Blog do Téo José

Rosberg surpreende. Massa arrisca
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Téo José

A Mercedes mostra que tem hoje um carro bem rápido na classificação. Nico Rosberg ficou com a pole-position para o GP do Bahrein. A segunda seguida da equipe no ano. Sebastian Vettel sai em segundo e Fernando Alonso em terceiro.

Felipe Massa, com as punições do Mark Webber (3 posições) e Lewis Hamilton (5 posições), vai alinhar em quarto lugar. Mas conseguiu a sexta marca no cronômetro.

Massa está com uma tática diferente do Fernando Alonso. ele sairá com os pneus mais duros, o espanhol começará com os médios. Vai dar certo? Não sei.

Vettel fez algo parecido na corrida passada e ganhou posições, mas não venceu – só que largou mais atrás. A diferença dos pneus (em tempo) na Ferrari não é grande. Em durabilidade sim. Ai ponto para o Massa. Acho válida esta tática. Quando você não está conseguindo ser mais rápido em condições normais, precisa arriscar.

Mesmo tendo um carro rápido, como mostrou, coloco Nico como terceiro em relação à briga pela vitória. Vejo Vettel e Alonso com maiores possibilidades e Massa, arriscando muito. Para mim uma aposta aberta, mas bem interessante.

No mais vamos ver as provas de recuperação de Webber e Hamilton, vão vir e serão uma atração a parte. A McLaren continua se arrastando, me parece que será um ano terrível para o time de Jenson Button. Pelos patrocínios no carro, vejo que também falta combustível financeiro e aí não tem milagre.

E você o que achou?

Confira o grid aqui


Indy na Califórnia- Veja como foi o primeiro dia de treinos
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Téo José

Por Fernando Svevo

Domingo a Fórmula Indy corre em Long Beach. Terceira etapa do ano, última antes da prova no Brasil. Os treinos livres começaram hoje. Foram duas sessões, cada uma com 45 minutos.

No primeiro, o melhor tempo foi do canadense James Hinchcliffe, piloto da Andretti, que venceu a primeira corrida do campeonato. Em segundo ficou Mike Conway. Ele disputa apenas essa etapa no ano. Está na equipe Rahal Letterman. E aí uma lembrança. O inglês venceu por lá em 2011, única vitória dele na categoria.

Os sempre favoritos ficaram mais atrás. Hunter-Reay em quinto, Will Power em décimo terceiro, Hélio em décimo quinto e Kanaan uma posição atrás. Mas isso não quer dizer nada, certo? Mais ou menos.

No segundo Conway andou de novo lá na frente, foi o segundo. Tá certo que boa parte dos 45 minutos não tiveram carro na pista por causa de uma acidente com Justin Wilson.

Essa é mais uma coisa curiosa, entre tantas da Indy. O cara não está na categoria. Vai lá para apenas uma corrida, naquele esquema de ter só essa grana e sabe que anda bem por lá. E aí anda na frente. Coisa meio impossível pensando no automobilismo geral, mas que na Indy pode sim acontecer.

Bom, voltando para a pista o treino acabou com Ryan Hunter-Reay em primeiro. Fez o tempo de 1m09s4224, o melhor do dia. Will Power foi o terceiro. O novato Tristan Vautier o quarto. Esse francês está andando muito nesse começo de ano. E Hélio Castroneves ficou em quinto.

Tony foi apenas o décimo oitavo, vai ter que trabalhar muito se quiser andar bem nesse final de semana e Bia Figueiredo com sua Dale Coyne foi a 22ª. Resultado esperado por ter um carro que não tem o mesmo ritmo dos outros.

A Penske e a Andretti começam essa temporada na frente. Andretti com uma pequena vantagem, mas sem poder relaxar. Quem ainda não se encontrou foi a Chip Ganassi. No segundo treino de hoje Dario foi o oitavo e Dixon o 11º.

Como sempre Long Beach vai ser uma corrida bem legal. O lugar é tradicional na Fórmula Indy, tem retas longas, curvas apertadas e tudo o que um circuito de rua tem direito. É torcer para vermos boas ultrapassagens na pista, sem essa de vencer no pit. E também hora de saber quem chega mais forte aqui no Brasil.

Confira os tempos:

1. Ryan Hunter-Reay – Andretti, 1min09s4224
2. Mike Conway – Rahal Letterman, a 0s0379
3. Will Power – Penske, a 0s0942
4. Tristan Vautier – Schmidt Peterson, a 0s1433
5. Hélio Castroneves – Penske, a 0s2384
18. Tony Kanaan – KV, a 1s0732
22. Bia Figueiredo – Dale Coyne, a 1s7725

A Band mostra a prova ao vivo colada no fim do futebol.


