Blog do Téo José

Arquivo : novembro 2013

Felipe na Williams. Andando para trás
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Téo José

Depois da Ferrari fazer uma grande e bonita festa de despedida para Felipe Massa, o piloto foi confirmado nesta segunda-feira na Williams. Depois de conversas próximas com a Lotus, onde não aconteceu acerto, ele jogou suas fichas na equipe, que recentemente teve Rubens Barrichello e Bruno Senna. Ainda não foi dito nada oficial, mas o brasileiro vai precisar levar combustível financeiro.

Foi criado nos últimos dias, com a iminência deste anuncio, que com as mudanças radicais na parte técnica em 2014, o time poderia ser uma boa alternativa. Não vejo desta forma. Quando grandes mudanças acontecem, a parte financeira conta mais, os melhores profissionais, engenheiros e projetistas acabam se sobressaindo. Casos como da Brawn, que já era uma continuidade de um trabalho, onde muita grana foi colocada pela Honda, é raro e distinto.

A Williams vai ter motor Mercedes, que pelo que vem sendo investido pode andar muito bem, mas hoje só motor não é tudo. O que conta é o conjunto e principalmente o bom casamento com pneus, que ganharam uma importância muito maior do que devia.

A Williams está contratando engenheiros e projetistas, mas nenhum mago, gente que se tire o chapéu. O maior problema é outro, o time ainda não ter orçamento fechado e não é nada grandioso. A Williams pode voltar a ser a velha Williams, mas vai precisar de tempo e nem sei se vai conseguir. A mentalidade é antiga e perdeu credibilidade. Hoje existem melhores lugares para investimentos maiores.

Não se pode esconder a situação. Massa só foi para Williams porque não tinha outra opção. O time não está entre os cinco melhores, tem andado de forma discreta, vive do meio para o fim do pelotão.

Só posso desejar boa sorte para ele, mas não tenho muitas ilusões e pela personalidade que tem, não é uma pessoa para uma revolução, muito menos em pouco tempo.


Seedorf a caminho do Milan
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Téo José

Seedorf já decidiu seu futuro. Depois do fim do seu contrato no Botafogo [encerra-se em junho do ano que vem], ele desembarca na Itália para se tornar treinador do Milan. O time italiano já tem tudo acertado. Mesmo que Massimiliano Allegri deixe o comando antes, a vaga está reservada para o holandês.

A mudança só não acontece agora pelo compromisso que tem com o Botafogo e a necessidade de ter terminado o processo para tirar a licença de treinador. Ele vai receber a liberação em abril, através federação da Holanda. Parte da imprensa italiana já dá a mudança como certa.

Seedorf só não ficou no Milan porque Allegri não quis. O atual treinador buscava uma equipe mais jovem. Depois de dar um titulo ao time, o comandante técnico passa agora o seu pior momento por lá. A equipe não tem jogado bem, corre o risco do rebaixamento e ele está bastante desgastado com torcida e dirigentes. O Milan também não está em boa situação na Liga dos Campeões.

Do outro lado, Seedorf já não é unanimidade entre os jogadores do Botafogo. Tem muita gente incomodada pelas cobranças sitematicas, às vezes em momentos ruins, e com palavras mais duras na frente de todos. Antes os jogadores baixavam a cabeça e aceitavam, mas agora estão vendo um Seedorf diferente, que não tem atuado bem. O futebol caiu bastante e também não corre como no primeiro semestre.

No Botafogo ninguém gosta de falar sobre isto, mas fica claro o desgaste. Mesmo tendo contrato, a possibilidade de sair no fim do ano é real. Ele poderia chegar ao Milan em janeiro, mas só assumindo o comando técnico no fim da temporada. Antes da Copa.


Meio piloto na Fórmula Indy
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Téo José

Leio no site Amigos da Velocidade que Bruno Senna negocia com a Fórmula Indy e pode confirmar um acordo em breve. É interessante, mesmo ainda sem saber qual a equipe onde ele poderia correr [não revelou]. Bruno pode se dar bem nos Estados Unidos. Principalmente fora da pista. A maioria dos pilotos de outras categorias que desembarcam por lá adora o estilo de vida de vida norte-americano.

