A responsabilidade do Hélio e a prioridade do Tony
Téo José
Hélio Castroneves entra na pista, neste domingo, tentando sua quarta vitória nas 500 Milhas de Indianapolis. Foi depois da primeira conquista, em 2001, que ele viu sua vida mudar completamente nos EUA. Principalmente na equipe Penske. Não é da boca para fora, mas um triunfo nesta prova pode significar bem mais do que a conquista do campeonato. A carreira ganha outro patamar, tanto na parte esportiva como financeira e, principalmente, dá um salto de popularidade monstruoso.
É um evento único e algo que só sentimos quando pisamos naquele templo do automobilismo. Helio, se vencer mais uma vez, se iguala aos recordistas Al Unser, A. J. Foyt e Rick Mears. Com três vitórias na prova, ele está ao lado do Dario Franchitti. Hélio tem a responsabilidade de liderar a Penske nesta prova. Will Power, nunca venceu e só tem um triunfo em oval e A.J. Allmendinger vai competir pela primeira vez no mítico circuito oval.
Helio esteve sempre rápido nos treinos livres. Resolveu mexer no acerto para classificação e conseguiu apenas a oitava posição no grid. O que não significa nada em Indianápolis. O que vale é um bom carro na prova. Com pista livre, tráfego e boas paradas de box.
Tony Kanaan busca sua primeira vitória na prova. Sempre passa perto. Ele é muito competitivo na pista. No começo do ano em St. Petersburg, na Flórida, me dizia de sua preparação especial e da equipe para esta corrida. Vejo as 500 Milhas como prioridade para o brasileiro. Não conseguiu ainda o melhor acerto com pista livre, vai ter um tempinho na sexta para encontrá-lo. Tony está largando em 12º.
A Bia Figueiredo vai sair em 29º lugar. A pole é do Ed Carpenter, uma zebra. Pelo que vimos nos treinos esta é a prova mais imprevisível dos últimos tempos. Está tudo aberto.