Blog do Téo José

Dois em um. F-1 e F-Indy. Massa e Barrichello
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Téo José

Hoje o dia vai se longo e de viagem. Amanhã já teremos noticias de St. Petersburg, local da prova de abertura da Fórmula Indy, neste domingo (25). Mas, antes quero tocar no assunto Ferrari/ Felipe Massa. A equipe fez questão de anunciar que trocara o chassi do piloto, para o GP da Malásia, na madrugada deste domingo.
Enfatizando que o time está a disposição do brasileiro e faz tudo para ajudá-lo. A atitude pode ser analisada de duas formas:  1. Realmente, seguindo esta linha, a Ferrari adora o Felipe e ele tem total consideração da escuderia. 2. Pode se tratar, de certa forma, de “queimação”. Dão um novo carro a ele, sabem que é igual e se tomar pau a culpa é só dele. Jogam toda pressão para o brasileiro.
Às vezes um chassi é diferente sim. É sempre complicado ter dois exatamente iguais. Mas as diferenças, principalmente em começo de ano, são mínimas e por isso acho que querem é ver o circo pegar fogo. Jogam toda responsabilidade para Massa. A vida dele não está fácil na Ferrari e pelo visto só vai piorar.
A Imprensa italiana vem sendo bem mais dura do que a brasileira e existem até enquetes para escolha do nome do substituto. Eu, particularmente, acredito que a diferença enorme na Austrália foi por causa do piloto e não do carro. Espero estar errado.
Mudando de assunto, vamos falar de Indy. Nesta sexta começam os treinos nas ruas de St. Petersburg. Vinte e seis pilotos estarão na pista, onze com motores Chevrolet, dez com Honda e cinco com Lotus. A prova tem largada às duas da tarde (horário Brasília) – com transmissão da Band.
Vamos iniciar a temporada de palpites, mas de forma diferente, pensando também na posição do Rubens Barrichello. Começo eu: pole e vitória para Will Power. E Rubens sobe ao pódio.
E você o que acha?

Uma nova Indy
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Téo José

Amanhã estou seguindo para St. Petersburg, na Flórida (EUA). Nesta sexta começam os treinos para abertura da temporada da Fórmula Indy. É uma nova categoria com a chegada dos novos carros e motores. A chegada da Chevrolet e Lotus vai dar outro aspecto, já que agora a Honda tem concorrentes pela frente. A Penske vai de Chevrolet, como já teve no passado e com grande resultados, e a Chip Ganassi de Honda. Estes são os times mais fortes e vão continuar assim.  O motor Lotus me parece que é o que precisa de mais evolução. Pouco se sabe do comportamento de todos nos ovais. Uma ideia clara será apenas nos treinos de Indianápolis, a quinta etapa, no fim de maio.

Para o Brasil, a grande novidade é a chegada de Rubens Barrichello. Com Ernesto Viso e Tony Kanaan, ele forma o trio da KV, que também vai estar com Chevrolet. Rubens fez um bom trabalho na pré-temporada, terminando os testes em Sebring na quarta colocação, o primeiro depois de Penske e Ganassi. Ele tem a consciência das dificuldades que vai enfrentar. Está no ano de estreia e em uma equipe média, sem o poderio das duas favoritas. Pode ganhar corridas, mas, para disputar o titulo, vai precisar de sorte. Não deixa de ser outro tipo de desafio fazer o esquema atual crescer, mesmo com os limites financeiros. No automobilismo, isto é bem complicado, mas na Indy, com um regulamento mais limitado e nesta nova fase, existe chance de se superar em alguns aspectos. Creio que pode ser competitivo quase em todas as provas, mas muita coisa ainda precisa aprender. Largada lançada, aquecimento de pneus, estratégia e, principalmente, ovais.

Tony vai ter pela frente o desafio de encarar um companheiro muito difícil e alguém que gosta de participar do dia a dia da equipe. Apesar de ter contrato até o fim de 2013, precisa continuar crescendo e a chegada do Rubens é boa por um lado, mas também desafiadora. Se souber administrar a situação, pode ter ganhos.

