Blog do Téo José

Categoria : Futebol

O esporte é emocionante. Mesmo depois da derrota
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Téo José

Fica claro para quem me acompanha na Liga dos Campeões, ao longo dos tempos, o carinho especial que tenho por esta competição. Tudo parece ser maior nesta competição de clubes. Tem até uma carinha de Copa do Mundo. Neste ano tivemos o confronto do Borussia Dortmund e Bayern de Munique na Final.

Mesmo sendo um duelo de alemães, não tirou a grandiosidade. Pelo contrário, a decisão, com vitória dos Bayern, foi uma das melhores que já vi até a festa de encerramento. No fundo, o titulo ficaria em boas mãos para qualquer um dos dois.

O Borussia é conhecido pela força de sua torcida e, mesmo na derrota, isto mais uma vez ficou marcado. Um derrota que até no domingo, dia seguinte, ainda provocava emoções.

Passeando pelo YouTube, vi dois momentos que agora compartilho com vocês:

O primeiro na chegada do time ao aeroporto de Londres, para iniciar a viagem de volta à Dortmund. Uma ação de um parceiro comercial que em nada tira o brilho pela criatividade e simplicidade. O efeito grande.

O segundo vídeo é emoção pura. São 15 mil torcedores esperando e festejando o time vice-campeão no Signal Iduna Park. Momento que mostra a grandeza e como pode ser bonito e emocionante o esporte. Mesmo nas derrotas.


Doping no futebol do Rio
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Téo José

Carlos Alberto, Deco e Michael tiveram seus exames antidoping como positivos no Rio de Janeiro. Nesta semana começam os julgamentos. Devem pegar penas de um a dois anos. São três casos com futuros bem diferentes.

Carlos Alberto tem contrato até o início de agosto. Antes do problema foi oferecido para vários times e procurado por outros. No Vasco a situação estava parada, mas com problemas de grana, existia a possibilidade de uma conversa para se tentar baixar salário e acertar a renovação até o fim do ano. Agora vai ficar sem clube e terá uma situação de carreira bem complicada. Carlos Alberto é o tipo de jogador que recebe elogios pela qualidade, mas não tem sequência e em muitos casos parece pouco comprometido. Se não mudar muita coisa, vai começar a descer a ladeira.

Deco já estava planejando sua aposentadoria. Tem contrato até o fim de 2013. Não sei se terá motivação para cumprir a punição e voltar a jogar, encerrando sua carreira de uma forma melhor. Seria triste anunciar o fim por causa de punição de doping.

Já o garoto Michael, que apareceu no campeonato carioca, era uma nova esperança no Fluminense. A diretoria tem dado apoio, depois das revelações de ser usuário de cocaína. Não sei quantas vezes, se uma duas ou três como se tem falado. Este preocupa mais. É garoto, tem 20 anos. O caminho na vida depende só dele. Este caso abre uma outra discussão nas categorias de base. Os clubes precisam formar atletas e homens. Faltam na grande maioria dos times brasileiros um trabalho mais serio, profundo e profissional com a garotada. Valores são revelados, mas muita gente já sobe para o profissional com a cabecinha estragada.


Palmeiras: direto ao ponto
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Téo José

O Palmeiras está fora da Libertadores. O Bruno falhou. E feio. Um frango. Mas, não é o maior culpado. O time lutou. Muito. Foi guerreiro nesta Libertadores.

A realidade é simples: é uma equipe limitada, com boas possibilidades de subir para serie A do campeonato brasileiro. Mais do que isto é querer muito ou contar com a sorte.

Para vencer as batalhas precisamos saber das qualidades do adversários e as deficiências do seu time. O Palmeiras tem muitas. A diretoria, comissão técnica e torcedores não pdem se enganar. Pode até ser compreensível, por parte do torcedor, pela paixão. O resto tem de ter o dom da análise perfeita. Ou perto dela.

Repito: o time tem boas possibilidade de subir para serie A. Só.

Como no futebol as coisas são de momentos, e às vezes injustas, se fosse o Bruno, goleiro de potencial, procuraria outra casa. A realidade é dura e muitas vezes injusta.


O fator Tite
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Téo José

Tite já está no Corinthians há mais de dois anos e seis meses. Hoje é o treinador com mais tempo de clube dentre os grandes do futebol brasileiro. Considero o grande responsável pelas conquistas do time. Não sou muito fã do estilo do Corinthians do ano passado, que ainda jogava mais do que agora. Raramente vimos marcar mais de dois gols por jogo. Mas nada pode-se falar sobre eficiência. Um time que sabia o que queria e seguia exatamente o que era determinado pelo seu treinador. Todas as peças se encaixavam.

Hoje a base foi mantida e reforçada, mas a equipe caiu de produção e mesmo assim vai alcançando seus objetivos. Está na final do Paulista e com a vantagem do empate no jogo decisivo. Passou a primeira fase da Libertadores. Tem parada dura, quarta, contra o Boca, tem de vencer e se possível por dois gols – mas se trata de um resultado totalmente possível.

