Montezemolo fora da Ferrari
Téo José
A Ferrari continua em processo de grandes mudanças. A maior delas foi conformada nesta quarta-feira. Luca di Montezemolo deixará de ser o presidente da marca no próximo mês – depois de 23 anos no cargo. Ele vai ser substituído por Sergio Marchionne, conselheiro do grupo Fiat Chrysler.
Sergio já vinha criticando a fase da equipe de Fórmula 1. No comunicado oficial, só elogios para Luca e agradecimentos. No fundo, o jejum do time de Maranello (a escuderia não vence desde 2007) e a montanha de dinheiro investida já estavam corroendo a situação do atual presidente.
Claro que as mudanças vão continuar. Existe o interesse na permanecia da dupla de pilotos. O que me surpreende porque Kimi Räikkönen não vem em uma boa temporada. Fernando Alonso foi procurado pela McLaren – que terá motores Honda em 2015 -, mas preferiu ficar. Na parte técnica e administrativa, novas cabeças vão rolar. O clima entre os funcionários é de muita incerteza.
Sempre fui a favor das mudanças. Mas não esperava uma de forma tão agressiva. Vejo que o caminho na Fórmula 1, agora, vai ser mais frio e focado em resultados a curto prazo. Montezemolo é um apaixonado pela equipe Ferrari, mais do que as outras funções com o departamento de automóveis da marca. Administrava muitas vezes com o coração. Esta será a modificação mais clara no time.