O futuro da F1 no Brasil
Téo José
Desde o GP do Brasil no ano passado que se fala na saída da F1 de São Paulo. A corrida está garantida em Interlagos até 2014. Antes da mudança de prefeito, existia um papo de renovação por mais oito anos e de grandes obras a serem realizadas.
O atual prefeito disse que os custos precisam ser estudados e que o contrato teria realmente de ser longo para valer a pena. Neste meio tempo, apareceu o parque Beto Carreiro World, em Santa Catarina. Depois de construir uma pista de kart, agora há interesse em eventos maiores. E a F1 passou a ser o objetivo principal.
Esta história de autódromo por lá é antiga. Aurélio Bastista Felix, já falecido, criador da Fórmula Truck, tinha até comprado terreno ao lado e mandado as máquinas para lá. Com a morte do Beto Carrero, as coisas pararam.
Bernie Ecclestone já visitou o parque. Não sei o que achou, mas claro está forçando a barra com São Paulo, ainda dizendo ser uma boa opção. Bernie sabe que a capital paulista tem mais vantagens para seu evento, só que ultimamente ele pensa mais em dinheiro.
Por isso vai deixar esta história rolar, como uma forma de pressão na prefeitura paulistana. Este joguinho dele é antigo.
Sobre fazer ou não reformas em Interlagos é uma outra coisa. O autódromo, sim, está defasado. Mas precisa saber o que realmente é necessário e quanto vai custar. Porque esta turma vem de fora, exige um monte de coisa, boa parte desnecessária, pega o dinheiro e se manda.
O evento é muito importante para cidade, mas sempre é preciso ponderação.
Pra fechar só um dado: o público do último GP do Brasil foi o pior da história em Interlagos. O evento já foi bem maior.