Helio Castroneves vai ter todas as condições de voltar a fazer uma grande temporada, o que não foi o caso de 2011. A Penske, com equipamento novo, sempre trabalha ainda mais e neste ano está com orçamento bem gordo. Faz tempo que não vence a temporada e tenho certeza que vão jogar tudo e mais alguma coisa neste ano. Will Power vai ser um piloto ainda mais forte e está se sentindo mais a vontade nos ovais. Tem tudo para ser um dos três – quem sabe dois – principais favoritos. Hélio tem pela frente um ano fundamental para seu futuro, pois o compromisso novo é de apenas uma temporada.

A Andretti, para mim, é uma grande interrogação. Vai estar com motor Chevrolet. Marco Andretti, James Hinchcliffe e Ryan Hunter-Reay são os pilotos e acho que falta gente para desenvolvimento. A Bia Figueiredo tem tudo certo para andar em São Paulo e Indianápolis, falta apenas assinar.

A previsão de tempo indica 40% de chances de chuva no sábado e 60% no domingo. É uma pista de rua e, se chover, as coisas serão bem complicadas para os pilotos. Apesar de sempre andar bem nestas condições, caso aconteça, vai ser uma experiência nova de Barrichello na nova categoria.

A Band transmite a prova a partir das 13h40, ao vivo, e estarei ao lado do Felipe Giaffone e Antônio Petrin.


Corrida bem interessante. Button foi perfeito
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Téo José

O GP da Austrália foi bem melhor do que esperava. Aliás, errei muitos dos meus prognósticos. A McLaren mostrou que tem o melhor carro neste momento, mas não foi uma vitória fácil. A Red Bull está um pouquinho atrás, mas tem um menor desgaste de pneus e um carro com bom ritmo de corrida. Tudo bem que tivemos um Safety Car na parte final da corrida, mas, independentemente dele, Vettel está bem rápido.

Button deu o maior passo para vitória na largada, pulando na frente. Lewis Hamilton foi ficando e, na primeira parada de box, demorou, ficou uma volta a mais na pista e, com isto, perdeu quase seis segundos. Vantagem suficiente para Jenson abrir e administrar. O inglês é um piloto muito bom, sabe poupar o equipamento e tem um ritmo forte, mas sabendo onde está o limite. Hamilton, que admiro bastante, vai ter um trabalho danado neste ano. Hoje, os dois são os principais favoritos, mas a Red Bull não está muito longe. Falta só um pouquinho de desenvolvimento.

Me surpreendi com o ritmo da Williams. Não é para brigar pelas primeiras colocações, mas para estar no meio do bolo, com Sauber, Toro Rosso e Force India. A Lotus andou bem demais nos treinos, só que Grosjean saiu muito cedo da prova e Kimi teve bons momentos, mas ainda precisa de melhor análise. A Mercedes estava bem com Schumacher, que abandonou e Nico fez uma corrida bem apagada. Parece estar na briga para ser a terceira força e tem boas possibilidades de conseguir. Achei o desgaste de pneus muito maior e rápido e isso é um grande problema.

A Ferrari tem um carro melhor em prova do que em treino, mas ainda está bem atrás, de 1s a 1s5 para McLaren. Fernando Alonso chegou em quinto e esteve com bom ritmo porque é Alonso, um verdadeiro mostrou da velocidade. Só tenho elogios para ele. Pilotando e mantendo o foco de vencedor o tempo todo, mesmo acelerando uma draga.

