Em um time campeão sempre tem um jogador que é o destaque. Rapidamente pergunto aos torcedores do Corinthians: qual foi o deste ano? Complicado, né? Para mim, não teve. Os dois pontos principais foram o Tite e a torcida. Tite quase perdeu o emprego em uma curta sequência sem vitórias. Naquele momento, disse, aqui no nosso espaço, que seria uma injustiça. Porque ele era o responsável por levar a equipe a liderança. Aliás, o time ficou 27 rodadas em primeiro lugar. Não jogou o futebol dos sonhos, mas o treinador soube tirar do grupo o que poderia e armou um esquema de marcação muito forte e pouco violento. Jogou sempre na bola.

O Corinthians teve no seu meio de campo marcador, sempre com ajuda dos atacantes, o ponto forte. Isto é trabalho do técnico. Quando sentia algum tipo de pressão, a torcida aparecia para jogar o grupo pra cima – como sempre foi na história do Timão. Campeonato mais do que merecido. Mesmo com as palavras do presidente, afirmando que Tite foi muito bem, que ele o bancou em momentos difíceis, o contrato não foi renovado. Sei, também, que tem uma eleição pela frente, mas a situação só perde se acontecer uma zebra gigantesca.

No fundo penso que pela forma tranquila, simples de ser, Tite não está sendo valorizado. Se fosse outro, com mais espaço na mídia e forma mais dura de se posicionar, já estava tudo assinado.

Neste caso, se pintar algo novo para o treinador, não tenho dúvida que o maior prejuízo vai ser do Corinthians. Tite já merece todo respeito que é dado ao seleto grupo de ''grandes'' treinadores deste país. O titulo deste domingo é mais uma prova.