O time não é o mesmo do ano passado, porque muita gente perdeu a determinação de se conseguir algo maior. Não é um problema do treinador e, sim, dos jogadores. Do grupo. Hoje no futebol brasileiro é raro uma equipe manter por dois anos o mesmo ritmo vencedor.

Sempre tem a queda depois de uma temporada de conquistas e ai entra o fator Tite. Com sua forma de trabalhar, de muita habilidade, mesmo que uma peça ou outra não tenha a mesma cabeça, ele sabe manter o grupo em alta. Se não fosse esta filosofia, o Corinthians já não teria o mesmo ambiente e nem as possibilidades atuais. Nem sei se os mesmos jogadores.

O único ponto que não vejo com bons olhos nesta trajetória é o aproveitamento da garotada da base. Poucas chances foram dadas. E mesmo com a situação financeira equilibrada, o Corinthians poderia ter um planejamento de futuro muito mais tranquilo. Na verdade, nunca entendi bem o que é feito na base do clube.

No momento de renovação dos treinadores, não só aqui, como em todo mundo, é muito bom ver um trabalho de uma pessoa séria, determinada e com talento tendo durabilidade e planejamento. Mostra que no futebol quando o profissional é bom e tem respaldo, as coisas andam.

Tite é prova disto. E o melhor: aparece pelo trabalho e não por marketing. No fundo, o melhor marketing é o resultado


Galo continua encantando
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Téo José

Como é bom ainda ver no Brasil um time com a essência do nosso futebol. O Atlético [MG] de longe é o que mais encanta na América do Sul. Não só porque tem jogadores que adoram buscar o gol e não esquecem do drible. O Galo marca forte o tempo todo, sabe sair com velocidade e tem como objetivo principal o gol. Mais: tem como objetivo jogar bola. Mérito do grupo e, principalmente, do Cuca. Como disse outro dia, um dos melhores treinadores deste continente. E não é de hoje.

Réver, Marcos Rocha, Leandro Donizete, Pierre, Ronaldinho, Diego Tardelli, Jô e Bernard estão comendo a bola. É bonito ver o time atuar. Estava com saudades de uma equipe assim no nosso futebol. Nos últimos tempos temos visto este estilo apenas no futebol dos outros – como na Espanha e Alemanha. É a prova clara de que dá para marcar e atacar. Dá para marcar e jogar um futebol bonito.

O Galo encanta e é disparado o favorito ao titulo da Libertadores. Dever ser bem bacana torcer para uma equipe assim.

Por outro lado, o São Paulo precisa de mudanças urgentes. Falta esquema de jogo, a defesa falha demais e jogadores antes acima da média, estão abaixo como: Rogério Ceni, Ganso e Luiz Fabiano. A zaga está perdida e os volantes querem mais briga do que marcar.

Parece que este trabalho atual será interrompido.


Barcelona prepara sua lista
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Téo José

O Barcelona vai liberar e negociar vários jogadores para próxima temporada. O capitão Puyol é certo que deixa o time. Está de malas prontas e vai para o Milan. Valdés também já anunciou que não renova, mas pode antecipar o desligamento – deixando a equipe catalã na próxima janela. David Villa e Alexis Sánchez devem entrar na lista. Eric Abidal é outro que pode ter antecipado o fim de seu contrato. O garoto Tello está sendo comentado pelos lados da Inter, a diretoria espanhola não vai segurá-lo.

A imprensa de Barcelona especula um interesse do PSG por Pedro, mas o Barcelona poderia incluir na negociação a vinda de Thiago Silva ou Lucas. E isto o time francês não vai aceitar.

Além de Neymar [para alguns já acertado], Marquinhos, ótimo zagueiro, ex-Corinthians, atualmente na Roma, está em pauta. Este garoto ainda vai dar muito o que falar. Tem um potencial gigantesco.

Está claro que muita coisa vai mudar no Barcelona e com toda essa movimentação, parece que o cargo de Tito Vilanova está garantido. Tenho muitas dúvidas se ele será capaz de fazer este trabalho. Ainda mais nesta renovação, que deve ser de 30 a 35 por cento.


Olho no Inter
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Téo José

O Internacional venceu o Campeonato Gaúcho. O trabalho vem sendo feito de forma discreta. Sem muito alarde. Mas é um time que vai chegar forte no Campeonato Brasileiro. Os investimentos em contratações até agora foram tímidos, nenhuma loucura. Três jogadores estão em pauta neste momento: Ibson, ainda com situação indefinida para deixar o Flamengo e é quase certo que não ficará; o lateral direito Ednei, que disputou o Gauchão pelo Veranópolis está em foco; e também um atacante – já que Leandro Damião sempre é especulado para sair [sondagens de fora]. Éder Luís, Vasco, é um nome ventilado. Sobre Ibson e Éder, pelo futebol que vêm jogando, serão ações arriscadas. Eles caíram bastante. Quem sabe em nova casa voltem a render.

Parte da diretoria também gostaria de um jogador de armação no meio de campo e o exterior seria o local para garimpar alguém com características parecidas com as de D’Alessandro.

