Para refletir
Téo José
Começo dizendo que acho muito bacana termos em nosso futebol jogadores como Seedorf, Forlan e, quem sabe, Riquelme e Diego. Como também gostei de ver novamente por aqui Fred, Wagner Love, Ronaldinho, Deco e tantos outros. Para o meu lado profissional, nem se fala.
Agora, o Botafogo vai ter pelo menos a curiosidade de torcedores de outras equipes – que vão conferir como anda o futebol do holandês – campeão quatro vezes da Liga dos Campeões da Europa por três clubes diferentes. Ter estes nomes por aqui é ter também um futebol recheado de atletas que são ou já foram referência.
O problema é que no momento que eles voltam ou chegam, valores jovens estão indo. Agora mesmo, o que mais se ouve são as possibilidades de saídas de Lucas e Oscar. Sei que é difícil segurar os mais jovens. Mas não vejo o mesmo esforço que tem sido feito para trazer grandes nomes com rodagem bem maior.
Não observo investimentos mais pesados nas categorias de base. Podemos contar nos dedos de uma mão os clubes que fazem isto. O próprio Corinthians, campeão da Libertadores, tem um trabalho apenas razoável. Dos 11 titulares campeões, nenhum da base.
Nesta ânsia de querer ficar bem com o torcedor, os clubes estão abrindo os cofres para estrelas e esquecendo de quem, além de futebol, um dia pode render outros frutos.
Vou deixar claro mais uma vez: não sou contra a vinda de estrelas mais rodadas. Só acho que o futuro está na base. O exemplo é o Barcelona. Uma mescla onde a balança pende mais para turma formada em casa. Abrir os cofres desta forma e fechar os olhos para o próprio quintal é muito perigoso.