Blog do Téo José

Hélio busca a 4ª vitória
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Téo José

Dos pilotos em atividade, Hélio Castroneves é o que mais sentiu o gosto de vencer as 500 Milhas de Indianapolis. Neste domingo, dia 27, ele vai tentar sua quarta vitória. Largará na terceira fila, da sexta colocação (são três carros por fila). Ryan Briscoe, seu companheiro de Penske, alinhará na pole-position e Will Power em quinto. Considero a Penske como o time favorito e dos três pilotos, Helio é o que tem melhores chances. Mas em se tratando de Indianapolis, nem sempre o favoritismo vinga.

A receita para ganhar parece simples: ter um bom carro no tráfego e com pista livre, além de boas paradas de box. Mas o fator sorte sempre é muito marcante nesta corrida fantástica. O piloto deve fazer de seis a oito paradas. Uma entrada uma volta antes de uma possível amarela, já complica tudo. Outro fator importante é estar sempre na volta do líder. Neste ano podermos ter surpresas e nenhuma equipe está segura do trabalho realizado até agora. O chassi é novo e os motores também. Mesmo com simulação de corrida, ninguém tem a certeza de que a tática já preparada vai dar certo.

Hélio está em um ano importante na sua carreira. O seu compromisso com a Penske vai apenas até o fim do ano. Uma vitória é quase a certeza da renovação. Por tudo que falei e mais histórias, histórias que já aconteceram em Indianapolis, cravar um favorito é muito complicado. Mas vejo como bem interessantes as possibilidades do Castroneves.

A prova terá largada neste domingo, uma da tarde, horário de Brasília, e deve durar entre 3h15min e 3h40min.

Agora o palpite é seu.


Copa não é só estádio
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Téo José

Ando muito pelo nosso Brasil. Ainda bem. Gosto bastante de ver todas as realidades deste país, que poderia até ser um continente. Nos últimos dias me chamaram atenção as cobranças constantes com as obras do estádios da Copa. No ano que vem já acontecerá a Copa das Confederações e nem todas as sedes estão confirmadas. Sobre isto minha preocupação é pequena. Os estádios vão sair. Se vai ser de acordo com o projeto divulgado e com tudo claramente explicado nos gastos… já é outra coisa.

O que me chama atenção – eu que sempre defendi eventos deste porte no país – é que além de estádios, quase nada tem sido feito. Copa não são só os jogos e nem só aquele mês de disputa. O legado, além dos estádios, é o mais importante. As obras e atitudes para melhorar a vida das pessoas depois do evento e, também, aproveitar o momento para deixar alicerces para um turismo duradouro. Não sou eu que digo isto e, sim, dados de pesquisas realizadas em diversos países que receberam Copa e Olimpíadas.

Aqui isto não está acontecendo e nem vai. Estive em Recife outro dia e vi que a cidade está largada, mal cuidada, com lixo nas vias principais e a manutenção do que existe muito precária. Manaus vive mais um drama com as enchentes, que acontecem sempre, e quase nada é feito para resolver. Belo Horizonte tem sérios problemas na rede hoteleira. Assim por diante… poderia citar outras e mais outras cidades. Vejo algumas obras, mas creio que visando mais Olimpíadas, no Rio. Apesar de sentir melhorias na cidade ainda é insuficiente.

Outro fato que me chama atenção são os aeroportos. Todos deficientes para a nossa vida hoje. Imagine com grandes eventos. Não vamos ter nenhum parecido com o pior que utilizei na África do Sul.

Copa para um país é muito bom desde que o país cumpra o prometido e encare o evento como algo mais para sua população. Lamentavelmente, este não é o nosso caso.


Semana de gala do automobilismo
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Téo José

Iniciamos uma semana de gala do automobilismo. Já virou uma tradição, todo último fim de semana de maio temos um domingo com 500 Milhas de Indianápolis e com o GP de Mônaco da Fórmula 1. Em Indianápolis os treinos praticamente terminaram, agora falta apenas o que chamam de Carburation Day (que é o de aquecimento), marcado na quinta-feira. Pouca coisa poderá ser feita e todos andam bem pouco para economizar o equipamento, principalmente motor, para os 800 quilômetros de domingo.

Já disse aqui neste nosso espaço que pelo que mostraram até agora, Penske e Andretti são as favoritas. Mas em Indianápolis o imponderável quase sempre se faz presente. Com carros e motores novos, o equipamento fazendo a estreia em oval, muita coisa fora do script pode rolar no domingo. Mais do que nunca, o trabalho de box será fundamental. E, neste caso, ponto para Penske. Os representantes brasileiros fizeram um bom trabalho e a KV colocou seus três pilotos entre os dez — o que é um grande passo. O que me preocupa, apesar da experiência do ex-piloto e campeão na Indy Jimmy Vasser, é exatamente a retaguarda de box.

