Blog do Téo José

Que venha 2014 na F1
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Téo José

A temporada 2013 da Fórmula 1 terminou com uma cena que vimos na maioria das provas: um passeio do Sebastian Vettel. Em Interlagos chegou a sua 13ª vitória em 19 corridas disputadas. Na etapa final tivemos Interlagos cheio, mas com muitos lugares nas arquibancadas e cadeiras. Não estava lotado, pelas informações oficiais o publico foi cerca de 5% menos do que no ano passado. Visualmente a impressão é de que estava ainda mais vazio.

Momentos bacanas foram as despedidas de Mark Webber e Felipe Massa. O primeiro emocionado deixando a Red Bull e a categoria e o segundo em um emocionante gesto da Ferrari, com todos aplaudindo a sua saída dos boxes. Felipe não conseguiu a renovação do contrato, mas cumpriu seu ciclo na equipe. Teve altos e baixos na pista, fora dela, pelo seu comportamento e caráter, só elogios.

Mas sinceramente, ao volante e acelerando, foi batido pelos três companheiros que conviveu e com Alonso a coisa ficou mais distante. Hoje vive um jejum de cinco anos sem vitória. Nesta temporada conseguiu apenas um pódio. Foi terceiro na Espanha. É pouco. Novos ares na Williams podem dar mais motivação. A saída, mesmo para uma time menor e um carro cheio de interrogações, pode ser interessante também para o piloto.

Sobre 2014, muitas duvidas. O carro será totalmente novo e o motor V6 turbo. È a maior guinada de um projeto de um ano para outro na história da categoria. Só que nos tempos modernos, estas mudanças têm dois caminhos para se encontrar um carro competitivo. Bom projeto e dinheiro e uma coisa está ligada na outra. A Red Bull tem um trabalho muito entrosado e integrado com a Renault. Existe um grande otimismo que a continuidade terá sucesso. Pode ser.

A Ferrari terminou um ano bem longe da maior concorrente. Tem um certo alivio por lá. Agora as cobranças serão outras. De julho para cá, terminou o clima de tranquilidade. A Mercedes aposta tudo no motor. O mesmo que terá a Williams.

Sim, a Williams é uma equipe de tradição e já foi vencedora. Hoje é decadente. Conquistou apenas cinco pontos nesta temporada. Tem sérias dificuldades financeiras e está iniciando uma reformulação de gente. Apesar de um certo clima criado por aqui, e só aqui no Brasil, que o casamento com Massa pode ser uma boa, eu tenho os dois pés atrás.

Muita gente fala: mas terá motor Mercedes. Ótimo, só que até ontem tinha Renault, o campeão. Na Fórmula 1 não tem mágica. Sem grana anda pouco. Um time não se transforma em dois ou três meses. Entrando dinheiro nos próximos anos, pode voltar a vencer. No ano que vem vai lutar para ser a quinta ou sexta. Já será um grande passo, porque hoje só ficou a frente da Marussia e Caterham. Fora disto será uma boa e bem vinda surpresa.


O GP Brasil mais frio de todos os tempos
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Téo José

O primeiro treino livre do GP Brasil de Fórmula 1 já foi realizado. Com a pista molhada pouca coisa significativa foi observada. Sebastian Vettel deu uma volta com os pneus de 2014 da Pirelli, como são slick, a observação foi feita através de sensores colocados na parte traseira da Red Bull. A previsão é de mais pista molhada para a segunda sessão, o que pode anular esta possibilidade de conhecer os compostos e através destas analises desenvolver parte do projeto do novo Fórmula 1.

Nico Rosberg foi o mais rápido, Lewis Hamilton o segundo e Vettel o terceiro. Nada importa, como disse, a pista esteve molhada o tempo todo e se andou pouco.

O que me chamou atenção foi Interlagos vazio. Narrei os últimos 12 anos pela Jovem Pan e cobri mais umas 10 corridas da Fórmula 1 no Brasil, pela Araguaia FM de Goiânia e também fazendo reportagens pela Jovem Pan. Nunca vi uma sexta-feira com tão pouca gente. Conversando com amigos que circularam por São Paulo nesta semana, me disseram que a cidade está com um movimento absolutamente normal e já tem gente da hotelaria e restaurantes reclamando do movimento mais baixo.

