Ferrari precisa de muito mais
Téo José
Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, disse ontem que não mudará sua dupla de pilotos para 2015. Fiquei surpreso, porque não esperava a continuidade do Kimi Räikkönen. Não faz uma boa temporada na sua volta e me parece muito desinteressado. Sempre teve um estilo diferente, na dele, mas agora acho que falta motivação, maior comprometimento, até mesmo com a própria carreira.
Fernando Alonso não anda satisfeito, é um nome sempre cogitado em outras equipes. Ultimamente no campo de especulações, se falou em McLaren, que terá motor Honda e mais um bocado de grana dos japoneses. Só que ele sabe da estrutura da Ferrari e do que pode faturar na sua atual equipe.
Eu mudaria. Colocaria alguém mais jovem, com uma certa bagagem, no lugar do finlandês. Dentro desta característica o nome seria Valtteri Bottas. Um finlandês por outro. Este vem mostrando muita velocidade, personalidade e capacidade de aguentar pressão. Boa sombra para Alonso e ótima aposta de um futuro próximo.
Sempre que se fala em jovem na Ferrari pensa-se em Jules Bianchi, hoje na Marussia, com motor Ferrari e com ligações de anos com o time italiano, inclusive já foi piloto de testes. Parece ter futuro, mas seria uma aposta mais arriscada. Para uma escuderia, com a força e potencial financeiro da Ferrari, em jejum de um ano de vitória e ultimamente fracassando em seus objetivos, não se pode fazer aposta tão arriscada.
Além de piloto a Ferrari precisa de mudança radicais em sua parte técnica. Sem carro não tem mágica. Aos poucos estão mexendo, só acho que a característica da atual direção é de conservadorismo e isto não tem funcionado, tá na hora de partir forte para o ataque. Neste lado precisa-se arriscar mais. Passou a ser mais que uma necessidade.