Felipe Massa e Bruno Senna abandonaram. Bateram  quando estavam bem atrás. Pela imagem, que não foi das melhores, me pareceu acidente de corrida. Também desnecessário pelas posições que disputavam e por ser ultimo terço de prova. Sobre a atuação de Massa, vou passar, sem comentários. O segundo teve azar na largada e precisou parar antes. Não sei se o carro foi afetado, mas o ritmo, o tempo todo, foi bem mais lento do que de Maldonado. Precisa melhorar. O venezuelano estava em sexto e poderia ter passado Alonso. Cometeu um erro no final e abandonou. É o Pastor. A Williams sabe que vai correr riscos com  ele, que é rápido e, às vezes, mais do que deve.

A prova foi decidida na largada e na primeira parada. Hoje a McLaren é a equipe a ser batida, mas a Red Bull está na parada. Depois a coisa vai ser bem embolada. Não foi uma supercorrida, mas analiso como bem interessante.

Resultado:

1.  Jenson Button – McLaren, 1h34min09s565
2.  Sebastian Vettel – Red Bull, a 2s100
3.  Lewis Hamilton – McLaren, a 4s000
4.  Mark Webber – Red Bull, a 4s500
5.  Fernando Alonso – Ferrari, a 21s500
6.  Kamui Kobayashi – Sauber, a 36s700
7.  Kimi Räikkönen – Lotus, a 38s000
8.  Sergio Pérez – Sauber, a 39s400
9.  Daniel Ricciardo – Toro Rosso, a 39s500
10.  Paul Di Resta – Force India, a 39s700
11.  Jean-Éric Vergne – Toro Rosso, a 39s800
12.  Nico Rosberg – Mercedes, a 57s600
13.  Pastor Maldonado – Williams, a 1 volta
14.  Timo Glock – Marussia, a 1 volta
15.  Charles Pic – Marussia, a 2 voltas
16.  Bruno Senna – Williams, a 2 voltas
17. Felipe Massa – Ferrari, abandonou
18. Heikki Kovalainen – Caterham, abandonou
19. Vitaly Petrov – Caterham, abandonou
20. Michael Schumacher – Mercedes, abandonou
21. Romain Grosjean – Lotus, abandonou
22. Nico Hülkenberg – Force India, abandonou


McLaren bem forte. Ferrari numa draga danada
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Téo José

O treino de classificação para o GP da Austrália me surpreendeu. O bacana que foi surpresa positiva. A McLaren mostrou que desenvolveu direitinho seu carro, que nasceu bem, mas estava atrás da Red Bull. Foi feito um grande trabalho e, pelo menos em Melbourne, dá impressão que é o melhor. Na classificação já foi com Hamilton na pole e Button em segundo e, pelas declarações, está em boa situação para prova. O consumo de pneus tem sido bem satisfatório. Outra surpresa, a Lotus, com Romain Grosjean. Larga em terceiro e mostra serviço. Kimi Räikkönen sai apenas em 18º e sentiu o peso dos anos afastados e vai precisar de um tempinho para readaptação.  A Mercedes também mostra velocidade e a Red Bull caiu. A Ferrari está numa draga danada e Massa pior ainda.

Com a formação do grid, vejo que poderemos ter uma prova bem interessante. Sabemos da força da McLaren, mas não dá para cravar que a dupla vai passear, pois é apenas o primeiro treino. Esta possibilidade existe, mas é melhor esperar. Apesar do destaque neste sábado, não creio que Grosjean vai se manter entre os cinco primeiros e a Red Bull deve travar um belo duelo com a Mercedes, principalmente com Schumacher, que sempre é osso duro

A Red Bull tem um projeto que é uma continuidade dos últimos anos, mas o fim dos difusores aquecidos mostra que foi um grande prejuízo. Vou mais longe, agora vamos ver Vettel em um carro que, neste momento, não é o melhor. Já cometeu muitos erros nos treinos. Não é bom sinal. Outro ponto para ser observado: Mark Webber é cada vez mais segundo piloto, apesar de largar na frente com apenas uma tentativa.

A Ferrari está mortinha e, quando o projeto nasce errado, é difícil se recuperar. Fernando Alonso, no braço, consegue alguma coisa, mas ainda assim é pouco. Felipe Massa continua se afundando, tomou um segundo do companheiro, mesmo tendo uma tentativa a mais. Começa 2012 como terminou 2011: apagado, muito apagado.

