Tony Kanaan, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, voltou a crescer dentro da Fórmula Indy. Ganhar esta prova sempre foi sinônimo de popularidade prestigio. A imagem do brasileiro já era muito popular, ele sempre está na ponta nas enquetes sobre este quesito. Com o triunfo na prova mais importante e histórica só teve mais bônus.

Tony é um dos veteranos da Indy, conhecido também por ser bom acertador e ter ótimo convívio com as equipes, principalmente engenheiros. Hoje isto está cada vez mais raro na Indy e mesmo no automobilismo mundial. Por tudo isto seu nome está forte em vários times nos Estados Unidos. A KV, sua atual escuderia, não progride, fica sempre no quase, além do mais ele precisa levar dinheiro.

Tony se mantém reservado, mas tem conversado bastante com Chip Ganassi. Hoje ele tem três pilotos na categoria, dentro da equipe, vamos chamar de principal, Dario Franchitti e Scott Dixon e em uma segunda, mas com a mesma estrutura Charlie Kimball. Nos EUA fala-se em mais um carro para 2014 e nele poderia estar Tony. No que realmente acredito.

Por outro lado, nesta semana comentou-se que Kanaan poderia ser uma opção para Andretti, a sua antiga equipe. Vejo chances menores, só se não tiver outras opções a saída de lá não foi das mais amistosas. Aliás, antes de assinar na Andretti Tony tinha contrato prontinho para fechar com a Ganassi. Optou pela primeira. O namoro é antigo.

Na Fórmula 1 pilotos das equipes de ponta, tem contratos bem amarradinhos, onde se diz o que pode ou não fazer, até mesmo fora dos eventos da categoria. Na Fórmula Indy, no passado também foi assim. Agora a coisa está mais relaxada. Em algumas situações até participar de provas, mesmo sem motor nos equipamentos, como bicicross é ou era proibido.

Para muitos um exagero. Analisando o que aconteceu com Robert Kubica no Rally e neste final de semana com Helio Castroneves na Stock em Ribeirão Preto. Vemos que a visão antiga, não é tão exagerada assim. Na Indy sempre existiu mais liberdade. Só que analisando um piloto líder da temporada, faltando cinco corridas para o final, andar em uma competição de carro paralela, é um risco desnecessário. Mesmo em se tratando de sua cidade natal e envolvimento do patrocinador que também é parceiro da equipe. Helio levou três pontos nas canelas, não é problema para o restante da temporada, mas a batida poderia ter consequências mais graves.

Em uma disputa tão equilibrada e buscando um titulo inédito, não é hora de correr riscos, é sim o momento de se concentrar ainda mais no objetivo principal e somente nisto. Ele tem uma oportunidade enorme de vencer o que procurou o tempo todo na categoria. O momento é de jogar tudo e algo mais em busca só disto.

Muitos podem achar exagero projetar Interlagos depois das obras previstas como novo. Eu penso em novo e pior. Os boxes na reta de acesso a curva do Lago, que chamamos de oposta, serão melhores e mais confortáveis, isto não tenho dúvida. A estrutura de paddock também, será como as mais modernas da Fórmula 1. As obras estão estimadas em 150 milhões de reais e dentro do que se fala, devem começar neste ano. A licitação, atrasada, ainda pode acontecer neste mês.

Além destas obras de novos boxes e um prédio para atender as equipes com seus escritórios e novo asfalto. Claro que teremos modificação na bela curva do Lago, já que por ali será a saída de box. Ou seja, perderemos um dos melhores pontos de ultrapassagem e emoção da pista. Além do mais a estrutura dos boxes atuais será mantida. Fala-se que por ali vão ficar as outras categorias. Os novos, vão ser apenas para Fórmula 1, o que acho um absurdo.

O publico que tem arquibancada fixas na atual reta dos boxes, não terá neste local o melhor ponto de visão, já que vai perder a movimentação de boxe. As cabines de rádio e TV na época do GP também ficarão ali, muito estranho, geralmente ficam em cima ou em frente a área de box. Além de ter o visual das equipes, é melhor para circular pelo autódromo. Outra pergunta que faço é sobre a área VIP. Será que vai ficar onde está e longe dos boxes?

Sei que precisamos de novos boxes em Interlagos, na visão da Fórmula 1. Só que o projeto atual, vai deixar o autódromo remendado e muita coisa que foi feita no passado, não vai servirá para quase nada, ou perderá bastante o sentido. Obras deste porte teriam de passar por uma consulta mais abrangente e não apenas seguir determinações da FIA, que por consequência faz o que as pessoas que mandam na Fórmula 1 mandam. O novo Interlagos, colocando na balança, vai ser mais prático, elegante na área de boxes, mas pior.

A vaga de Mark Webber, na Red Bull, é uma das mais desejadas dos últimos tempos. O melhor carro atual – e dos anos anteriores – fica livre com a saída já anunciada do australiano no fim do ano. Até ontem, botava fé em um piloto mais jovem, como Daniel Ricciardo. Mas com as informações de dividas da Lotus de cerca de 120 milhões de euros, vejo que Kimi Räikkönen ganhar força.

Não sei se o piloto vai ficar em um lugar que evoluiu bastante, mas a qualquer momento pode dar uma parada – inclusive no desenvolvimento do equipamento. A Red Bull vive uma realidade contrária.

