanto que não está focado nisto. Aliás, o Rio sabe.
Dorival poderia chegar com discurso de arrumar a casa e não jogar para torcida. O torcedor sempre é muito mais paixão do que razão. Quem comanda (dentro e fora de campo) tem de ser razão. Neste caso é ser responsável e competente, tratar o clube como sua própria empresa. Pode parecer que sim, mas no fundo não tem muito segredo.
Atualizando: o Globo.com informou, nesta terça-feira, que os telefones da sede do clube foram cortados por falta de pagamento. O poço realmente não tem fundo.