O fim de semana de Fórmula 1 é tido pelas pesquisas como o mais importante para cidade. Chegam milhares de turistas e o dinheiro que corre é bem significativo. Neste ano os números vão cair.

Fico surpreso. Porque pensava que quem gosta da corrida são as pessoas que curtem Fórmula 1, poucos agregados. Fim de semana de Interlagos, sempre foi uma grande festa, mais do que a prova em si. Uma festa de velocidade. Pelos menos os 60, 70 mil que sempre assistem as provas no local. Vejo que não, mesmo esta turma, gosta mesmo é de brasileiro vencedor. Como isto nos últimos tempos anda raro, o interesse vem caindo. Como me disse certa vez o Emerson Fittipaldi: “Brasileiro gosta de esportista vencedor.” É a mais pura verdade, temos inúmeros exemplos de modalidades que cresceram e depois sumiram. A Fórmula 1, pela sua beleza, espetáculo, pensava ter uma base maior de admiradores. O automobilismo em geral. Estava errado. É certo que estamos em época de vacas magras, mas não acreditava que eram tão magrinhas.

Pergunto se vale a pena neste panorama investir mais de 160 milhões de reais em reformas no circuito. A maior parte em uma área de box que será utilizada apenas pela categoria. O contrato já foi assinado e a prefeitura terá de dar maiores explicações.

No domingo deveremos ter as arquibancadas cheias, mas também vamos ter clarões. Mais do que gente em Interlagos, vejo que o interesse está despencando. Uma pena. Porque Fórmula 1 sempre foi e é um dos maiores espetáculos do esporte.


Uma das melhores corridas
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Téo José

O GP Brasil de Fórmula 1 é sempre uma das melhores corridas do ano. O traçado é bem bacana e independentemente destas tais asas moveis, é uma pista com sintoma de muitas disputas e ultrapassagens. As condições meteorológicas também são outro fator que dão mais emoção ao evento.

Vejo que neste ano as coisas estão mais frias, por causa da situação do Massa, que está há muito tempo sem vencer e se despedindo da Ferrari, bem como o fato de o campeonato ter sido amplamente dominado por Sebastian Vettel. Quem gosta de automobilismo mesmo e da Fórmula 1 não se preocupa com isto. Os agregados sim.

As arquibancadas estarão cheias, não sei se lotadas e deveremos ter menos gente de outros países este ano. De qualquer forma vai estar bonito.

A sexta-feira para as equipes será, talvez, a mais importante do ano, porque os pneus de 2014 estarão a disposição e neste momento isto é fundamental para alguma mudança, mesmo em cima dá hora, ainda dá tempo.

Na pista, claro, espero a Red Bull bem forte, mas também imagino Lotus e Mercedes andando bem. A Ferrari andou para trás nas últimas corridas. Felipe Massa sempre anda bem em Interlagos e Alonso, apesar de ainda sentir muitas dores nas costas e a pista paulista exigir bastante do piloto, é sempre um concorrente que cresce nas situações complicadas. Coloco a equipe italiana como incógnita.

Tomara que tenhamos mais carros na luta pela vitória e não um passeio de Vettel e olha que passeio em Interlagos – e poucas vezes vimos -, é bem chato. São 70 voltas.


Qual seu palpite para o GP Brasil de F1?
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Téo José

A previsão do tempo indica que a chuva poderá aparecer no GP Brasil de F1, que acontecerá no próximo fim de semana em São Paulo. As maiores chances estão na sexta-feira, dia dos primeiros treinos livres na pista de Interlagos. No sábado e no domingo, as possibilidades diminuem – mas passam a se concentrar na período da tarde. A temperatura, no dia da corrida, irá variar entre os 16º e os 25º.

Meu palpite, não poderia ser diferente, é Sebastian Vettel –  o papador de recordes.

 E o seu?