Mas acho muito estranho essa história de que só correria em circuitos mistos. Essa intenção já o deixa de fora do maior evento da categoria: as 500 milhas de Indianápolis. E o deixa de lado também com relação a grandes equipes e grandes patrocinadores por lá.

Se realmente partir para esse caminho, dá a impressão de que não quer fazer carreira na Fórmula Indy e brigar por objetivos maiores. Não será um piloto da Indy. Mas, sim, meio piloto. Além e independentemente disso, mesmo com a categoria sendo mais equilibrada, precisará de uma boa estrutura para correr. Uma boa equipe.

Atualmente, Bruno Senna corre o FIA WEC [campeonato mundial de provas de longa duração]. Ele já correu na F1 entre 2010 e 2012; na GP2, na F3 Inglesa e nas 24 Horas de Le Mans.


Ideias do Bernie Ecclestone
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Téo José

Leio nesta terça-feira no jornal espanhol Marca, uma nova ideia do Bernie Ecclestone para trazer mais equilíbrio aos campeonatos da Fórmula 1. O material foi retirado da publicação Tomorronewsf1. Pela reportagem, o todo-poderoso da categoria pode se inspirar no tênis para mudar o critério de pontuação.

Assim, nem todas as corridas teriam o mesmo peso na pontuação. No tênis temos os ATP 250, 500, 1000 e Grand Slam. Com pontuação que vai de 250 a 1000 pontos no ranking. Na F1, a maioria das provas continuariam dando 25 pontos ao vencedor mas algumas poderiam dobrar ou triplicar este número.

Passa pela cabeça do chefão, segundo os jornais, que algumas provas especiais signifiquem 50 pontos. Como Mônaco, Itália, Inglaterra e outras. E a corrida final valeria100 pontos ao vencedor. Desta forma o campeonato terá uma chance bem maior de ir para sua prova final com mais de dois pilotos em condições de vencer e dificilmente teríamos o panorama atual – com Vettel sendo campeão com três provas de antecipação.

Toda ideia para melhorar, buscar o interesse maior, é valida. Já temos isto em algumas categorias pelo mundo e já tivemos aqui. Só que não acho muito justo. Teria chance de termos um piloto ganhando seis provas e perdendo o campeonato para quem ganhasse duas e quem sabe subisse ao pódio em três ou quatro. Não iria privilegiar a melhor equipe e o melhor piloto.

E você o que acha?


Tudo do mesmo
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Téo José

O GP de Abu Dhabi foi exatamente o retrato desta temporada. Sebastian Vettel assumiu a ponta na largada, abriu, abriu e venceu com meio minuto de vantagem para o Mark Webber. Fernando Alonso foi quinto e Massa mais uma vez largando na frente do espanhol terminou atrás.

Sim, tivemos muitas ultrapassagens, aquelas artificiais, onde o piloto da frente não pode quase nunca se defender da velocidade maior do que vem atrás, abrindo as asas.

Escrever mais sobre a corrida é “encher linguiça” e fazer você perder tempo com a leitura.


Recado do Massa
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Téo José

A declaração do Felipe Massa, ontem, em Abu Dhabi, dizendo que continua em busca de uma boa equipe para 2014 mas que pode encerrar a carreira na Fórmula 1 no GP Brasil, na minha visão, foi um claro recado: ‘ainda não tenho nada fechado e as coisas não estão tão fáceis’.

Ele sabe que é peça importante na Fórmula 1 no Brasil, pelo menos até aparecer outro piloto. Felipe não tem neste momento contrato ou pré-contrato assinado. Tem duas negociações em andamento com Williams e Lotus. Com a segunda as coisas estão bem frias e há indicação que Pastor Maldonado vai desembarcar por lá.

Com a primeira tudo já esteve bem próximo de ser fechado. Parece que algo pegou nos últimos dias. A Petrobras seria [ou é] uma parceira, mas quer entrar com um projeto maior de desenvolvimento de combustível e lubrificantes. Só que o dinheiro da estatal não é o suficiente.

No fundo, não acredito que o Felipe encerre a carreira em São Paulo. O vejo com boas possibilidades na Williams em 2014, que não deve ter um carro competitivo. Mas algo andou pegando nestes últimos dias. A declaração dele me parece verdadeira e um grande recado para os envolvidos.