Como disse outro dia, agora minhas atenções estão todas voltadas para Copa do Mundo. Por isso os assuntos de velocidade estão por conta do Rogério Elias, amigo e editor do site Amigos da Velocidade.

Depois de semanas de preparação e muita espera chegou o dia. Hoje começa a Copa. A Copa em nossa casa. Sim muita coisa foi feita errada e outras nem feitas, mas não vai ser isto que tirará o brilho do maior evento esportivo do mundo. Isso não vai manchar o esporte. É um momento único, com a bola rolando e com a grande festa dos torcedores de todo mundo.

Cerca de 200 países estarão representados com seus turistas. A Croácia e sua turma, que é uma das menores, já mostraram na Avenida Paulista e Vila Madalena, em São Paulo, o que é o clima de uma Copa e foi só uma amostra. Muito ainda temos para viver e eu eu quero entrar de cabeça. No trabalho e no clima.

Para mim, serão muitas viagens e é isto que quero contar aqui. Sem deixar de falar sobre os jogos. Começamos hoje e o Brasil é favorito nesta estreia. Não será fácil. Nunca foi no primeiro jogo. Ganhamos os últimos oito, mas apenas contra Rússia, em 1994, com mais de um gol de diferença.

O bicho vai pegar, mas o Brasil tem mais time e, em termos individuais, mais jogadores. Este será meu primeiro jogo também. Amanhã seguimos para Manaus. Sábado estarei em Inglaterra e Itália e, depois, Fortaleza na rota. Mais uma vez com o Brasil – agora diante do México.

Vamos falando. Boa Copa para todos!

Por Rogério Elias

Assista ao vídeo do acidente entre Massa e Pérez em Montreal e tire sua própria conclusão. Quem mudou a trajetória? Pérez? Massa? Os dois? De quem é a culpa? Ou foi coisa de corrida? Preste bastante atenção na movimentação dos dois pilotos.

Rogério Elias, editor do site Amigos da Velocidade, escreve neste espaço como convidado do narrador Téo José que dedica-se quase integralmente a Copa do Mundo nas próximas semanas.

Por Rogério Elias

O domingo foi de patinhos feios em Montreal. O jovem australiano Daniel Ricciardo, que faz um campeonato exemplar em sua primeira temporada com a Red Bull, venceu o GP do Canadá. Ele largou da sexta colocação para sua 1ª vitória na carreira. É bem verdade que se aproveitou de um problema no carro de Nico Rosberg, que liderava. A falha ainda não está totalmente explicada pela Mercedes. Me parece que aconteceu uma pane com o sistema de freios.

A Red Bull, que era o patinho feio do ano na pré-temporada, mostrou um carro bem equilibrado nas últimas provas. Eles reagiram. E a partir dessa reação, Ricciardo mostra protagonismo. Quando a maioria pensava que o tetracampeão Sebastian Vettel lideraria a equipe a partir de um carro mais competitivo, essa função até agora está com o seu companheiro australiano.

Guerreiro – Rosberg também é um patinho feio. Poucos acreditam na sua capacidade. Nas rodas de aposta, ele sempre fica por último. Preferem o Lewis Hamilton, o Fernando Alonso, o Vettel… e por ai vai. Mas Rosberg sobreviveu nesse domingo com maestria. Fez uma corrida cerebral, perfeita diante das circunstâncias, com um carro que simplesmente não rendia. Foi um guerreiro ao volante para levar a Mercedes até o final.

Nico ficou em segundo. Deixou Montreal com 18 pontos no bolso. Viu seu companheiro não marcar pontos e assim desferiu mais um golpe, agora no estômago, de Hamilton. Sua vantagem na liderança agora é de 22 pontos. Rosberg tem 140 contra 118 do piloto inglês.

Williams – Felipe Massa sempre teve nas mãos um carro rápido em Montreal. Mas não aproveitou. Infelizmente, no primeiro pit stop, perdeu muito tempo por causa de uma falha de equipamento na troca de pneus. Mas reagiu e nas voltas finais brigava claramente pelo pódio. Ficou preso atrás do companheiro Valtteri Bottas algumas voltas, passou e deslanchou. Mas bateu na última volta na luta pela 4ª colocação.

Entendo que houve uma precipitação no cálculo na aproximação à Sergio Pèrez (Force India). Massa estampou a traseira do carro do mexicano.

E a Ferrari foi mais do que discreta nesse fim de semana. Acho que o projeto 2015 estará totalmente na pauta das reuniões dos próximos dias.

ATUALIZAÇÃO: Os comissários esportivos do GP do Canadá decidiram punir Sergio Pèrez pelo acidente, na última volta, que envolveu também o brasileiro Felipe Massa. Os fiscais julgaram que o mexicano mudou sua trajetória. Ainda assim, acho que houve uma avaliação precipitada do piloto da Williams com relação àquela situação.