Um treino para ficar em cima do muro
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Téo José

Hoje tivemos o primeiro dia de treinos da Fórmula 1 no Bahrein. Kimi Räikkönen foi o mais rápido com a Lotus. Sempre digo que os treinos de sexta-feira não são um termômetro bacana para corrida, mas pelo que vi na pista dá para ver a situação bem equilibrada.

Kimi é uma boa aposta, mais para corrida do que para pole. Mas não descarto a segunda possibilidade pelo trabalho de hoje. A Lotus é um carro que tem rendido muito bem e com desgaste de pneus mais normal, como foi no ano passado.

Apesar de serem compostos médios e duros, a primeira parte com médios vai ser fundamental para o resultado. Estes compostos – com as altas temperaturas do Bahrein -, claro, têm se desgastado mais e até além do que esperado.

Webber foi o segundo, Vettel o terceiro. A Red Bull estará muito forte. Principalmente amanhã, na classificação. Para corrida sempre é uma interrogação. Na passada arriscou uma tática de largar mais atrás com pneus mais resistentes porque ainda não tem um carro como queria.

Apesar disto, será sempre uma candidata e gosto de ver o Webber forte. Quem sabe poderemos ter novamente uma confusão de box e pista, com ordem de equipe.

A Ferrari foi quarta colocado com Alonso e a quinta com Massa, que tinha sido o mais rápido no primeiro treino. Boa aposta para vitória, principalmente com o espanhol. Ainda tem problemas de desgaste de pneus, os traseiros. Mesmo assim, repito, é uma ótima aposta.

Confira os tempos aqui

 

Pressão do Bernie surtiu efeito

Já falamos muito sobre o assunto. O post está abaixo. A pressão do Bernie Ecclestone ameaçando tirar o GP do Brasil em 2014 já surtiu efeito.

O prefeito Haddad já mandou uma carta ao chefão da Fórmula 1 dizendo que as obras necessárias serão realizadas em São Paulo. Tudo certo e as duas partes felizes. Mais ainda a turma da F-1.

Reformas são necessárias. Precisa de ver direitinho o que se vai fazer, o valor e se todo as as categorias serão contempladas. Interlagos não pertence a Fórmula 1.


A pressão voltou para o Massa?
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Téo José

Depois de finalizar duas classificações e uma prova na frente do seu companheiro de equipe, mas sem subir ao pódio, Felipe Massa voltar a ter uma situação dentro da Ferrari parecida com aquela de boa parte do ano passado. As atenções se voltam para Fernando Alonso, que venceu o GP da China no último domingo.

Resultado que tirou bastante a pressão em cima do time. Este é um ano fundamental na Ferrari e, também, para seus pilotos. Não coloco em dúvida as qualidades do Alonso, o melhor da atual F1, só que ele foi contratado para dar de novo um titulo a escuderia.

Neste começo de temporada, o carro pode até ainda não ser o mais rápido em todos os circuitos, mas tem potencial e é bem diferente das temporadas passadas. Problema não parece existir. O que falta é desenvolvimento. Normal nesta época do ano para qualquer equipe.

Massa na China esteve bem apagado. Fez umas cinco boas voltas e depois sumiu dentro do pelotão intermediário. Culpou as dificuldades com os pneus, coisa que todo mundo está enfrentando. Novamente foi cobrado pela imprensa italiana e, claro, foi preciso dar explicações ao pessoal da Ferrari.

Não tenho dúvida de que ele está mais forte mentalmente. A confiança mais alta. Só que isto no automobilismo não basta. É um passo importante , mas o que vale mesmo são os resultados. Acho difícil ele andar na frente do companheiro, mas no mínimo estar próximo. Os carros são iguais.

Por isso vejo esta prova do domingo no Bahrein fundamental para o prosseguimento do campeonato. Se Massa conseguir aquilo que se espera dele, pode ser um ano diferente. Caso contrário, vamos ter o mesmo panorama do ano passado. Ainda é cedo, mas para o Felipe não. O tempo está passando.

— Os tais pneus, que nunca foram tão falados na Fórmula 1, serão mais uma vez a peça chave para um bom resultado no Bahrein. A Pirelli levou compostos médios e duros. As temperaturas serão bem mais elevadas do que as registradas até agora e mesmo sem os macios poderemos ter um número maior de trocas do que o previsto.

A Pirelli prevê três paradas. Mas a mesma fornecedora tinha intenção de manter os macios e médios, utilizados no ano passado. Depois das primeiras corridas mudou de ideia.