Hoje o que me chamou atenção foi a declaração do Sebastina Vettel, sobre ter Kimi ou Alonso como companheiro: “eu preferiria Kimi, nada contra Alonso. O respeito bastante como piloto, mas respeito o Kimi dentro e fora das pistas porque sempre foi muito honesto comigo“.

Foi dado um recado claro. Kimi é um cara bacana. Alonso… só dentro da pista. Fora não parece ser uma boa pessoa. Pelo menos foi isto que entendi destas poucas palavras do alemão.

Hélio Castroneves deu mole no GP de Mid-Ohio da Fórmula Indy. Largou apenas na décima quinta colocação, com Scott Dixon, seu maior adversário na luta pelo titulo saindo em segundo. Mas teve sorte de campeão e garra dos vencedores para completar em sexto, com Dixon chegando em sétimo. A vitória, a primeira na carreira foi do norte-americano Chralie Kimball. Tony Kanaan abandonou.

Helio não teve um bom fim de semana, em nenhum momento o carro foi competitivo e a sexta colocação foi obtida mais na garra e tática da equipe. No fim segurou como pode o adversário da Chip Ganassi. Ainda é líder e aumentou a diferença para Scott, mas em uma disputa com carros tão parecidos, não se pode dar mole largando em décimo quinto.

Tem de se pensar que a dose de sorte já está terminando. Ele e a Penkse precisam jogar tudo em detalhes para se obter o titulo. A diferença agora está em 31 pontos, é interessante, mas ainda faltam cinco provas. Três de rua, uma em misto permanente e outra em oval. 265 estão em jogo. Não se pode dar o mole, deste fim de semana em Mid-Ohio.

Importante é manter a ponta, porque a pressão sempre vai estar do outro lado, mas é preciso também fazer o dever de cada, cada vez mais focado. Equipamentos, pelo que vimos nas últimas corridas parece que temos de volta um grande equilíbrio. Chassis são iguais e motor Chevrolet (Helio) e Honda (Dixon) agora estão no mesmo nível.

Luca de Montezemolo mais uma vez cobrou mudanças de seus pilotos na Ferrari. Agora em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, comentou sobre Alonso e Massa.

Na verdade repetiu o que tinha dito dias atrás sobre o espanhol, que algumas coisas têm de ficar internamente e que ele precisa pensar mais na equipe, quando faz as cobranças publica. Para o chefão da marca italiana Felipe é uma ótima pessoa, mas precisa render mais, buscar pontos.

Está correto nas duas analises. Este pequeno desabafo mostra claramente que um começo de uma crise está rolando por lá. Por isso mesmo ele tomou frente da situação. Não sei se o carro vai ter o desenvolvimento para conseguir andar na frente da Red Bull. Tenho muitas duvidas e a vantagem do Vettel na liderança só está aumentando. Hoje Alonso, pelo que vem mostrando na pista, é quase uma zebra. Historicamente é difícil virar o jogo quando setembro chega.

Montezemolo sabe disso, só não quer ver sua equipe entrar em uma guerra de palavras e com certeza já está com o olho em 2014. Continuo com o meu pensamento de que Alonso, com contrato fica, mas já não tenho a mesma segurança e Massa se não sair no ano que vem, vai embora em 2015. Vai depender apenas das possibilidades e do amadurecimento de Jules Bianchi. A mala já está no corredor.

Ontem, aqui na Fonte Nova, o Bahia venceu e convenceu. Acordou na vice liderança do brasileiro. Merece. Time que sabe marcar e ataca com posse de bola e não apenas com um ou dois jogadores. Quando menos se espera, chega um bloco. Trabalho do competente e trabalhador Cristóvão Borges.

Quanta diferença daquela equipe do Joel Santana e se trata do mesmo grupo. Foi uma vitória incontestável, mesmo com o segundo gol bastante polêmico. Destaques para o Marquinhos Gabriel [que fez o terceiro gol em dois jogos], Fernandão [isto mesmo, aquele do Palmeiras] e Titi.

O responsável mesmo está no banco. É o treinador.

Já o Flamengo tem o pior elenco dos últimos anos, os contratados no interior paulista não corresponderam: Paulinho, Diego Silva e Bruninho. A garotada da base anda se queimando, um monte já voltou para as categoria de baixo e ontem vi dois goleiros no banco e Rafinha ser cortado. Algo que dormi sem entender. Sei bem que com esta bola merece estar no bocão do rebaixamento.

Mano Menezes faz um melhor trabalho do que Dorival Junior e Jorginho, mas com este grupo de jogadores não sei o que poderá realizar. Ele não é mágico. Léo Moura parece ter desaprendido; Carlos Eduardo, uma sombra; João Paulo não consegue mostrar uma jogada e a zaga às vezes dá impressão que está jogando junta pela primeira vez.

A coisa está feia e o torcedor precisa se preparar, porque agora não é hora do show dos poderosos. Na boa, hoje não vejo nenhum jogador poderoso neste elenco.

O Bahia venceu porque foi melhor. Com todos os méritos. O Flamengo foi dominado e não consegue ter reação.

Outro lado. Como é bom fazer jogo em estádio moderno. Cabine decente e tudo funcionando. Inclusive com melhores informações do que na Copa da Confederações, que continue assim.