Em Mônaco não dá para falar muita coisa. Vamos esperar os treinos de quinta-feira. Lá se anda na quinta, sábado e domingo. Em pistas permanentes tivemos cinco pilotos e equipes diferentes vencendo. Em um circuito urbano e lento como do Principado, fica bem complicado qualquer projeção. O importante sempre é tração e pelo que vimos até agora, a Ferrari deve sofrar um pouco e em uma escala menor a Red Bull. Por isso já vou palpitar, mesmo não sendo meu forte nesta temporada, com favoritismo para McLaren e Lewis Hamilton.

Com tanto carro andando próximo neste ano, deve ser uma corrida bem interessante. Não deveremos ter distância muito grande entre os carros. Estou bem curioso.


A pole é de Briscoe
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Téo José

Neste sábado, em Indianápolis, no chamado Pole Day, foram definidas as 24 primeiras colocações, de um total de 33, para a 96ª edição das 500 Milhas. O australiano Ryan Briscoe, da Penske, conquistou a posição de honra. Oficialmente é a quarta pole da equipe em cinco etapas neste ano. Na prática seriam cinco em cinco, mas houve a punição de todos os carros com Chevrolet em Long Beach.

Todos os brasileiros, em princípio, estão garantidos no grid: Hélio Castroneves está em 6º, Tony Kanaan na 9ª posição, Rubens Barrichello em 10º lugar e Bia Figueiredo ocupará a 13ª posição na largada da corrida — que está programada para o dia 27 de maio, a partir das 13h00 com transmissão da Band.

Estava curioso para ver o desempenho dos motores Honda, me deram impressão nos treinos livres, de estarem na frente. Foi só impressão. O Chevrolet continua mais forte e me parece que gasta menos – o que em uma prova longa como Indianápolis será fundamental.

Pelo resultado nas primeiras filas, vejo Penske e Andretti bem fortes. Em situação normal, que nem sempre é o caso das 500 Milhas, são as favoritas. E para escolher uma, fico com a Penske. Tem melhor estrutura e melhores pilotos.

Hélio fez um bom trabalho na classificação e, pelo que vi na semana, tem um carro muito bom com pista livre e no tráfego. Tony melhorou muito seu carro, sua colocação no grid tem muito a ver com o braço e determinação.

Rubens me surpreendeu. Cresceu muito nos últimos dias, mas não podemos esquecer das limitações da KV. Bia é última dos pilotos da Andretti. Normal. Ela não tem os melhores engenheiros e mecânicos e, cá para nós, nem a mesma atenção. Vai fazer uma duas provas no ano e o restante do trio toda temporada. Por isso, fez também um bom trabalho.

Continuo com os olhos cheios para Josef Newgarden, estreante na prova, que não tem uma super equipe. Este garoto vai longe.

Neste domingo, 20, serão definidas as últimas colocações no grid no chamado Bump Day. Confira:

1. Ryan Briscoe – Penske, 2:38.951
2. James Hinchcliffe – Andretti, 2:38.953
3. Ryan Hunter-reay – Andretti, 2:39.123
4. Marco Andretti – Andretti, 2:39.676
5. Will Power – Penske, 2:39.700
6. Hélio Castroneves – Penske, 2:39.878
7. Josef Newgarden – Fisher Hartman, 2:40.687
8. Ernesto Viso – KV Racing, sem tempo
9. Tony Kanaan – KV Racing sem tempo
10. Rubens Barrichello – KV Racing, 2:40.525
11. Alex Tagliani – Bryan Herta Autosport, 2:40.714
12. Graham Rahal – Ganassi, 2:40.743
13. Bia Figueiredo – Andretti/Conquest, 2:40.772
14. Charlie Kimball – Ganassi, 2:40.809
15. Scott Dixon – Ganassi, 2:40.941
16. Dario Franchitti – Ganassi, 2:41.014
17. James Jakes – Dale Coyne, 2:41.086
18. JR Hildebrand – Panther, 2:41.129
19. Takuma Sato – Rahal Letterman, 2:41.151
20. Townsend Bell – Sam Schmidt, 2:41.337
21. Justin Wilson – Dale Coyne, 2:41.485
22. Michel Jourdain Jr – Rahal Letterman, 2:41.512
23. Simon Paguenaud – Sam Schmidt, 2:41.513
24. Sebastian Saavedra – AFS/Andretti, 2:41.572

