Blog do Téo José

Arquivo : julho 2012

Sexta de água na F1
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Téo José

Jenson Button fechou a sexta feira como o mais rápido nos dois primeiros treinos para o GP da Alemanha. Se não fossem as condições meteorológicas, poderíamos dizer que as mudanças na McLaren deram certo. Mas não é bem assim. Choveu na primeira sessão – quando ele fez sua a marca – e choveu muito na segunda, quando Pastor Maldonado, aproveitando um momento de menos água na pista, foi o mais rápido. Não dá para fazer nenhuma previsão. Alonso ficou lá no fundo e Schumacher rodou e só terminou na frente do Pedro De La Rosa.

A previsão indica que poderemos ter chuva amanhã também. No domingo, a possibilidade um pouco maior é de pista seca e isto vai complicar demais para pilotos e equipes, que podem entrar de cara para prova sem nenhum treino nas condições da corrida.

Fica complicado qualquer prognostico. Legal foi ver o Maldonado na frente, mesmo com as condições do dia. Querem exorcizar o piloto venezuelano pelos seus erros. Mas a Fórmula 1 precisa de gente como ele. A categoria anda muito certinha e cheia de frescura. Lewis Hamilton já viveu esta fase e da mesma forma atiraram pedras.

Vida longa para Maldonado! Principalmente porque ainda está em fase de aprendizado.

Tempos combinados da 6ª-feira na Alemanha:
1. Jenson Button – McLaren, 1:16.595
2. Lewis Hamilton – McLaren, 1:17.093
3. Fernando Alonso – Ferrari, 1:17.370
4. Michael Schumacher – Mercedes, 1:17.382
5. Sergio Perez – Sauber, 1:17.413
6. Nico Hülkenberg – Force India, 1:17.599
7. Nico Rosberg – Mercedes, 1:17.915
8. Felipe Massa – Ferrari, 1:17.995
9. Pastor Maldonado – Williams, 1:18.020
10. Romain Grosjean – Lotus, 1:18.130
11. Kamui Kobayashi – Sauber, 1:18.226
12. Sebastian Vettel – Red Bull, 1:18.339
13. Valtteri Bottas – Williams, 1:18.422
14. Daniel Ricciardo – Toro Rosso, 1:18.709
15. Kimi Räikkönen – Lotus, 1:18.831
16. Jules Bianchi – Force India, 1:18.972
17. Jean-Eric Vergne – Toro Rosso, 1:19.039
18. Vitaly Petrov – Caterham, 1:19.674
19. Heikki Kövalainen – Caterham, 1:19.963
20. Mark Webber – Red Bull, 1:20.122
21. Charles Pic – Marussia, 1:20.169
22. Timo Glock – Marussia, 1:20.539
23. Pedro de la Rosa – HRT, 1:21.138
24. Dani Clos – HRT, 1:21.740
25. Bruno Senna – Williams, 1:30.291
26. Paul di Resta – Force India, 1:30.437
27. Narain Karthikeyan – HRT, 1:32.349


Novo autódromo do Rio em campo minado
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Téo José

O local escolhido pelas autoridades do Rio de Janeiro, governo federal e Confederação Brasileira de Automobilismo para um novo (possível) autódromo no Rio fica na região de Deodoro. Este local pertence ao Exército e hoje o jornal O Globo informa que exatamente ali funcionou um campo de instrução militar, criado em 1950.

Uma das atividades era ensinar aos solados a manusear minas, granadas de mão e de bocal e dar tiros de rojão. É o mesmo terreno onde no último dia 21 de junho, um militar da escola de sargentos morreu e outros dez ficaram feridos após uma explosão em um acampamento, que ainda não foi esclarecida.

Como outras explosões já ocorreram no local, ninguém mais entra ali. Tudo está isolado. Agora, além de problemas ambientais, um processo já corre na capital carioca. A questão de segurança é grave. A mesma reportagem diz que o local também é conhecido por circulação de comboio de traficantes e existem construções irregulares nas vizinhanças, uma de antes da área se tornar um quartel militar.

Dito isto, mais uma vez tenho a convicção que o novo autódromo vai ficar só no projeto. Papel aceita tudo. O atual será destruído e o Rio não terá um novo. Para quem não leu, vale dar uma olhada nas linhas que escrevi, ontem, sobre este assunto.


A destruição do autódromo do Rio
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Téo José

Já tem tempo que digo neste nosso espaço que o Rio de Janeiro vai ficar sem autódromo. Sobre Jacarepaguá, a morte foi definida há cerca de seis anos com as obras para o Pan. Aliás, apenas para o Pan. Porque o parque aquático e velódromo não servem para Olimpíadas. Parece que só o ginásio serve.

