Blog do Téo José

Arquivo : abril 2013

Agora o duelo está aberto na Red Bull
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Téo José

Nos últimos dias, a polêmica da ordem de equipe não obedecida na Red Bull foi o destaque da F1. Sebastian Vettel chegou na China surpreendendo e atirando em cima de seu companheiro Mark Webber – o prejudicado na Malásia. Como eu disse, logo depois da etapa, estou adorando ver este clima carregado por causa destas ordens de equipes idiotas e quando os dois pilotos ainda têm chances matemáticas de buscar o titulo.

Como o fato aconteceu neste ano, indica que já tinha rolado acordo antes. Até mesmo na Red Bull, que era a mais correta e que dava mais liberdade. Na Ferrari, que utiliza a interferência do box na pista a torto e a direito, todo mundo acha normal este tipo de ação. Eu repito que a normalidade é se um dos dois pilotos não tem mais chances do objetivo final.

Voltando ao caso Red Bull. O clima nunca foi bom entre os dois pilotos e agora azedou de vez. Webber sabe que não ficará no time no ano que vem. Teve o compromisso renovado por não ter ninguém melhor para ser o segundo. Agora, o português Antônio Felix da Costa, de 19 anos, com passagem pela F-Renault 3.5, aparece como aposta para ser um novo Vettel.

A equipe deve sim apostar em alguém jovem e barato. Nesta situação, o australiano não vai ser mais o cordeirinho e não sei se acatará ordens dos boxes. Vettel já vimos do que é capaz. Todo grande campeão não é 100% bonzinho. Isto é histórico. Mesmo na Fórmula Indy. O único que coloco como exceção é o Alessandro Zanardi. O pequeno alemão não foge à regra e vai ser ainda mais espaçoso e folgado dentro da equipe.

Vejo, agora, um duelo aberto na Red Bull. Com ou sem ordem de equipe.

Massa, o mais rápido

Felipe Massa terminou o dia de treinos livres na China como o mais rápido. Indica que está realmente com a confiança lá em cima e tem um carro competitivo. A Ferrari me parece ter uma boa evolução e, entre as três primeiras corridas deste ano, esta é a que tem mais chances de vencer. Vamos ver na classificação.

A cobertura completa do GP da China está no www.amigosdavelocidade.com.br


Muito blá, blá, blá no Vasco
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Téo José

Os jogadores contratados para esta temporada no Vasco estão comemorando. Pela primeira vez receberam salários. Nesta semana foram pagos os compromissos de janeiro. Agora faltam fevereiro e março. Não existe nenhuma data prevista para quitação do direito de atletas e dos funcionários, que continuam trabalhando. Situação pior vivem Carlos Alberto e Wendel, que não recebem direitos de imagem há oito meses. Sim, você não leu errado: 8 meses.

Dinheiro não tem em São Januário, mas promessa bastante. Sempre falam um nome de uma empresa para dizer que logo terão patrocínio. Isto vem desde o ano passado. A situação é tão complicada que já tivemos, neste ano, farmácia suspendendo entrega de medicamentos, ataduras, esparadrapo, etc. O mesmo caso da falta de água.

Agora falam na venda do Dedé como solução. Só que o passe dele também é fatiado em três partes e para o time vai ficar cerca de 45%, o que não deve chegar a dez milhões de reais. Dinheiro vai voar rapidinho quando cair na conta.

Com todos estes problemas, o presidente Roberto Dinamite é atacado de todos os lados por uma administração pra lá de complicada. As categorias de base têm poucos recursos e reclamações de falta do mínimo para garotada são constantes.

São Januário tem vários setores deteriorando – como a parte da piscina. Sem falar no time de futebol, que está bem longe do que imagina o torcedor de um dos maiores e mais tradicionais clubes da América do Sul.

Com este panorama é difícil até mesmo conseguir reforços. Não só porque o caixa está vazio, mas principalmente pela falta de pagamento de compromissos com quem está lá.

Na verdade quem tá dentro quer é sair. O próprio técnico Paulo Autuori, que foi por um salário mais baixo e pelo desejo pessoal de treinar o Vasco, anda sem paciência com esta situação.