PROGRAMAÇÃO:

Sexta, 22
10h00 – 11h30: Treino Livre 1
14h00 – 15h30: Treino Livre 2

Sábado, 23
11h00 – 12h00: Treino Livre 3
14h00: Treino de Classificação

Domingo, 24
14h00: Largada [71 voltas]


GP Brasil chegou
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Téo José

Depois de mais uma passeio de Sebastian Vettel no GP das Américas, em Austin, EUA a Fórmula 1 começa a desembarcar para o encerramento desta temporada em Interlagos. Como não estou mais narrando a categoria na Rádio Jovem Pan, depois de 12 anos estarei um pouco mais distante de Interlagos.

Na prova de ontem sempre o destaque para o alemão campeão, um piloto fantástico que sabe tirar tudo de uma máquina no mesmo nível e ainda tem a capacidade de ser suave em sua tocada, um piloto que enche meus olhos a cada prova. É daqueles que só pensam em vencer, que tem o DNA dos grandes, dos vitoriosos. Ganhando domingo chega a nove vitórias consecutivas, na boa, isto não é para qualquer um, só para os especiais.

Vettel é o favorito em Interlagos. Não sei se terá as mesmas facilidades das ultimas corridas. Em São Paulo, um dos melhores circuitos do mundo, sempre temos algumas surpresas e a chuva adora a Fórmula 1 , por aqui. Mesmo assim, não tem como não jogar as fichas nele.

Será o 42º GP Brasil de Fórmula 1 e o 32º na capital paulista. Apesar do interesse pela Fórmula 1 não estar em alta no país, que gosta da categoria, mas tem os agregados que gostam mesmo é de piloto vencendo provas, deve estar lotado e bonito, como sempre neste final de semana. Os organizadores não devem estar muito preocupados com popularidade em baixa, mas sim a TV que transite as provas. Os índices têm caído, o que é normal quando durante anos se trabalha sempre com este papo de brasileiro ganhador, coisa escassa há anos. Agora quando o fundo do poço começa aparecer, os resultados são claros. No treino de sábado a tarde, a emissora chegou a estar em alguns momentos em quarto lugar. Já foi aceso mais do que o sinal amarelo, para domingo e principalmente o ano que vem.


Oitava do campeão
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Téo José

Sebastian Vettel ficou com a pole para o GP dos EUA, em Austin. Foi a oitava dele no ano. Mark Webber fecha a primeira fila, com Romain Grosjean, da Lotus em terceiro. Felipe Massa penando com a Ferrari no fim de semana vai sair em 13º e Fernando Alonso em 6º, o espanhol tomou um segundo do alemão campeão.

Pelo que se viu até agora é sintoma de um grande passeio e o titulo em nada tirou a vontade do Vettel de continuar andando na frente. A pole foi obtida no ultimo instante, mostrando que o espirito de campeão, uma das maiores características do Sebastian está bem vivo. É o tipo do piloto movido por marcas, corre para ditar o ritmo. Sim, tem o melhor carro, mas acelera muito, é bonito ver.

Em situação normal não vejo ninguém com a possibilidade de incomodá-lo, nem mesmo seu companheiro, que esteve a maior parte do tempo com a pole nas mãos. Grosjean fez um bom trabalho com a Lotus, mas ainda toma muito tempo. Se tivermos disputa vai ser mesmo pela terceira colocação. Dependendo do dia do Webber, quem sabe pela segunda.

Destaco ontem os trabalhos de Nico Hulkeberg, que vai sair em quarto com a Sauber e Valteri Bottas em nono com a Williams. Outro fator que me chamou atenção foi o publico, falam em mais de cem mil pessoas. Em um país onde a Fórmula 1 não é tão popular é uma marca bem expressiva.


Tchukie e eu
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Téo José

Em maio de 2009 eu escrevi estas linhas. Hoje estou novamente publicando o mesmo texto em homenagem a este grande amigo que durante 12 anos conviveu ao meu lado da forma mais leal, alegre e pura comigo. Foi pouco tempo. Ontem ele se foi. Virou estrelinha.

27/05/2009

Já começo esta conversa avisando: não tem nada de velocidade e futebol. Nem uma palavra. Nos últimos dois dias estive fora. Neste momento, estou atravessando algum lugar em nosso continente. Foram horas que pude curtir intensamente. O objetivo era resolver coisas do passado. Talvez por um ponto final. Espero. Mas no fundo serviu para bem mais. Estive só boa parte do tempo e conversando com meu amigo Haroldo, uma das pessoas mais prestativas que conheço. Gente com G maiúsculo, algo muito bom que ficou da minha passagem pela Indy no SBT. Este quero (merece) e preciso conservar. Mesmo que seja para estar a cada ano ou seis meses.