Digo o mesmo sobre um tal projeto de um novo autódromo em Deodoro. Muita gente já falou sobre isto, mas hoje quero ir um pouco além:

Voltando no tempo, lembro que foi feito um acordo com a confederação (CBA), Prefeitura, comitê olímpico e Justiça para destruição do antigo circuito só com o novo pronto. Depois refizeram, poderiam começar a mandar tudo abaixo desde que as obras do outro começassem. Agora vão destruir, sem nem mesmo saber onde será o tal novo autódromo.

Resumo da ópera: papel aceita tudo e a Confederação de Automobilismo junto com a Federação Carioca são duas bananas. Baixam a cabeça para autoridades e acreditam em Papai Noel, Cuca, Morceganjo e por ai vai…

Bom, dito isto, quero apenas fechar este assunto. O automobilismo nacional está muito mal representado. Na direção, e isto já tem tempo, a situação às vezes é pior que no futebol. Tem dirigente quase vitalício. Entre os pilotos, a maioria não é profissional e – sim – fazem desta modalidade um hobby. E se é hobby, pra que se desgastar? Vende o carro o vai jogar golfe.

E mesmo da nossa parte da imprensa. O espaço nos grandes veículos é só para Fórmula 1 e às vezes Indy. Antes, não. Toda redação tinha uma pessoa encarregada das categorias nacionais. Hoje, também, qualquer um tem blog ou site. E se acha profissional. Muitos destes são credenciados e acham o máximo. Querem, na verdade, estar perto dos carros e dos pilotos. E só.

Nesta linha, como vamos querer respeito de alguém? Ainda mais das autoridades brasileiras que, a cada dia, nos enojam com mais escândalos. A verdade é uma só: o automobilismo brasileiro está na lama. A destruição de Jacarepaguá e o descaso com autódromo de Goiânia são apenas consequências.

O pior é que não vejo muita saída. Porque, como no futebol e todas modalidades esportivas, quem manda faz parte de uma patotinha e só vai sair se a patotinha quiser.


A seleção olímpica
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Téo José

A seleção olímpica brasileira, em busca da medalha de ouro inédita, já está em Londres. Mais uma vez vai ficar fora da vila – onde a maioria dos atletas se hospeda. O time chega pressionado em busca do primeiro titulo e pelo trabalho do Mano Menezes, que está longe de ser convincente. Pouco tempo de preparação e um número mínimo de amistosos com a base sendo testada. Além disto, tem jogadores em diferentes níveis. Parte em ritmo de campeonato brasileiro (em andamento) e outra em recesso da Europa.

O material humano é bom, mas nada para dizer que somos favoritos. É apenas um bom time com um comandante que continua falando em tempo para trabalhar – mesmo com dois anos no cargo. Na convocação, um fato me chamou atenção: a preferência por Hulk no lugar de David Luiz (dois jogadores acima da idade olímpica). Além de Hulk, Marcelo e Thiago Silva estão na Inglaterra.

Sendo um pouco mais duro, diria que David Luiz foi traído pelo treinador. Nos amistosos dos EUA ele só ficou com a delegação, mesmo machucado, por conta da certeza de que estaria na competição. Na última hora foi trocado pelo Hulk. Sua vaga na zaga foi preenchida por Juan, da Inter de Milão.

O ex-Internacional de Porto Alegre ficou uma temporada inteira na equipe B. Indo para principal duas vezes no banco e entrando em uma oportunidade (na derrota de 3 X 1 para Lazio). Não sou fã do futebol do zagueiro do Chelsea, estou apenas citando situações criadas por Mano e suas escolhas.

O treinador sabe que se não voltar com o ouro, missão bem difícil, deverá perder o cargo e tem gente dentro da CBF falando que Luiz Felipe Scolari já teve um flerte com a nova direção.

O que torço mesmo é que tudo seja diferente na Inglaterra. Que Mano encontre o caminho de um bom time e do futebol convincente, porque até agora tenho poucas esperanças para 2014. O que é mais importante.


Situação de Massa melhora
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Téo José

É nesta época do ano que as equipes da F1 exercem a prioridade de renovação, ou não, do contrato de seus pilotos. Geralmente aqueles que têm contrato terminando até o fim do ano resolvem suas vidas antes de setembro chegar.

