Blog do Téo José

De narrador para narrador
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Téo José

Na semana passada estive na casa do Luciano do Valle  para bater um papo sobre os seus 50 anos de carreira. O resultado dessa visita – a primeira parte desta entrevista – foi ao ar no Band Esporte Clube de ontem. E você pode conferir aqui.

Clique aqui e veja o vídeo

 

 


O futuro da F1 no Brasil
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Téo José

Desde o GP do Brasil no ano passado que se fala na saída da F1 de São Paulo. A corrida está garantida em Interlagos até 2014. Antes da mudança de prefeito, existia um papo de renovação por mais oito anos e de grandes obras a serem realizadas.

O atual prefeito disse que os custos precisam ser estudados e que o contrato teria realmente de ser longo para valer a pena. Neste meio tempo, apareceu o parque Beto Carreiro World, em Santa Catarina. Depois de construir uma pista de kart, agora há interesse em eventos maiores. E a F1 passou a ser o objetivo principal.

Esta história de autódromo por lá é antiga. Aurélio Bastista Felix, já falecido, criador da Fórmula Truck, tinha até comprado terreno ao lado e mandado as máquinas para lá. Com a morte do Beto Carrero, as coisas pararam.

Bernie Ecclestone já visitou o parque. Não sei o que achou, mas claro está forçando a barra com São Paulo, ainda dizendo ser uma boa opção. Bernie sabe que a capital paulista tem mais vantagens para seu evento, só que ultimamente ele pensa mais em dinheiro.

Por isso vai deixar esta história rolar, como uma forma de pressão na prefeitura paulistana. Este joguinho dele é antigo.

Sobre fazer ou não reformas em Interlagos é uma outra coisa. O autódromo, sim, está defasado. Mas precisa saber o que realmente é necessário e quanto vai custar. Porque esta turma vem de fora, exige um monte de coisa, boa parte desnecessária, pega o dinheiro e se manda.

O evento é muito importante para cidade, mas sempre é preciso ponderação.

Pra fechar só um dado: o público do último GP do Brasil foi o pior da história em Interlagos. O evento já foi bem maior.


Morte do inocente. Mais uma
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Téo José

A morte está banalizada nos dias de hoje. Você abre qualquer jornal, em qualquer cidade do Brasil, e lá estão uma, duas, três – às vezes – dezenas de notícias. Coisa que não vemos, por exemplo, na Alemanha. Lá não há um crime com morte por dia. No Canadá, da mesma forma. Aqui já não choca como antes. Agora estamos diante de um fato novo de um velho problema. Morte no futebol, morte no divertimento. No prazer.

O garoto Kevin Espada, de 14 anos, não conseguiu vibrar com o gol de empate do seu time, o San Jose, na última quarta. Foi atingido por um sinalizador marítimo – que pode chegar a velocidade de 360 Km/h. São muitas perguntas que devemos fazer:

 

– Como este sinalizador pode ser utilizado em um campo de futebol?

 

– A revista da polícia, se houve, foi pra lá de meia boca?

 

– O ator de soltar o tal artefato foi um acidente?

 

– Ou, realmente, teve-se a intenção de jogar na torcida adversária?

 

– Qual seria a melhor punição para o clube?

E por aí vai. Mas o problema é bem maior do que este. Uma vida se foi em um jogo de futebol. O mínimo que se pode esperar é a punição dentro da lei e que seja dura para o autor. Pelo que fiquei sabendo ontem, através de imagens [e mesmo declaração informais de torcedores], esta pessoa já está circulando por São Paulo. Os 12 presos podem até ser da turma. Podem até ser punidos. Mas o principal parece que não está na cela.

A punição de fazer o Corinthians jogar com portões fechados, nas partidas em que é mandante, entendo como correta. É até branda. Porque precisamos de atitudes duras para que o futebol seja encarado com um esporte para diversão. E não brigar ou matar. As torcidas organizadas, aqui, na Argentina, estão afastando muitas pessoas de bem dos estádios.

Está na hora de todos sentarem e encararem isto de frente. Não com declarações como a do presidente do Corinthians Mário Gobbi: “não dá para saber se o agressor é corintiano, santista ou são-paulino''. E mais: “aprendi, se o crime, se comprovado, não passa da pessoa que o cometeu.”

Não posso concordar. As leis do esporte na América do Sul, mesmo vagas, dizem que a torcida é como parte integrante do time. A agremiação tem de ser responsável.

Na Europa, o que mais víamos eram brigas e mortes de torcedores. Hoje praticamente acabaram. As punições coletivas e individuais foram duras e ninguém ficou colocando o problema para baixo do tapete. Encararam de frente. Afinal, são vidas que estão sendo perdidas. Em alguns casos de garotos com o sonho de apenas ver seu time ser campeão e ter um pouco de alegria.