A Williams andou melhor do que esperava. Pastor Maldonado foi quatro décimos mais rápido do que Bruno Senna quando os dois estiveram na pista no mesmo momento. Não vejo uma diferença grande. Bruno vai ter muitas dificuldades para bater o companheiro, mas se quer algo, precisa. O que também é necessário é um melhor ritmo de corrida, diferente das últimas provas de 2012.

Fiquei bem mais animado para a prova. Agora é esperar a luz verde e conhecermos um pouco mais da Fórmula 1 em sua nova temporada. Pelo que andou a McLaren, passou a ser favorita e Hamilton dá impressão de voltar a sua melhor fase.

E você o que achou?

Grid de largada:

1.  Lewis Hamilton – McLaren, 1min24s922
2.  Jenson Button – McLaren, a 0s152
3.  Romain Grosjean – Lotus, a 0s380
4.  Michael Schumacher – Mercedes, a 0s414
5.  Mark Webber – Red Bull, a 0s729
6.  Sebastian Vettel – Red Bull, a 0s746
7.  Nico Rosberg – Mercedes, a 0s764
8.  Pastor Maldonado – Williams, a 0s986
9.  Nico Hulkenberg – Force India, a 1s529
10.  Daniel Ricciardo – Toro Rosso, sem tempo

11.  Jean-Eric Vergne – Toro Rosso, a 0s960
12.  Fernando Alonso – Ferrari, a 1s025
13.  Kamui Kobayashi – Sauber, a 1s121
14.  Bruno Senna – Williams, a 1s194
15.  Paul di Resta – Force India, a 1s617
16.  Felipe Massa – Ferrari, a 2s028
17.  Kimi Raikkonen – Lotus, a 1s576

18.  Heikki Kovalainen – Caterham, a 2s497
19.  Vitaly Petrov – Caterham, a 2s836
20.  Timo Glock – Marussia, a 4s741
21.  Charles Pic – Marussia, a 5s488
22.  Sergio Perez – Sauber, sem tempo*
23.  Pedro de la Rosa – HRT, a 7s313
24.  Narain Karthikeyan – HRT, a 7s461

*17º originalmente, foi punido por trocar a caixa de câmbio


Barcelona com o caminho ‘quase’ livre para a Final
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Téo José

Hoje foi realizado o sorteio dos jogos das quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. Assim ficaram:

Apoel X Real Madri; Olimpique de Marselha X Bayern de Munique; Benfica X Chelsea; e Milan X Barcelona

Fazendo uma projeção e analisando o que cada um tem jogado e trajetória para se chegar nesta fase, vejo que o confronto mais equilibrado será entre Benfica e Chelsea. Dois times que não vem jogando um grande futebol,  mas são competitivos. Também não acredito em nenhum dos dois para final.

O Real já está dentro, decide a vaga em casa e o Apoel já foi muito longe. Olimpique tem mostrado um joguinho bem feio e não vai aguentar o Bayern. Milan faz a primeira partida em casa, hoje não é nem de longe o Milan que encantou o mundo – time envelhecido, inconstante, às vezes sonolento. Tem tradição, mas para bater o Barça precisa de muito mais do que tradição.

Dentro do que estou dizendo, já projeto Real e Bayern de um lado; e Barcelona contra Benfica ou Chelsea na semifinais. A final, que acontecerá em Munique, já se mostra, dentro da minha linha, como espetacular. Real e Barça ou, então,  Bayern e Barça. Neste último caso na casa do time alemão. Se as quartas não estão tão empolgantes, nas fases seguintes teremos jogos de arrepiar.

Agora, o palpite é seu.


