Grana no futebol, o saco tem fundo
Téo José
No próximo final de semana os campeonatos estaduais estarão de volta. O futebol 2014 vai começar no Brasil com imagem arranhada, depois de tanta medida judicial fora do campo e a confusão de quem cai para séria B longe do fim. Podem ter certeza, muita água ainda vai passar embaixo das pontes dos tribunais.
Por outro lado, inicia também com uma medida que creio ser positiva, os dirigentes estão com os pés mais no chão.
A maioria dos times da serie A fez investimentos mais modestos. A farra de 2012 e 1013 parece ter causado reflexo, nos cofres e agora na mentalidade. Nos últimos anos os caixas ficaram mais recheados, só que com contratações de jogadores e treinadores, pensando estar na Europa, não tem fundo que aguente.
Sabemos que os orçamentos foram estourados e o conserto sempre ficando para frente, para os anos seguintes. Uma hora a casa cai. Tem muito time sem solução imediata. O meu temor é que sempre a coisa fosse empurrada. Em alguns casos ainda é assim, mas vendo a movimentação do mercado, parece que o terror da divida anda assustando mais.
O torcedor pode reclamar no primeiro instante, mas time de futebol tem de ser tratado como empresa privada: gastar apenas o que o orçamento indica, se não quebra. As dividas são enormes, de todos, maior parte com o governo, que é “bonzinho”. Quem quer ser realmente grande e ter um lindo e longo futuro pela frente tem de agir agora, independentemente das facilidades do governo.
Parece que tem vários dirigentes pensando assim. O que é bom e necessário.