Na boa, o Vasco precisava [precisa] de gente mais competente e realmente com um plano de trabalho. Hoje o que se vê e se escuta é muito blá, blá, blá.


O Flamengo, dentro e fora de campo
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Téo José

O Flamengo iniciou uma nova fase neste ano com a saída da presidente Patricia Amorim que teve, como tantos outros, uma administração desastrosa. Entrou Eduardo Bandeira de Mello. O empresário bem sucedido trouxe com ele um grupo no mesmo perfil e a promessa de sanear e profissionalizar o clube.

Muitas atitudes foram tomadas para corte dos custos. Fim de programa em esportes olímpicos, demissão de treinador, dispensa de jogadores, enxugamento da folha de funcionários. Agora o objetivo é se acertar com o governo federal em relação aos impostos.

O Ninho do Urubu, o centro de treinamentos precário, foi hipotecado para acerto de cerca de 80 milhões de reais em dívidas tributárias. Com isto o Flamengo espera conseguir as certidões necessárias para buscar parceiras com empresas estatais.

Pelo que estamos vendo, de longe, mesmo com alguns deslizes e chiadeira da oposição, o caminho de saneamento me parece bom e o melhor das últimas administrações.

Dentro de campo é que o bicho está pegando. Com a saída de Dorival Junior, a versão oficial de alto salário, veio Jorginho, nem tão barato assim [fala-se que está na casa dos 350 mil reais].

Jorginho é um treinador ainda tentando mostrar serviço. Passou pelo América-RJ e ficou mais conhecido com a polêmica de tirar o diabinho como mascote. Foi para seleção com Dunga e deu no que deu. No fundo acho até que o treinador teria mais sucesso sem o auxiliar.

No Goiás participou da campanha do rebaixamento para série B. Chegou ao Figueirense, com um time já montado, pelo Marcio Goiano e foi sexto no brasileiro, este seu melhor resultado até agora. No Japão esteve nos últimos dois anos e diria que foi razoável. O currículo, mesmo sendo jovem, não é indicação que o torcedor pode ficar otimista.

No Carioca, o Flamengo fez uma ótima Taça Guanabara. Não foi campeão, mas teve a melhor campanha e mostrou gente nova como Rafinha e Rodolfo. No comando ainda estava Dorival, que também cometia muitos erros, como mudar sempre a escalação e depois apostar nos mais veteranos.

Com Jorginho, não sabemos mais o que pretende. Em menos de dez jogos já utilizou vários esquemas e apostou em quase todo elenco. Parece que quer a juventude. Ou melhor, esta deve ser sua única opção. As grandes contratações agora dependem de um teto salarial, entre 250 e 300 mil reais. No passado era grana para craques consagrados, hoje não.

A situação do clube de maior torcida no Brasil ainda é muito complicada, por isso a diretoria pensa em um prazo de dois anos para colocar o Mengão nos trilhos. A torcida não tem esta paciência. Já está sendo zoada e vem cobrando resultados. Por um lado, podemos entender porque o Flamengo tem time melhor do que Volta Redonda, Nova Iguaçu, Resende – times que hoje ainda lutam pelas semifinais da Taça Rio.

Nem sempre um empresário de sucesso, em outras atividades, dá certo no futebol. O Palmeiras sabe bem disto com Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos piores comandantes de todos os tempos. Claro que o mais importante são as finanças, mas é preciso acompanhar e cobrar de perto o que está sendo feito no futebol.

Cito um exemplo: trazer o zagueiro  Roger Carvalho, hoje na reserva do Bologna, com passagem pelo Figueirense e Guarani. Não é solução. O time é o décimo segundo colocado atual e em 22 rodadas participou de três partidas, os titulares são Cherubin (italiano) e Antonsson (sueco).

Informações nada animadoras. Na mesma posição tem o garoto Frauches, que jogou apenas uma vez neste ano, na vitória de 2×0 em cima do Quissamã, depois nem convocado foi mais. Este tipo de situação, até estranha, é que a os novos dirigentes, empresários bem sucedidos, precisam ficar em cima. O futebol é muito manhoso e complicado. Muito mais do que sólidas empresas de sucesso.