Neste momento, não podemos pensar apenas no prejuízo deste ou daquele time. A punição, pela sequência de fatos até aqui e pelo regulamento, até achei branda. Mas o que mais me preocupa é que não querem encarar o problema de frente. Sem prejuízo e vantagens para este ou aquele time. Sim, temos de ter paixão pelo clube. Mas apenas na hora de torcer. Muito mais importante que isto é ainda salvar mais vidas e sermos justos.


Os novos testes da F1
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Téo José

A Fórmula 1 volta à pista na próxima terça-feira com novos testes em Barcelona. Estes bem mais importantes do que os vistos em Jerez. A partir de agora, as equipes tentarão resolver os problemas apresentados pelos novos carros e outros times buscarão um melhor desenvolvimento. Pelos dados técnicos mostrados, depois de Jerez, e pelas declarações, deu para sentir que a Sauber pode ser uma boa surpresa. Dá para ver que o novo modelo tem significativas mudanças e andou muito bem. Mesmo sem sabermos em que condições.

A Ferrari tem um carro melhor do que aquele de fevereiro de 2012. A Red Bull só se preocupou em andar com o tanque cheio. Pelas informações, o maior problema do time de Sebastian Vettel é a falta de velocidade final. Nunca foi o forte. Mas parece que agora, com a determinação de pontos de utilização dos aerofólios traseiros em classificação, pode ser mais prejudicada. Vejo um maior equilíbrio. O que acho muito importante. As regras também precisam ser voltadas para maior competitividade. Apesar de achar esta história de abrir e fechar aerofólio algo meio artificial.

Talvez para as primeiras corridas, a situação seja um pouco diferente dos testes porque os pneus estão sendo exigidos no inverno da Espanha – onde as temperaturas não devem passar dos 16 ou 17 gruas [isto com otimismo]. Mas já teremos uma ideia.

Fernando Alonso tem tudo para ser o destaque em Barcelona. Será primeira vez com o novo Ferrari. Se Felipe Massa fez muitos testes de funcionamento, ele já vai buscar os primeiros acertos. Com certeza será rápido. McLaren, ainda é uma interrogação e Mercedes me parece longe da luta pelo titulo. Lewis Hamilton, pensando na parte técnica, fez uma péssima troca.


Massa faz seu papel
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Téo José

Felipe Massa, enquanto esteve na pista, foi o mais rápido nos testes de Jerez [Espanha]. Isto significa que a Ferrari tem o melhor carro? Não. É um ótimo sinal. Não só pela marca conquistada, mas pelo que o piloto disse e também pelo otimismo da equipe. Vejo um começo de ano melhor para Ferrari.

São apenas testes e não sabemos em que condições estão os carros. Por isso, não dá para cravar nada. O importante é analisar uma frase aqui, outra ali.  Deu para sentir a Ferrari forte. Lotus no mesmo ritmo de 2012 e Red Bull tranquila.

Nada ainda para falar sobre McLaren e Mercedes. Acredito na primeira, na segunda não. Apenas palpite.

A Ferrari parece que se adptou muito bem aos novos pneus, que todos já conheciam desde o GP do Brasil. É um carro que aceita mais as diferentes regulagens e me pareceu menos nervoso nas primeiras imagens. O importante vai ser ouvir Fernando Alonso quando andar. O espanhol ainda não foi para pista.

Por outro lado, sem “Pachequismo”, acho que dentro do time não muda nada. Alonso vai continuar dando as cartas. Ele sabe que se o carro for competitivo vai aumentar a pressão por titulo e lá todos esperam isto dele. O investimento no espanhol é puro e somente para buscar o número 1. Nenhum outro resultado será aceito.


Agressão ao Bottinelli
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Téo José

O Coritiba realizava um treinamento, na tarde de ontem, no Estádio Couto Pereira. Bottinelli, ex-Flamengo, se preparava para estrear nesta quarta-feira contra o Nacional (PR). Recebeu um lançamento, dominou, driblou Lincoln [aquele mesmo que esteve no Palmeiras e não jogou nada] e na sequência recebeu uma entrada pra lá de dura do mesmo. Coisa que em partida oficial seria cartão vermelho na hora.

Caído recebeu um tapinha na cabeça de desculpas do Lincoln. Só. O agressor saiu andando e nem se preocupou com a gravidade. Depois de exames, ficou constatada uma fratura. Para uma recuperação mais rápida, ele passará por cirurgia. São, no mínimo, três ou quatro meses de recuperação.