O fator principal deste time chama-se Dunga. Bom treinador e por posturas mais duras, fora de campo, com a seleção, seu primeiro trabalho, foi carimbado como alguém que não servia. Também foi influenciado nestas posturas. Hoje sinto saudades dele na Seleção. Fez um bom trabalho, melhor do que esta turma que veio depois. Está mais maduro e tem tudo para comandar o Colorado em um bom Campeonato Brasileiro.

O Internacional está bem vivo.


Derrota do Galo foi na hora certa
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Téo José

Hoje, no Morumbi, São Paulo e Atlético-MG se enfrentam novamente. Um jogo bem diferente daquele último com a vitória do São Paulo e, consequentemente, sua vaga nas oitavas da Libertadores. O Atlético já estava classificado e com a melhor campanha. Poderia eliminar um adversário forte, mas quem precisava mesmo do resultado era a equipe paulista.

Vejo que esta derrota pode ter tido um fator positivo para o Galo. Mexeu com o grupo e Cuca sabe, muito bem, trabalhar situações como esta. Tenho certeza que está explorando ao máximo e muita gente tirou do time o favoritismo que era dado no confronto.

Por isso estou esperando um time bem mais mordedor e assim poderemos ter um jogo de nível técnico melhor do que o passado. Quando apenas três bolas foram no alvo. Ou seja, no gol. E as três do tricolor.

Gosto do Atlético. Como todo time do Cuca, quer jogar futebol. Sem este papo de só brucutus marcando. Sempre tem laterais que apoiam e volantes que marcam e saem pro jogo.

É hoje um dos melhores treinadores da América do Sul. Também gosto do Ney Franco. Ele ainda vai crescer muito e o tempo para trabalhar é fundamental para os frutos.

Estou esperando um grande jogo. Pelo que mostrou até agora, pela situação criada para o confronto e, claro, como palpite dou o favoritismo ao Atlético neste caminho para as quartas.


Philippe Coutinho merece Seleção
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Téo José

Philippe Coutinho, o ex-Vasco que foi para Europa em 2010, já está merecendo uma chance na Seleção brasileira. Hoje ele atua no Liverpool e vai mostrando o mesmo talento de quando explodiu no time carioca – ainda bastante jovem [chegou até as seleções de base]. O Pequeno Príncipe foi vendido para Inter de Milão, viveu fase de altos e baixos – mais para segunda. Atuou também no Espanyol e foi emprestado.

No começo deste ano, em janeiro, foi contratado pelo Liverpool por 37 milhões de reais. Recebeu a camisa 10 que era de Joe Cole. E em março, mostrando adaptação muito boa ao campeonato inglês, foi o destaque do time. Ontem, mais uma vez, foi decisivo na goleada de 6 X 0 em cima do Newcastle.

Philippe amadureceu, dentro e fora do campo. Até casou com uma antiga namorada. Hoje joga com mais alegria e encontrou o equilíbrio. Poderia muito ajudar a nossa Seleção que ainda não convenceu. Como nunca foi convocado por Felipão, é carta fora do baralho para a Copa das Confederações. Uma pena, porque seria um bom teste para este talento de apenas 20 anos de idade.


Agora quem dá bola é a Alemanha
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Téo José

Não é de hoje que Bayern de Munique e Borussia Dortmund vêm jogando um futebol de encher os olhos. Times que apostaram na formação de jogadores e fazem as chamadas contratações pontuais. Uma expressão da moda, mas que por lá não fica só na boca. As duas equipes, que saíram com boa vantagem nos jogos de ida das semifinais da Liga dos Campeões, são a base da seleção. Por isso mesmo coloco a Alemanha neste momento como a grande favorita para Copa do Mundo. O trabalho de renovação, que começou em 2006, já mostrou um bom resultado em 2010, está pronto para alcançar o seu objetivo maior.

O bacana de ver estes times jogarem [e a própria seleção] é o estilo de jogo. Todo mundo marca forte. Não tem este papo de que atacante não participa sem a bola. Tanto que o vice artilheiro da competição, Lewandowski do Borussia, era até os jogos desta semana o jogador que mais faltas fazia. Mostra bem que não fica apenas cercando.

Além disto, são equipes que sempre querem o gol. Em todas as partidas o Bayern, principalmente, não tira o pé. Marca o campo todo e com a bola parte pra cima com velocidade. Os jogadores também gostam de driblar de encarar o adversário. Algo tão raro nos jogos que vejo por aqui. Cada vez mais.

A Alemanha está mostrando um futebol eficiente e bonito. O papo de jogo fechado, saindo na boa, já era. O Bayern marcou 34 gols nos últimos sete jogos, vinte nos últimos quatro. São números que não me deixam mentir. Volante nestes dois times sabem, sobretudo, sair jogando. Não tem mais brucutu. Que por aqui é uma praga cada vez mais presente.

Vocês viram que só falei um nome de jogador. Porque hoje o mais bacana no que estamos observando são esquemas de jogo, modernos e com a beleza de um bom trabalho de marcação e principalmente com a bola nos pés. É muito bom ver equipes assim. Que deixam os jogos com cara de espetáculo.

Vida longa para Alemanha, que lembra um futebol bonito que já foi praticado por estes lados.