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Rogério Elias, editor do site Amigos da Velocidade, escreve neste espaço como convidado do narrador Téo José que dedica-se quase integralmente a Copa do Mundo nas próximas semanas.

Talvez Lewis Hamilton não esperasse por essa. Afinal, o inglês tem o Canadá como uma das suas pistas preferidas na F1. Sempre anda muito bem por lá. Em Montreal, Hamilton conquistou sua primeira vitória na categoria. Ao todo ele tem três triunfos no circuito. A expectativa, com o ótimo carro da Mercedes desse ano, era ter um grande fim de semana. Obviamente deixando seu companheiro e rival, Nico Rosberg, para trás.

Pois é. Mas Rosberg já desferiu um belo jab no queixo de Hamilton nesse sábado. Ele dominou o treino de classificação e conquistou a sua terceira pole do ano (segunda consecutiva). Mais do que isso, mostrou ao inglês que está determinado a brigar pelo título volta a volta, segundo a segundo, freada a freada.

A corrida neste domingo terá 70 voltas. Será longa. Nada está definido. A briga está em aberto. E a disputa deverá ser muito boa. Quem sabe, emocionante. Vamos torcer.

A Williams realmente tem um carro quase perfeito para o Canadá. As características da pista favorecem o modelo deste ano. Felipe Massa e Valtteri Bottas têm uma chance real de subir ao pódio. O finlandês começou melhor e largará da quarta posição. Massa está em quinto. Mas vale lembrar que o brasileiro tem conseguido ótimas largadas nesse ano.

A Ferrari mostrou alguma reação em Montreal. Mas, ainda, as atualizações no modelo F14T parecem insuficientes. Terão mais uma prova difícil nesse fim de semana.

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Rogério Elias, editor do site Amigos da Velocidade, escreve neste espaço como convidado do narrador Téo José que dedica-se quase integralmente a Copa do Mundo nas próximas semanas. 

Amigos da Velocidade, estou envolvido a cada dia mais nas coisas da Copa do Mundo. Falta menos de uma semana para a abertura e temos muito trabalho pela frente. A F1 está no Canadá para a disputa da sétima etapa da temporada. Pedi ao editor do nosso site, Rogério Elias, para deixar aqui suas impressões sobre o GP em Montreal.

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A Mercedes fechou a sexta-feira na frente no Circuito Gilles Villeneuve. Lewis Hamilton dominou os treinos livres e deixou, na segunda colocação, seu companheiro Nico Rosberg – que venceu a última corrida do ano, em Mônaco, e lidera o campeonato. Obviamente, a briga do fim de semana (salvo algo fora das condições normais) ficará entre esses dois pilotos. Vai ser interessante o duelo depois de toda a polêmica em Monte Carlo e declarações mais fortes. Sobretudo do lado de Hamilton. Vamos ver como se comportam na pista.

A Ferrari desembarcou em Montreal praticamente com um carro novo. Ou como estão dizendo no paddock, uma versão B do modelo desse ano. Ao que parece, a baciada de atualizações surtiu algum efeito. O carro parece mais competitivo. Parece que tem mais condições de brigar com a Red Bull — nesse momento o principal adversário. Em curto prazo, o pessoal de Maranello tem um objetivo claro: tirar da RBR a segunda posição no campeonato de construtores. Mas ainda está atrás.

A Williams também teve uma sexta produtiva no Canadá. Felipe Massa teve problemas no primeiro treino. Colecionou poucas voltas, mas recuperou-se na segunda sessão e terminou em sexto lugar. Logo atrás das Ferraris de Kimi Räikkönen e Fernando Alonso. O pessoal da Williams, Felipe e Valtteri Bottas (7º nos treinos livres) vêm dizendo que esperam um bom resultado em Montreal. De fato, na teoria, existe uma boa chance a ser aproveitada no fim de semana. Veremos.

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Quatro seleções neste mundial tem dependências de quatro jogadores para irem mais longe. Umas mais outras menos:

Brasil – Neymar

Argentina – Messi

Portugal – Cristiano Ronaldo

Bélgica – Hazard

Destes Cristiano ainda busca recuperação de duas contusões, uma muscular na coxa, já quase curado e outra mais preocupante, tendinite no joelho. Creio que joga, desde o inicio, mas não deve fazer uma Copa 100% fisicamente. Não importa, “a fera” faz diferença, mesmo se estiver 50%.

Alguns podem estranhar, colocar o Hazard. Olho na Bélgica, ela vem crescendo nos últimos quatro anos e pode ser a boa surpresa desta Copa.

