Boca com ligeiro favoritismo
Téo José
A primeira metade do maior confronto da história do Corinthians está a horas de se iniciar. No La Bombonera (na tradução, caixa de bombons), a vida do time brasileiro não será fácil. Como de nenhuma equipe foi por ali, principalmente em partidas decisivas. Mas podemos prever um jogo bem parecido, já que os estilos dos atuais times são assim também. Em 36 partidas neste ano, o Boca só ganhou duas com mais de dois gols de diferença e nenhuma por mais de três. É um time que marca muito em toda parte do campo e sai no contra ataque. Também adora as jogadas de bola parada.
Por outro lado, será uma equipe que chega cansada a decisão. A média de idade do time titular está em 30 anos. No domingo passado, como não tinha mais chances de título no Torneio Clausura, o campeonato argentino do primeiro semestre, o treinador Julio Falcionis, utilizou reservas.
Vejo um equilíbrio muito grande neste confronto, apesar do time corintiano ser um pouco melhor. Por outro lado, tem esta coisa da grande obsessão – que dependendo do momento pode atrapalhar. O Boca tem na sua camisa a tradição de decidir Libertadores, o que não deixa de ser uma vantagem. Esta história de saber jogar a competição é conversa fiada. Ganha quem joga melhor. Mas estar em uma situação destas pela 10ª vez pode fazer a diferença.
O jogo que decide é hoje. Sair de lá com empate ou vitória, vai dar um favoritismo enorme para o Corinthians. Perder por um gol de diferença, não deixa de ser um bom resultado. Se o time jogar como enfrentou o Santos, nas duas partidas, vai equilibrar a situação.
Porque pra mim, hoje, o Boca tem o favoritismo. Só pelo fator casa e tradição de decisão na Libertadores. Como o Corinthians terá na quarta que vem. Por estar em casa e, principalmente, com sua torcida jogando junto.