*Média horária de 4 voltas


A hora da verdade na Liga dos Campeões
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Téo José

Neste sábado, dia 19, com a Allianz Arena lotada, algo como 65 mil torcedores, Bayern e Chelsea decidem a Liga dos Campeões. O time alemão busca seu quinto titulo e o Chelsea, um feito inédito. O Bayern disputa a final em casa e ao longo da competição mostrou ser mais time. Do outro lado, o Chelsea chega com o peito estufado, já que eliminou o favorito Barcelona na semi-final. Dois times desfalcados por cartões. No Chelsea estão fora: John Terry, Ramires, Ivanovcic e Raul Meireles. No Bayer não jogam: Badstuber, Luiz Gustavo e Alaba. Sem dúvida, a equipe de Londres vai sofrer mais. Terry é o grande líder, Ramires a peça chave dos contra ataques e Raul o maior marcador individual.

O Chelsea vai chegar turbinado por uma gratificação bem gorda. Dizem que pode ser superior a dois milhões de reais para cada jogador. Tudo bem que no nível desta partida, que significa um titulo individualmente, pode parecer besteira, mas mostra o tanto que se dá importância a esta decisão. Por outro lado, só a conquista vai manter a equipe na Liga. Com o sexto lugar no Inglês, se não ganhar sábado estará de fora da próxima edição.

Só duas equipes conquistaram o titulo em casa na história da Liga: Real Madri, em 1957, e Inter de Milão – em 1965. A Roma foi derrotada no Olímpico, em 1985, pelo Liverpool. Às vésperas da Eurocopa, teremos representantes de nove das 16 seleções no Allianz Arena e, para muitos jogadores, pode significar também a prova de titularidade em seus países.

Não é a final que esperava. Não acreditava no Chelsea e continuo achando que corre por fora. O Bayern, para mim, é o grande favorito. Fator casa, melhor equipes e valores individuais decisivos.

E você aponta um favorito?

Estaremos juntos neste sábado, na Band, a partir das três e quinze da tarde, com esta grande decisão, ao lado do Mauro Beting.


F-1 pode terminar 2012 sem brasileiros
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Téo José

A batata está assando. Ou melhor, as batatas estão assando na Fórmula 1. Duas já quentes nas equipes Williams e Ferrari – envolvendo os dois pilotos brasileiros. Na Ferrari, além de cobranças explicitas, antes mesmo da temporada começar, agora se vê notas no site oficial da equipe pedindo que ele ajude de forma mais clara Fernando Alonso na busca do título. Sim. Isto já está sacramentado e ele sabe: Massa é o segundo piloto do time, de fato.

Na equipe existe uma corrente querendo a troca já. Outra, mais tradicional, prefere esperar a temporada passar. A primeira acredita que Felipe perdeu a auto-confiança e os resultados ruins só estão servido para piorar ainda mais a situação.

No GP da Espanha, Adrian Suttil esteve pela primeira vez no paddock nesta temporada. Conversou na Force India. A especulação (forte) sugere que ele voltaria, levando grana, que sempre teve, e Paul di Resta desembarcaria na Ferrari. Seria testado até o fim do ano, mas na prática. As conversas já começaram.

Desmentidos saíram, por parte da Ferrari, mas não com muita força. Estas negociações estão rolando nos bastidores. Só vão parar se Massa conseguir resultados bem próximos aos do Alonso. Alguns sites na Inglaterra e Itália dizem que Mônaco pode ser a prova decisiva para o piloto brasileiro.

Na Williams, Valtteri Bottas, piloto finlandês, empresariado por Toto Wolff, agora sócio do time, já tinha comprado 15 treinos nas sextas de corrida. Na primeira sessão ele acelera e Bruno Senna assiste. O jovem colocou dois patrocinadores na escuderia, que vive basicamente da grana dos pilotos. Pastor Maldonado é o que tem a mala mais cheia e, agora, também conseguiu resultados – algo que nem o mais otimista por lá acreditava. O patamar do venezuelano mudou.

Bottas era uma aposta certa para 2013. Com a vitória do Maldonado existe uma pressão para que entre já, com argumento de que tem andado muito bem na sexta. O que é verdade. Bruno ainda se segura pela maior grana que leva. O que complica a vida do brasileiro é o envolvimento maior de Wolff com o time. Ele não é apenas empresário do piloto.

