Equilíbrio
Téo José
O Corinthians terá de passar pelo egípcio Al Ahly nesta quarta-feira [12] e o Chelsea pelo Monterrey – na quinta. Mas já colocando a lógica em prática, imaginando que os melhores vencerão, podemos projetar, no domingo [16], o time brasileiro contra o inglês na final. E se for mesmo este confronto, vejo os dois times em condição de igualdade. Não há favoritismo.
O Chelsea de Rafa Benitez, treinador que vai para seu quinto jogo no comando, com duas vitórias, as duas últimas, dois empates e uma derrota é um time de mais marcação. Tanto que Ramires está um pouco mais recuado. Caso o nigeriano Mouses seja o titular, ele passa a ser uma peça muito importante no esquema. É um atacante que ajuda na marcação, mas parte para cima com velocidade e tem servido mais ao Torres do que definido.
Terry não joga. Aliás, tem tempo que não atua. O que não muda nada. Cahill vem fazendo a dupla de zaga com David Luiz. Hoje gosto mais dele do que do capitão machucado. É um time muito forte e quando ataca tem velocidade e precisão. Não vai partir para cima do Corinthians. Ficará com seu jogo cadenciado e até acho que vai chamar o time paulista para seu campo.
O Chelsea tem duas vantagens sobre o Corinthians: sabe muito bem o que é jogar com frio de quatro ou três graus. E, também, com neve. Além disso, não tem tanta pressão para ficar com o titulo.
Gostei da decisão do Tite de escalar Paolo Guerrero. Já jogou na Europa e é um jogador que encara qualquer situação com a mesma personalidade. O Corinthians também tem dois fatores de vantagem: a motivação e o apoio da torcida.
Não precisa falar como vai atuar. O esquema é conhecido de todos e não terá mudança. O goleiro Cássio tem de ficar muito atento, apesar de jogar mais com a bola no chão, os escanteios e faltas do Chelsea [jogo aéreo} são bem perigosos na definição e sobra.
Por tudo isto, se o confronto da final realmente for entre Corinthians e Chelsea, nâo tem favorito.