As chances de Barrichello
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Téo José

O primeiro oval da Fórmula Indy, nesta temporada 2012, será a quinta prova – as 500 Milhas de Indianápolis – no fim do mês de maio. Antes circuitos de rua e pistas mistas permanentes. Ponto para Rubens Barrichello. Ele terá mais tempo de treino, já que participará também do chamado rookie test, um treino obrigatório para os novatos, na prova mais importante do ano. A equipe KV está planejando um teste antes da programação oficial, que poderá ser no oval do Texas.

Hoje quase todas equipes estão andando na pista de Barber, no Alabama, circuito misto e a Chip Ganassi está também utilizando um  misto, só que em Homestead (Flórida). O que se viu até agora foi o domínio de Penske e Chip Ganassi, mostrando muito equilíbrio entre os motores Chevrolet e Honda. Na semana que vem começa pra valer, na pista de rua de St. Petersburg.

O que mais escuto e vejo nas redes sociais é a pergunta sobre as chances de Rubens. Para esta primeira prova, vejo melhores possibilidades, por ser rua, onde Tony andou muito bem no ano passado e também pelo carro novo para todo mundo. Mas temos de ser realistas. Ganassi e Penske estão sempre um passo a frente. No campeonato estes dois times são favoritos e a KV Racing, de Rubens, se fizer tudo certinho, pode dar trabalho. Quem sabe até disputar o titulo, mas precisará também de sorte.

Estou muito curioso para ver  o ano de Hélio Castroneves, que vai ser fundamental. O brasileiro renovou só por esta temporada. Quero ver também a temporada do Tony Kanaan, grande amigo do Barrichello que agora o terá pela primeira vez como adversário. Como ele mesmo me disse, vai ser um dos maiores desafios de sua carreira – porque sabe do potencial do companheiro de equipe.


Tento, mas não consigo entender o Mano
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Téo José

Li a entrevista, de página cheia, com Mano Menezes no jornal o Globo de ontem. Manteve sua linha de respostas ''pasteurizadas'', não diz muita coisa concreta e direta. Justifica algumas convocações e fica em cima do muro com o Kaká. É confusa. Como o trabalho dele até agora. O que mais causou polêmica (e realmente chama atenção) é sobre Neymar. Para o treinador, o jogador ficando aqui está mais exposto já que para dar mais retorno tem uma agenda recheada de compromissos. Compara com Messi que só pensa em treinar e  jogar.

Tentando entender o que passa na  cabeça dele, pode até ter razão. Mas no momento em que o futebol brasileiro tenta ser mais profissional em vários clubes com planejamento de receita e despesas, melhores condições de trabalho para todos, o técnico da seleção nacional não pode querer empurrar o principal talento para fora.

Neymar não é Messi. Nem no futebol e muito menos na personalidade. São pessoas e jogadores bem diferentes. Se ele curte jogar no Santos, jogar no seu país, se pensa mais em seu bem estar, do que em grana, porque mesmo ganhando muito bem, lá poderia faturar mais, que o garoto fique aqui.

O amadurecimento não precisa de lugar. Um dos grandes problemas da seleção, nos últimos anos, é a perda da identidade com a torcida com o time. Jogadores nem mais se apresentam por aqui. Se encontram na Europa, jogam e ficam por lá.

Em uma parte da entrevista, ele diz que estamos jogando diferente da Europa. Lá se utiliza uma faixa mais estreita do campo. Da linha defensiva até a última linha do ataque é outra. Lá entre 25 e 30 metros. Aqui, 45 a 60. Que o jogador brasileiro precisa de espaço maior e isto é complicado o treinador da seleção mudar.

Dá um tempo. É muita teoria. Prefiro ir pela linha de que o nosso futebol perdeu identidade, exatamente por causa destas teorias. O Brasil tem de voltar a jogar seu futebol, ter um time com a cara do nosso futebol. Que um dia já foi bem parecendo com o do Barcelona – que é o time que mais encanta no momento.

Foi por causa de gente teórica e ''professores'', como o Mano, que estamos onde estamos. E o pior: com poucas perspectivas.


