Blog do Téo José

Arquivo : fevereiro 2014

Red Bull em apuros
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Téo José

Sabemos quem nem sempre os testes da pré-temporada são um espelho do ano na Fórmula 1. Além da durabilidade do equipamento, das marcas no cronômetro, precisamos analisar as declarações pós trabalho. Principalmente, pescar nas entrelinhas

A parte técnica da Red Bull se dividiu durantes os quatro dias de trabalho entre pista, sede da equipe e QG da Renault. Não estava programado. O motor apresentou muitos problemas de durabilidade e em nenhum momento mostrou as melhores curvas de potência.

A preocupação é geral tanto em baixa, como alta e principalmente confiabilidade. O carro, na parte mecânica e aerodinâmica, não pode ser muito exigido. Mas já se comenta que o projeto também precisa ser modificado.

Nos testes do Bahrein, que acontecerão entre os dias 19 a 22, muita coisa já vai ser nova. Só não se sabe se vai ter tempo de fazer o necessário. A direção esportiva da montadora já avisou que descobriu os atalhos. Será?

Motor e pneu – O motor Mercedes se mostrou mais completo, um passo à frente do Ferrari. A Mercedes está muito contente e tranquila. Acredito que não esperavam começar com esta vantagem e com tanta confiabilidade. Concordo com os que estão dizendo que neste começo de temporada, pelo menos nas quatro primeiras provas, será uma disputa de motor.

A volta do turbo, a velocidade menor e o consumo de gasolina limitado são fatores que, claro, mudam tudo.

Sobre pneus, não vi reclamações. Tá certo que este não era o foco principal. Mas se não falaram muito, este fator no começo da temporada vai ter um peso menor do que foi em 2013. Depois, com os carros mais desenvolvidos, poderemos ver o panorama diferente.

Ainda é bem cedo para falar algo, mas se fosse para fazer uma análise mais ampla, apesar de que isto no momento é perigoso, aponto Mercedes e McLaren na frente. Red Bull em apuros. A possibilidade de mudança de forças é bem grande em 2014.


Uma pergunta sobre policia
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Téo José

Gostaria de saber porque a atitude da policia no futebol é diferente do dia a dia. Nas ruas de nossa cidade o desacato a um policial é no mínimo uma ida imediata a delegacia. Nos estádios, CTs, clubes os torcedores aprontam pra caramba e para serem presos tem de ser algo bem mais grave e nas brigas, pegam uma meia dúzia para darem satisfação e só.

No sábado no CT Dr. Joaquim Grava gente depredou o patrimônio do clube, saqueou, ameaçou agredir, agrediu e a policia presente não levou ninguém preso.

Porque dois pesos e duas medidas? Tá certo que no futebol precisamos de muito mais organização, educação e respeito, mas é necessário segurança e punição também.


Motores Mercedes e Ferrari começam na frente
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Téo José

A Mercedes e Ferrari dominaram os primeiros testes com os novos carros da Fórmula 1. O Renault, da campeã Red Bull, por enquanto, um fiasco. Cheio de problemas. Não deu nem para analisar as curvas de potência. Antes de se pensar em performance é preciso buscar a confiabilidade, que sobrou principalmente na marca alemã.

Felipe Massa, com sua Williams, fechou o último dia na frente utilizando pneus duros e novos. Colocou mais de um segundo em Fernando Alonso – com médios usados. Um bom resultado. Não se deve olhar somente tempos agora, são testes. Como bem disse o piloto e a escuderia, o importante foi a confiabilidade do motor.

Não dá para dizer que o carro da Williams nasceu muito bem, disto só teremos uma ideia melhor nos novos testes do Bahrein a partir do dia 19 de fevereiro. Se deve ter, sim, um otimismo moderado. O importante foi saber que o motor Mercedes começa na frente e não mostrou fragilidade mecânica.