Eu sou apenas narrador e escrevo neste nosso espaço. Porque se fosse dirigente, era rua na hora para o autor da falta. Não tem justificativa uma entrada destas em um treino. Não conheço esta atleta e, depois deste lance, não tenho vontade nenhuma de conhecer.  Trata-se de falta de profissionalismo e companheirismo ao extremo.

Não tem justificativa. Por mais que tenha alguma birra com argentino. Aliás, neste país, tem muita discriminação com os jogadores estrangeiros. Principalmente argentinos. Uma besteira enorme.


O novo Mercedes
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Téo José

A Mercedes mostrou seu novo carro para temporada da F1. O W04 vai ser o carro do Nico Rosberg e Lewis Hamilton em 2013. Como digo sempre, aqui em nosso espaço, este papo de ficar falando que tem cara de vencedor ou de lento não é para mim. Carro de corrida só conhecemos quando vai para pista. E com poucos treinos e coletivos, como agora. Vou mais longe, temos de esperar pelas primeiras provas.

Pelo que andou nos últimos anos e declarações de gente da equipe, vejo que a Mercedes terá dificuldades para estar entre as primeiras. Acho muito, mas muito, difícil mesmo lutar pelo titulo. Hamilton, pela primeira vez na vida, vai saber o que é não ter nas mãos um carro realmente competitivo. Neste tempo todo de McLaren, mesmo com Ferrari e Red Bull [em muitas vezes sendo bem superiores], ele sempre teve numa sexta-feira a expectativa de poder vencer.

Agora não. Vamos ver como vai se comportar.

Em cima destas linhas que escrevi digo que a Mercedes vai lutar com a Lotus. As três: McLaren, Red Bull e Ferrari ainda devem continuar na frente.


O novo Mercedes
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Téo José

A Mercedes mostrou seu novo carro para temporada da Fórmula 1. O W04 vai ser o carro do Nico Rosberg e Lewis Hamilton. Como digo sempre em nosso espaço, este papo de ficar falando que tem cara de vencedor ou lento, não é para mim. Carro de corrida só conhecemos quando vai para pista e com poucos treinos e coletivos, vou mais longe, temos de esperar pelas primeiras provas.

Pelo que andou nos últimos anos e declarações de gente da equipe, vejo que vai ter dificuldades para estar entre as primeiras e acho muito, mais muito difícil mesmo lutar pelo titulo. Hamilton pela primeira vez na vida vai saber o que é não ter nas mãos um carro realmente competitivo. Neste tempo todo de McLaren, mesmo com Ferrari e Red Bull em muitas vezes sendo bem superior, ele sempre teve na sexta a expectativa de poder vencer. Agora não. Vamos ver como vai se comportar.

Em cima destas linhas que escrevi, digo que a Mercedes vai lutar com a Lotus. As três: McLaren, Red Bull e Ferrari ainda devem aparecer na frente.


Adriano 2
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Téo José

Na semana passada conversei com vocês sobre Adriano. Disse que o jogador pensava em parar definitivamente. Não encerrei a carreira dele, isto quem vai fazer é o próprio. No mesmo dia sua assessoria disse que ele teria algumas propostas e iria analisá-las para voltar. Nesta semana surgem especulações de que ele teria possibilidades no Guarani, Santos e até Galatassaray.

Adriano está totalmente fora de forma, não tem feito exercícios diários e nem fisioterapia todos os dias. Ele vive momentos que sua posição de futuro se alterna. Tem dia que fica longe da academia e pensa em parar, algumas vezes que se exercita fala em jogar. O certo é que uma volta só poderia acontecer com meses de trabalho. O jogador não sabe o que quer e pode sim resolver abandonar a carreira sem ao menos tentar uma volta.

Outro detalhe, não tem nenhuma proposta oficial. Alguns empresários procuraram pessoas próximas a ele e estas pessoas tentam fazê-lo jogar. Hoje Adriano vive uma vida, que está longe de ser um atleta profissional.


Uma fase meia boca
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Téo José

Sim, foi apenas um jogo. O Palmeiras perdeu no Pacaembu para Penapolense -estreante neste ano no Campeonato Paulista da série A. Só que juntando tudo, não é apenas uma partida isolada. É mais uma prova que muita coisa precisa ser mudada no Verdão.

O grupo de jogadores é ainda mais deficiente do que o do ano passado [no rebaixamento]. Tenho a impressão também que não falam a mesma língua. Vejo no treinador a distancia de ser a pessoa ideal para a reformulação geral. Tanto de pessoas como de postura e, até, esquema de jogo.

A torcida se pegou ontem durante e depois do jogo. O que é bem a cara deste momento. Sei que uma nova diretoria acabou de assumir, mas se as coisas não começarem mudar [já], as dificuldades e a pressão serão bem maiores. O Palmeiras precisa de mudanças profundas. Não só de gente e, sim, de filosofia.