Equilíbrio entre Honda e Chevrolet
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Téo José

Os quarto dias de testes em Sebring mostraram que os novos motores Honda e Chevrolet estão bem próximos. Scott Dixon foi o mais rápido com um Honda, seguido de seu companheiro Dario Franchitti. Depois aparecem dois Chevrolet: Hélio Castroneves e Rubens Barrichello. No caso do Hélio não dá para fazer uma comparação real, já que andou nos dois primeiros dias e os outros três entraram no dois últimos.

O que fica claro também é que Penske e Ganassi entram como favoritas. Estes times tem mais poderio financeiro e de desenvolvimento, mesmo sendo carros Dallara iguais e com o regulamento mais limitado. O poder de testar alguma mudanças  fora da pista, ou mesmo simular situações em túnel de vento, disponível praticamente o tempo todo, é um diferencial.

A KV cresceu. Rubens tem ajudado bastante e fez um ótimo trabalho. Ainda não está 100% adaptado ao novo carro e, mesmo assim, foi o quarto e muito próximo. Andou pela primeira vez com o seu carro (antes estava testando com o do Tony). Fico com a mesma ideia anterior: vai dar trabalho. Tony teve problemas nos seus dois dias de treinos e o resultado foi reflexo da situação.

Bia Figueiredo deu algumas voltas na quinta-feira com um carro da Andretti. Ela está com tudo praticamente certo para correr pelo menos duas etapas em 2012 –  São Paulo Indy 300 e 500 Milhas de Indianápolis.

Algumas equipes ainda testam na próxima semana — caso da  KV, que vai para Barber (mais um circuito misto). A primeira etapa acontece dia 25, na pista de rua de St. Petersburg, Flórida (EUA). A Band mostra ao vivo a partir da uma e meia da tarde.

Veja os tempos combinados:

1. Scott Dixon – Ganassi, 51.7932
2. Dario Franchitti – Ganassi, 52.0157
3. Hélio Castroneves – Penske, 52.1413
4. Rubens Barrichello – KV Racing, 52.1615
5. Will Power – Penske, 52.2059
6. JR Hildebrand – Panther, 52.2068
7. Ryan Briscoe – Penske, 52.2072
8. Mike Conway – AJ Foyt, 52.2230
9. Ryan Hunter Reay – Andretti Autosport, 52.3466
10.Takuma Sato – Rahal Letterman, 52.3841
11.Graham Rahal – Ganassi, 52.4692
12.Simon Pagenaud – SSM, 52.4698
13.Ernesto Viso – KV Racing, 52.6317
14.Justin Wilson – Dale Coyne, 52.6537
15.Josef Newgarden – Sarah Fisher Racing, 52.6551
16.Charlie Kimball – Ganassi, 52.7328
17.James Jakes – Dale Coyne, 52.8288
18.James Hinchcliffe – Andretti Autosport, 52.9125
19.Oriol Servia – Rahal Letterman, 52.9178
20.Tony Kanaan – KV Racing, 52.9195
21.Alex Tagliani – Team Barracuda, 52.9308
22.Marco Andretti – Andretti Autosport, 52.9577
23.Simona de Silvestro – HVM, 53.2312
24.Sebastien Bourdais – Dale Coyne, 53.2993
25.Ed Carpenter – Ed Carpenter Racing, 53.4764
26.Katherine Legge – Dragon Racing, 53.8161
27. Bia Figueiredo – Andretti Autosport, 54.1478


Barcelona, isto sim é futebol
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Téo José

O Barcelona, quando entra em campo, mostra para aqueles “professores”, que me refiro sempre aqui, que o futebol também é beleza e arte. O objetivo é vencer. E para vencer, precisa-se jogar pra frente e, claro, também precisa-se defender. Mas não só se defender. O Barça mostra que quando faz um gol não é necessário tirar um atacante e colocar um volante. Deixa claro, também, que não é com firulas ou antijogo que a vitória virá. Por outra lado, dá o caminho para os dirigentes de que é importante contratar mas é fundamental formar jogadores. Trabalhar a categoria de base dentro e, principalmente,  fora de campo.