Long Beach: domínio da Penske
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Téo José

Neste domingo, dia 21, a Fórmula Indy disputa a terceira etapa do campeonato 2013 em Long Beach, na Califórnia, EUA. Este é um dos maiores eventos da categoria e sempre fica entre os três de maiores audiências na TV norte-americana.

Era também uma das minhas provas preferidas. A cidade é festiva, cheia de bares e restaurantes. O hotel ficava a duas quadras da entrada para os boxes. Boas recordações.

Mas nem tanto para os representantes do Brasil. De 1984 para cá, apenas Hélio Castroneves venceu por lá – em 2001 – nNa época da antiga CART. Aliás, um pódio todo verde-amarelo com Cristiano da Matta em segundo e Gil de Ferran em terceiro.

Tony Kannan foi o último a subir ao pódio, por lá, em 2009.

Por outro lado, nos últimos quatro anos a Penske largou da pole em Long Beach. Em 2012 com Ryan Briscoe e as outras três com Will Power, que também venceu a edição do ano passado. É uma pista com duas grandes retas e uma parte [a partir da curva 1] mais travada.

Os atuais carros da Indy, em ritmo de corrida, devem andar na casa de um minuto e nove segundos baixo — ou até em um e oito. O melhor ponto de ultrapassagens [e vamos ver muitas] é na freada da curva 1, depois de uma reta bem longa dos boxes.

A maior preocupação no acerto é ter muita velocidade de reta, principalmente final, e consumo de etanol em excesso. As ondulações são outra dor de cabeça, por isso mesmo é uma pista que exige do condicionamento físico.

Em resumo: sempre uma prova com sintoma de emoção e ultrapassagens. Creio que veremos mais disputas que nas etapas anteriores. Será um ótimo termômetro para a etapa seguinte em São Paulo.

Helio é o líder do campeonato. Ele tem no retrospecto uma boa receita de acerto da Penske e, por isso mesmo, é um dos favoritos. Hoje ele tem nove pontos de vantagem para Scott Dixon e 42 com relação ao seu companheiro Power.

Castroneves tem grandes chances de chegar no Brasil como líder e caso não tenhamos recuperação do Will, pode abrir uma gordura bem interessante antes das 500 Milhas de Indianápolis – a quinta prova do ano e sua especialidade [onde venceu três vezes].

Tony Kanaan vai ter um ano parecido com o de 2012. Ou seja, andando bem em algumas pistas e sem um melhor acerto em outras. Apesar do crescimento, são as condições na equipe KV. Como não fico em cima do muro, meu palpite vai para o Helio.

A prova será às 17h45 do domingo. Estarei na Band com o Felipe Giaffone mostrando esta largada e assim que bola parar no futebol, transmitiremos restante da corrida ao vivo e na íntegra.

Espero vocês!


GP do Brasil corre risco? Sim.
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Téo José

O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 está sob risco. O repórter Livio Oricchio, do jornal O Estado de S. Paulo, fez entrevista com Bernie Ecclestone. O ponto abordado foi a continuidade da prova da F1 em Interlagos. O homem que manda na categoria disse que se as obras não forem feitas em São Paulo, a corrida não estará no calendário de 2014. Eu pensava que o contrato terminava no fim de 14, mas se eles estão dizendo…

Claro que Bernie quis utilizar a imprensa para botar pressão nos organizadores e prefeitura. Uma nova área de box está nos planos e essa é a maior exigência – ficaria na descida do lago e só seria utilizada pela F1. A atual permaneceria para as outras categorias. O valor das obras está estimado em 120 milhões. O último prefeito já tinha sinalizado com a realização da reforma exigida. A atual sempre disse que precisava de mais estudos e uma proposta mais longa para continuidade do GP. Ninguém disse que não fará.

No meio do caminho apareceu Santa Catarina. O Parque Beto Carreiro estaria interessado na construção de um autódromo para realizar a prova. Bernie esteve por lá e, claro, gostou da ideia. Não para fazer realmente a corrida mas, sim, para pressionar São Paulo. Este sempre é o jogo dele.

Não acredito que a cidade perca a corrida, porque creio que as obras vão sair. A Globo hoje é a dona do evento e tem um bom lucro. O GP é importante para São Paulo, não só como diversão e turismo, mas também pelo que movimenta de grana. Vão brigar, usar imprensa, mas acho que acabam se acertando.

Sou contra uma obra de grande porte apenas para F1. O autódromo não é dela, muito menos do Bernie. É preciso modernizar a pista. Mas se vale a pena, ou não, é uma questão de avaliar. Quanto vale a corrida e quanto se pode gastar. Se chegarem a conclusão que o preço é alto demais, então um aperto de mão e abraço para o Bernie.