Hoje o finlandês corre atrás de mais dinheiro. Se conseguir, Bruno pode ter o seu contrato encerrado e levar uma banana do time. Lembro que foi-se o tempo em a “palavra” do Frank Williams valia. Hoje a voz dele anda bem fraquinha. Na saída de Barrichello, ele só avisou ao piloto depois de ter assinado com Bruno. A postura não foi a mais correta.

Na Fórmula 1, principalmente nos dias de hoje, o que menos importa é a postura e na Williams dinheiro e resultado andam nesta ordem. Senna tem o primeiro e precisa do segundo. Ou, então, torcer para que Bottas não traga uma mala mais recheada de grana.

O panorama para os pilotos brasileiros é cada vez pior. Desde 1970 não víamos uma situação destas e 2012 pode terminar sem nenhum piloto do país no grid.


Cinco provas; cinco vencedores; e cinco equipes
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Téo José

A Fórmula 1 2012 está conseguindo o que queríamos há anos. Ou seja, voltou a ser uma modalidade esportiva com final de competições imprevisíveis. Prova disto foi o resultado do GP da Espanha; ganhou Pastor Maldonado, com uma Williams. Fernando Alonso, com a Ferrari, que viveu um principio de crise, é o líder na pontuação. E parando para pensar (e muito), não dá para apontar um favorito neste ano.

O que me parece claro é que a Red Bull foi a equipe que mais perdeu do ano passado para este. Tanto que já começa e pensar em táticas bem diferentes nas corridas, como foi o caso do Vettel neste domingo. Não dá para a tirar da disputa do titulo (vejo-a até com boas chances), mas está precisando se virar para ter um carro rápido.

A Williams, apesar da vitória, me deixa com o pé atrás. Não sei se tem potencial para lutar por mais vitórias. Vamos esperar pelo menos mais umas três provas. Quem anda batendo na trave é a equipe Lotus. Se tivéssemos mais uma dez voltas na Espanha, nesse domingo, o time até poderia aprontar com o Kimi Räikkönen.

No resumo da opera, tirando as três de pelotão de trás (que ainda querem ser equipes de F-1), a Force India e Toro Rosso, as outras ainda podem vencer neste ano e em condições normais. Para se construir o titulo – mais do que nunca – a receita é regularidade. Ficar entre os quatro primeiros na maioria das corridas, mesmo não vencendo, será fundamental.

Quase tudo é positivo neste ano. Pela frente, temos Mônaco. Uma pista que já reservou muitas surpresas, o que cria ainda mais expectativa. De negativo, mesmo, só as atuações dos representantes brasileiros. Bruno Senna e Felipe Massa precisam melhorar e muito. Não há neste momento argumentos para tentativa de defesa.


Um recomeço para a F-1
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Téo José

Neste final de semana, a Fórmula 1 inicia a temporada europeia com a quinta etapa – o GP da Espanha. Quase todas as equipes têm grandes mudanças em seus carros. As mais radicais devem estar na Ferrari, que não mostrou tudo que preparou nos testes de Mugello. Eu estou um pouco cético com estas alterações. Time sob pressão dificilmente tem bons resultados e carro que nasce errado, raramente muda o jogo.

A McLaren vem com um bico mais alto e com isto mudanças no fluxo de ar. A Mercedes também tem alterações aerodinâmicas. Da mesma forma, a Red Bull e Sauber. Esta última mostrou um otimismo poucas vezes visto. Fiquei até curioso. Como também estou com a Lotus — que considero a boa surpresa até agora.

Com tanta coisa nova, fica difícil apontar um favorito neste final de semana. Mas como sempre palpitamos na quinta, vou de Red Bull e McLaren. Na verdade vou cravar Hamilton. Mas vejo bastante equilíbrio entre as duas escuderias.

Na Espanha será fundamental a tática e acerto com relação aos pneus. Teremos compostos macios e duros. Nesta temporada os duros são mais moles do que os de 2011, tem uma performance mais próxima dos macios e um desgaste maior.

Pela corrida do ano passado, deveremos ter duas paradas de box. Saindo com macios e colocando depois dois jogos duros. Claro que vai ter equipe com tática diferente, mas acho que esta é a receita mais correta. Pelo menos antes do carros entrarem no circuito espanhol. As temperaturas devem girar entre 18 e 23 graus, o que ajuda em um desgaste mais uniforme.

Estamos vivendo um começo de ano fantástico, com quatro provas, quatro vencedores diferentes pilotando por quatro equipes também distintas. Além disto observamos bons pegas. Espero que nesta nova fase do ano, este perfil permaneça, para transformar 2012 em um dos melhores anos dos últimos tempos.

