Hélio, na hora certa
Téo José
Hélio Castroneves iniciou esta temporada sabendo que precisaria conversar, nesse segundo semestre, para permanecer mais um ano na equipe Penske. Seu contrato termina no fim de dezembro. Neste momento, ele é o líder do campeonato.
Teve um bom final de semana na rodada dupla de Toronto. Foi sexto no sábado e, segundo, ontem. Agora tem 29 pontos de vantagem para Scott Dixon que venceu as duas corridas. O neozelandês ganhou as três últimas e, por isso, deu um salto na classificação.
Aliás, são as três vitórias da Chip Ganassi neste ano. Agora faltam seis corridas. A próxima, dia 4, em Mid-Ohio, circuito misto.
Como as negociações para renovação começam agora e devem se estender até setembro, a posição do brasileiro é muito boa para continuar sendo o piloto com mais tempo de Penske na história desta tradicional equipe.
Hoje olhando a situação da Indy, digo que no máximo tem três equipes onde você corre sem ter a necessidade de levar combustível financeiro. E a Penske é uma delas.
Hélio busca seu primeiro titulo na categoria e tem feito uma temporada regular. Venceu apenas uma prova, no Texas. Em 13 corridas apenas três pilotos ganharam mais do que uma: Ryan Hunter-Reay [2], James Hinchcliffe [3] e Dixon [3].
Castroneves precisa continuar com a mesma regularidade, mas precisa ganhar mais uma – ou duas. sem vitórias, e com a atual fase da Ganassi, corre sérios riscos.
Além do mais, seu companheiro Will Power tem sido muito inconstante. Por um lado é bom, fica distante desta briga. Mas, por outro, ajuda menos não se posicionando na frente de Scott e Hunter-Reay — os principais adversários do brasileiro.
Hélio, hoje, não só pela liderança atual, mas pela fase tranquila, sabendo o que tem de fazer e pelo time que corre, é sim o favoriato ao titulo.