Senti nestas divagações que resolvi algo que me prendia ao passado e nunca gostei de ter algum tipo de amarra com estas situações. Mas o que me levou a ter esta conversa, for ter acabado de assistir, na minha volta, pela segunda vez, o filme Marley e eu. E, como esperado, me emocionei novamente. Mais ou menos como que da primeira vez. Muito. Nestes últimos tempos, tenho tido a certeza ainda maior que o importante na vida é estar com quem você quer e gosta. Já estou com quase 46 e como dizem os Titãs: 'só quero saber do que pode dar certo'. É bem por ai. O certo é o prazer. E sempre será. Doação, felicidade e a ética e os bons princípios. A família é o mais importante. E ai além de minha mulher, filho, mãe, irmãos, sogro, cunhados, sobrinhos, coloco meus cães queridos e amigos.

Meu pai sempre dizia que gostava mais dos animais do que do 'bicho homem', porque eles não trairavam. Nos dias de hoje, no lado profissional, é especialmente isso que vemos em maior escala: a trairagem. Na minha, nem se fala. Você precisa, a cada dia, estar forte e ao mesmo tempo com o coração desarmado para sobreviver e superar da melhor forma possível. Que é não perder sua maneira de ser, aquela que você quer, se manter no caminho que acredita ser o certo e fazer dele exatamente isto.

Me alonguei muito para chegar no ponto que queria. Já tive muitos cachorros, aprendi bastante com eles. Dei muito sentimento e recebi bem mais. Hoje são quatro lá em casa. O mais velho é o Tchukie, com seus oito anos. Como o Marley, viveu em alguns lugares. Goiano, passou um tempo em Miami na época que trabalhava na PSN. Quando teve o estilo Marley. Comendo paredes, fios de TV, sofás… e até fronhas… quando numa noite, eu bem altinho e longe da mulher e filho, que estavam no Brasil, resolvi o levá-lo para dormir em nossa cama. O duro foi achar no outro dia uma fronha igual, para não deixar rastro. Tchukie sabe muito de mim, da vida, porque nos bons e maus momentos já escutou muita coisa. Tem, também, um lado interessante e na minha ótica bem positivo: adora uma cervejinha – tal como o seu dono.

Quando via o filme, colocava em várias situações também o Gothanks (mais um nome dado pelo meu criativo filho), este mais parecido pelas loucuras e tamanho. O Tchukie é um Dachshund e o Go um Golden Retriever. O último é uma das coisas mais carinhosas e leais que conheço. Para saber o quanto me curte é só ver manchas vermelhas e arranhões pelo meus braços. O cachorro é, sim, um grande amigo do homem. Para muitos, acredito, até o melhor. Como diz John Grogan (do filme): dê a ele atenção, carinho, que terá seu coração e amor. Dê carinho que terá sua vida e lealdade. Esta palavra derradeira: lealdade. O que o ser humano precisaria aprender com eles. Não chego ao ponto da filosofia do meu pai, mas os cachorros têm muito que nos ensinar no que diz respeito à troca de sentimentos. Preciso estar mais próximo deles, para não mudar minha forma de ser. Saber separar quem pode ter, em troca, o que temos de melhor. São com estas pessoas que temos de nos doar. Dar o que há de melhor no ser humano. As outras, que nos fazem coisas ruins, precisam ver o filme. Mas talvez nunca tenham um cão, porque não o entenderiam e seriam péssimos donos. Faltaria sentimento.

Estou com muita saudade destas pessoas que cada vez enchem mais minha vida e para quem vou sempre me dedicar mais. Minha família, cachorros e amigos. Assim tenho certeza que poderei dar em troca coisas melhores para eles e os outros.

Acho que já notaram, pelo que converso aqui, que nunca tive a preocupação de me expor.