Felipe Massa foi muito cobrado, desde o ano passado. Pelo desempenho que vinha tendo, de forma merecida, só não precisava das palavras da Ferrari na imprensa e até mesmo em seu site. Acho que estas coisas tem de ser internas.

Com melhores atuações e Fernando Alonso na luta pelo campeonato, o carro melhorou, o clima amenizou. No mercado não tem um piloto muito melhor para exercer sua função na escuderia e o espanhol tem um peso na escolha.

Ele (Alonso) gostaria de deixar como está ou, então, trazer Mark Webber. Mas o australiano já renovou com a Red Bull.

Nesta linha, Felipe está mais próximo da uma renovação. Algo que há dois meses eu não acreditava que iria acontecer. Não que eu esteja indo na onda de muitos que, agora, dizem que ele está fazendo um ótimo trabalho.

Melhorar, melhorou. Mas bem estará só quando ganhar corridas ou, pelo menos, bater seu companheiro.


Palmeiras campeão. Mas…
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Téo José

O Palmeiras conquistou de forma invicta, justa e emocionante o seu segundo título da Copa do Brasil. O time se superou em vários sentidos nesta reta final. Problemas de contusões, emergências de última hora (Barcos), suspensões, até sequestro do Valdívia e a tão falada confusão nos bastidores que tanto atrapalha o futebol.

Esta Copa do Brasil, depois de 14 anos da primeira, traz uma espécie de redenção para a torcida palmeirense que tanto sofreu na última década com times medíocres, poucas conquistas e várias decepções. O torcedor, mais do que ninguém, merece a conquista e comemorar bastante.

O título vai trazer uma paz interna importante e, a partir daí, quem sabe, o Felipão poderá se entender definitivamente com a diretoria.

O que não pode acontecer com essa Copa do Brasil é a diretoria do clube esconder os problemas debaixo do tapete. Ainda há muita coisa para fazer pelo time. A equipe carece de jogadores em algumas posições. Precisa ter um grupo mais ‘parrudo’. Principalmente pensando na Libertadores 2013.

E, acho, precisa manter Felipão como técnico. Ele já disse que pretende sair ao final do contrato. Agora é a hora para convence-lo a ficar. O que não pode acontecer é uma quebra de planejamento para 2013, com o técnico deixando o clube a dois meses do início da competição sul-americana.

Não acredito que o Palmeiras consiga algo relevante no Brasileirão 2012. Agora é mais uma briga para sair da zona do rebaixamento. Assim como o Corinthians.


Para refletir
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Téo José

Começo dizendo que acho muito bacana termos em nosso futebol jogadores como Seedorf, Forlan e, quem sabe, Riquelme e Diego. Como também gostei de ver novamente por aqui Fred, Wagner Love, Ronaldinho, Deco e tantos outros. Para o meu lado profissional, nem se fala.

Agora, o Botafogo vai ter pelo menos a curiosidade de torcedores de outras equipes – que vão conferir como anda o futebol do holandês – campeão quatro vezes da Liga dos Campeões da Europa por três clubes diferentes. Ter estes nomes por aqui é ter também um futebol recheado de atletas que são ou já foram referência.

O problema é que no momento que eles voltam ou chegam, valores jovens estão indo. Agora mesmo, o que mais se ouve são as possibilidades de saídas de Lucas e Oscar. Sei que é difícil segurar os mais jovens. Mas não vejo o mesmo esforço que tem sido feito para trazer grandes nomes com rodagem bem maior.

Não observo investimentos mais pesados nas categorias de base. Podemos contar nos dedos de uma mão os clubes que fazem isto. O próprio Corinthians, campeão da Libertadores, tem um trabalho apenas razoável. Dos 11 titulares campeões, nenhum da base.

Nesta ânsia de querer ficar bem com o torcedor, os clubes estão abrindo os cofres para estrelas e esquecendo de quem, além de futebol, um dia pode render outros frutos.

Vou deixar claro mais uma vez: não sou contra a vinda de estrelas mais rodadas. Só acho que o futuro está na base. O exemplo é o Barcelona. Uma mescla onde a balança pende mais para turma formada em casa. Abrir os cofres desta forma e fechar os olhos para o próprio quintal é muito perigoso.


Webber, Totti e Hunter-Reay
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Téo José

Um domingo de muita velocidade no Brasil e no mundo. Fórmula 1 na Inglaterra, Truck em São Paulo e Indy no Canadá. Vamos tentar dar uma geral de tudo o que aconteceu para que o Amigo da Velocidade comente em nosso espaço.