Mas pelo que estão gastando com a Copa [e sem eixar o legado prometido], vejo que a Fórmula 1 é uma boa para cidade. Bernie também deve ter outras propostas polpudas para realização de uma nova corrida e por isso vai fazer sua estratégia. Já conhecida.

Fora São Paulo, hoje ninguém faria um autódromo em um ano e meio para receber a Fórmula 1. Muita gente vai aparecer dizendo que sim. Mas é papo furado. Jogar para torcida.


Mais mortes por causa do futebol
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Téo José

Ontem, horas antes da bola rolar para Ceará e Fortaleza, no novo Castelão, dois torcedores foram assassinados com tiros nas cabeças. A briga aconteceu a quatro quilômetros da praça esportiva. Segundo informações iniciais foi um encontro casual das duas torcidas. Os mortos vestiam camisas do Ceará. Um suspeito foi preso.

Estas duas mortes infelizmente não serão as últimas. Logo estaremos vendo mais problemas como estes. Uma repetição que vem de anos. Nenhuma atitude dura foi vista até agora pelas autoridades.

A solução é um policiamento mais rigoroso. Aliás, isto é necessário no dia a dia. E leis mais sérias contra estes imbecis e que sejam colocadas em prática. É isto que se precisa. Este papo de proibir bebida, bandeiras e instrumentos é conversinha que não resolve nada. A maioria das mortes acontece longe dos estádios.

Vejo o Rio de Janeiro no caminho certo. Foi criada uma delegacia especial para estes casos e que tem feito um trabalho de prevenção bom e jogado duro contra as torcidas organizadas e também marginais em pele de torcedores.


Alonso absoluto. E o velho papo dos pneus
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Téo José

A corrida, o GP da China, não foi muito diferente do que vimos no treino de classificação. Esta estratégia de pneus tem determinado tudo. O equilíbrio, as táticas e até a velocidade dos carros e pilotos. Bacana foram só as cinco primeiras voltas, quando os mais macios, daqueles que largaram na frente, aguentaram. Tivemos ultrapassagens normais, sem ser artificiais, por desgaste ou tipo de composto. Depois foi muito chata.

Fernando Alonso, com um ritmo forte desde o inicio, dominou tranquilamente e sem muito trabalho. Fez o que estava combinado e teve uma Ferrari muito equilibrada e competitiva com os pneus médios, que determinaram o fim de semana.

Foi um final de semana como o espanhol esperava nas provas anteriores. Sofreu um pouco mais na classificação, ainda um ponto que a equipe precisa melhorar e foi soberano nas 56 voltas. Nos três primeiros giros até que Felipe Massa colocou de lado dando uma impressão [falsa] que poderia incomodar seu companheiro. Só impressão. Massa foi mais parecido com o Felipe do meio do ano passado. Bem apagado. Terminou em sexto – mais de 40 segundos atrás do vencedor.

Lewis Hamilton teve uma Mercedes apenas razoável e ainda tem um problema com desgaste de pneus, os macios então nem se fala, por isso, apesar da pole, a terceira posição foi até um bom resultado. Kimi Räikkönen, depois de uma largada bem ruim, terminou em segundo, e mereceu pelo que fez na corrida. Nada excepcional, mas para o ritmo do GP da China deu. E deu também a vice liderança do campeonato ao finlandês. Vettel que só se preocupou com pneus completou em quarto e ainda é líder.

Vou ser repetitivo, mas estes pneus macios que se acabam com quatro cinco voltas e a importância que os compostos ganharam têm deixado as corridas bem chatinhas e artificiais. Sobre a polêmica de ordem de equipe ou não, nem isso foi preciso. Não vimos grandes disputas. As ultrapassagens sem maiores dificuldades, era gente com tipos de pneus diferentes ou em momentos de pneus diferentes.

Vocês viram quantas vezes falei em pneus neste nosso papo. Pois é, isto não anda muito bacana.