Veja a programação da corrida e dê seu palpite.

Sexta, 11

05h00 – 06h30: Treino Livre 1
09h00 – 10h30: Treino Livre 2

Sábado, 12

06h00 – 07h00: Treino Livre 3
09h00: Treino de Classificação

Domingo, 13

09h00: Largada (66 voltas)


Barrichello e os ovais
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Téo José

Rubens Barrichello já começou uma nova fase na Fórmula Indy – depois de quatro corridas em circuitos de rua e misto permanente (creio que esta adaptação já foi feita). No meio destas provas ainda realizou três testes. Nesta semana estava no oval do Texas, o primeiro contato dele com este tipo de pista, e vai levar um pouco mais de tempo para se acostumar. Deu mais de cem voltas, em seu próprio carro, e gostou. Este é outro ponto importante: ter prazer (e coragem) no novo desafio.

Agora se prepara para as primeiras voltas em Indianápolis. Vai ter um dia de treinos antes, chamado de rookie test – uma escolinha para os novatos. Terá algumas fases para dar um certo número de voltas em uma velocidade pré-estabelecida. Neste ano Tony Kanaan e Arie Luyendyk serão os instrutores. Depois, uma semana de treinos até a classificação. É um tempo bom para uma adaptação inicial, mas muito pouco para estar 100% para prova.

Já tivemos estreantes vencendo. Entre eles: Juan Pablo Montoya (em 2000) e Hélio Castroneves (em 2001). Só que naquela época o tempo de treino era maior e as equipes bem melhores do que KV Racing. Estamos falando de Chip Ganassi e Penske. Rubens pode até vencer, em Indianapolis, nem sempre a lógica prevalece. Mas as chances são bem pequenas, temos de ser realistas.

Para ganhar esta prova fantástica você precisa ter um carro perfeito durantes os 800 quilômetros e uma equipe que não cometa erros. Se estas duas coisas não estiverem juntas, só contando com um fator extra que, como disse, pode até aparecer.

Vejo a próxima corrida como mais uma passo na caminhada de Rubens na sua nova categoria e vai curtir tanto Indianápolis que, cada vez mais, sua cabeça vai ficar mais longe da Fórmula 1. O que também é muito importante para se dar bem na nova categoria.

Pelo dia de testes no Texas, o que me chamou atenção foram as três primeiras posições de pilotos com motor Honda. Me parece que o propulsor japonês em ovais está um pouquinho melhor do que os Chevrolet. Vamos esperar os primeiros treinos pra valer em Indianápolis. A pole será definida dia 19 (maio), sábado, e a corrida no dia 27.


Ganso: direto ao ponto
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Téo José

Ontem, no programa “Bem Amigos”, do canal SporTv, Paulo Henrique Ganso foi direto ao ponto sobre as atuações na seleção brasileira. Segundo o meia, falta mais liberdade para jogar com amarelinha e que as características dele, e do Neymar, acabam sendo alteradas pelo esquema de jogo imposto. Não citou o nome do treinador. Mas afirmou ainda que o nosso futebol tem a essência no drible, na criatividade, no improviso.

Fico feliz de ver alguém com muita qualidade mostrar, também, personalidade e abrir a boca. Isto é claro. Não só na seleção, mas em vários clubes. Temos falando bastante, neste espaço, sobre a forma com o que os tais “professores” estão acabando com nosso futebol, povoando o meio de campo com um monte de marcadores. E só. A seleção é o espelho disto. Mano é um destes principais “professores”.

Espero ver de volta o futebol brasileiro e ver os jogadores na seleção com esta liberdade apregoada pelo Ganso. Assim, com certeza, vai voltar o prazer de jogar bola. Ele também fez uma afirmação, que acho perfeita: “Fizemos um jogo só de muita qualidade, que foi o primeiro, contra os Estados Unidos”.

Foi mesmo. Porque era o primeiro, Mano estava na onda da novidade, não teve tempo de treinar e deu liberdade aos jogadores. Contra os EUA vimos uma nova geração jogando bola. Depois apareceu o velho futebol dos brucutus – mesmo tendo um monte de gente que tem esta habilidade e criatividade.

Ainda sonho com um time do meio para frente com: Arouca, Ramires, Ganso, Lucas, Neymar e um centroavante – que pode ser o Damião. Ainda sonho em ver de volta o nosso futebol na seleção. Mas com tanto “professor” atuando como treinador, a coisa anda bem complicada.

“Para nooooossa tristeza”!