A vitória de Mark Webber na F1 mostrou, antes de qualquer outro comentário, que a Red Bull avançou alguns passos. As últimas evoluções introduzidas deram muito certo e o carro está muito competitivo e veloz.

Fernando Alonso largou da pole-position e tentou uma estratégia diferenciada quanto aos pneus. No final, a tática não deu certo e ele perdeu o primeiro lugar para Webber. Correu o risco, pagou para ver. Mas não pagou muito.

O resultado foi bom para o espanhol. Ele poderia ter perdido mais posições. A segunda colocação o mantém na liderança do Mundial. E a diferença vem caindo.

Felipe Massa, para mim, fez sua melhor corrida do ano. Foi agressivo quando precisou ser agressivo. Poupou quando precisava poupar. Poderia pensar (e pensou) no pódio. Mas a briga com a Red Bull era complicada.

São Paulo

Leandro Totti venceu bem o GP Petrobras da Fórmula Truck em São Paulo, neste domingo. Uma vitória que nasceu da chuva. Muita gente lá da frente rodou nas primeiras voltas e Totti soube aproveitar a situação e o melhor equilíbrio de seu caminhão Mercedes Benz. Ele já tem duas vitórias no ano e precisa ser observado na briga pelo título.

Nas arquibancadas de Interlagos mais um show da torcida. Mesmo com o domingo de tempo fechado e muito frio em São Paulo, milhares de pessoas compareceram para a 5ª etapa do campeonato.

Toronto

Ryan Hunter-Reay está pilotando como nunca. Venceu as últimas três corridas, de forma consecutiva, da Indy. Neste domingo soube construir uma vitória nas ruas de Toronto, mesmo se beneficiando com problemas de rivais. Nas voltas finais mostrou que merecia, e muito, ganhar no Canadá. O prêmio, além da vitória, foi a liderança do campeonato após dez provas.

Tony Kanaan segue como o destaque brasileiro. Em Toronto, ele foi quarto colocado. Mas andou lá atrás, lá na frente, atrás de novo. E se recuperou no final.


Riquelme no Fla
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Téo José

Depois de afirmar que não poderia dar mais 100% ao Boca Juniors e anunciar sua despedida do clube argentino, Riquelme começou a receber propostas de várias equipes. Principalmente do Brasil. Neste sábado, o jornal O Globo noticiou que o craque está bem perto do Flamengo.

É verdade. As duas partes já estão negociando salários. Hoje o argentino quer receber 300 mil reais por mês e assinar um compromisso de um ano. E o Flamengo está pensando seriamente em pagar.

Algumas coisas precisam ser levantadas. Se ele não se sente 100% para continuar jogando em alto nível, como poderia ganhar tudo isto no Flamengo? No Boca, parece, ganhava cerca de 200 mil.

Como o Flamengo iria bancar este salário? O clube está em dificuldades financeiras e, até por isso, ainda não mandou Joel Santana embora. Não quer bancar a multa.

Por outro lado a presidente Patrícia Amorim é candidata nas eleições municipais no Rio e, também, à reeleição Flamengo. Por isso, não vai se preocupar muito com gastos.

O jogador seria um ótimo reforço, mesmo não estando 100% como afirmou. Mas, para ganhar 500 mil por mês, não acho que valeria a pena.

E você?


Hamilton. Com chuva
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Téo José

A chuva deverá ser o destaque deste final de semana em Silverstone, na Inglaetrra, durante o Grande Prêmio da Grã-Bretanha — a nona etapa da temporada 2012 de F1. Ele já apareceu bastante nessa sexta-feira, dia 6, quando aconteceram os primeiros treinos livres na pista.

O dia de trabalho só não foi perdido porque a previsão da Meteorologia indica que a chuva continuará durante todo o fim de semana.

Lewis Hamilton foi o melhor do dia com a marca de 1min56s345. Depois apareceram Kamui Kobayashi e o heptacampeão Michael Schumacher, em 2º e 3º lugares respectivamente. Fernando Alonso ficou na décima posição, Felipe Massa foi o 15º colocado. Bruno Senna, que bateu na pista molhada, terminou em 17º

Com pista seca, a expectativa era de que a Red Bull andasse muito bem em Silverstone. Mas a chuva atrapalha os planos e o ritmo da equipe na Inglaterra. Sebastian Vettel e Mark Webber ficaram em posições intermediárias. O bicampeão ficou em 13º e o australiano andou pouco.

Uma sexta-feira de trabalho e avaliações para um final de semana com muita água, então as conclusões ficam mais difíceis. Neste sábado, com o terceiro treino livre e a classificação, as coisas devem ficar mais claras.