Veja os dez primeiros da prova:

1. Fernando Alonso – Ferrari, 56 voltas em 1h36min26s945
2. Kimi Räikkönen – Lotus, + 10.100s
3. Lewis Hamilton – Mercedes, + 12.300s
4. Sebastian Vettel – Red Bull, + 12.500s
5. Jenson Button – McLaren, + 35.200s
6. Felipe Massa – Ferrari, + 40.800s
7. Daniel Ricciardo – Toro Rosso, + 42.600s
8. Paul Di Resta – Force India, + 51.000s
9. Romain Grosjean – Lotus, + 53.400s
10. Nico Hülkenberg – Sauber, + 56.500s


Quando o pneu é mais importante
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Téo José

Outro dia falei sobre as regras inventadas na Fórmula 1 e o valor que certos aspectos artificiais ganham. O pneu atual é uma mostra disto. O macio quase sempre dura muito pouco e por isso os engenheiros – com seus cálculos – passaram a ter até mais peso do que o próprio piloto. Hoje, na China, vimos isto. Sebastian Vettel, o atual campeão, atual líder da temporada, abriu mão de lutar pela pole-position, não utilizando na última parte dos treinos os compostos macios, para largar com os compostos médios.

Foi uma boa tática? Não sei. Pode ser, mas sou do tempo em que uma pole sempre era o objetivo maior até o inicio da prova. Ele deve ficar na pista entre 15 e 20 voltas, enquanto os outros entre oito e 12. Vai depender da corrida para saber se abrirá o suficiente para, parando depois, conseguir voltar na frente. Tenho muitas dúvidas. Button seguiu o mesmo caminho, mas este não teve até agora, em momento algum, um carro muito rápido na pista chinesa.

A pole, você vê, só agora falo nela, ficou com Lewis Hamilton, da Mercedes. Kimi Räikkönen sai em segundo com a Lotus. Aí estão duas ótimas apostas. O finlandês quando larga mais a frente sempre é sinônimo de osso duro e a Mercedes, com algumas modificações para este GP, me parece ter sido o carro que mais evoluiu. A preocupação com pneus existe nas duas. Na segunda é mais dor de cabeça.

A Ferrari nas duas primeiras etapas mostrou ter um carro competitivo, mais na corrida do que nos treinos. Ainda não é o que se espera do time italiano. Mas começa o ano melhor. Alonso bateu pela primeira vez na temporada Felipe Massa – sairá em terceiro e é também uma boa aposta para vitória. Alonso cresce em ritmo de prova. Felipe Massa largar em quinto, atrás de Nico Rosberg, para não deixar os três primeiros escaparem terá de fazer uma grande largada.

No fundo, espero que tenhamos uma corrida bem melhor do que a classificação onde a atitude da Red Bull, com Vettel, largando em nono, dividiu as atenções com a pole de Hamilton.

E você o que espera da prova?

Cobertura completa do GP da China está no www.amigosdavelocidade.com.br


Agora o duelo está aberto na Red Bull
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Téo José

Nos últimos dias, a polêmica da ordem de equipe não obedecida na Red Bull foi o destaque da F1. Sebastian Vettel chegou na China surpreendendo e atirando em cima de seu companheiro Mark Webber – o prejudicado na Malásia. Como eu disse, logo depois da etapa, estou adorando ver este clima carregado por causa destas ordens de equipes idiotas e quando os dois pilotos ainda têm chances matemáticas de buscar o titulo.

Como o fato aconteceu neste ano, indica que já tinha rolado acordo antes. Até mesmo na Red Bull, que era a mais correta e que dava mais liberdade. Na Ferrari, que utiliza a interferência do box na pista a torto e a direito, todo mundo acha normal este tipo de ação. Eu repito que a normalidade é se um dos dois pilotos não tem mais chances do objetivo final.

Voltando ao caso Red Bull. O clima nunca foi bom entre os dois pilotos e agora azedou de vez. Webber sabe que não ficará no time no ano que vem. Teve o compromisso renovado por não ter ninguém melhor para ser o segundo. Agora, o português Antônio Felix da Costa, de 19 anos, com passagem pela F-Renault 3.5, aparece como aposta para ser um novo Vettel.

A equipe deve sim apostar em alguém jovem e barato. Nesta situação, o australiano não vai ser mais o cordeirinho e não sei se acatará ordens dos boxes. Vettel já vimos do que é capaz. Todo grande campeão não é 100% bonzinho. Isto é histórico. Mesmo na Fórmula Indy. O único que coloco como exceção é o Alessandro Zanardi. O pequeno alemão não foge à regra e vai ser ainda mais espaçoso e folgado dentro da equipe.

Vejo, agora, um duelo aberto na Red Bull. Com ou sem ordem de equipe.

Massa, o mais rápido

Felipe Massa terminou o dia de treinos livres na China como o mais rápido. Indica que está realmente com a confiança lá em cima e tem um carro competitivo. A Ferrari me parece ter uma boa evolução e, entre as três primeiras corridas deste ano, esta é a que tem mais chances de vencer. Vamos ver na classificação.

A cobertura completa do GP da China está no www.amigosdavelocidade.com.br