Ontem, na vitória de 7 a 1 em cima do Bayer Leverkusen, o time deu mais uma aula. Só que o pior é saber que os tais “professores” virão com a desculpa que precisam de jogadores para isto.  Claro que sim. Ninguém é estúpido para pensar diferente, mas antes precisa mudar a filosofia e buscar as peças para um futebol mais bonito e não apenas de volantes.

Nesta quarta-feira, o Santos vencendo o Inter (que teve três volantes) e o Fluminense, com um escalação de dois volantes, ganhando do Boca, deram um pouco de esperança. Dá para se ter times jogando o verdadeiro futebol. É só querer ousar um pouco.

O Barcelona chegou a 141 gols na temporada em 46 jogos – uma média de três por partida. Sofreu 33 nestes mesmos 46 jogos. Estes números mostram que não é só atacar. A defesa sólida também é pela posse de bola – o time está com uma média de 70%. Por aqui muita gente acha que o importante é roubar a bola, também é, mas deixar a coitadinha nos pés de quem só sabe tirar e ai ela logo voltará para o adversário.

O que é bom tem que ser admirado e se possível até seguido. Espero que os “professores” um dia possam abrir suas cabeças para termos por estas bandas a volta do verdadeiro futebol. O bonito.


Dois clássicos na Libertadores
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Téo José

Hoje tem estreia: a Copa do Brasil. Gosto deste torneio. Sei que na primeira fase aparecem equipes desconhecidas, muitas perto do amadorismo, mas é a filosofia. Todos, de todos os cantos do Brasil, têm a oportunidade de aparecer. É uma competição bem democrática. Só que nesta quarta as atenções estarão para dois clássicos na Libertadores da América: Santos e Internacional; Boca Juniors e Fluminense.

Na Vila Belmiro, dois treinadores com todos seus jogadores à disposição. O Santos, que está embalando em 2012, vai com sua equipe titular e natural. Como sempre, podemos esperar um futebol pra cima do adversário – com Paulo Henrique Ganso voltando a aparecer bem. Fico feliz com isto porque, mesmo o Mano Menezes sendo bem teimoso, para não falar outra coisa, vejo Ganso e Kaká como as melhores opções para a Copa de 2014.

No Inter, Dorival Jr, um treinador que sempre gostou de time atacando e jogando bonito, vai enfiar três volantes no meio de campo. Pode até vencer, afinal de contas é o Internacional, mas é uma grande decepção. Mais um que se rende a povoar o meio de campo de volantes e pensa primeiro em se defender e, se der, 'vamos atacar'.

Sei que não se pode jogar totalmente aberto contra o Santos, ainda mais na sua casa, mas este papo de três volantes não  é futebol brasileiro, não está no nosso DNA, pelo menos não deveria. Por isso mesmo, acho o Santos favorito.

Na Bombonera, o Boca recebe o Flu. O Boca não é mais aquele bico-papão do passado, mas depois de uma crise financeira brava, que afetou o futebol, vem se reerguendo e no seu caldeirão é sempre temido. Abel Braga ainda tem dúvida no meio de campo – Thiago Neves ou Jean.

Espero que saia com o primeiro, assim utiliza dois volantes. Thiago Neves, Deco, Wellington Nem e Fred é um quarteto que impõe respeito e está na hora de mostrar que o caminho é este. O da qualidade. O do jogo com os olhos no campo do adversário. Torço para ser esta a escalação e que dê certo. Assim a bandeira de menos volantes povoando os times vai ficar mais alta e bonita.

E o Corinthians? Mesmo com um futebol de 70% defesa, e pior do que o mostrado no ano passado, deve passar fácil pelo Nacional do Uruguai. Aliás, é a obrigação quando se joga no Pacaembu contra o quinto colocado do Campeonato Paraguaio.