Palavra de ordem na F1: durabilidade
Téo José
Na madrugada de quinta para sexta começam os treinos para abertura da temporada 2014 da Fórmula 1. O GP da Austrália será na madruga de sábado para domingo, com largada às 3 da manhã (hora de Brasília). Tem gente apostando em apenas meia dúzia de carros terminando a prova. A grande preocupação dos engenheiros é exatamente esta. Nunca se viu antes na história da F1 uma situação assim. Os problemas de confiabilidade não estão só nos motores, mas também na parte eletrônica e – até – na aerodinâmica, que em alguns casos está atrapalhando a refrigeração do motor.
Pneu que eram o maior foco até o ano passado, anda meio esquecido. Ficaram mais resistentes e, agora, tem outros setores dos carros que merecem mais atenção.
Acredito que todas as equipes estarão na pista com algo como um limitador de potência. Não creio que vão acelerar com todas as suas armas. A Mercedes se mostrou mais competitiva nos três testes de preparação, também não enfrentou grandes problemas. Mas agora vai viver um final de semana de corrida e nem lá existe a segurança que está tudo bem.
A Williams, em um inicio de transformação, foi bem para o que se propunha. Apesar de um otimismo por aqui, que nasceu do trabalho do Felipe Massa, e por ser brasileiro, prefiro esperar umas três corridas para falar da equipe inglesa. O que me parece é que está melhor do que nos anos anteriores.
A Ferrari continua sendo uma incógnita. Na base do ”chutomêtro”, acredito em um ano interessante. Mas se sabe que a preparação está atrasada. Alonso não está satisfeito com o atual estágio do carro. Ele tem uma vantagem: sabe muito bem poupar equipamento e andar de acordo com as condições de cada corrida.
A McLaren tem no motor Mercedes sua força, mas está em fase de transição. No ano que vem terá Honda. Com um projeto razoável, com Button, pode ter um bom começo de ano. Depois, não deve acompanhar a Mercedes.
A Red Bull parece ser o bonde do ano. A Renault ainda não encontrou as soluções para o seu motor. Tem um turbo lerdo para entrar em funcionamento e que aquece muito. O restante do projeto nem foi testado direito.
Como se vê, o ano vai começar cheio de incertezas e quem terminar o GP da Austrália tem uma possibilidade enorme de terminar bem, também, no resultado final.