Agora quem dá bola é a Alemanha
Téo José
Não é de hoje que Bayern de Munique e Borussia Dortmund vêm jogando um futebol de encher os olhos. Times que apostaram na formação de jogadores e fazem as chamadas contratações pontuais. Uma expressão da moda, mas que por lá não fica só na boca. As duas equipes, que saíram com boa vantagem nos jogos de ida das semifinais da Liga dos Campeões, são a base da seleção. Por isso mesmo coloco a Alemanha neste momento como a grande favorita para Copa do Mundo. O trabalho de renovação, que começou em 2006, já mostrou um bom resultado em 2010, está pronto para alcançar o seu objetivo maior.
O bacana de ver estes times jogarem [e a própria seleção] é o estilo de jogo. Todo mundo marca forte. Não tem este papo de que atacante não participa sem a bola. Tanto que o vice artilheiro da competição, Lewandowski do Borussia, era até os jogos desta semana o jogador que mais faltas fazia. Mostra bem que não fica apenas cercando.
Além disto, são equipes que sempre querem o gol. Em todas as partidas o Bayern, principalmente, não tira o pé. Marca o campo todo e com a bola parte pra cima com velocidade. Os jogadores também gostam de driblar de encarar o adversário. Algo tão raro nos jogos que vejo por aqui. Cada vez mais.
A Alemanha está mostrando um futebol eficiente e bonito. O papo de jogo fechado, saindo na boa, já era. O Bayern marcou 34 gols nos últimos sete jogos, vinte nos últimos quatro. São números que não me deixam mentir. Volante nestes dois times sabem, sobretudo, sair jogando. Não tem mais brucutu. Que por aqui é uma praga cada vez mais presente.
Vocês viram que só falei um nome de jogador. Porque hoje o mais bacana no que estamos observando são esquemas de jogo, modernos e com a beleza de um bom trabalho de marcação e principalmente com a bola nos pés. É muito bom ver equipes assim. Que deixam os jogos com cara de espetáculo.
Vida longa para Alemanha, que lembra um futebol bonito que já foi praticado por estes lados.