A maior dependência das quatro seleções está em Portugal. Um grupo que se torna um pouco mais complicado, com o crescimentos dos EUA.  Além das duas equipes tem Alemanha e Gana. Portugal estreia contra Alemanha, dia 16, em Salvador.

A Espanha, atual campeã do Mundo, integrante do grupo B, com Holanda, Espanha e Austrália, parece já ter sua definição dos 11 titulares. No dia 13, em Salvador, estes devem ser os jogadores escalados por Vicente Del Bosque, para repetir a final de 2010:

Casillas, Azpilicueta, Piqué, Sérgio Ramos, Jordi Alba; Xavi, Busquets, Xabi Alonso; Pedro, Torres, Iniesta. Fabregas pode ser a única surpresa entrando no lugar do Villa, não creio.

Sim, já é um time rodado e isto pode pesar, mas é um timaço e não acredito que encare o Brasil nas oitavas. A Espanha vai ficar em primeiro no grupo B e o adversário do Brasil deve ser a Holanda, a segunda, o Chile corre bem por fora.

Terminada a nona rodada do campeonato Brasileiro, que até este momento deixou muito a desejar, agora nos voltamos para Copa do Mundo. Estamos a exatos dez dias da abertura – Brasil e Croácia – na Arena Corinthians. Na primeira fase, a de grupos, estarei em nove partidas pela Band. Em todas as regiões do Brasil. Por isso vamos dar um tempo na Velocidade por aqui. Claro que não é uma regra, poderemos voltar a comentar um assunto ou outro.

A ideia inicial é fazer um diário da Copa falando sobre coisas de viagem, fatos curiosos, estrutura encontrada. E, claro, sobre os jogos que estarei envolvido ou que aqueles que terei tempo de ver.

De cara passo duas notas que vi nos jornais internacionais –

Na França falam na possibilidade de Ribéry perder o Mundial. O melhor da Europa, na temporada passada, passou por exames sábado em Paris – mas o resultado não foi divulgado. Ele vem reclamando de dores nas costas nos últimos quatro meses. A França estreia dia 15 de junho contra Honduras. Está no Grupo E — que tem também Suíça e Equador.

Na Espanha, Casillas já tem tudo acerto para permanecer no Real Madri. O titular da seleção espanhola, e um dos melhores do mundo, assina a renovação de contrato ainda nesta semana.

Neste final de semana Goiânia está recebendo seu autódromo totalmente reformado e com muitas atualizações. Iniciativa necessária e já tem tempo, veio uns 15, 20 anos atrasada. A pista completa 40 anos em outubro. É sem dúvida um dos melhores traçados da América do Sul. As obras foram grandes e tudo vai ficar bem bacana quando estiver pronto. Apesar da reabertura deste fim de semana com a Stock Car, muito ainda precisa ser terminado, pelo que vi, o trabalho consome mais um mês fácil e espero que todo projeto tenha continuidade, inclusive com um parque multiuso para população, um dos pontos legais daquilo que foi colocado no papel.

Não tenho dúvida de que os eventos realizados a partir de agora na praça esportiva, ganharão novo patamar. O esporte a motor sempre foi uma paixão do goiano, que no fundo adora festa. O importante também é administrar de forma correta o local, para que não sofra processo de deterioração. Colocar as pessoas certas nos postos importante para uma manutenção adequada. Pelo que vi, repito, quando ficar pronto, o autódromo de Goiânia pode ser considerado o segundo melhor do país. Perdendo apenas para Interlagos, que recebe a Fórmula 1.

Que o mesmo trabalho seja realizado no Serra Dourada, outra praça chegando aos 40 anos. Quem estiver no amistoso do Brasil com o Panamá, vai ver que anda muito mal cuidado.

As especulações de que a Honda poderia comprar metade da equipe McLaren continuam circulando pelo paddock da F1. A escuderia britânica vem tentando desmentir as notícias e, de forma oficial, garantiu que o interesse dos japoneses está apenas na parte de desenvolvimento de motores. Não querem saber de sociedade. No ano que vem, a Honda volta ao grid da categoria reeditando a antiga parceria com a McLaren como fornecedora.

Mas, acho que esse negócio poderia ser interessante. Tem o lado financeiro, já que a McLaren está em um ano de vacas magras com a perda de grandes patrocinadores. Além disso, os japoneses poderiam entrar com mais força no próximo campeonato. Eles já provaram que são do ramo. Conhecem bem o esporte a motor.

Veja a McLaren como uma grande força a partir do ano que vem. A implementação dos novos motores Honda em 2015 e a consolidação do projeto em 2016. Vamos ver o andamento desse caso nos dias adiante.