Gostei da postura ‘pé no chão’ do Felipe e da Williams. Observe mais abaixo que a melhor marca foi feita com pneus médios novos e no mesmo dia, Felipe estava com duro usado. Não deixa de ser um ponto para ser analisado, mesmo, repito, sabendo que são testes iniciais.

A Renault saiu bastante preocupada, mas mantem o otimismo. Garante que detectou as falhas e que estas serão corrigidas nestas próximas três semanas. Tenho duvidas. Um trabalho, quando começa assim, com problemas a cada saída de box, atrasa tudo. Não dá para iniciar o desenvolvimento e coloca pressão nos engenheiros e desconfiança nas equipes.

Entre as favoritas, Mercedes e McLaren ficam um pouquinho na frente. Mas a Ferrari sabe onde precisa melhorar. Não dá para dizer muita coisa, as temperaturas também estavam mais amenas. Até agora o motor foi o foco, aerodinâmica e pneus ficaram em segundo plano.

No Bahrein, sim, teremos uma ideia melhor. A impressão que ficou foi de mudança de forças para 2014. Espero que não tenhamos alguém muito na frente. A Fórmula 1 precisa mais é de equilíbrio.

Veja os números fornecidos pela Pirelli e tire suas conclusões:

– Um total de 22 pilotos participaram dos testes de Jerez, completando 1.470 voltas e 6.509 quilômetros;

– O teste em Jerez no ano passado acumulou 3.531 voltas e 15.634 km;

– O piloto da McLaren, Kevin Magnussen, estabeleceu o melhor tempo do teste de Jerez, com 1m23s276 na quinta-feira. A título de comparação, o tempo mais rápido no teste de Jerez no ano passado foi 1m17s879, cravado por Felipe Massa em uma Ferrari;

– O maior número de voltas totais concluídos no teste de Jerez deste ano foi de Nico Rosberg, que acumulou 188 voltas com a Mercedes;

Os números do teste:

– Número total de jogos de pneus levados a Jerez: 250, que equivale a 1.000 pneus, dos quais;

– Supermacio: 2 conjuntos;

– Macios: 9 conjuntos;

– Médios: 52 conjuntos;

– Duros: 52 conjuntos;

– ‘Inverno’: 69 jogos;

– Intermediários: 36 conjuntos;

– De chuva: 30 conjuntos;

A quantidade total de conjuntos utilizados: 99

– Supermacio: 1 jogo;

– Macios: 2 conjuntos;

– Médios: 23 conjuntos;

– Duros: 11 conjuntos;

– ‘Inverno’: 32 jogos;

– Intermediários: 20 jogos;

– De chuva: 10 jogos;

Maior total de voltas consecutivas:

– 10 com composto supermacio

– 9 com composto macio

– 17 com o composto médio

– 24 com o composto duro

– 23 com o composto ‘inverno’

– 26 com o composto intermediário

– 13 voltas com o composto de chuva

– Maior / menor temperatura ambiente durante quatro dias: 17°C / 5°C

– Maior / menor temperatura da pista durante os quatro dias: 23°C / 6°C

Tempos do teste:

Dia 1

1. Kimi Raikkonen (Ferrari), 1min27s104, com composto ‘inverno’, novo
2. Lewis Hamilton (Mercedes), 1min27s820, composto ‘inverno’, usado
3. Valtteri Bottas (Williams), 1min30s082, ‘inverno’, usado

Dia 2

1. Jenson Button (McLaren ), 1min24s165, médio, novo
2. Kimi Raikkonen (Ferrari), 1min24s812, médio, usado
3. Valtteri Bottas (Williams), 1min25s344, ‘inverno’, novo

Dia 3

1. Kevin Magnussen (McLaren), 1min23s276, médio, novo
2. Felipe Massa (Williams), 1min23s700, duro, usado
3. Lewis Hamilton (Mercedes), 1min23s952, médio, novo

Dia 4

1. Felipe Massa (Williams), 1min28s229, duro, novo
2. Fernando Alonso (Ferrari), 1min29s 145s ) , médio, usado
3. Daniel Juncadella (Force India), 1min29s457, macio, novo