Operação do Nelson Piquet
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Téo José

Nelson Piquet passou por uma cirurgia no coração, realizada ontem (terça-feira). Internado desde domingo, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, o ex-piloto foi submetido a uma intervenção para desbloquear uma artéria. Piquet já havia dito em 2011 que tem uma má formação no coração. Desde então passou a ter uma sequencia maior de exames preventivos.

O hospital confirma a cirurgia e que o paciente está em recuperação, mas a pedido da família não dá maiores informações. Pelo que apuramos tudo tem corrido bem, mas nenhuma informação oficial.

Daqui fica nossa energia positiva para o rápido reestabelecimento.


Felipe na Williams. Andando para trás
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Téo José

Depois da Ferrari fazer uma grande e bonita festa de despedida para Felipe Massa, o piloto foi confirmado nesta segunda-feira na Williams. Depois de conversas próximas com a Lotus, onde não aconteceu acerto, ele jogou suas fichas na equipe, que recentemente teve Rubens Barrichello e Bruno Senna. Ainda não foi dito nada oficial, mas o brasileiro vai precisar levar combustível financeiro.

Foi criado nos últimos dias, com a iminência deste anuncio, que com as mudanças radicais na parte técnica em 2014, o time poderia ser uma boa alternativa. Não vejo desta forma. Quando grandes mudanças acontecem, a parte financeira conta mais, os melhores profissionais, engenheiros e projetistas acabam se sobressaindo. Casos como da Brawn, que já era uma continuidade de um trabalho, onde muita grana foi colocada pela Honda, é raro e distinto.

A Williams vai ter motor Mercedes, que pelo que vem sendo investido pode andar muito bem, mas hoje só motor não é tudo. O que conta é o conjunto e principalmente o bom casamento com pneus, que ganharam uma importância muito maior do que devia.

A Williams está contratando engenheiros e projetistas, mas nenhum mago, gente que se tire o chapéu. O maior problema é outro, o time ainda não ter orçamento fechado e não é nada grandioso. A Williams pode voltar a ser a velha Williams, mas vai precisar de tempo e nem sei se vai conseguir. A mentalidade é antiga e perdeu credibilidade. Hoje existem melhores lugares para investimentos maiores.

Não se pode esconder a situação. Massa só foi para Williams porque não tinha outra opção. O time não está entre os cinco melhores, tem andado de forma discreta, vive do meio para o fim do pelotão.

Só posso desejar boa sorte para ele, mas não tenho muitas ilusões e pela personalidade que tem, não é uma pessoa para uma revolução, muito menos em pouco tempo.


Seedorf a caminho do Milan
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Téo José

Seedorf já decidiu seu futuro. Depois do fim do seu contrato no Botafogo [encerra-se em junho do ano que vem], ele desembarca na Itália para se tornar treinador do Milan. O time italiano já tem tudo acertado. Mesmo que Massimiliano Allegri deixe o comando antes, a vaga está reservada para o holandês.

A mudança só não acontece agora pelo compromisso que tem com o Botafogo e a necessidade de ter terminado o processo para tirar a licença de treinador. Ele vai receber a liberação em abril, através federação da Holanda. Parte da imprensa italiana já dá a mudança como certa.

Seedorf só não ficou no Milan porque Allegri não quis. O atual treinador buscava uma equipe mais jovem. Depois de dar um titulo ao time, o comandante técnico passa agora o seu pior momento por lá. A equipe não tem jogado bem, corre o risco do rebaixamento e ele está bastante desgastado com torcida e dirigentes. O Milan também não está em boa situação na Liga dos Campeões.

Do outro lado, Seedorf já não é unanimidade entre os jogadores do Botafogo. Tem muita gente incomodada pelas cobranças sitematicas, às vezes em momentos ruins, e com palavras mais duras na frente de todos. Antes os jogadores baixavam a cabeça e aceitavam, mas agora estão vendo um Seedorf diferente, que não tem atuado bem. O futebol caiu bastante e também não corre como no primeiro semestre.

No Botafogo ninguém gosta de falar sobre isto, mas fica claro o desgaste. Mesmo tendo contrato, a possibilidade de sair no fim do ano é real. Ele poderia chegar ao Milan em janeiro, mas só assumindo o comando técnico no fim da temporada. Antes da Copa.