Felipe Massa começa bem, mas precisa terminar melhor
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Téo José

Depois de mais de dois anos andando por estradas e caminhos diferentes, estamos de volta ao UOL. Um parceiro antigo, local onde começamos nossos primeiros passos na internet, como site pioneiro de esporte a motor no Brasil. Volto muito feliz, motivado e cada vez mais com objetivo de opinar e ver o que vocês pensam.

Aliás, a internet por si é isto. Além deste espaço no blog, onde vamos falar de automobilismo, futebol e outros assuntos, temos também em nossa parceria com UOL o site Amigos da Velocidade. Vamos em frente e espero termos dias de muita opinião por aqui. Hoje começo com a Fórmula 1.

A F1 volta neste final de semana, dia 14, na verdade mais uma madrugada de sábado para domingo, agora o GP da China. Felipe Massa tem um começo de ano bem melhor do que nas duas ultimas temporadas. Conseguiu se classificar na frente do Fernando Alonso, terminou uma corrida em 4º e outra em 5º. Uma atrás do espanhol e na outra a frente – já que Alonso abandonou. No resumo está com 22 pontos, em quinto lugar na classificação, contra 18 do companheiro.

Depois destas linhas iniciais, digo que ainda é pouco quando se pensa no objetivo maior que é o titulo. Todo piloto, em uma Ferrari, só pode pensar em ser campeão. Como andava renegado demais dentro do time, por aqui os resultados são comemorados como vitória.

Fora o ‘oba-oba’, vejo como fator realmente positivo a volta da confiança. Felipe Massa é um piloto que voltou a pensar em melhores resultados, e a achar que pode bater Alonso. Depois de resolver parte de seus problemas, agora precisa olhar bem mais a frente e imaginar o titulo. É isto que os torcedores da Ferrari e seus dirigentes esperam. Foi para isto que o espanhol foi contratado.

Felipe sempre ficou em segundo plano e ainda está, não se enganem. Só ele pode mudar este panorama. Começou bem, mas ainda é pouco. Precisa se sustentar e começar a andar na frente. Não acredito que a situação na Ferrari mudou. Fernando Alonso ainda é o número 1 e não é tipo de gente que é cai com os primeiros golpes. Pelo contrário, ele faz disto um combustível. Dentro da pista e nos bastidores.

Ainda é muito cedo para pensar que tudo na Fórmula 1 vai ser diferente para o Felipe Massa. Como gosto de falar, melhor é esperar.


Lucas em crescimento
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Téo José

Na última terça-feira , no jogo entre PSG e Barcelona, tive o prazer de ver uma jovem revelação brasileira, que joga do meio de campo para frente, fazendo lembrar outros tantos compatriotas em tempos recentes. Lucas, o ex-São Paulo, foi um jogador diferente. E dos pés dele nasceram pelo menos umas quatro jogadas de perigo ao gol do Barcelona só no primeiro tempo. Em uma delas, ele arrancou do seu campo e foi deixando os marcadores para trás até o passe, perto da grande área espanhola.

Estava com saudades de jogadores assim. Porque, nos últimos anos, sem citar nomes, as promessas brasileiras, aquelas para decidir um jogo, fazer a diferença, só têm andado para trás.

Lucas não. Está em fase de crescimento. Não tem muita história de compromissos profissionais, eventos e tempo em demasia para patrocinadores. Está sim ganhando muito dinheiro e fazendo jus. Mas tudo dentro de um limite. Ele é jogador de futebol, o seu maior retorno tem de vir desta atividade. O reconhecimento é o que faz com a bola e o que faz pelo seu time e companheiros.

Ainda tem um caminho longo pela frente até se transformar em realidade como um dos melhores em atividade no futebol mundial. Se continuar com a mentalidade de hoje e este crescimento cristalino, vai chegar lá e será fundamental para nossa seleção – tanto na Copa das Confederações como no ano que vem.

Lucas pode ser decisivo e não apenas um atleta de muita habilidade. Lucas pode fazer a diferença. O tempo dirá.