O Fluminense se acertou com o Consórcio Maracanã S.A, formado pelas empresas Odebrecht, IMX e a AEG. Agora deve ser anunciado até segunda-feira, acordo com o Flamengo. Não sabemos ainda como está sendo finalizada a negociação com o Fla, para o uso do estádio. No caso do Fluminense já está tudo divulgado. O Clube vai ficar com 43 mil lugares no estádio em seus jogos, os locais mais baratos e piores, atrás dos gols. O filé fica para o Consorcio, que pretende negociar suas entradas com preços de R$ 100 a R$ 220, com meia-entrada.

Os sócios torcedores do Flu que quiseram assistir o jogo nas laterais do campo comprarão os ingressos pelo Consórcio, apenas com a vantagem da aquisição antecipada. Descontos só nos bilhetes destinados ao torcedor do Flu. O clube terá também espaço para uma loja no estádio.  O acerto é por 35 anos. A receita dos bares e no futuro centros comerciais, restaurantes e museus vai ficar toda para a empresa. O Flu tem participação na venda de ingressos.

A despesa do Fluminense será de impostos e a cota da federação carioca de 10%. O Consórcio ficará com todos os gastos do local. Tem uma cota menor de ingressos, 35 mil, em melhores locais, além de bares, estacionamento e camarotes.

Sou a favor das novas arenas, acho que o torcedor, mesmo pagando mais caro vai ter mais conforto e respeito. Sempre sou a favor do futebol espetáculo. Quando o brasileiro vai ver um jogo na Itália, Espanha ou Inglaterra, mesmo partidas da NBA nos EUA, volta falando maravilhas, é isto que pode ser implementado aqui. O esporte não apenas com uma disputa e sim um programa, um espetáculo.

Não sou a favor de um acordo como este, onde o consórcio vai ficar com a maior parte da arrecadação. Calcula-se que no final o Flu ganhe entre 35% e 40%, e a outra parte 60% ou 65%. Cada um tem o seu papel, mas quem vai levar torcida ao campo vai ser o time e seus jogadores. Estádio vazio não leva ninguém. Por isso no mínimo deveria ser algo de 50%.

Agora já foi, o assunto foi negociado e a diretoria do Flu achou por bem fechar assim. Que não reclame nos próximos 35 anos.